Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 21
Dia de Ação de Graças


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas volteii povoooo!!! Então, mil desculpas por ter abandonado vocês, mas fiquei super enrolada, tive que criar uma peça e ensaiar com meu grupo e não foi nada fácil, isso dominou minha semana. Mas enfim, aqui está e eu gostaria de agradecer aos comentários de vocês pessoas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595971/chapter/21

POV. Daphne

Acordo pela madrugada, com batidas na porta de meu quarto. Olho para a janela e o dia nem ao menos clareou. Ponho um roupão e destranco a porta. A luz do corredor ofusca um pouco meus olhos e os apertos.

– Oi. – diz Josh como um sussurro.

– Oi. Está tudo bem? – pergunto preocupada.

– Está, só não consigo dormir. – diz ele. – Posso entrar?

– Claro. – digo.

Dou-lhe espaço para adentrar em meu quarto, que estava todo escuro com exceção da luz do luar que adentrava a janela. Volto a fechar a porta e deito novamente em minha cama, agora na posição oposta. Josh está sentado ao meu lado.Vejo pelo seu rosto que ele não está tão bem.

– O que houve? – pergunto.

– Não gosto de retornar para casa. Mas você não estava toda errada. Eu devia contar para minha mãe, mas se eu falar eu não vou encarar isso como se fosse uma ficada.

– Então seria algo sério? – pergunto.

– Sim. – ele concorda.

– E você está de acordo? – pergunto. Ele hesita.

– Você concordaria?

– Claro. – digo, levantando-me e ficando sentada.

– Eu também. – diz ele se aproximando. – E não precisa contar para sua mãe. Nós podemos ir escondendo.

Deitamos novamente e ficamos virados um para o outro. Nós não nos tocávamos. Era estranha aquela sensação. Era realmente algo sério? Pela primeira vez na minha vida. Não que eu não tivesse esperanças. Pelo contrário, desde quando ficamos no casamento, eu sabia que algo mais que sexo e um simples beijo.

– Outro motivo pelo qual eu não gosto de retornar para cá é que meus pais ficam conversando comigo sobre trabalho. E nunca consigo conversar sobre isso com eles. Eu tava analisando um anúncio de fotografo. Meu tempo está acabando.

– O meu também. E minha mãe vai me deixar pirada. Eu chequei meu e-mail, depois do jantar e ela me mandou mais de dez e-mails sobre o que nós devemos fazer para o concurso. Quando esse feriado acabar eu estou ferrada. – digo enterrando meu rosto no travesseiro.

– Faz parte. Eu também estou, mas vai dar tudo certo no final. Eu acredito nisso. Estou analisando uma proposta de emprego, mas só vou conversar com eles, quando tiver total certeza. – diz Josh para mim, sorrindo. – Temos que dormir para irmos para a praia bem cedo. Eu vi que fará Sol amanhã.

– Tomara. Eu fui pouquíssimas vezes à praia.

– Sério? – perguntou ele e assenti. – Não acredito. Eu passei minha vida inteira nesta praia.

– Você mora em frente a uma. Aí é fácil. Só ia quando eu viajava para o Hamptons com a minha família.

– Então vamos dormir para irmos bem cedo. – diz ele, se aconchegando mais em minha cama e rio. – Posso dormir aqui, né?

– Agora que você já ta, vai com tudo amigo. – digo e ele ri. Abraçamos-nos e aos poucos caio no sono.

Acordo pela manhã, sozinha em minha cama. Demoro para me acostumar um pouco com a luz do Sol. Josh estava certo. Hoje o dia está bonito. Levanto-me e procuro uma muda de roupa para eu ir à praia. Tomo um rápido banho e saio de meu quarto descendo as escadas. Na sala de estar encontro Eleanor, tomando uma xícara de café.

– Bom dia, senhora Parker! – digo.

– Bom dia, querida! Josh está na cozinha, terminando de arrumar a cesta de piquenique. Se quiser, há café pronto em uma jarra no balcão.

– Obrigada! – digo e sigo para a cozinha.

Josh estava terminando de separar alguns biscoitos e coloca-los dentro de uma sexta. Ele começa a falar em um tom baixo e demoro um pouco para entender.

– Desculpe por ter saído sem te avisar. Não queria te acordar, e precisava arrumar a cesta. – diz ele.

– Tudo bem. – digo e coloco um pouco de café para mim. Nem longe de casa, meu vício não para.

– Ah, e esqueci. – diz Josh e ele me dá um beijo, digno de começar bem o dia. – Bom dia.

Fico um pouco espantada, como medo de que a mãe dele nos veja, mas não há mais este problema já que decidimos que nossa relação é séria.

–--------------------------------------------------X-----------------------------------------------------

O feriado passa voando. Em um piscar de olhos, domingo chega e temos que pegar o trem de volta. Jared nos levara na estação, mas com Josh dirigindo o carro novamente.

Despeço-me dos pais de Josh. Agradeço-os por tudo que fizeram por mim durante o feriado. Eleanor diz que espera que eu volte, e prometo para ela. Jared já nos esperava dentro do carro, entro e Josh logo em seguida. Ele manobra o carro, tira-o da garagem e antes de irmos ele coloca a cabeça para fora, grita:

– Pai, mãe! Daphne e eu estamos namorando. Amo vocês, até a próxima. – ele grita e arranca com o carro. – Sem especulações, viu?

Jared faz algumas meras perguntas para nós, mas nada invasivo. Ele diz que já suspeitava, desde quando foi para Manhattan. Principalmente pelo fato de termos jantado os três juntos. Isso foi a confirmação para ele. A suspeita foi o tanto que Josh falava de mim.

Ao chegarmos à estação compro nossas passagens, enquanto Josh se despede de seu irmão. Eles precisam de seus momentos a sós, pois ficaram um tempo sem se ver novamente.

Despeço-me de Jared e o agradeço por tudo que fez. Josh deixa em aberto o fato de voltar no natal. Entregamos nossos tickets ao maquinista do trem e embarcamos. Da janela, acenamos para Jared enquanto o trem se move.

Suspiro e olho para a cidade que começa a desaparecer. Foi bom passar um tempo longe de toda a confusão da Big Apple. Foi bom passar um tempo em família, sem ter de preocupar com as loucuras de minha mãe, pois apesar de ter conhecido a família dele à poucos dias, eles me fizeram sentir como se estivesse em casa.

Fico um pouco triste e relutante por ter que voltar, mas fazer o quê? Temos que seguir. A diversão deste feriado vai me fazer seguir em frente.

No dia de Ação de Graças, fomos à praia. Foram poucas as vezes na minha vida que tive o privilégio de molhar meus pés com a água do mar. Foi divertido fazer um piquenique na areia. Josh estava numa tentativa falha de me ensinar a nadar. Parecia impossível e o máximo que consegui no final foi boiar. Ficamos rindo a tarde inteira.

Após retornamos da praia, ajudei Eleanor com o peru e o restante das comidas típicas do feriado. Sentei-me ao lado de Josh no jantar. Agradecemos por tudo de bom que nos aconteceu. Os pais de Josh agradeceram por terem me conhecido, fiquei um pouco constrangida na hora. Isso com certeza me pegou de surpresa. Eles eram extremamente amáveis.

Não poderia imaginar um jeito melhor de passar meu dia de Ação de Graças. Apesar de tudo, lá no fundo eu sentia falta de minha família. Por conta disto, antes de cear na quinta, liguei para minha família. Falei com meu pai, meus irmãos e até minha sobrinha, que estava aprendendo a falar. Minha mãe parecia um pouco decepcionada, talvez até triste, mas apenas me disse que estaria em Manhattan, dias antes do concurso. Talvez eu seja um pouco dura com ela, talvez ela mereça mais carinho. Ela faz muito por mim.

Volto para a realidade quando Josh fala comigo. Eu estava viajando nas ideias. Talvez ele até tenha falado comigo e eu não tenha prestado atenção.

– Gostou da viagem? – pergunta Josh para mim, sorrindo.

– Com certeza. – digo e planejo algum dia retornar para Montauk com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Começarei a escrever o próximo imediatamente. Comentem, deem like e recomendem para os amiguinhos. Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miss Simpatia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.