The Curse of Blood escrita por Morgenstern


Capítulo 6
Reunião de Família


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bem, tem ficado cada segundo mais corrido, mas eu tenho dado meu jeito de escrever mais. Quero dedicar esse capítulo a linda da Anjo Caido. Obrigada pelo comentário, meu amor! Está chegando a hora de uma pessoinha especial aparecer e eu espero mesmo que vocês gostem dele. De acordo com a minha imaginação fértil, a história vai se esticar mais um pouquinho, talvez uma vilã esteja chegando para dar o ar de sua graça em breve. Enfim, divirtam-se.



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Avô? Eu tinha um avô? Como eu nunca soube disso? O que mais meus pais escondiam de mim?

Até que um pigarro, vindo do fundo do aposento me tirou de meus devaneios. Jack tinha se esparramado em uma poltrona grande, que eu imaginei que fosse do meu pai e nos olhava com uma espécie de repulsa.

– Eu adoro reuniões de família, mas podemos pular para a parte que vocês me fazem perguntas, eu digo o que quero e posso deixar essa cabine? - ele perguntou, com uma impaciência velada.

Meu pai suspirou e colocou delicadamente as mãos na minha cintura e me levou até a cama onde eu sentei. A cama era tão macia, e os travesseiros eram mais ainda. Peguei a adaga nas mãos e mexi com ela, fingindo uma distração enquanto meus pais e Jack iniciavam a conversa.

– Certo Jack. Vamos começar. -meu pai disse, e eu não sabia discernir se eu estava vendo o capitão ou meu pai ali. Mas como ele me rondava, com a mão no punho da espada lindíssima, como se esperasse um ataque, presumi que era meu pai. - O que quer com minha filha?

Jack esticou as pernas e um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

– Você sabe o que é William. Sabe da história, melhor que qualquer um. Tanto é que quando soube da gravidez de Elizabeth, quis abandonar a capitania do navio, mas isso custaria a sua vida. - ele falou, como se falasse sobre algo banal - Sabe sobre a lenda pirata. A mais antiga de todas.
A frase quando soube da gravidez de Elizabeth, quis abandonar a capitania do navio, mas isso custaria a sua vida ainda pairava na minha cabeça. Eu pensei em interromper, perguntar o porque de eu nunca ter sabido daquilo, mas não pareceu uma boa ideia, a julgar pelo maxilar cerrado de minha mãe, a expressão ameaçadora de meu pai e o divertimento eminente de Jack.

– O mais puro sangue da união pirata, ao atingir dezenove ondas de inverno, o poder da imortalidade carregará e com ela pranto e morte trará. É isso? - meu pai perguntou, mas sua expressão não deixava dúvida.

– Você decorou, é claro. - Jack parecia se divertir imensamente. - Sim William. E o que me consta, falta menos de dois meses para o aniversário de sua filha.

Com isso, ele olhou na minha direção e fixou os olhos na adaga. Meu pai seguiu o olhar dele, e pareceu se lembrar da minha pequena exibição no convés.

–Querida, o que aconteceu no convés? - ele perguntou e seus olhos se fixaram na adaga. - E onde arrumou essa adaga?

Eu enrubesci um pouco, ao pensar no que eu havia feito. Eu estiquei a coluna e ergui o queixo.

– Os homens eram de Jack. Foram um pretexto para que ele arranjou para que saíssemos de casa e virmos para cá. - eu disse, encarando Jack com a maior ferocidade que pude, ele, parecia indiferente e sorria displicentemente.

– A garota pensa. Minhas suspeitas de que ela não é sua filha aumentam a cada segundo, William - ele falou, jogando a frase no ar.

Meu pai, quase que num movimento involuntário, olhou para minha mãe que o encarou. Eu tinha certeza que aquela conversa ficaria para depois. Jack estava claramente se divertindo.

– Como eu dizia, o aniversário de Livia é daqui há menos de dois meses e a história se cumprirá novamente. - Jack disse.

Até meu aniversário aquele homem odioso sabia. Eu nasci com 7 meses, e foi praticamente um milagre minha sobrevivência. A taxa de mortalidade para prematuros era infíma. Mas sobrevivi.

Meu pai parecia furioso.

–Não vai usar o sangue da minha filha para se tornar imortal, Sparrow! - meu pai gritou, e eu involuntariamente, me encolhi. - Não vai.

Eu me perguntei qual era o problema. Se Jack precisava do meu sangue, eu daria o que ele precisasse e ele me deixaria em paz. Mas a fúria do meu pai dizia que tinha algo mais que eu não sabia.

Eu me levantei, e caminhei o mais delicadamente que pude até meu pai. Encostei a mão em seu ombro e senti os músculos relaxarem antes de se virar para mim.

– Papai, eu dou meu sangue para Jack. Se é só isso que ele quer, eu dou e ele nos deixa em paz. - eu falei, em voz baixa e observei minha mãe lançar um olhar curioso para nós.

– Querida, a questão não é essa...-ele começou a falar, mas foi interrompido.

– A questão é, que nenhuma das outras filhas de piratas sobreviveu depois do ritual da imortalidade. - Jack completou.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu realmente não gosto de me achar, mas esse capitulo ficou demais. Esse final ficou nada mais, nada menos que lacrador. Se eu não estivesse escrevendo, e soubesse o que vem a seguir, já teria tido um infarto há muito tempo. Prometo que vou tentar postar com mais frequência. Será que mereço uma recomendação? It's all folks!



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