As If It Were The Last Day - 1ª Temporada escrita por PrisReedus


Capítulo 12
Is killing us.




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O dia amanheceu e o grupo resolveu se mexer, começaram a dar machadadas nas cabeças dos errantes só pra ter certeza e dos mortos do acampamento. Do acampamento de Shane, só Amy, July e Ed morreram, mas havia aquele grupo que não se misturava, mesmo assim se conheciam, se ajudavam.

Daryl puxou de uma barraca o corpo mutilado de Ed, as pernas não estavam mais ligadas ao corpo, seu peito estava aberto e os órgãos espalhados. Ele ergue e picareta , mas Carol o para.

– Deixa que eu faço.

Relutante ele entrega a ela, que chorando, acerta cabeça do marido algumas vezes. Daryl vai até T-Dog e o ajuda a se livrar dos outros corpos. Quando estavam prestes a jogar um corpo na fogueira, Glenn grita com eles para parar.

– Os nossos vão ali! na outra pilha!

T-Dog não diz nada, Daryl bufa, mas depois concorda, ele não ia gostar que jogassem seu irmão numa pilha qualquer com aqueles bichos. Depois de terminar, Daryl ainda pega uma tábua em seu acampamento e escreve “July, amada prima”.

***************

Eles levaram os corpos até as covas de Jim para enterrar lá. Drake e Ana ajudaram Marie a colocar a prima lá dentro e ela sozinha jogou toda a terra por cima. Andrea não, recusou ajuda de todos para colocar o corpo da irmã lá. Quando Marie terminou, secou as lágrimas que pingavam no queixo, mas não paravam de sair dos olhos e ficou olhando aquele relevo de 1,60m na terra.

Daryl se agachou ali e colocou o pedaço de madeira talhado em cima. Marie leu e sorrio com os lábios tremidos, os olhos brilhando mais, ela se vira e abraça ele - Obrigada.

– Tudo bem - ele envolve as costas dela, e ela deita a cabeça em seu ombro - Conta comigo, eu to aqui por você e pra você

Os dois continuam quietos e abraçados por mais um tempo e ele deixa que ela encharque o ombro de sua camiseta com lágrima.

***************

Logo depois, enquanto voltavam para o acampamento, os quatro ouviram Jacqui gritando que Jim havia sido mordido.Daryl abandona Marie com Ana e Daryl e corre até lá, enquanto T-Dog o segura, ele ergue a camisa, revelando uma pequena mordida no lado esquerdo do abdome.

– Eu tô bem… Tô bem.

***************

Daryl deixa Marie com Ana e ele e Drake se juntam aos demais para decidir o que fazer com Jim.

– Ele ainda tá bem, podemos ir a algum lugar pra ajudá-lo - diz Rick

Shane discorda com a cabeça - Ia ser arriscado demais, ele pode se transformar no caminho

– Ficaremos de olho nele.

– Vou dizer o que fazer com ele - Daryl rosna irritados indo pra ciam de Jim que está sentado na escada do trailer com o machado erguido.

Ele ouve um click de arma sendo carregada, é Rick apontando a arma pra cabeça dele de novo - Não matamos os vivos.

– Engraçado dizer isso apontando uma arma pra minha cabeça - Mas ele baixou o machado, pensando novamente que ele não ia gostar se fosse com o irmão dele, então era melhor deixar passar.

– Podemos ir a Fort Benning, ouvi há um tempo que lá tá de pé ainda - diz Shane

Rick pensa - Ou então o CCD. Eles podem saber o que é isso e talvez como ajuda-lo.

***************

Marie desmonta sua barraca e guarda no canto do porta-malas do Jipe, embaixo do banco de trás. Ela junta as coisa da barraca da prima, como armas, lanternas, comido e o resto ela “doaria”.

– Se quiser as coisas dela, a barraca, as roupas… Pode pegar - ela diz tentando se manter calma, tentando ser forte e não chorar, mas a boca treme.

– Tá bom , Marie. Obrigada - diz a amiga deixando a tristeza transparecer

Depois, segue até Carl, que está com Rick desmontando a barraca deles - Carl - os dois se viram e Carl dá um passo pra frente, Marie se agacha para ficar do seu tamanho - Ela disse que te arranjaria um, mas… - seus olhos se enchem de lágrimas e Rick sente um aperto no coração vendo aquela cena, Marie tira do bolso da calça de moletom o canivete suíço prata da prima, com as inicias dela gravadas “JDJB” para entregar a ele - Pega pra você. De herança, um lembrança dela.

Rick sorri. Carl pega e abraça Marie - Eu gostava dela.

Marie deita a cabeça no ombro do garoto, chorando - Eu também - depois se ergue secando o rosto e fungando - Use bem e deixe ela orgulhosa.

– Vou fazer isso.

Marie olha para Rick que dá um aceno de cabeça, ela sorri de leve e vai pro carro, se senta no banco do motorista e encara a foto presa na parte de cima do painel. Ela suspira pra não chorar, mas não consegue, o choro vem com violência para ela e ela apoia a testa no volante pra desabafar. Ela descola a foto e se delicia com a nostalgia… O dia do aniversário de 15 anos das duas. Elas faziam tudo juntas, nada mais justo do que fazer a festa no mesmo dia, optaram por fazer no mês de agosto, depois do aniversário da July, antes do aniversário da Marie. Na foto July estava reta sorrindo para a câmera, seu cabelo esta liso e ela usa um vestido azul marinho com o colo do peito feito por uma tela transparente e flores azul nos seios e Marie usa um azul mais claro com detalhes em preto na parte de cima e uma camada de tule preto na parte de baixo, ela se apoia do ombro da prima e sorri com a cabeça de lado. Foi um dos dias mais incríveis para as duas, seu tio Louis D’Jacques Bathelemy, pai de July dançou com ambas e o discurso que ele e a esposa Emília fizeram, emocionou muito as duas. Marie não pode ter os pais naquele dia, ou em qualquer outro da vida mas mesmo assim foi incrível.

Drake para ao lado dela, na janela e olha para a foto - Vocês são iguais…

Marie balança a cabeça que sim.

– Deixa que eu dirijo.

– Não. Eu.

– Mas Marie…

– Drake, não

Ele vira as costas e caminha até o acampamento Dixon, onde Daryl terminava de guardar suas coisas e deixava as coisas de Merle de lado.

– Hey, Daryl.

– E aí, cara?

– Cara, a Marie tá difícil.

Daryl agora olha para ele com interesse, Drake continua - Ela tá mal, dá pra ver e tá querendo dirigir. Não acho que seria uma boa idéia.

– Não seria. Você tá querendo que eu falei com ela.

– É. Vai que ela te escuta.

– Quando eu terminar eu vou lá.

– Valeu - Drake vira de costas e sobe para ajudar Ana.

Marie abre o porta luvas, encontrando o que ela sabia que a prima ainda teria: cigarros. Ela acende aquele Marlboro e dá uma forte tragada. Ana vê aquilo e suspira, já fazia um tempo que ela não fumava, ela e July se tratavam do vicio, mas July sempre recaia, até que decidiu parar e voltou a fumar.

Daryl jogou as coisas dele na caçamba da caminhonete, azul e a moto também, ele iria com um dos carros que estava sobrando, a chave ele joga para T-Dog - Se quiser… Só peço pra carregar minha moto

– Beleza.

Depois caminha até o Jipe, Marie está com uma mão no volante e a outra segura o cigarro na boca, ele não sabia que ela fumava. Ele se debruça na janela e encara o fumo na boca dela, ele percebe que a ponta dele se acende e apaga, ela está dando leves tragos rápidos, e que a fumaça sai pelo nariz dela. Não é o termo certo para se usar, mas ele pensa “Ela é boa nisso”.

– Dá um trago?

Marie suga profundamente e depois entrega a ele, ela ainda segura a fumaça no pulmão por alguns segundo antes de soltar, tempo o suficiente para ele dar um tragada forte e soltar.

– Marie, acha que tá bem pra dirigir?

Ela solta toda a fumaça num sopro lento - To sim - diz sem olha-lo.

Ele coloca o cigarro na boca dela e suas bochechas se afundam enquanto ela suga de novo. - Eu acho que não - ele diz.

– Você não tem que achar nada. Vai embora

– Marie, presta atenção… Você não pode dirigir.

– Posso sim! - ela agora tinha a voz embargada - July conseguia, dirigiu metade da cidade pra chegar com seu pai ao hospital, mesmo sabendo que ele já estava morto! Ela conseguiu. Eu também posso… Eu consigo - Aí ela baixa a cabeça e cai no choro.

– Você não é a July! Marie, me escuta!

Ela desce do carro, bate a porta e joga o cigarro longe e cruza os braços. Ele fica encarando ela, o que a faz virar o rosto para o lado, as lágimas caindo idiotamente. Daryl se aproxima dela e a faz virar para ele, segurando seu queixo - Eu sei o que tá sentindo. Fui até a porra do prédio pra achar só a mão do meu irmão. Ele podia ser um vagabundo, mas era meu irmão!

– July era tudo o que eu sempre quis ser. Sempre dando orgulho para as pessoas, mesmo fazendo burrice, sempre alegrando todo mundo. Ela é… era… durona e ao mesmo tempo meiga.

– Você é assim.

Ela olha nos olhos dele e ele continua - Pra mim, pelo menos. Marie eu não converso com esse grupo, eu não falava com as pessoas, mas com você…

Ela abraça ele repentinamente. E ele a aperta forte contra o peito - Obrigada, Daryl - ela ergue o rosto e, a cinco centímetros do dele, dá um beijo em sua testa. De inicio, Daryl não entende, mas reconhece como uma demonstração de afeto e retribui dando um beijo demorado na testa dela.

Por que ele fez isso? Nem ele sabe.

***************

Estavam no meio da estrada quando o trailer parou, e todos pararam também.

– É o Jim - diz Jacqui a Rick quando ele para o carro do lado - Ele não vai mais aguentar.

Colocaram Jim sentado contra uma árvore e Rick deu uma arma a ele.

– Tem certeza que não quer que a gente fique? - pergunta Ana cheia de compaixão

– Tenho - ele responde extremamente fraco, ele está suando - Vão e fiquem bem porque… eu tô - ele engole em seco, dói - Tô bem…

***************

Marie entra no banco de trás novamente, com Drake no volante e Ana do lado, ela se encolhe, com as costas encostadas na porta e os pés na outra, a cabeça repousada no encosto do banco e acaba dormindo.

Já está anoitecendo quando eles chegam ao CCD. Há alguns errantes na frente e outros em volta. Todos vão em silêncio até lá, matando os errantes e batem na porta, ninguém abre. Um desespero e uma confusão começa quando os outros mortos se aproximam deles.

– Vamos embora! - grita Shane

– HEY! ABRE A PORTA!

– Rick, vamos embora! Acabou, cara!

– Não! Espera! A câmera se mexeu, eu vi - Tem alguém ai! ABRE A PORTA!

– Foi só sua imaginação! - diz Dale

– É automática cara, vamos embora!

– Não! Deixa a gente entrar! Você não sabe como está aqui! Por favor! TÁ MATANDO A GENTE! OUVIU?! VAI MATAR A GENTE!

Shane agarra ele, puxando para os carros de volta. Drake já puxava Ana e Marie para o Jipe também, todos davam as costas, até Rick quando um barulho de metal contra metal e uma forte luz os parou. A porta foi aberta.


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