The Curse of Blood escrita por Morgenstern


Capítulo 4
Will


Notas iniciais do capítulo

Heey, pessoinhas do meu coração, queria muito agradecer pelos 81 views. Mil perdões por não ter postado esse capítulo ontem, mas eu não consegui mesmo. Eu quase não consigo postar esse hoje, mas se eu não postasse eu roeria as unhas para esperar o começo do Oscar. Fantasminhas, amo vocês, mas deixem uma mensagem! Prometo que respondo a vocês assim que possível. Uma pergunta que um amigo meu me fez, foi por que uma filha mulher? Na primeira frase da fanfic vocês vão entender um pouco. Eu queria transmitir aquela aura de "menininha do papai". E eu acho que se fosse um homem, eu não teria justificativa o suficiente para as coisas que eu venho escrevendo nos próximos capítulos. E eu definitivamente não conseguiria fazer uma versão feminina do par da Livie. Ops, falei demais. Espero que isso sirva de estímulo para não me abandonarem. Enfim, chega de falatório, aí está o capítulo.



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– Livia - meu pai dizia com a voz embargada - minha garotinha cresceu.

Eu só conseguia sorrir e chorar. Eu nem consegui falar para corrigi-lo. Ele não precisava me chamar de Livia. Mas não importava. Aquele momento podia congelar no tempo. Eu ficaria ali para sempre nos braços dele. Mas tínhamos pouco tempo e muito o que fazer.

– Papai - eu disse, com a voz trêmula e com ele me soltando delicadamente e me examinando, maravilhado.

Ele tinha exatamente a mesma aparência de que eu me lembrava. De acordo com a minha mãe era por ser capitão do Holandês. Meu pai é um homem muito bonito. O tipo de homem que se para para olhar. Alto, cabelos pretos, pele clara e seus olhos escuros. Os olhos que eu tinha. A única coisa não pertencente a minha mãe.

– Papai - repeti e ele levantou os olhos para os meus. Ele sorriu ao ouvir eu o chamando assim - você está aqui.

Que coisa idiota para se dizer. Mas ele sorriu ainda mais.

– Sim, estou. Você e sua mãe não tem ideia do quanto eu senti a falta de vocês. - ele falou, com uma doçura na voz, que mesmo que eu soubesse que fosse mentira eu acreditaria. - Você estava no meu colo ainda ontem. Onde está Elizabeth?

Eu o ajudei a pegar as coisas que estavam no chão para me abraçar e eu o levei até a sala. Ele deixou tudo ali e fomos abraçados até o jardim.
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A primeira coisa que reparei é que Jack não estava mais ali. Minha mãe continuava sentada, contemplando o mar. Meu pai me olhou, com um pedido silencioso e eu entendi.

– Mamãe! - gritei.

Ela olhou para mim primeiramente. Em seguida olhou para quem estava junto a mim. Seus olhos se acenderam. O sorriso que ela só dirigia a mim, agora era dirigido a ele também. Ela se levantou e começou a correr. Meu pai nos olhou nos meus olhos, sorrindo tanto quanto ela, pegou minha mão e deu um aperto leve. Ele queria dizer que me amava e que estaria comigo logo. Eu correspondi o aperto e ele correu para ela.
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Eu não via ali, minha mãe e meu pai. Eu via dois jovens apaixonados que passaram muito tempo separados. Eu não vi William Turner, capitão do Holandês Voador. Eu via Will. O Will de minha mãe, o meu Will. No lugar de Elizabeth Swann, eu via Elizabeth. A mulher que entrou no meio do pior tipo de piratas para salvar o homem que amava, a mulher que se casou em um navio, no meio de uma guerra, porque achou que não sobreviveria. E quando os dois finalmente se encontraram, eu não via duas pessoas. Eu via uma só. Eles eram um.

Depois que ficaram alguns minutos sozinhos, voltamos para dentro de casa.
Sentamos no grande sofá, onde meu pai sentou no meio, comigo e com minha mãe de cada lado. Éramos uma família de novo. Meu pai parecia que iria explodir de tanta felicidade. Minha mãe aparentava o mesmo e eu imaginei que estava assim também.

– Vocês duas não tem ideia do quanto eu senti saudades. - meu pai disse, olhando para nós duas. Ele focou em mim. - Livia, você já é uma mulher. Tão linda quanto sua mãe.

Eu senti meus olhos arderem e as lágrimas virem. Não me importava com o que as pessoas dizem sobre minha aparência. Mas ouvir aquilo do 'meu' pai era completamente diferente.

– Papai - ele sorriu ao ouvir isso - me chame de Livie.

– Certo - ele riu - trouxe presentes para vocês.

Eu gostava de ganhar presentes. Meu pai provavelmente sabia disso, pois não poupou esforços para me agradar. Tinha um vestido dourado, maravilhoso e eu fiquei imaginando qual era o propósito daquele vestido. Ele sabia que eu escrevia muito, o que provavelmente era obra de minha mãe, e me deu uma pena lindíssima. Era em tons de preto, roxo e fios de ouro. Era linda. Mas o que eu mais gostei foi o chapéu de capitão. Ele me deu o chapéu dele. Era grande, mas não chamativo, era lindo. Me coube perfeitamente. A pena que estava no chapéu era exatamente igual a minha e imaginei que ele fosse dar a minha mãe algo assim.

– Gostaram? - ele nos olhava apreensivo. A cena era quase cômica. O homem que enfrentou o Kraken, que assumiu o comando do navio mais temido dos sete mares, o grande capitão, com medo da reação de duas mulheres. Ele definitivamente era um doce.

– Não tem como não gostar. - minha mãe falou, sorrindo - são maravilhosos, Will.

Isso pareceu aliviar um peso muito grande das costas dele.

– Agora é nossa vez de presentear - eu disse, sorrindo e meu pai me olhou surpreso. Ele não esperava por isso. Minha mãe sorriu também. - Eu já volto.

Enquanto eu subia as escadas, ouvi algumas palavras da conversa dos dois.

– Fonte...destruída...sangue...dezenove...proteção...navio...piratas.
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Desci em menos de cinco minutos com um baú grande nas mãos. Os dois conversavam com um semblante preocupado no rosto. Eu tinha certeza que falavam de mim.

– Bom, aqui estão algumas coisas que eu reuni aos longos desses dez anos. - meu pai, me olhava, sorrindo. Quando eu falei dez anos, o sorriso desapareceu e a culpa tomou seu rosto - Espero que goste.

Eu entreguei o baú a ele, que colocou no chão a frente. Ele abriu, e ali tinham muitas coisas. Em cima, um maço colossal de cartas. Ele pegou, e percebi que ele iria ler e interrompi o movimento.

– Não leia agora. - eu procurei dizer com o máximo de doçura que pude na voz. - Leia quando estiver com saudade. Essas são quase todas as cartas que eu escrevi nos último anos e não enviei.

– Se eu fosse ler somente quando estivesse com saudade, eu teria que ler a cada segundo do meu dia. - ele me olhava como se pedisse desculpas. - Você é o maior presente que eu poderia ganhar.

Com isso, ele levantou, me envolveu num abraço rápido e me fez sentar novamente ao lado dele.

Continuou olhando os novos pertences. Ali tinha uma coisa que eu não tinha visto, e é claro, minha mãe que havia colocado. Um vestido branco, pequeno, que eu me lembrava vagamente. Minha mãe me contou que o vestido era dela. Meu pai olhou para o vestido, maravilhado. Colocou-o no colo e continuou olhando a caixa. Ali tinha uma série de coisas inúteis que eu tinha reunido durante os anos, mas meu pai olhava como se fosse o maior tesouro que já tivesse visto. Depois que ele já tinha tirado quase tudo do baú, chegou o que eu tinha colocado no fundo propositalmente. Um rolo grosso e pesado que ele inicialmente não identificou o que era. Vi, com muito prazer, o conhecimento tomar seu rosto.

–Livie, é o que eu estou pensando? -ele perguntou.

Antes que eu pudesse responder, um cheiro de rum invadiu nossa sala. Jack Sparrow entrava correndo e gritando coisas sem sentido algum. Meu pai, levantou-se de um pulo e protegeu a mim e a minha mãe com o próprio corpo. Jack irrompeu na sala e olhou para meu pai com uma expressão de deboche, que quase me fez rir.

– Não seja ridículo William - ele disse, com desdém, olhando a espada estendida do meu pai. - Não é de mim que terá que proteger sua filha. O porto foi invadido. Vieram atrás dela. A hora chegou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Bem, guardem essa última parte na cabeça, pois ela vai aparecer e se explicar mais para frente (a parte do rolo grosso e o do "Livie, é o que eu estou pensando?"), eu ia explicar nesse capítulo, mas acho que ele já está longo o suficiente e quero manter o mistério no ar.



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