Evil Ways escrita por Moonlight


Capítulo 13
Sem mentira alguma


Notas iniciais do capítulo

Oii!!! Voltei Gente!
Eu sei que eu demorei, mas eu fiquei revezando entre estar doente/quase doente/sem inspiração alguma.
Voltei, com esse cap que vai ser uma ponte para o próximo que, se sair como planejado.... HAHAHAUJJBFHDBCFNWF aguarde.



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— Quando vou conhecê-lo? — Finnick perguntou por aquela que não parecia ser a primeira vez.

— Finnick, você está parecendo uma namoradinha querendo conhecer os pais do bad boy. Pare, meu amigo. — Peeta sorriu, mexendo a quantidade absurda de açúcar que colocou na sua xícara de café. Eles estavam no mesmo café próximo à Libertas, onde Peeta recebera o envelope que continha o nome do senhor loiro que ainda não o atendia como “pai”, mas isso não muda a realidade dos fatos.

— É sério, Peeta. O cara é teu novo melhor amigo agora, eu estou com ciúmes. — Ele brincou, sorrindo. — Preciso conhecer o seu velho e contar que eduquei bem o moleque dele.

Peeta estava mais do que acostumado a aparecer na casa de Haymitch ou encontrar-se com ele em qualquer lugar depois daquela noite. Na primeira vez, ele tinha proposto que assistissem a um jogo de Basquete, mas Haymitch contou-lhe o terrível episódio em que ele jogou uma garrafa e quebrou sua televisão. Resultado: Peeta apareceu no domingo com uma televisão no apartamento de Haymitch para assistir ao jogo decisivo dos playoffs entre Cleveland (o time atual do jogador de basquete favorito de Peeta, LeBron James) e Chicago (time que marcou a história do jogador favorito de Haymitch, o lendário Michael Jordan).

A segunda vez, Haymitch havia ligado para Peeta no meio de semana, dizendo para lhe encontrar depois do horário de expediente em frente ao Ginásio Poliesportivo Barry Maximoff*, um famoso velocista nova iorquino. Haymitch tinha um tom de voz alto e desesperado, e Peeta achou que ele estivesse em problemas novamente, mas quando chegou ao local marcado e o viu com uma bermuda vermelha, a famosa blusa 23 do Jordan e uma bola de basquete, Peeta teve a total certeza de que aquele dia com toda certeza estaria entre seu top 10 de dias mais estranhos, - que, aliás, vinha aumentando cada vez mais desde que conhecera seu pai.

Tal qual citado, um dos dias mais estranhos fora um domingo em que ele conheceu Johanna Mason da pior maneira possível. Estavam Peeta e Haymitch no apartamento 123 conversando sobre qualquer coisa quando um barulho de vidros despedaçados e gritos foram se reproduzindo cada vez mais alto e uma Katniss furiosa atravessara a porta do apartamento de Haymitch com passos rápidos e cara vermelha.

Era a segunda vez que Peeta a via, e ele se perguntava se algum dia iria encontrá-la sã. E sem um maldito short curto.

— Escuta aqui, não é você que tem a merda do direito de ficar brava, Nebraska!! — Uma Johanna tão furiosa quanto atravessa a porta do apartamento atrás de Katniss, que viu sua tentativa de piorar a briga indo por ralo abaixo. — Você achou que eu era prostituta, e ainda se acha no direito de ficar brava? EVERDEEN!

— Haymitch também achou que você era. — Respondeu Katniss, fazendo Johanna olhar incrédula para Haymitch que estava sentado no sofá ao lado de Peeta.

— Oh, oh, calma aí. — Disse ele, se levantando do sofá. — Vamos resolver essa discussão como pessoas sensatas que nunca conseguimos ser. Primeiro: Você saia todas as noites, com um sobretudo, e toda vez que Katniss e eu perguntávamos seu trabalho, você simplesmente dizia “Parem”. O que queria que pensássemos?

— Segurança. — Interrompeu Peeta, chamando a atenção de Johanna pela primeira vez e fazendo a tempestade dos olhos de Katniss encará-lo pela segunda. — Parem é a Proteção Ativa Regional E Municipal. Você era segurança da PAREM, certo?

— Viram? — Johanna exclamou indignada, apontando para Peeta. — O Capitão América aí sabe o que era a Parem.

— Peter é um espertinho. — Argumentou Katniss, encarando-o. Depois, voltou-se para Johanna. — Como Haymitch e eu íamos adivinhar que PAREM é uma empresa de segurança??

— PROCUREM NA PORRA DO GOOGLE! — Foi com esse grito final que Johanna deixou o apartamento de Haymitch, deixando também um clima desconfortável no ar.

Peeta não fazia nada ao não ser alternar seu olhar espantado entre Katniss e Haymitch. Katniss tinha os pulsos fechados e respirava fundo para controlar sua raiva e lágrimas ao mesmo tempo, e Haymitch aproximava-se dela quase sussurrando.

— Katniss, porque vocês duas estavam gritando? — Ele pergunta.

— Ela... Largou o emprego. Era a que mais ganhava entre nós, mas ela abandonou a causa. — Katniss grunhiu, irritada. — Agora não sei o que vamos fazer! Talvez eu vire a prostituta da turminha, ou sei lá, faço strip-tease pela internet... Bem, pelo menos ninguém tocaria em mim, só tocariam para mim...

— Katniss, cale a boca! — Haymitch pediu, apontando discretamente para Peeta. Dane-se o loirinho, pensava ela. As pessoas nunca fizeram diferença para mim, de qualquer forma. Ela só estava aborrecida demais pelo fato de que Haymitch iria morrer para se importar com sua boca suja próxima as visitas. — Por que a Johanna largou o emprego? — Perguntou o velho.

— Porque era perigoso trabalhar como segurança à noite, e era exatamente por isso que ela ganhava tanto. — Katniss suspirou, andando para os lados, em silêncio. Haymitch absorveu a noticia, vendo que aquilo atingia mais a Katniss do que a ele próprio. — Ela vai tentar um emprego na área de economia, e eu estou feliz pro ela, mas... Agora não temos chance de pagar essa dívida.

— Katniss... — Suspirou Haymitch, colocando as mãos no ombro da moça. Ele a olhou nos olhos, transmitindo calma e aceitação, fazendo Katniss perceber o que ele diria na frase a seguir. — Está tudo bem.

Ele aceitou os fatos. Katniss não.

Nem pense em repetir isso. — Nebraska soltou as mãos de Haymitch de seus ombros com ódio e, com os olhos cheios de lágrimas, ela deixou o apartamento sem fazer um barulho.

Haymitch explicou para Peeta uma história falsa sobre a dívida de Katniss com o banco, e que por trás do escudo de vibranium que a moça era feita (uma bela metáfora, contando que Peeta fora chamado de Capitão América por Johanna minutos antes) Katniss era sentimental e levava suas dívidas a sério demais, e que logo no próximo mês, Haymitch garantiu teria dinheiro o suficiente para ajudá-la.

— Eu e Haymitch vamos assistir futebol nesse domingo. Você pode ir comigo conhecer meu pai. — Disse Peeta, pensativo, respondendo a pergunta anterior que Finnick lhe fizera, sobre quando ele iria conhecer seu pai.

Peeta não queria de maneira alguma esconder seu pai de Finnick ou ocultar a existência de seu melhor amigo para Haymitch. Mas para si, apresentar seu melhor amigo (o cara que teve um pai que fez o papel de pai para si) era um passo demasiado grande a se dar. E ele achou que talvez fosse a hora dele ser o primeiro a juntar Haymitch em sua vida integral.

— Yey! Eu vou conhecer seu pai, a vizinha não-prostituta dele e sua quase irmã? — Finnick comemorou, fingindo ser uma criança empolgada.

— Ah não, nem use essa palavra perto de mim. — Peeta arregalou os olhos, aterrorizado com a perspectiva. — Não é quase irmã, nem meia irmã. Retire a palavra irmã do seu vocabulário. Katniss é uma sobrinha, afilhada, alguma coisa assim do Haymitch...

— Quando vai começar a chamá-lo de pai? — Finnick perguntou, tomando um gole de seu capuccino.

Peeta suspirou pensando no assunto. Ele e Haymitch haviam adquirido alguma intimidade, mas ainda não o suficiente para ele contar sobre a paternidade. Peeta gostaria de entrar nesse assunto no momento certo, para deixar com Haymitch a escolha de aceitá-lo e contar todos os detalhes sobre sua vida com filho ou afastar Peeta para nunca mais retomar contato.

— Não sei, talvez nunca. — Peeta respondeu. — Sinto como se... fosse uma traição a minha mãe, entende?

— E quando vai contar a Effie sobre seu pai?

Outra dúvida instigante. Peeta não queria de maneira alguma desapontar Effie. Talvez ela pensasse que ele tivesse desistido do assunto desde a última conversa que tiveram sobre, por isso chegar numa quarta feira com a novidade “Mamãe, eu encontrei meu papai!” Não vai ser a melhor das notícias que ele poderia dar a mãe. Isso sem contar a responsabilidade que ele tomou sobre os sentimentos da mãe. Peeta odiaria a si mesmo se Effie sentisse como se “não fosse o suficiente” para ele. Por isso, tomaria cuidado mais que o possível para contar a sua mãe que ele tem um pai.

— Finnick, você deveria me ajudar, não fazer essas perguntas. — Peeta reclamou, tomando o último gole de seu café e vendo o mel de açúcar que restou no final de sua xícara.

— Não importa o momento que você decida contá-la Peeta, só faça isso rápido. — Aconselhou Finnick. — Diga a ela que não vai dar um passo sem o apoio dela, deixe-a com a situação nas pontas dos dedos, dando a impressão de que ela o tem na palma da mão. Porque afinal, você já encontrou o cara e já tem contato com ele. Diga isso a ela, mas diga que não vai falar nada com ele se ela não quiser, por que ela é a maior responsável sobre esse caso. — Finnick deu uma pausa para Peeta assimilar suas palavras. — Seja o que for mães costumam entender os filhos, Peeta. E por mais que doa nela, ela vai defender seu lado. A maioria das mães ama incondicionalmente, e você é o desgraçado mais sortudo do mundo por ter sido criado por Effie.

Peeta escutou atentamente as palavras de Finnick, sabendo que ele despejava um pouco a mágoa que sentia pela própria mãe. Pensou em como Effie o ama, o quanto ela batalhou por ele desde o primeiro momento. Pensou na barra que foi para ela criá-lo sozinha, e cuidar de uma empresa enorme ao mesmo tempo. Pensou que ela fora a responsável pela melhor educação que ele teve e, acima de tudo, em como sua vida e juventude fora dedicada à ele.

Peeta pensou em como Effie merecia tudo de melhor.

Sem mentira alguma.


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Notas finais do capítulo

Ginásio Poliesportivo Barry Maximoff - Barry Maximoff não existe, muito menos o ginásio. Esse nome, na verdade, é inspirado no Barry Allen (Flash, personagem da DC) e Pietro Maximoff (Mercúrio, personagem da Marvel). Por isso, na fanfic, Barry Maximoff é um "Famoso velocista" HAHAHAHAHAHA ♥
Espero que tenham gostado, estarei aqui o mais rápido possível, se bobear tão rápido quanto Barry Maximoff. Beijooooooooos ♥