ALGUNS MESES DEPOIS...

–Lanaaaaa... – Liv gritava e corria atrapalhada atrás de Lana, eles já haviam completado um ano de vida, e parece que foi ontem que eles haviam nascido, agora já sabiam andar, arriscavam correr e já falavam quase de tudo. Percebemos que Lily desenvolveu a fala mais rápido que Henry, assim como tinha mais coordenação e energia que ele.

–Liv, você vai se machucar. – Emma andava atrás dela tentando a fazer parar de correr, já que ela levava alguns tombos ainda. Enquanto isso eu estava com Henry brincando no tapete da sala. Era um belo domingo de verão, estávamos nós quatro em casa, apenas aproveitando uns aos outros.

–Mamãe... – Liv abriu os braços e correu até mim, me envolvendo em um delicioso abraço. Seus cabelos ficavam mais lisos e negros conforme os meses passavam, e seus olhos eram verdes como uma esmeralda. Ela era agitada, tínhamos que ficar de olho nela o tempo inteiro, e quando se juntava com Lana a bagunça era maior ainda.

Henry brincava tranquilo com seus brinquedinhos espalhados pelo chão. Emma se jogou no sofá, seguida de Lana que subiu no outro sofá e por ali ficou, com a língua para fora, sinal que havia cansado.

–Ela me cansa. – Emma reclamou suspirando alto, Liv já estava atrás de mim mexendo nos meus cabelos, como de costume.

–Uou, alguém cansou a Emma Swan. – falei e cai na gargalhada, era raro ver Emma cansada, e era só ela inventar de brincar com Liv que isso acontecia.

–Eu até te jogaria uma almofada, mas ela me deixa sem forças. – Liv que ainda brincava com meus cabelos, foi até o sofá onde sua mãe estava e deitou com ela, não pude deixar de sorrir.

–Descupa... – beijou o rosto de Emma e se deitou por cima dela, não pude deixar de sorrir a situação. Henry que até então estava quieto, levantou e foi até elas, subiu em Emma e a deu um selinho, se deitando ao seu lado, sempre que podia ele roubava um selinho nosso.

–Ah meu Deus, vocês são tão fofos. – Emma falou sorrindo para os dois, aquilo encheu meu coração de alegria, sem que percebessem peguei meu celular que estava ali por perto e registrei aquele momento, o guardei e resolvi participar daquele momento.

–E eu fui esquecida? – fingi um tom de magoa, meus filhos viraram rapidamente para mim, assim como Emma.

–Sanduiche na mamãe. – minha loira anunciou e eu não tive tempo de levantar, logo Emma subiu em cima de mim, me jogando de costas no chão, ficando por cima de mim com cuidado para não despejar todo o seu peso, logo senti que Henry e Liv se jogaram em cima de nós. Ri daquilo e tentava me livrar, em vão, dos três que riam da minha cara também.

–Vocês vão me machucar. – falava em meio as risadas. Os dois desceram de cima de Emma e logo ela saiu de cima de mim, mas antes de levantar deixou um beijo nos meus lábios.

–Eca... – Liv falou e fechou os olhinhos, e levou uma de suas mãos para tampar os olhos de Henry que apenas mostrou a língua. Não teve como não rir dos dois, sempre que nos beijávamos na frente deles, ou qualquer casal que eles vissem se beijando era a mesma reação, o que era cômico.

–Um dia vocês vão fazer isso. – assim que falei, Emma me olhou com cara feia. – O que foi? É verdade.

–Isso só vai acontecer depois que eles se formarem. – Emma falou e cruzou os braços, Henry e Liv voltaram a brincar com suas coisas, nos deixando de lado.

–Você e seus ciúmes. – sorri e selei nossos lábios.

–Mas é verdade. – dei um leve tapa em sua perna.

–Você sabe que isso vai acontecer bem antes disso. – falei como se fosse óbvio, e era mesmo. Tudo tem seu tempo, mas nós não poderíamos impedir quando os primeiros beijos dos dois acontecessem.

–Só de pensar em algum marmanjo tocando em Liv, eu já fico doida, olha como ela é linda. – apontou para nossa filha. – Se alguém quebrar o coração dela eu mesma quebrarei a cara da pessoa. – não resisti e beijei sua bochecha.

–Eu ajudo. – sorri para ela, e voltamos a olhar nossos pequenos. – E se alguma menininha quebrar o coração de Henry, eu arrancarei o coração dela com minhas próprias mãos. – falei e juntamos nossas mãos em um “high-five”.

–Já pensou se eles forem como nós. – Emma falou depois de um tempo em silêncio.

–Gays? – perguntei e deitei minha cabeça em seu ombro.

–É. – entrelaçou nossas mãos.

–Vamos defendê-los com unhas e dentes de qualquer jeito. – rimos e nos beijamos.

–Inclusive se vierem de ofensas pra cima deles por eles serem, ou terem mães gays. – E mais uma vez um “high-five” se fez presente entre nós. Ficamos por um bom tempo, apenas sentadas no tapete, enquanto os pequenos brincavam.

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Estava terminando meu banho, e chamei Emma para que trouxesse Liv para eu poder dar um banho nela, no meu colo mesmo. Logo ela apareceu nua, com os dois nus em seu colo também.

–Banho em família. – falou e eu abri a porta do Box, que por sorte era grande e dava para nós quatro tomar banho tranquilo. Meu sorriso estava de orelha a orelha, aliás, era só isso que eu sabia fazer desde que Emma e eu começamos a namorar.

Peguei Liv no colo e fomos para debaixo do chuveiro, ela soltou alguns gritinhos com o contato da água em seu corpo, batendo palminhas. O mesmo fazia Henry no colo de Emma, observando sua irmã se divertindo, assim que saímos debaixo da água Emma entrou com ele.

Depois de molhados os colocamos no chão, para poder lavar os cabelinhos e o corpo deles, quando os dois estavam cobertos de espumas eles se abraçaram, arrancando boas gargalhadas minha e de Emma. Que ficamos cuidando para eles não caírem. Ainda dávamos banhos na banheira deles, mas as vezes era bom deixar que eles tomassem banho como “gente grande”, e sempre era uma alegria.

Logo os enxaguamos, e como já havia terminado meu banho, eu sai com os dois, Emma ficou para poder terminar seu banho. Os deixei enrolados na toalha em cima de nossa cama, e fui me trocar rapidamente. Assim que terminei peguei os dois no colo, e os levei até o quartinho.

Os vesti com seus respectivos pijamas e ajeitei seus cabelos, como já estava quase na hora do jantar, os levei até a cozinha comigo, com Lana atrás de nós o tempo todo, os posicionei em suas cadeirinhas na cozinha e comecei a cozinhar, enquanto os dois me observavam e conversavam entre si, em uma língua que só eles se entendiam completamente. Não demorou e logo Emma se juntou a nós.

Quem diria que seriamos uma família não é mesmo? Provavelmente meus antigos amigos do colegial me chamariam de louca se eu falasse que estava casada com dois filhos e uma cachorra, já que naquela época eu abominava essa ideia. Com certeza eu não fazia ideia do quão gratificante era chegar em casa e ter três preciosidades de olhos verdes a minha espera.