Sob a Máfia escrita por Deih


Capítulo 33
32




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BELLA

Não ouvi a porta se abrir, Jacob estava se chegando no chão a minha frente procurando sinais de ferimentos e tudo o que eu queria era que ele me deixasse em paz – pela primeira vez desde que nos reencontramos.

—O que aconteceu?

Tudo o que conseguia pensar era que atirei em Edward e isso deveria ser bom, mas não estava sendo – não da forma que imaginei.

—Bella. –Segurou meu rosto. –Tinha sangue lá...

—Atirei no Edward.

Jacob se sentou.

—Como?

—Edward me achou.

—Eu vou mata-lo...

—VOCE NÃO VAI FAZER NADA! –Gritei.

—Bella, ele te achou.

—Eu não estou fugindo. Eu atirei nele e o deixei lá.

Jacob se levantou.

—Se isso te deixa feliz, ele não estava lá. A polícia estava.

—Como?

—A polícia estava lá, não sei se entraram. Eu sai antes. Temos que sair daqui, Bella. Deixa isso para lá. Você vai deixar de ser vítima para ser criminosa. Vamos comigo para o Canadá, eu tenho uma vida lá...

—Eu não vou. Você pode ir, mas eu não vou a lugar algum. Eu não estou arrependida.

Deu de ombros.

—Queria acreditar nisso.

—Não estou tentando provar nada. –Me levantei.

Precisava de um banho e foi onde fiquei por quase uma hora, dentro do banheiro. Edward sabia que eu estava viva, isso ficava martelando em minha cabeça. Jacob estava diferente depois de saber disso, nos falamos bem pouco ao longo do dia e as noticias que vieram foram boas. A polícia estava montando um esquema, seguindo os noticiários, isso fazia todos os ratos sair do buraco.

Leah mandou apenas um e-mail e seu pedido era algo que eu não poderia atender. Me encontrar com ela estava fora de cogitação. Também não houve notícias sobre Edward, nem ninguém da máfia havia sido preso em nenhum dos esquemas. Tinha apenas uma carta em manga para o fim antes de sermos apenas nós dois novamente.

—O que foi isso que apagou? –Jacob perguntou.

—Pessoal.

—Ele volta e você perde a confiança em mim.

O encarei.

—Jacob, se você ainda quiser me ter por perto, não dramatize o que já está no limite do drama.

Bufou.

—Você está diferente, Bella.

—O que quer que eu faça?

—Aja como antes.

—Edward e eu é um assunto fechado.

Suspirou.

—Edward não se importa com você. Ele te deixou lá...

—Ele já sabe...

—E você acreditou que ele faria diferente? Bella eu daria minha vida por você, mas jamais a deixaria lá.

—Isso é um assunto meu.

—Você o ama, não é? O tempo todo. Você o ama.

—Jacob!

—Você sabe que isso é doente? –Se afastou. –Isso é doente, Bella.

—É doente porque você também me ama e isso se torna impossível de engolir! –Gritei. –Mas eu estou falando que isso é pessoal, Jacob! Isso é muito mais do que você já viu. Não, você não estava no começo. Não tente entender.

Seu olhar era derrotado.

—Não deixe ele te dominar de novo.

—Depois de tanto apanhar, a gente aprende a bater.

Dessa vez ele está mais próximo, Jacob me abraça tão forte que acho que posso morrer sem ar, mas me solta antes que isso possa se tornar possível.

—Não estou te chamando para fugir, mas vou atrás de notícias do Cullen e depois vou até algumas pessoas procurar um lugar seguro. As próximas essa cidade vai estar em chamas, é melhor ficamos longe.

—Tudo bem.

Não estava bem, mas iria ficar. Depois que Jacob saiu, arrumei minhas coisas – não era muita coisa. Era só um modo de manter minha mente funcionando, esquecer um pouco as últimas horas e me lembrar que apesar da polícia ter provas o suficiente dos crimes que nos cercam, ainda tinha Phill atrás da minha cabeça – e mais um monte de louco agora.

Deixei a porta do quarto se bater atrás de mim arrastando minha mochila para sala, toquei minha cintura em busca de minha arma, mas precisei de apenas um passo e tudo começou a girar.

—Você estava me devendo isso. –A voz começou a sumir em minha mente.

Apaguei.

EDWARD

—Quero que rodem essa cidade, que a coloquem de cabeça para baixo. Quando eu pegar, Heidi eu vou acabar com ela.

—Vamos voltar a casa da Bella. –Felix avisou.

—Tragam John Hogan até aqui. –Mandei.

Parecia que tudo estava desmoronando realmente e nada se dava a polícia destruindo nossas fronteiras ou os riscos que corríamos. Era tudo ela. Apesar de quase ter sido morto, não era o nosso fim ainda, eu precisava falar – e nunca falamos, de alguma forma era sempre nos atacando. Vê-la daquele jeito só provou que eu nunca quis que tivesse o mesmo destino que o meu.

Estar nesse meio era se sujar e muita das vezes não era uma escolha – não foi a minha. Minha vida foi programada para ser do jeito que é, ter duas vidas e não se envolver em nenhuma delas. Ela quebrava as regras, cada uma delas.

Bella nunca poderia ser como antes – se continuasse viva. Isso era claro.

—John está aqui. –Jasper gritou em minha sala.

—Estou descendo.

John gritava a todo pulmão, estava pior do que o ultimo dia em que o vi. Felix o socou e seu corpo caiu em meu sofá.

—Ele está me cansando. –Resmungou.

—Onde Heidi está?

—Eu não sei! –Gritou. –Eu já falei tudo o que sei, eu não vi ela. Eu não vi ninguém.

—Heidi fugiu, ela foi atrás de alguém.

John me encarou.

—Olhe para mim! Acha que ela se importa comigo? Ela está louca por você! Eu não tenho mais nada, nada que eu possa ajudar.

—Você sabe que vou matá-la quando a encontrar, não sabe?

Assentiu.

—Mesmo assim não quer tornar as coisas mais fáceis.

—Eu diria... eu diria se soubesse. Mas eu não sei.

—Onde Phill está?

—Eu não sei...

—Você esteve com ele! –Felix o puxou.

—Eu... eles falaram alguma coisa. Galpão, pedreira eu não sei... alguma coisa abandonada. Eu não sei.

Jasper resmungou.

—Ele não vai falar, ele não sabe.

—Não se lembra de mais nada?

Negou.

—O coloque no porão. –Mandei. –Laurent e Peter, eu preciso do mapa que fizeram da última vez com os galpões abandonados.

—O que vai fazer, Edward?

—Caça-los.

—Edward... –Paul gritou.

—Onde Bella está!? –Jacob gritou me apontando uma arma. –Onde a escondeu?! Você tem cinco segundos antes que eu estoure sua cabeça.


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