A chuva começa a cair forte sobre Toquio. Neji chega todo molhado na mansão dos Hyuuga, ele entra olhando para a sala enorme e vazia.

- Hiashi-Sama? – Ele chama o tio em voz alta. –“Será que ele está lá em cima?” – Neji sobe as escadas em silencio, ele anda pelo corredor do segundo andar da mansão. Vê uma porta rosa entreaberta e se aproxima olhando pela fresta. Ele fita a garota de cabelos negros e lisos vestindo uma camisola um tanto sensual. Um vestidinho soltinho rosa, pouco transparente. Por baixo do vestidinho transparente um sutiã rosa e uma calcinha fio-dental. Ela estava de pé, parada frente à janela observando a chuva forte bater no vidro.

- Neji, entre. – Pediu ela sem desviar os olhos perolados da chuva.

- Gomen nasai, Hinata-Sama. – Ele se desculpa entrando no quarto - Eu estava passando e...

- Não precisa se desculpar Neji-kun. – Ela anda até ele esboçando um sorriso maroto nos lábios finos e rosados.

- O-Onde está o Hiashi-Sama?

- Ele saiu com a Hanabi. E sabe Neji, acho que ele vai demorar. – Ela solta um risinho baixo andando para trás de Neji, Ela coloca as mãos sobre os ombros largos do garoto sussurrando em seu ouvido – Estamos sozinhos.

-“Hinata está tão diferente. Ela nunca foi assim, tão ousada.” – Acho que vou embora então. Avise o Hiashi-Sama que ma-mais tarde eu volto.

- Não, Fique Neji. – Ela desce as mãos para o peitoral dele, acariciando com a ponta dos dedos de leve por cima da camisa. Ele segura um dos pulsos dela puxando-a para frente dele.

- Hinata-Sama, o que deu em você? Você está tão diferente. Que roupa é essa?

- Você não gostou Neji-kun? – Ela faz biquinho, logo ela solta outro riso malicioso. – Vamos lá, priminho. Sempre fui a santinha, a tímida. E você nunca nem me notou, mais eu mudei. – Ela solta o pulso da mão dele e cola seu corpo junto ao dele. Aproximando sua boca da dele.

- Hinata, não...

- Qual é? Tá com medo de mim, priminho?

Ela desce sua boca até o pescoço do garoto mordiscando de leve. Ele se arrepia recuando um pouco, ela puxa Neji pela camisa voltando a colar os corpos.

- Tá com medo Neji? Calma... – Ela ri divertida no pé da orelha do garoto, ele sentia aquele hálito quente fazendo os pelos eriçarem. Mais era só um jogo dela, e se ela queria assim, iria ser assim. Ele envolve os braços em volta da cintura da garota e a levanta, ela cruza as pernas em volta da cintura de Neji sentindo as mãos do garoto segurarem com força seu bumbum.

- Hinata! – Uma voz grossa masculina gritava o nome da garota, vinha do andar de baixo da mansão.

- É o Hiashi-Sama. – Sussurra Neji apavorado. Ele larga a garota em cima da cama, selando seus lábios num selinho demorado. – Droga, nunca mais me seduza assim.

Ele sai do quarto às pressas. Hinata levanta da cama e fecha a porta deslizando as costas na porta até sentar no chão. Ela ri escutando Neji se desculpando e dizendo que só estava conversando com Hinata à Hiashi.

- Ainda vamos terminar o que começamos Neji.

(...)

A noite chega e a chuva havia parado. Deixando só um tempo frio. Sakura dava os últimos retoques na maquiagem, ela se olhava no espelho tentando conter o choro.

- Não chora, não chora! – Pedia ela a si mesma. Ela desliga o celular que já tinha centenas de ligações ignoradas e mensagens de Naruto. Ela escuta a campainha tocar e logo sai do quarto, ela para diante da escada e observa Sasuke e seus pais entrarem. Todos elegantes. Sasuke de smoking com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, certamente para Sakura.

- Olá senhor e senhora Uchiha, entrem e fique a vontade. – Yori os recebem sorrindo simpática. Sakura desce a escada cautelosa, Sasuke sorria lá de baixo admirado. Sakura estava linda, vestia um vestido roxo com vários detalhes em brillhante e uma faixa também roxa amarrada abaixo dos seis deixando a cintura mais desenhada e seus seios mais volumosos no decote em “V”. Seus cabelos estavam presos em um coque com apenas alguns fios soltos e sua maquiagem delicada e o salto agulha ajudavam deixando-a deslumbrante.

- Sakura...

- Olá Sasuke. Olá Senhor e senhora Uchiha. – Sakura sorri tentando ser o mais natural possível. Sasuke dá o buque de flores a ela e todos se dirigem a mesa onde os pais de Sakura os esperavam. Yori e os outros empregados serviam o jantar, Sasuke não tirava os olhos de Sakura.

- Então, devemos marcar a data do casamento não acham? – Sugere o senhor Fugaku, pai de Sasuke.

- Por mim eu casava hoje mesmo. – Sasuke diz sorrindo. Sakura sente seu estomago embrulhar, ela sorri tomando um gole do suco.

- Bem, podíamos marcar para daqui uns três meses não? Dá tempo de arrumar tudo. – Diz Akio abrindo um sorriso de canto.

- Claro, acho perfeito. – Responde Fugaku.

- Por mim tudo bem. – Concorda Mikoto, mãe de Sasuke. Todos planejavam o casamento, pareciam tão entretidos que esqueciam que o casamento era de Sasuke e Sakura. Mais isso não fazia diferença no momento.

- Você está linda Sakura. – Sasuke a elogia sorrindo de canto. Sakura olha para ele sem sorrir.

- Obrigada.

Sasuke solta um suspiro baixo. Seus pais ainda estavam totalmente entretidos com os pais de Sakura.

- Vamos dar uma volta depois do jantar?

- Sasuke você sabe que eu não estou afim desse casamento, você sabe que eu amo Naruto.

Sasuke pega a mão de Sakura beijando as costas da mão. Depois a segura a palma da mão da garota em sua face, como se ela estivesse acariciando seu rosto.

- Daqui a algum tempo nós seremos marido e mulher Sakura. Esqueça o Naruto. Nossos pais ficaram satisfeitos, eu ficarei satisfeito e logo você também.

Sakura olha para ele, seus olhos verdes estavam vazios e sem brilho algum. Ela o encarou por alguns segundos.

- Eu não vou esquecê-lo. Sinto muito. – Sakura puxa sua mão da dele e volta à refeição. Depois de muita conversa sobre o casamento e papos banais eles foram embora. Sakura sobe para seu quarto tirando o vestido colocando um pijama e depois faz sua higiene. Ela deita pensativa. –“Naruto, que saudades de você” – Ela cobre a cabeça com o edredon.
Sakura acorda assustada com o toque do celular. O relógio marcava 7:30 da manhã.

- Droga. Quem liga essas horas? – Ela atende ainda sonolenta. – Alô?

- Sakura, é o Sasuke. Te acordei?

- Não, eu já estava acordada. – Mentiu ela fechando os olhos, estava morrendo de sono.

- Liguei pra te convidar pra ir à sorveteria hoje à tarde. Vamos?

- Não vai dar...

- Não aceitarei não como resposta, linda.

-“ É tão estranho ouvir Sasuke me chamar de linda.”- Sakura morde o lábio inferior hesitante.

- Vamos Sakura...

- Tudo bem.

- Passo ai às duas. – Diz ele agora mais animado.

Ela desliga voltando a se deitar, mais o sono já havia ido embora.

(...)

Hinata descia as escadas da mansão dos Hyuugas vestindo um kimono branco com detalhes vermelho. Ela para diante de seu pai lhe dando um beijo na bochecha.

- Ohayou Gozaimasu. – Ela senta na mesa gigante do café da manhã.

- Hinata, precisamos conversar.

- Pode falar otoosan.

- Hinata, vamos viajar para Nova York amanhã. Tenho que resolver alguns negócios.

- “Vamos”?

- Isso mesmo. Faço suas malas hoje.

- Mais otoosan...

- Sem mais Hinata. - Ele se levanta saindo da sala.

- Espere otoosan, tenho uma idéia.

Ele para virando-se para ela.

- Que idéia? – Pergunta ele curioso, ela abre um pequeno sorriso.

(...)

- Temari, abre agora.

O ruivo batia na porta cor-de-rosa furioso. A porta abre lentamente.

- Qual é Gaara, tô com sono. Vai encher o Kankuro.

- Temari você chegou depois das 7 da manhã. Você pensa que eu não te vi entrar?

- Vai ficar me controlando agora? Eu vou fazer 18 anos logo. Tá na hora de você cuidar da sua vida. – Ela tenta fechar a porta mais o garoto empurra a porta entrando no quarto.

- Você passou a noite com aquele... Nara, não passo? – Pergunta ele com certa dificuldade de dizer o nome do garoto.

- Isso não é da sua conta – Responde ela irritada.

- Ele te fez de gato e sapato Temari, para de ser idiota.

Ele a puxa pelo braço olhando para o pescoço da garota.

- O que são essas marcas roxas em seu pescoço, Temari?

Ela coloca as duas mãos em volta do pescoço escondendo as chupadas um pouco tarde demais.

- Não é nada, some daqui Gaara.

- Você transou com ele? Temari sua idiota, ele só quer isso com você...

- Já disse, some daqui... – Ela o empurra pra fora do quarto e tranca a porta.

- Temari eu estou te avisando, ele não presta...

- Droga. – Ela sussurra voltando para a cama e tentando não escutar os sermões do seu irmão.