Sob a Máfia escrita por Deih


Capítulo 29
28




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595831/chapter/29

BELLA

Jacob estava cansado, dormiu em meu sofá algumas horas depois. Levaria um tempo até eu confiar nele fielmente, mas ninguém apareceu desde que ele chegou. Então eu poderia começar a acreditar nisso.
Voltei a minha cama, abrindo o computador e esperando alguma coisa acontecer. Era tarde demais para ligar para casa e ouvir a voz dos meus pais. Tudo parecia caoticamente distante, recomeçar não parecia tão empolgante agora. Estava mais para estranho e triste.
Não consegui dormir, isso durou por três dias até eu perceber que nada de mais poderia acontecer. Jacob estava ali o tempo todo, mas não estava me cercando. Não falamos sobre nada além de segurança. No fundo eu sabia que ele queria falar sobre ele.
–O que tem feito?
–Estou resolvendo as coisas do meu jeito.
–Bella. –Se aproximou. –Eu falei que podia confiar em mim, tudo o que eu quero é acabar com Edward Cullen.
–Jacob, ele não fez nada para você.... Por que... isso? Eu não sou importante, não a esse ponto...
–Você era para mim. Ele sabia disso, todos sabiam. –Encarou o chão.
Respirei lentamente.
–Você também foi especial para mim, me salvou de bons momentos.
–Não digo assim... Bella. – Me fitou. –Desde a primeira vez que a vi eu sabia que isso tudo levaria a um abismo. Era bem mais legal quando eu apenas te perseguia, não parecia a ver perigo até ele te levar de volta para lá. Eu tentaria alguma coisa.
–Eu estava noiva...
–Não importava. –Sorriu. –Eu era mais legal.
Sim, ele era.
–Agora tudo o que quero é me encontrar.
–Eu posso te ajudar.
–Não agora.
Uma mensagem chegou.
Leah.

–Quem é?
–Uma amiga.
Jacob percebeu o que estava fazendo, mas ficou em silencio enquanto redigia outro e-mail e mais arquivos. Tracei uma lista de pontos de lucro de Edward e companhia. Eles iriam em um por um.
–Você sabe o que está fazendo?
–Sei.
–Como tem essas informações?
O fitei.
–Me passaram elas. É a única forma que tenho de destruir o que ele tem.
–E quando vai chegar nele?
–Isso é pessoal.- Voltei minha atenção ao computador. –Pode me levar a um lugar?
–Agora mesmo.

EDWARD

–Três dias.- Felix falou. –Ela está relutante.
–Com fome, ela vai falar muito em breve.
–E se ela não falar? –Perguntei.
–Ela vai falar, Edward. Ela acha que você não está sabendo de nada, as esperanças dela se reduziram. Só precisamos que ela diga sobre o pai dela, eu tenho certeza absoluta que Phill está nisso também.
–Então vamos lá.
Nos últimos três dias eu vi meu irmão de novo, não era nem de perto doentio que essa aproximação toda vinha de uma tortura. Entrei em minha sala e o vi fechar a porta do quando onde Heidi estava. Jasper lembrava ao meu pai em algumas coisas, menos sensibilidade sem deixar de ser sensível.
–Aqui vamos nós, novamente. –Jasper se aproximou. Heidi estava de cabeça baixa. – Pensou sobre minhas perguntas nos últimos dias?
–Vai para o inferno. –Sua voz era um sussurro.
–Te trouxe um presente.
Heidi levantou o olhar. Jasper arrastou a caixa debaixo da mesa, ela estava gritando logo em seguida. Seu pavor por ratos era terrível e ele abusaria disso.
–Dê oi para o nosso amigo.
–JASPER! EDWARD, SOCORRO!
–Grita, ele acha que a essa hora você está, bem. Maravilhosamente bem. –Jasper se aproximou colocando o rato em seu colo.
–Por Deus, tire isso de mim!
–Você sabe o que tem que fazer.
–Eu vou acabar com você.
–Eu sei. –Zombou. –Agora que tal me ajudar.
–Tire ele de mim, por favor.
Jasper apenas assistia seu desespero.
–Como chegou ao casarão? Hein?
–Meu pai! –Gritou.
–Olha, seu pai? Como seu pai sabia?
Heidi estava gritando. Se debatendo na cadeira e Jasper estava com outro rato.
–Vamos lá, Heidi. Eu posso te deixar viva se me ajudar.
–Eles vão mata-los.
Jasper sorriu.
–Interessante, eles quem? Seu pai? Os amiguinhos dele? –Se aproximou.
Heidi se debateu.
–Pare, é melhor, eles não gostam de movimentos bruscos. Então me conte mais.
–Ela está morta! –Gargalhou. –Ela não vai voltar. Não adianta. Edward nunca vai acreditar em você porque ele escolheu a mim!
–Não importa, eu quero saber, que se dane o Edward.
Heidi gargalhou jogando a cabeça para trás.
–Eles sabiam o tempo todo. Sabiam onde estavam, meu pai sempre foi um bom policial.
–Ele te levou lá?
Assentiu.
–Por que?
–Por que? Porque Edward tinha uma máfia e eles queriam entrar! Era o plano perfeito.
Me aproximei mais da tela da TV. Ela estava contando. Parecia que todo o ar estava parado em meus pulmões agora.
–Mas ela está lá quando eu cheguei, eu sabia que estaria, mas não sabia que era tão bem recebida! –Gritou. –Edward era meu, sempre seria.
–Por que os ajudou a chegar lá? Além de seu pai quem mais estava?
–Não vou falar!
Jasper colocou o outro rato em seu ombro.
–Socorro! Alguém me ajuda! Edward!
–Estávamos indo tão bem, você está fraca Heidi. Sem agua e sem comida, ninguém vai te escutar daqui. E se você morrer eu serei um bom mentiroso para dar a notícia sobre você, então me conte.
Ela estava gritando até que sua voz era um sussurro. Os ratos começaram a chiar e isso a fez se mexer mais ainda.
–Phill! Phill queria entrar para a máfia!
Inferno!
–Phill?
–Isso seu idiota. Ele disse que tudo ia ficar bem, meu pai está na miséria! Ele deu dinheiro a ele, ele veio atrás de nós. Edward seria meu, ele não o mataria, mas ele mudou os planos! Phill mudou os planos. Isabella estava viva ainda. Então eu o ajudei, eu coloquei o celular nas coisas dela. Eu passei as informações para ele. Eu! –Gargalhou. –Mas agora ela está morta! Vocês a matou. Isabella.Esta.Morta! Eu avisei ao Phill, ele foi até lá, porque ninguém se preocupou.
Jasper se assustou quando entrei no quarto. Eu queria matá-la, era incrível como de uma hora para outra a pena se transformou em ódio. Minhas mãos estavam em seu pescoço mais rápido do que pude imaginar que conseguiria sair do lugar.
–Edward... o que está.... Fazendo?
–Eu vou matar você, sua desgraçada!
–Meu... amor... Edward.... –Choramingou.
Jasper me puxou para trás.
–Eu falei, falei que tinha alguma coisa errada.
–Jasper, você tem noção... do que eu fiz?
Heidi gargalhou.
–Eu estou aqui ainda. Eu te amo, foi melhor assim.
–Cala a boca sua desgraçada.
–Foi por culpa dela... tudo culpa dela.
–Onde ela está?!
Seu corpo cedeu para o lado.
–Desmaiou. –Jasper a desamarrou. –Vamos deixa-la aqui. Eu vou voltar com Felix e vamos tirar mais coisas dela. Você vai atrás do pai dela e ele nos levará ao Phill. Chegou a hora de acabar com isso.
–Jasper...
–Não precisa agradecer. Só vamos tentar consertar as coisas agora.
–Tem alguma esperança... dela está viva?
Jasper me fitou.
–Eu não tenho. Não é mais sobre isso.

Felix estava em silencio depois que Jasper lhe entregou as provas em vídeo. Poucas vezes o vi chorar, dessa vez ele foi sutil. Quando se levantou, caminhou até minha mesa gritando ordens para varrer a cidade atrás de John. Ele dizia suas características aos gritos e exigia alguma novidade quando voltassem.
–Aonde vai? –Jasper perguntou.
–Atrás dele.
–Já estão fazendo isso.
–Eu não vou ficar parado. Alguém precisa sangrar e não será eu dessa vez.
–O que vamos fazer com ela depois? –Felix me jogou um celular.
–Eu quero que ela morra. Eu não me importo mais.
Não mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!