GeneXt escrita por Catwoman


Capítulo 3
Capítulo 3 - Madison


Notas iniciais do capítulo

Sério gente, foi mal pela demora...essa não está sendo minha semana kkk
Antes de mais nada, quero agradecer de coração ao Henrique Cruz e a Robbie pelas maravilhosas recomendações! Muito obrigada mesmo gente! E obrigada a todos que favoritaram e estão acompanhando, vocês são demais! *0*

Enfim, nossa narradora de hoje vocês já conhecem, então, espero que gostem desse capitulo ;)



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Capitulo 3 — Madison Frost

Devo agradecer por Rachel Summers não estar aqui.

O que quer que ela esteja fazendo – seja estar com Frank, ou com algum dos filhos dos vingadores- , a tirou da missão hoje, deixando as coisas bem mais agradáveis para mim, já que não precisaria ficar ouvindo sua voz e nem nada do tipo durante horas.

É com esse pensamento agradável que desço até o hangar, onde provavelmente a GeneXt já está reunida, me esperando.

Sorrio a dizer mentalmente o nome de nossa equipe, formada pelos filhos dos X-Mens originais, compostos por Jason, Jimmy, Rachel, Alex, TJ, Niko, Zendaya e eu.

A equipe, ou pelo menos o nome em si surgiu há alguns anos, no meio de uma brincadeira nossa, quando tínhamos uns sete ou oito anos, se eu não me engano.

Lembro-me de Jason, sempre o líder da turma, falando sobre as divisões dos X-Men, dizendo que queria fazer missões com a X-Force e etc, até que Rachel disse a ele, que ele provavelmente não se encaixaria na equipe. Sei que ela havia dito isso ao primo, por ele ser muito novo na época, mas sua afirmação me fez perguntar:

“Aonde nós nos encaixamos então, ruiva?”.

Ninguém soube responder, até que Tália abriu um sorriso, como sempre e disse:

Nós podemos criar nossa própria equipe. É onde vamos nos encaixar.”

Veja bem, éramos todos crianças, e ficamos animados com a ideia. Jimmy sugeriu um nome, do qual não me recordo, que depois de várias outras sugestões e mudanças, acabou se tornando “GeneXt”.

Sinceramente, na época eu não achei que levaríamos essa ideia de equipe tão a sério.

Para mim, era apenas parte de uma brincadeira, éramos pequenos e queríamos ser exatamente como nossos pais, o que é normal. Mas já existem algumas divisões dos X-Men, como a X-Force ou a X-Factor, então, não precisaríamos de mais uma. Porém, acabamos virando mesmo uma equipe seis anos depois, quando acabamos nos metendo em uma confusão contra a irmandade, em uma lanchonete próxima ao instituto.

Quem não é mutante, pode não estar tão familiarizado com a Irmandade, por isso vou apenas resumir: Eles um grupo de supervilões, que tem como objetivo estabelecer a supremacia mutante. Então sim, eles são chatos e bem problemáticos.

Depois desse incidente, percebemos que trabalhávamos bem juntos e então, passamos a treinar a sério, e com o tempo, passamos a realizar pequenas missões, até que fomos ganhado mais confiança dos nossos pais. Pode até parecer que não, mas somos uma ótima equipe juntos.

Por isso agora, sempre que as outras equipes estão ocupadas, o que não é muito raro, somos chamados para resolver o problema, ou ir atrás de novos mutantes.

Como hoje.

Meus pensamentos se dispersam no momento em que me aproximo do local aonde todos os meus amigos estão. Posso ouvir vozes discutindo alto sem parar, fazendo minha cabeça doer, e, assim que me aproximo um pouco mais, deixo que meus olhos passem pelo ambiente.

Todos estão em um semicírculo, onde Olivier olhava com a cara fechada e os braços cruzados para Jason, em modo desafiador, enquanto meu namorado tentava argumentar algo com ele. Todos eles (até mesmo Olivier) estavam vestindo seus respectivos uniformes dos X-Men.

— O que está acontecendo? — Questiono, parando ao lado de TJ, que se mantinha um pouco mais atrás, observando a situação com um sorriso divertido em seu rosto.

— Adivinha? O Ollie ouviu sobre a missão e está insistindo pra ir com a gente. — TJ esclarece a situação.

— Ah, qual é! — Olivier diz irritado. — Vai, deixa eu ir!

— Você só vai atrapalhar, Olivier. — Alex retruca com seu tom de voz acusador, fazendo Ollie a olhar feio.

Olivier ainda não é membro oficial da equipe, mesmo que ele adore nos acompanhar nos treinos e tudo mais. Por mais que seus poderes sejam magníficos, achamos que ele não está totalmente preparado para missões de campo, já que ele é sempre impulsivo e não consegue seguir ordens. Além disso, ele é tão teimoso quanto dizem que sua mãe, Vampira, era.

— Vocês estão sem o Jimmy, a Zen e a Ray, eu posso ir no lugar de um deles! — Ollie argumenta novamente.

— Cara, não tem problema nenhum levar ele. — Niko comenta, fazendo a prima jogar a cabeça para traz, enquanto Olivier sorri de forma vencedora.

— Você que sabe, Jay, mas ele vai ser um peso morto, isso se não arrumar um jeito de ferrar a missão. — Alex diz com um tom irritado

Olho para Jason, que está com os braços cruzados, analisando a situação, mas antes que possa dar sua palavra final, o mais novo se vira para Alex, a encarando.

— Eu já disse que posso ajudar. — Seu tom de voz é sério, e ele não tira os olhos de Alex, como se estivesse desafiando a garota. — Eu vou junto!

De forma ágil, Olivier se vira e vem em minha direção e simplesmente toca em TJ, se teleportando logo em seguida para dentro do X-Jato, acenando de dentro do avião para nós, com um sorriso vitorioso em seu rosto.

Jason balança a cabeça, com um pequeno sorriso em seu rosto e com as mãos na cintura.

— Mas que moleque teimoso. — Ele olha para nós, e então, suspira pesadamente antes de decidir. — Não tem outro jeito, vamos logo com isso.

Seguimos para o X-Jato, aturando as reclamações infinitas de Alex, e assim que entramos, vimos um Olivier todo sorridente, já em um dos assentos, bem animado. TJ se aproxima dele e bagunça seu cabelo.

Jason e Niko assumem o comando da aeronave, enquanto Alex e eu tomamos nosso lugares. Em poucos minutos, já estamos voando.

— O que vamos dizer pra ele quando chegarmos? — TJ questiona do nada. — Vamos falar "Ei, conhecemos sua mãe, precisa vir conosco antes que o pessoal malvado te pegue!" Ou alguma coisa estilo filme de ação, ou...

Repasso mentalmente as informações que minha mãe nos deu sobe ele logo após Scott nos designar a missão. Ela havia me dito que o garoto, Chandler, era reservado e inseguro, então, teríamos de pensar em alguma coisa que não o assustasse logo de cara.

— Vamos resolver isso na hora.

— Onde vamos encontrá-lo? — Alex pergunta, não tão interessada no assunto quanto os outros.

— Aqui diz que ele trabalha em uma lanchonete, próxima a uma estrada, em um ponto afastado do centro da cidade. — Tália lê na ficha dele. — Podemos encontrar com ele lá, o que acham? Aproveitamos e pedimos algo pra comer, talvez assim nós não chamemos tanta atenção, e sério, eu já estou começando a ficar com fome...

— Não é uma péssima ideia. — Respondo olhando rapidamente para ela. — Mas se quer evitar chamar atenção, porque não liga seu disfarce? Sabe que eu te amo como você é, mas as pessoas não são muito fãs de pessoas azuis.

Assim que digo isso, Tália percebe que ainda está azul.

— Ah, droga. — Ela pragueja, mexendo em seu relógio. — Essa coisa deve estar com defeito.

Em um piscar de olhos, minha amiga deixa de ser azul, com olhos amarelos, e passa a ser uma garota extremamente comum, com cabelos castanhos e olhos azuis, como os de Olivier.

Assim que as coisas parecem se acalmar, me afundo na poltrona, fechando os olhos, tentado fazer minha cabeça parar de latejar.

[x]

A viagem não demorou muito.

Não posso dizer que foi uma viagem tranquila, pois foi marcada por Alex e Ollie discutindo, e Tália fazendo comentários aleatórios a cada minuto, mas posso dizer que não foi nada fora do normal.

Assim que chegamos na cidade, nos reunimos para discutir nossos passos. Já havíamos discutido alguns planos na aeronave, mas Jason insistiu em repassar mais uma vez os pontos mais importantes.

— Então é isso. — Jason olha para nós, um de cada vez. — Maddie e eu vamos entrar para falar com ele, enquanto vocês esperam aqui fora. Não queremos assusta-lo, e nem chamar muita atenção. Vocês cuidam da nossa retaguarda, entenderam?

— É um bom plano. — Niko concorda. — Então, estaremos esperando aqui, e se alguma coisa acontecer, estamos preparados.

— A única coisa que pode acontecer por aqui, é morrermos de tédio. — Alex diz, fazendo Talia rir.

— Vou ter que concordar com ela, esse lugar tá mais parado que as minhas lições de casa.

— Esperamos que continue assim, vai facilitar muito nosso trabalho. — É a minha vez de falar, pronta para terminar logo com a missão. — Vamos, Jay, quanto antes terminarmos aqui, melhor.

— Exatamente.

Jason e eu nos separamos do resto do grupo e nos dirigimos até a lanchonete na beira da estrada.

— Será que vai ser fácil convencê-lo?

Respiro fundo, olhando de forma focada para o estabelecimento vazio.

— Vamos descobrir agora.

Entramos na lanchonete mesmo com a placa de "fechados" na porta. Assim que colocamos nossos pés lá dentro, encontramos um rapaz alto, com a pele extremamente branca, cabelos negros e estranhos olhos azuis, sozinho, limpando a bancada principal.

Assim que percebe nossa chegada, ele nos olha confuso e até mesmo assustado, mas logo relaxa ao colocar os olhos em mim.

Com a voz grossa e firme ele apenas diz:

— Sinto muito, pessoal, mas estamos fechados. — Então ele volta para sua tarefa de guardar as coisas em cima do balcão, sem realmente colocar os olhos em nós.

Aparentemente, ele acha que somos um casal de forasteiros perdidos.

— Chandler Turner?

O jovem para sua tarefa e lentamente levanta os olhos, olhando para Jason com cautela.

— Sim, sou eu... Como sabe meu nome? — Percebo que ele fica cada vez mais desconfiado e agitado. — Quem são vocês?

Jason olha rapidamente para mim, e eu o incentivo com o olhar. Então ele começa.

— Meu nome é Jason Summers, e esta é Madison Frost. — Jason nos apresenta rapidamente. — Estamos aqui pra conversar com você, Chandler.

O rapaz devolve o olhar de Jason ainda mais confuso e agora, realmente assustado.

— Desculpe, mas não conheço vocês.

— Nós sabemos disso. — Jason usa seu tom de voz mais tranquilizador. — Mas nós conhecemos você.

Ele nos olha, desconfiado.

— Olha, eu não...

— Sabemos o que pode fazer. — Jason dá um passo à frente. — Sabemos que é mutante.

O rapaz fica pálido, e adota uma postura agitada e insegura.

— Não sei do que vocês estão falando...

Desvio o olhar da cena por um segundo.

É profundamente desanimador saber que ainda existem pessoas que possuem resistência ao se assumirem mutantes. Claro que o preconceito com nossa raça ainda é grande, mas creio que não deveríamos nos sentir inseguros quanto a isso.

Jason estava pronto para dizer alguma coisa, mas dou um passo à frente antes que ele abra a boca.

— Não se preocupe, Chandler. — Levanto minhas mãos, que lentamente começam a se transformar em diamantes, fazendo-o olhar para mim, pasmo. — Somos como você, não queremos te fazer mal. Apenas conversar.

Chandler fica (se é que é possível) mais pálido ao ver a cena, enquanto Jason se coloca ao meu lado.

— O que me diz, amigo? Tem um tempinho pra nós?

[x]

— Então, quer dizer que meus pais eram...mutantes, assim como eu? — Chandler inquire, confuso, como se lutasse para não acreditar. — Eles eram como vocês? Eram x-Mens também?

— Sua mãe sim. — Jason começa, me olhando rapidamente. — Seu pai...mais ou menos...

Chandler fica calado por um instante.

— Vocês disseram que minha mãe morreu. — O garoto nos olha. — Mas....e meu pai? Ele está vivo?

Jason suspira pesadamente.

— Acreditamos que sim, mas não temos certeza. — Meu namorado explica. — Ele está desaparecido por anos, desde a morte da sua mãe.

O garoto inspira profundamente, ficando calado por alguns momentos. Então ele volta a nos olhar, dando um sorriso nervoso logo em seguida.

— Ok...acho que ou precisar de um tempo pra processar tudo isso...

— Nós sabemos.

Chandler parece tentar colocar seus pensamentos em ordem.

— Leve o tempo que precisar, cara, mas se não se importa de eu perguntar....Qual o seu poder? — Jason questiona, fazendo o rapaz voltar a prestar atenção em nós.

— E-eu, hã... — Ele passa a mão pelo cabelo, agitado. — E-eu posso....

Ele se cala e começa a agir de modo nervoso, como se estivesse tendo algum tipo de ataque de pânico.

Pego sua mão, e olho diretamente em seus olhos.

— Não precisa ficar inseguro com a gente, Chandler. Somos iguais a você, eu já disse.

— Eu sei, só que...nunca falei abertamente sobre isso antes, com Ninguém...nem com mais pais...hã.. adotivos.

Maneio a cabeça, mostrando a ele que o entendia. Sei o que ele sente. Todos nós, mutantes sentimos isso. Todos nós nos sentimos inseguros e com medo do que o resto do mundo irá pensar de nós, mesmo que não devêssemos. Temos medo da reação das pessoas que acabamos protegendo.

Como eu já disse, os tempos mudaram, mas ainda somos tratados como aberrações. Meu único desejo sempre foi que a sociedade visse que não éramos assim.

Volto a olhar para Chandler, que aparenta ficar mais calmo e então, se mostra um pouco mais seguro com nossa presença. Ele estende a mão e toca a mesa, e, lentamente, seus dedos e sua mão se cobrem com o material do qual a mesa é feito, adotando a mesa coloração vinho.

Tanto eu quanto Jason ficamos surpresos. Não haviam especificações sobre os poderes dele em sua ficha, e todos nós apostamos no meio do caminho até aqui, que ele tivesse herdado os poderes da mãe.

— Você pode absorver as coisas? — Jason olha para ele fascinado.

— Sim, só que... não posso absorver tudo, só meu braço absorve as coisas. — O garoto esboça um rápido sorriso, que logo se desfaz. — Só que não só isso. — Ele olha intercaladamente para nós dois, bem mais à vontade agora. — Eu não sei ao certo se isso é normal, ter mais de um poder, mas eu também posso...

Antes que Chandler pudesse terminar de responder, o chão começa a tremer, fazendo com que nos três nos levantemos com o susto.

Jason e eu trocamos olhares, pensando exatamente a mesma coisa.

— Terremoto? — Chandler pergunta novamente assustado.

— Tá mais pra Avalanche...— Jason resmunga, tomando a dianteira, enquanto Chandler se afasta.

— Avalanche?! Do que você...!?

No mesmo instante em que o tremor passa, algo atravessa a janela do estabelecimento, espalhando cacos de vidro, mesas e cadeiras por todos os lados.

— Mas que...?! — Jason resmunga, no momento em que me dou conta do que foi que acabou de acontecer.

— Droga!

Me aproximo rapidamente do local onde o que atravessou a janela foi parar e imediatamente encontro Alex desacordada, caída no meio de cadeiras e mesas.

— Alex! — Me abaixo para segurá-la, mesmo que ela esteja inconsciente, checando seu pulso.

Alex não costumava apagar com facilidade. Seu poder, em parte, a ajudava, mas ela nunca foi invencível.

— Ela tá bem!? — Jason e Chandler se aproximam.

— Bem? Claro que não. — Respondo, um pouco mais ríspida do que gostaria. — Viva? Sim.

— Essa garota atravessou a janela, como pode não ter nenhum arranhão? — Chandler olhava boquiaberto e confuso para Alex.

— Faz parte da mutação dela.

— Quem foi que...— Antes que Jay pudesse terminar sua pergunta, ou se comunicar com alguém da equipe, somos surpreendidos.

— Magnífico trabalho, Múltiplo. — Uma voz cínica soa, fazendo com que nos três nos virássemos, dando de cara com um rapaz alto, com a pele levemente morena, olhos e cabelos negros, e com um sorriso de orelha a orelha. — Sabe, essa aí sempre dá mais trabalho, mas o Jaime só perdeu cinco cópias dessa vez, se querem saber. Confesso que foi bem divertido ver essa última cópia desaparecer, quer dizer, ele ficou com tantos cortes horríveis que foi até...ah, esquece, acho que não estão interessados, não é mesmo?

O mutante, mais conhecido por nós da GeneXt como Avalanche, se aproxima, com uma postura despreocupada e confiante.

— Seu desgraçado! — Jason se levanta e aponta a mão para o vilão, soltando um raio em sua direção, mas Lance é mais ágil, desviando do ataque, para logo em seguida, fazer um gesto com a mão.

Tudo acontece muito rápido após isso, e no mesmo instante, outro terremoto nos atinge, levando Jason e Chandler ao chão ao meu lado.

Meu namorado se levanta, extremamente irritado, o que só parece divertir mais nosso inimigo. Com outro movimento de mãos, o local aonde Jason estava de pé se lenta com os tremores e se abre em uma fenda, fazendo Jason cair.

Ele bate a cabeça ao cair, e não se levanta, me deixando preocupada.

— Relaxa aí, Summers. — Ele continua sorrindo. — Só viemos buscar esse rapazinho aqui. — Ele olha fixamente para Chandler, que se encolhe todo. — E aí, amigo? Meu nome é Lance Alvers, muito prazer. Pode me chamar de Avalanche se quiser, todos me chamam assim, e acho que você já deve ter entendido o porquê disso... Enfim, eu não sei o que esses caras te disseram, mas eu vim com uma proposta muito melhor pra você. O que me diz de vir comigo, para a Irmandade Mutante? Somos bem mais legais que esses aí, eu prometo, e seu pai, ele fazia parte do grupo, vai ser uma honra ter você também.

Não dou chance para Chandler responder qualquer coisa. Deixo Alex no chão ao lado do garoto com cuidado e então me levanto com raiva e cansada de seu falatório, transformando meu corpo todo em diamante.

— Não de ouvidos a ele, Chandler. — Digo, olhando para o vilão, que revira os olhos com uma cara bem entediada.

— Ah não, Maddie..Não começa...Não vamos causar mais confusão, é só deixar que a gente leve ele. Olha só pra carinha dele, ele quer vir com a gente! Não é mesmo, Montgomery?

Percebo que Chandler se afasta um pouco mais, fazendo Lance sorrir.

— Acho que ninguém nunca te chamou pelo seu verdadeiro sobrenome, não é amigo? Mas deixa eu te dizer, você deveria se orgulhar, como eu já disse, sei quem é seu pai, e ele era um cara magnifico, um mutante com habilidades espetaculares, e um dos mais notáveis na Irmandade.

Sei que Lance está apenas aumentando a história, pra fazer Chandler se interessar em sua proposta, então intervenho, antes que isso se estenda mais.

— Lance, primeiro, eu detesto quem fala demais, como você. Segundo: Dá o fora daqui. — Me mantenho na frente de do garoto. — Eu estou te dando a oportunidade de dar meia volta e ir embora.

Lance ri com divertimento, andando de um lado pro outro.

— Como você é piedosa, Frost! Porém, já vi que não acredita em mim, então, porque não lê minha mente e veja se eu estou mentindo sobre ajuda-lo? — Lance para e me fita com frieza, com seu sorriso crescendo cada vez mais, ao constatar que havia me atingido. — Ah, é verdade, eu me esqueci...Você não pode.

São poucos os que sabem, mas o fato de eu não ser telepata como minha mãe, me incomoda um pouco. E trazer isso à tona, só me deixa mais irritada.

— Seu...

Seguro-o pela jaqueta, mas nem isso o abala.

— Tudo bem, Madison, vejo que você, assim como eu, também está cansada desse joguinho, então, é a minha vez de te oferecer a fuga. Você e seus amiguinhos X-Men é que podem cair fora, ou vamos ter que acabar com vocês.

— Você e quem, Alvers? Você e o Madrox?

— Não achou que eu viria aqui só com o Jaime, né? — Seu sorriso parece crescer cada vez mais. — Dinamite e Groxo estão se divertindo com seus amiguinhos, ali fora. Olha, devo admitir que estão mais treinados do que da última vez que nos vimo, desta vez quase conseguiram nos pegar antes. Mas ainda somos melhores.

Ele pisca pra mim, fazendo mais um tremor, menor do que os últimos, mas não com menos danos. Então de repente, seu olhar se perde em algum ponto atrás de mim, deixando sua expressão fascinada.

Me viro para ver o que o intriga tanto e também fico de boca aberta.

Ao lado de Chandler, há um portal azul brilhante, e em seu centro, podemos ver a parte dos fundos da lanchonete, exatamente como minha mãe descrevia como eram os portais que Blink conjurava.

Chandler deve ter aberto os portais no momento em que, com o terremoto, metade da parte de cima da lanchonete caiu, quase atingindo Alex e Jason, protegendo-os por muito pouco.

— Esplêndido! — Lance diz entusiasmado com o que vê. — Vai ser ótimo ter alguém com seu dom com a gente, garoto! Vamos, você vai adorar a Irmandade e....

Tudo bem, Madison, chega de brincadeira” Penso comigo mesma “Já passou da hora de calar essa babaca.”

Aproveitando a distração causada por Chandler, me viro e desfiro um soco em Lance, que cai de costas no chão, próximo a uma parede, com sangue cobrindo sua boca.

Ainda no chão, Lance toca o rosto, onde há um grande corte causado por meu punho de diamante, e então começa a rir quase de forma doentia, tentando se levantar.

Aproveitando a deixa, me viro para Chandler.

— Chandler! — Chamo a atenção do rapaz, que está junto aos corpos caídos de Alex e Jason, totalmente petrificado. — Usa outro portal e leva eles daqui, agora!

— M-mas eu..

— Agora! — Grito, e mesmo assustado, ele consegue se mover. — Só tire eles daqui, eu termino com esse cara.

Apesar de assuando, Chandler concorda com a cabeça, e rapidamente, puxa meus amigos para dentro do portal, que some no segundo em que ele o atravessa e logo sobramos somente eu e Lance dentro da lanchonete, ou pelo menos, o que sobrou dela.

Lance se levanta, com seu sorriso petulante nos lábios vermelhos de sangue.

— Ah, Maddie...não devia ter feito isso...estou realmente desapontado com você...

— Cale a boca! — Ordeno, sem paciência, fazendo-o rir secamente.

— Você é quem sabe, doçura.

— Vamos acabar com isso logo, já me cansei da sua voz.

Me lanço em sua direção, no mesmo instante em que ele se abaixa para tocar o chão.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoas, espero mesmo que tenham gostado ! Não deixem de comentar, e favoritar e claro, não deixem de olhar os Tumblr's, que estão cheios de coisas!

Por hoje é só, nos vemos na próxima! o/