Brave escrita por IfiniteVitium


Capítulo 2
Capítulo 2 - Os tapetes


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, já que demorou tanto pra eu postar.
"Você estava sem inspiração?" Não, estava sem tempo mesmo.
Enfim, um dia vou queimar minha escola.



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Mesmo Merida estando curiosa para saber como os Guerreiros chegam ao outro lado sem ajuda da ponte, tinha assuntos mais importantes e urgentes a tratar.

Os Guerreiros do Sol tinham um tipo de regra, sempre que o estado era alarmante, antes de irem para o castelo ajudar o rei. Todos se reuniam no salão principal para decidirem 7 Guerreiros que iriam para lá, e como existiam mais de 40 Guerreiros idosos e sábios que queriam sempre comparecer à reunião com o rei, essa reunião era extremamente movimentada.

Enquanto a Princesa Solitária andava ao lado de Dwin, Edwin e Douglas, em direção ao salão, todos os guerreiros que viam o que estava acontecendo, apenas se entreolhavam e em silencio iam para o salão. Podiam estar contentes em poder ajudar o reino, mas sabiam que se foram convocados não era para ajudar a abrir um pote de geleia.

Quando entraram no salão todas as cadeiras já estavam ocupadas. E todos os guerreiros, por incrível que pareça, estavam sentados na grande mesa redonda em forma de sol. Todos as cadeiras eram iguais, ninguém tinha uma cadeira própria, nem o líder, porém sempre alguém guardava um lugar no meio para o líder. Como forma de respeito. Porém, como a princesa também estava nessa reunião, duas cadeiras foram guardadas.

Merida se sentou ao lado de um Guerreiro que ela não conhecia, mas ele parecia ter uns 80 anos e seus olhos eram claros como nuvens.

–-Como vocês já devem ter percebido, fomos chamados para ajudar o Rei Fergus. – Disse Edwin, começando a reunião. –E, portanto, precisamos convocar 7 guerreiros.

Antes dele falar a última frase, todos estavam em silencio, porém como são escoceses e amam ajudar, começou a falação desordenada.

–-EU QUERO AJUDAR! –Um guerreiro bateu na mesa chamando atenção.

–-AH, MAS EU TAMBÉM QUERO! – Gritou outro guerreiro do outro lado da mesa.

–-CALEM-SE VOCÊS DOIS! –Gritou um guerreiro que estava do lado oposto onde estava a Princesa e o Líder. –VOCÊS DOIS SABEM QUE EU SOU BEM MAIS SABIO, QUE OS DOIS PARLERMAS!

E então com essa fala final, parecia que toda a sabedoria de anos conquistada tinha sido substituída pela infantilidade de crianças. O Líder, apenas estudava o semblante da princesa, ele esperava pela ordem dela. Já que naquela reunião, ele não era de longe a pessoa com maior poder de decisão.

–-SILENCIO! – A princesa ordenou, e todos os guerreiros ficaram em silencio. Naquele momento a forma seria como a princesa se portou, nem parecia mais aquela Merida de antes. Ela quase lembrava sua mãe, e isso deixou alguns guerreiros sorridentes e confiantes com o reinado que iria vir. –Eu sei... –respirou fundo buscando as palavras certas. –... que vocês, mas do que ninguém no reino inteiro, estão loucos para ajudar o Rei. Mas, não iram conseguir se continuarem com essa confusão. Mais do que nunca, o reino precisa de vocês. Nós não perdemos apenas uma guerra, perdemos o único meio de sustentas nossa frágil economia. – Os guerreiros ouviam a princesa como crianças ouvem os discursos de sabedoria de seus pais. – E apenas 7 guerreiros poderão ajudar. – A princesa saiu de seu lugar e começou a rodear as cadeiras. –EU sei que isso não é justo! Você! –ela apontou para o que disse ter melhores táticas. –Não tenho a menor dúvida que você tem as melhores táticas para ajudar a todos, mas acha justo que outros que devem ter ideias tão brilhantes quanto as suas sejam calados? – O guerreiro sentiu culpado como todos os outros que tinham silenciados os outros com seus argumentos infantis. –Eu acho que o melhor a se fazer é que cada um falasse... – Quando a maioria já ia abrir a boca. --.... De forma organizada, suas ideias. Não temos muito tempo, então quem não tem ideias muito boas, não levante a mão. Vocês terão outras chances, mas agora é a vez de outros. – Depois de concluir e ter rodeado aquela mesa gigantesca se sentou para ouvir 30 de 40 guerreiros que estavam com as mãos levantadas.

Depois de ouvir todos os guerreiros e, junto com o Líder, ter escolhido os sete – que já estavam levantados atrás da princesa. – Merida se preparava para dar outro discurso para os guerreiros que estavam chateados por não terem sido escolhidos.

Após todas essas horas, o sol já estava se pondo, e a Princesa estava ansiosa para ir para seu reino. Ela, os sete guerreiros e o Líder estavam indo por um caminho que parecia descer infinitamente para algum campo. O Líder disse que é lá onde está o segredo que eles usam para conseguir chegar ao outro lado, Merida estava quase morrendo para descobrir o que era.

–-Eu me lembro a primeira vez que seu pai veio aqui, ele também ficou louco para descobrir o que era. – O Guerreiro Douglas, que tinha sido escolhido, contou à Princesa. – Aposto que você vai gostar tanto quanto ele.

Enquanto mais eles desciam aquela colina, mais as arvores douradas e brilhantes iam subindo e as flores coloridas também, era como se estivessem saindo da Floresta do Sol. Merida ficou intrigada.

–-Para onde estamos indo? –Ela perguntou olhando para todos os lados.

–-Espere criança. –Disse o Guerreiro de olhos cinzas, que tinha sentado ao seu lado. Ele tocou o ombro da menina. –Você irá gostar. –Por mais incrível que pareça, a voz do homem não era envelhecida como seu corpo. Outra coisa que deixou a Princesa curiosa.

Ah, como ela se arrependia de não ter prestado mais atenção nas aulas de sua mãe quando pequena. Hoje em dia ela quase que não se lembra muito sobre o reino e as histórias.

Depois de andarem muito e a vegetação dourada já ter sumido por completo, chegaram num campo de pradarias. Que no meio possuía algumas pedras empilhadas, mas não era como aquele campo em que a menina tinha visto as luzes brilhantes. Nesse campo as pedras tinham desenhos dourados.

–-Então, vocês usam as pedras para passar para o outro lado? – Perguntou a princesa impaciente.

–-Paciência minha cara. – Respondeu um dos guerreiros, logo depois todos eles se entreolharam e com o sinal do Líder, todos assobiaram juntos.

De repente, tapetes cortaram o céu e pousaram bem ao lado deles. Ao todo eram oito tapetes, para cada guerreiro que tinha assobiado.

–-Tapetes? – A menina não entendia. –Como tapetes podem voar?

–-Bom, me responda como humanos podem virar ursos. – Pediu de forma sorridente e convencida um dos guerreiros, que já ia se sentando em seu tapete dourado.

–-Magia. – A Princesa, que mesmo adulta, ainda possuía alguns de seus jeitos de criança. Ficou ainda mais curiosa. –Mas esses desenhos... –Ela tocou em um dos tapetes. --...E o tecido, tem traços dos nossos tecidos e tapeçarias. – Ela olhava para os guerreiros esperando que eles dissessem algo, porém eles apenas se sentavam em seus tapetes sorrindo da curiosidade da menina. –Vão me dizer que tem uma bruxa que faz tapetes mágicos também. – Ela cruzou os braços e o Líder não conteve seu riso.

–-Não, princesa, durante a viagem eu tenho certeza que eles terão tempo de te explicar pelo menos um pouco. – Ele respondeu, e fez menção para ela se sentar no tapete que seria dele. –Agora segure firme, porque as vezes eles podem ser um tanto quanto... selvagens. – Ele avisou ela e logo depois os tapetes começaram a voar rápido demais para a Princesa que nunca tinha voado antes.

–-Como assim... SELVAGEEEEEEEEEEEEEEEEEEENS? – Ela perguntou tarde demais já segurando a tapeçaria, que a levava, com toda as suas forças.

Infelizmente, a Princesa acabou esquecendo de seu cavalo e sua armadura, mas isso seria um problema para mais tarde. Enquanto isso no castelo, todos os meninos e a pobre donzela –Constantina- estavam sendo interrogados na sala de estudos pela Rainha Elinor e Lady Jessie. Sendo mães, estavam aquele semblante que apenas as mães sabem fazer e quando os filhos apenas imaginam já ficam tremendo de medo.

As duas mulheres estavam com seus semblantes sérios, enquanto seus filhos estavam sentados na frente deles. Cada um de um jeito. Hamish tremia de medo do que sua mãe poderia fazer se descobrisse que ele ajudou Hubert, Hubert estava já com raiva de sua mãe que NUNCA entendia ele, Harris estava calmo, sabia que sua mãe não iria conseguir mata-los, então negaria tudo com um sorriso no rosto e Constantina olhava para baixo se sentindo culpada, agora sua mãe deve pensar que ela já não era virgem e que se o Príncipe não casasse com ela, ela seria vista como uma impura para sempre.

–- É melhor que falem logo o que aconteceu, eu estava acalmando aquelas pobres mulheres... E espero que tenham um motivo e uma desculpa muito boa! – Disse de forma severa Lady Jessie, ela podia ser dócil, mas quando se tratava de sua família ela virava um dragão.

–-E eu? Eu estava escrevendo as cartas para os clãs, por causa de vocês tive que escrever rápido de mais. Se eles entenderem errado... MENINOS, VOCÊS VÃO FICAR SEM DOCE POR UM ANO! – Elinor falou de forma severa, severa até demais. Deixou Hamish ainda mais nervoso e Hubert com mais raiva.

–-Vamos falem! E vocês dois... – A Lady apontou para Harris e Hamish. –Por que não falaram nada? – Ela perguntou com um olhar de mãe preocupada, como se tivesse sido traída.

–-Eu... Nós... Eles... Vocês... –Hamish apontava para todos de forma desordenada, sem saber o que dizer.

–-Calma irmão, não estamos aqui para ter aula de conjugar verbos. – Harris tocou no ombro de seu irmão tentado deixa-lo mais calmo. – Lady Jessie, eu sei que deve estar preocupada, mas eu lhe digo. Sua filha deve ainda ser pura e se não for, pode deixar que eu mesmo queimo o meu irmão. – Ele sorriu para Hubert, mas o mesmo não sorriu de volta. O que deixou o ruivinho um pouco preocupado. –Bem, Mãe, eu acho que você poderia reconsiderar. Eles são apenas um casal apaixonado. Casais apaixonados fazem besteiras, grandes besteiras. – Harris era muito bom com as palavras e quase que sempre ajudava a defender os irmãos. Mas dessa vez seria difícil.

–-Posso pensar em reconsiderar, mas mesmo assim. Por que não me avisaram? Eu já tinha até mandado cartas para donzelas de vários reinos! Se tivessem me contado... Talvez.... – Ela olhou para o seu filho, Hubert, que parecia muito com Merida quando Elinor chamou os Clãs para ser escolhido o primogênito que ganharia a mãe de sua filha. De forma atenciosa ela foi até seu filho. Tentou segurar a mão dele, mas o ruivo a puxou de volta. –Eu sei que deve estar com raiva de mim, mas isso iria acontecer a qualquer momento. Filho, você deve estar perdidamente apaixonado. Eu também já fiquei assim, e fiz muitas besteiras. – Com o tempo Hubert foi sendo aborrecido e olhava para sua mãe com esperança. Elinor, tinha virado uma mãe mais atenciosa desde que tinha sido um urso. – Talvez.... – O menino já abriu um sorriso imenso. --... Me escute antes de sonhar! TALVEZ, eu consiga conversar com o Sultão. – Elinor disse já imaginando como iria arrumar aquela confusão numa carta.

–-Obrigado! Obrigado, mãe! – O menino pulou da cadeira e abraçou a Rainha, de forma que a levantou no ar e sua coroa caiu no chão.

Quando ela foi solta, daquele abraço sufocante, passou a mão pela sua roupa e pegou sua coroa do chão.

–-Mas sejam mais cuidadosos, não vai ser bom para a reputação dela. Não, ainda que não temos certeza se vou conseguir adiar o casamento. –Com aquelas palavras Elinor, se virou para Lady Jessie, que parecia um tanto confusa. –Vai dar tudo certo. – A Rainha sussurrou para a Lady, mas não tinha certeza disso.

O casal, já estava festejando com um beijo enquanto Hamish quase desmaiava de alivio e Harris sorria por ter vencido aquela discussão. Lady Jessie se despediu de sua filha e brincou com Hubert dizendo para cuidar bem dela, depois foi se dirigindo para a cozinha. Onde as mulheres já estavam tranquilas enquanto encaravam algo pela janela.

–-O que está acontecendo aqui? – Ela perguntou para as mulheres perplexas, como não recebeu nenhuma resposta tirando os “Oooh!” “Que incrível!” “Como isso é possível?” a mulher gorducha foi empurrando as mulheres com cotoveladas e assim conseguindo ver o que acontecia. –Ah... Serio? – Ela perguntou ridicularizando as mulheres. –Isso sempre acontece quando os Guerreiros do Sol vêm para cá. Agora voltem ao trabalho já que não estão mais tão tristes! Temos visitas! – Com aquela fala as mulheres começaram a se movimentar feito loucas pela cozinha apertada e fria, teriam muito trabalho pela frente.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram favoritem ou cometem, por favorzinho. Gosto muito de saber se as pessoas estão gostando das minhas histórias.



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