Evil Ways escrita por Moonlight


Capítulo 8
A Batalha mais difícil da minha vida.


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEI
Desculpem a demora, estava viajando e não consegui terminar de escrever.
Esse cap não em muita importancia na fic, fala mais sobre os sonhos de Effie, sua vida atual e tem um momento amor com Peeta que será mais importante e esta tecla será rebatida daqui há dois capítulos.
Beijões
Vamos a leitura!



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— A senhora Trinket está ocupada — Disse Octavia, sua assistente.

Não como se isso fosse impedir o velho Sr. Flickermann de adentrar em sua sala gritando mil coisas e empurrando a secretária que tentava o impedir. Effie estava acostumada: Sr. Flickermann era recebido sempre que queria ser recebido, mesmo que isso fosse forçado.

— Está tudo bem, Octavia. — Diz Effie. Ela havia saído de sua sala para averiguar mais uma das confusões do velho Flickermann. — O senhor Flickermann é uma das minhas exceções. Pode entrar senhor Flickermann. — Effie aponta sua sala para o velho amigo de seu pai e uma das cadeiras para que ele se sente.

— Não vou me sentar, Vim resolver coisas rápidas, senhorita Mellark.

— Senhora Trinket. — Rebateu Effie.

Flickermann é um dos fundadores da empresa de telecomunicações de seu pai. Responsável pela compra de ações importantes durante o apogeu da empresa, dentre essas ações uma parte social da empresa de operadoras celular “Callein Mobile” e da fundação da “Trnkt T&FA” (nome escolhido por Abraham em homenagem a esposa na época).

Por isso, mesmo que estivesse velho demais para tomar decisões sensatas, Flickermann jamais poderia ser afastado da empresa. Além de deter quase 30% dela – sendo esses 50% de Effie e 20% entre outros sócios – Ele esteve lá como seguidor de Abraham Mellark, braço direito, sócio e colega da faculdade de economia.

— Quero saber o por quê meu neto Cato foi despedido, senhora Mellark.

— Trinket, senhor Flickermann. Nosso último Mellark aqui fora meu pai, e o senhor sabe disso. — Senhor Flickermann insistia em chamar Effie de Mellark nos primeiros anos em que ela assumiu os negócios, e agora retornara a mania somente para provocá-la. — Cato e eu conversamos. Ele pediu a demissão, e tomamos acordo do seguro desemprego dele em troca do pagamento de seu curso de fotografia completo. Cato está feliz, Robert.

— Mas Effie!!! — Robert Flickermann finalmente se senta a cadeira que lhe foi indicada, pousando as mãos sobre a cabeça. — Cato estudou administração por 3 anos e meio, e estava se saindo muito bem aqui, você sabe. Ele deveria ficar aqui e herdar meu lugar nesta empresa quando eu morrer!

— Olhe, Robert... — Effie suspirou. Não era a primeira nem seria a ultima vez que o amigo de seu falecido pai iria resmungar a vida pessoal com ela no meio do expediente. — Nós não podemos ter tudo dos filhos. — Effie se senta em sua confortável cadeira de couro vermelho sangue, próxima a sua maravilhosa mesa de Mogno, frente ao Sr. Flickermann. — Veja Peeta, por exemplo: poderia ser advogado, cardiologista, engenheiro, ou até assumir meu lugar aqui... Mas ele é psicólogo. Ele decidiu ser, e eu não serei a carrasco a estragar os sonhos dele.

Na cabeça de Effie, por quase dois segundos, passou o filme de seu pai morto, sua mãe desolada e toda a imprensa do país apontada para si, na época, uma garota de 16 anos que tinha o sonho de ser arquiteta. Assumir uma empresa fez a arquitetura apenas um sonho distante de um passado distante. – entretanto, Effie ainda tinha rascunhos de prédios, jardins e interiores que ela mesma projetara (como por exemplo, seu próprio apartamento).

Uma garota mimada com desenhos na mochila enquanto corria de fotógrafos pelos fundos do colégio onde estudava curso técnico de edificações. Essa era Effie antes do mundo atingi-la.

— Cato decidiu ser fotógrafo, e eu sei que ele tem talento para isso. Aceite as escolhas dele, e deixe-o ser feliz. — Por fim, Effie encerrou seu conselho ao velho Flickermann, mas esse ainda mantinha a face emburrada como uma criança que não aceitava ir embora do parquinho.

— Cato nasceu para mais, Effie. Ele é uma das pessoas na terra que nasceram destinadas a mais. Ao melhor. E fotógrafo... profissãozinha mais sem importância! Eu mesmo posso tirar fotos! Cato nasceu para ficar com minha herança e meu lugar nesta empresa quando eu morrer, Effie. Não criei meu neto para ser fotógrafo!

— O senhor não criou seu neto, Sr. Flickermann. Sua filha o fez. Sozinha, aliás! — Rebateu Effie educadamente, levantando-se de sua cadeira e se dirigindo a porta.

— Você vai me deixar sozinho em sua própria sala, Effie Trinket? — Gritou Robert Flickermann, enquanto Effie chamava Octávia que já se posicionava ao seu lado.

— Vou, Sr. Flickermann. Quando quiser continuar o assunto, vamos marcar um chá. Chame sua filha Cashmere, se ela quiser.

— Cashmere não entende nada sobre negócios... — Bufou Flickermann.

— Mas entende de filhos, o que quase dá no mesmo.

Effie assim se despediu de Sr. Flickermann e passou a andar dentre os corredores de sua empresa, com sua secretária acompanhando-a. Octavia tinha quase 30 anos, e era um pouco menor do que Effie e mais reconchuda. Recentemente, adquiriu mais peso graças a gravidez do primeiro filho.

— Pra onde eu vou agora? — Perguntou Effie, rindo consigo mesma, perdida.

Na verdade, ela só saíra da sala para arrumar alguma desculpa e encerrar aquela conversa chata com o velho Flickermann. Se não tivesse nada de importante, seguiria para o banheiro e se trancaria em uma das cabines para jogar Candy Crush. Sou minha própria chefa mesmo, Effie repete a si vez em quando, meio a uma risadinha.

— Você tem uma reunião com Cressida Schwengber daqui há meia hora, na verdade. — Responde Octávia.

— Schwengber? Ela é esposa do Sr. Schwengber?

— Irmã mais nova. O Sr. Schwengber adoeceu há quase duas semanas, e ela vem cuidado na empresa dele. A senhora tinha uma reunião com ele há quase um mês, mas adiou seus compromissos por problemas pessoais. Consegui remarcar com ela para hoje, as 15h45.

Ah sim. Effie tinha compromissos realmente importantes no dia seguinte a briga com Peeta e ao já narrado episódio da respiração de Yoga. O Sr. Schwengber é dono de uma pequena empresa de operadora celular que estava crescendo rapidamente no país em pouco tempo. Effie Trinket e seus sócios tinham certeza que os lucros de sua empresa aumentariam se os Schwengber vendesse parte de suas ações. Uma missão difícil, já que estes eram decididamente carrancudos e duros na queda. Agora, com o dono doente, talvez Effie conseguisse dobrar a jovem Cressida a vender parte dos negócios.

— Você conseguiu remarcar com os Schwengber? Ah, Octávia! Você é meu anjo. Eu nem sei o que vai ser de mim quando esse bebê resolver nascer. — Effie sorriu.

Octávia emitiu um sorrisinho. Ela adorava Effie Trinket: Trabalha com ela há dois anos e nunca reclamou nem um segundo sequer dos dias que tivera que ficar até tarde. Quando anunciou a gravidez, Effie – se possível – ficou mais animada que sua própria mãe. Se ofereceu para projetar o quarto do bebê, preparar o chá de beber e dar dicas sobre a maternidade.

— Bom, então deixa eu me arrumar um pouco e estudar o desempenho da empresa deles para a reunião. Eu encontrarei você e seu bebe Henry na sala de reuniões em dez minutos? — Sorriu Effie.

Octávia sorriu. Era claro que encontraria a melhor patroa do mundo em dez minutos na sala de reuniões.

***

A primeira coisa que ela fez quando chegou em casa foi tirar os saltos vermelhos e jogar eles em qualquer canto no meio de sua casa, sentar em seu sofá confortável cometer o crime de apoiar os pés na mesinha de centro feita do mais maravilhoso mogno.

Deuses, como aquela família Sch-alguma-coisa era tão difícil quando soletrar o sobrenome deles. Depois de duas horas e meia de reunião sem descanço pra café, Effie conseguiu dobrar a garota Cressida e 30% das ações de sua empresa, o que foi a vitória do mês em seus negócios. Effie já até pensava em faltar o resto da semana (estava numa quarta) e tirar uns dias de folga para ela e sua secretária. Fazer compras. Dormir tranquila, quem sabe.

— Tire os pés da minha mesinha de centro. É de mogno!

Effie virou-se para ver o dono daquela voz brincalhona com duas xícaras na mão, se sentando ao seu lado no sofá.

— Peeta meu amor... me deixe.

Peeta riu. Entregou uma das xícaras de chá para a mãe, que sorriu infantilmente.

— Camomila? — Questionou Effie, surpresa.

— Você estava demorando, e eu sabia que iria chegar assim. Está cansada?

— Estou cansada, Peeta. — Effie confirmou, estirando-se ainda mais no sofá até que o camurça e ela se tornassem um ser só. Espreguiçava-se como um bebê, até ouvir a voz lamentosa de seu filho falar:

— Eu também estou, mãe. Eu estou muito cansado.

Effie conhecia aquele tom de voz. Sabia todo o significado daquela frase, aparentemente simples, mas cheia de razões ocultas e penosas por trás. O que veio a seguir quase a matou quando Peeta disse:

— Me perdoe.

E lá estava ele. O maior temor da vida de Effie foi ver que seu filho viveria apesar dela. Que teria logo uma casa, uma família e logo, também seria esquecido. Mas, naquele momento, ela pode que seu filho de 23 anos sempre seria a criança de 5 que dormia com ela na enorme cama de casal em dias de chuva forte ou pesadelos. Peeta sempre correria para os braços dela.

Effie viu ali que era única. Nada mostraria o contrário. Nada mudaria esse fato. Effie é mãe, e ninguém nunca tiraria a importância desse posto na vida de Peeta.

Nem mesmo um pai.

— Você foi a batalha mais difícil da minha vida, meu amor. Todos me perguntavam se eu queria mesmo ter você. Me dizia que eu era muito jovem, e que eu mal andava pela minha própria empresa sem tropeçar nos saltos. Mas eu queria ter você. Eu precisava te sentir, te ver crescer, e eu precisava da sua companhia. — Effie colocou sua xícara quente no chão e tirou os pés da mesinha de centro e se deitou no sofá, apoiando a cabeça no colo do filho. — Eu tentei ter você, no mínimo, cinco vezes. As três primeiras foram com um doador ruivo, que não deram certo. As duas em seguida foram com um outro doador, e quando falhei pela quinta vez, achei que fosse estéril e chorei por uma semana. Então... Voltei lá pela sexta vez. E tentei pela primeira vez com um doador que só havia feito doação uma única vez, portanto, só poderia tentar com ele uma vez – porque eram as normas da clínica. Eu prometi que seria minha ultima tentativa. E então... Você veio: A batalha mais difícil da minha vida. Tivemos outros episódios, como nascimento, primeiros passos, primeiras palavras, primeiras doenças e machucados. Mas você fez tudo valer a pena. Eu te amo, Peeta. E Essas são as únicas informações que tenho sobre seu pai. Sinto muito...

Effie segurou as lágrimas quando sentiu Peeta levantá-la e abraça-la como se nunca mais fosse o fazer. Logo em seguida, ela apagou esses pensamentos. Peeta a abraçou como se nunca fosse largá-la, porque a ama.

— Também te amo mãe. Você é a melhor.


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Notas finais do capítulo

Olha, já falei aqui que não sei como funciona as clinicas de fertilização, nem os centros de trauma e transtorno psicológico, e agora, para mais informações, vamos falar sobre negócios e ações (IHAHAHAHA):

"As ações são papéis que representam uma pequena parte do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação o investidor se torna sócio da empresa que emitiu essa ação, passando a correr os riscos dos negócios junto com a empresa e tendo participação nos lucros e prejuízos da mesma."

Dai voces podem estar pensado que eu coloquei isso aqui pq acho vcs burras que não sabem o que são ações, mas eu digo: EU NÃO SABIA o que era ações até pesquisar para escrever a fic. HAHAHAHAH
Porque Evil Ways também é informação e cultura ;D

Até a próxima!