Minha Falsa Namorada escrita por CuteGirl147


Capítulo 16
Seria Possível Apenas Hoje?


Notas iniciais do capítulo

Oláá lindos e lindas! Moços e moças que me acompanham na vida! S2
Vou desligar minha vida agora... Com licença... T.T Tô destruída! Passei duas horas, literalmente, revisando o capítulo.
E adivinha quem foi a "sortuda" que ganhou de Natal, somente perto do Natal, um notebook consertado? Eu sabia que eles me dariam de presente de Natal :C
Me desculpem mesmo, foram três meses! O.O Uou, mas eu retornei, claro! :3 Muito obrigada pelas mensagens lindas e o apoio que me deram!! S2 Peço um lindo favor á cês, agora... Pelo amor dos amores, ouçam essa maravilha de música enquanto leem o caps: Hypnotic - Vanic x Zella Day U3u Eu fiz o capítulo, eu dormi, eu sonhei, revisei ouvindo ela e combina, sabe? Vou deixar um link, que faz a música se repetir automaticamente, nas Notas Finais. Clique no link e abra em nova guia, antes de ler, rum U.U e.e' kkkk

Quanto ao capítulo, eu resumi três meses de capítulos, por isso tão grande. Uma forma de me redimir. :3 Finalmente chegamos na parte mais legal da história e não vai parar tão cedo..
Boa leitura, seus lindos do meu coração! S2



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Armin’s P.o.V

[…]

Ruivinho babaca. Não preciso de ajuda no momento. Tenho meus conhecimentos (poucos) em certos assuntos. Principalmente, quando se trata de Íris Clark. Eu iria pedir uma ajuda á minha tal “conselheira”, mas vi que estava ocupada. E quer saber? Ficando com Íris, consigo deixar o ruivo com a Erika! Brilhante. Ela o trata melhor mesmo.

Corri até o refeitório da escola e conseguia avistar as senhoras da cantina, tirando um descanso. Afinal, todos estavam na quadra externa. Assim que me viu, uma delas se levantou da pequena cadeira atrás do balcão onde nos servimos.

– Olá, meu jovem. Achei que todos estivessem nos jogos escolares. - Disse ela sorrindo e fazendo com que seu rosto se enrugasse com o ato.

– Pois é... – Me aproximei mais, repensando maneiras de como conseguir o que queria. – Oi. – E dei o meu belo sorriso de quem não quer nada.

[…]

O assento ao seu lado estava completamente vazio e lá estava ela. Linda. A palavra lhe servia. Com um pouco de dificuldade para chegar lá, por conta das várias pessoas na fileira, eu consegui e quando me aproximei, ela me fitou e sorriu.

– Armin! Quanto tempo!

– Nah, nem foi tanto assim.

– Quanta certeza, jovem. – Bagunça ela, mostrando a língua. – Não quer sentar?

– Posso?

– É, acho que antes dele voltar não vai ter problema.

– Hm... – Me sentei ainda me perguntando quem era “ele” que iria voltar. – Enfim... – Levantei um pacote médio até a altura do seu rosto a fim de conseguir sua atenção. E funcionou.

– O que é?

– Algo que demorei um pouco pra conseguir. Mini torta especial de morango. – Falei alargando um sorriso ao observar seus olhos brilharem diante de minha informação.

Eu sei que minha amada simplesmente AMA (Desculpa, eu sempre quis falar isso!) de paixão essa delícia que como ela mesma diz: apenas as tias da cantina sabem fazer do jeito que ela gosta.

E hoje eu notei o quanto ela se desapontou ao descobrir que não tinha mais. Ou ela achou que não tinha mais. Bem, a tia não aceitou dinheiro, (até porque eu não tenho) então eu fiz cara de misericórdia e disse á ela o quanto eu precisava pra dar de presente á alguém. É, ela riu e aceitou, me entregando um de uma maioria que eles guardam para os professores em troca de manter o bico fechado.

Viu? Eu sabia que a comida não podia acabar tão rápido assim.

– O da cantina?

– Esse mesmo. E... É pra você. – E pela primeira vez no ano falei algo desse estilo a olhando diretamente nos olhos.

Erika’s P.o.V

Já não aguentava mais as cantadas do ruivo que me seguia de um canto para o outro. Bonito. MUITO bonito! Pena que não o vi antes de Nathaniel, senão á essa hora já teria o agarrado por ser tão grudento á mim. Algumas pessoas precisam de amor ás vezes, já outras são cegas o suficiente para não perceberem o quanto de amor que ganham, né Armin?

Olhei para uma direção qualquer do espaço e me deparo com um rostinho conhecido no meio da multidão. E está com a garota? Acho que vou chorar de emoção.

– Ora, ora... Alguém me deixou orgulhosa. – Murmurei, pensando alto, o vendo sorridente ao lado de Íris.

– Oi? Orgulhosa? De quem?

Revirei os olhos ao lembrar que ELE ainda estava atrás de mim. Não é possível. Quantas vezes um “não” é necessário pra trocar uma lâmpada? Tsc, só sorrir e assentir, Erika. Se lembre de contar mentalmente até dez também.

Hm, ideia? Sim, ideia.

– Ei. – Me viro para observá-lo e ele de prontidão fica total ereto como se estivesse em frente de um oficial. – Lindo... – O vejo derreter lentamente. Sempre funciona. - ... Escuta, eu não sou qualquer uma. Pareço algo, mas é uma máscara que lentamente vai se desfazendo... Não mereço ser chamada de apenas princesa... E sim, rainha! Amo ver seus rostos caindo aos meus pés, ter controle sobre todos me faz rir. Entenda, quero súditos me reverenciando. Quero VOCÊ sob meu domínio. – Enfatizei, demonstrando um de meus maiores sorrisos sádicos. Pude ver a surpresa no seu olhar. Sim, agora vá embora. Mas, então... Não... Não fique com este brilho nos olhos... Não...

Rafael se ajoelhou e pôs uma mão sobre o peito, algo que chamou a atenção de alguns alunos por perto. E por fim levantou a cabeça, me olhando profundamente nos olhos.

– Ao seu dispor, minha rainha. Tão bela e tão má... Desse jeito me deixa ainda mais encantado. – Seu sorriso agradável me deu um aperto no coração.

Eu mereço. Eu não devia. Mas que se dane. O puxei pela gola e lhe dei um beijo no canto de sua boca.

– Não sei se o que acabou de fazer foi para me agradar, mas isso foi por ser um fofo. – Suspiro. – Da próxima vez que alguém lhe disser o mesmo, chame um psicólogo. Eu realmente não posso ficar com você. Já sou comprometida. – E não é com o Armin. – Desculpe.

Me dispensei o deixando levemente desapontado. Rumo ao local em que amo, para me isolar. O vestiário do ginásio, onde deveria ter ido desde o princípio.

Será que alguém me ouve chorar?

Armin’s P.o.V

O papo estava bom. Falamos como nunca havíamos feito antes. E é... É a hora perfeita. Coragem, Armin.

– Íris, eu quero falar uma coisa... Já faz um tempo sabe? Mas eu realmente amo v...!

– Os jogos vão começar Íris. Oi, dá licença agora?

Um ser desnaturado me atrapalha bem no meio de uma confissão. Sabe quanta coragem eu consegui arranjar? Pode nunca mais acontecer de novo. Mas essa voz é familiar. Muito FAMILIAR. Quando me viro para encará-lo, o fito com uma raiva que nunca havia ficado dele. Nem mesmo quando falava mal dos meus games. Não é, Alexy?

– Já, maninho? Eu quero ver os jogos. E não adianta fazer essa cara feia.

– Me dá só um minuto. Íri...!

– Em um minuto o jogo começa.

– Então um segun...!

– Um segundo acabou de passar. Sai. – Ordenou ele. Logo se aproximou do meu ouvido. – Escuta aqui, eu já dei tempo demais pra você fazer o que quiser com a Íris! E eu também já cansei de ficar só observando o Kentin e a nova namoradinha se apegando mais ainda! Eu nunca te pedi nada, maninho. Então vai!

Claro, se ele era dono do lugar e me viu aqui, deu essa mínima chance. Eu devia ter desconfiado que estivesse demorando demais pra alguém aparecer pedindo o lugar.

– Tudo bem, Armin. A gente pode conversar depois. Á sós se quiser. – Íris nos interrompeu, preocupada.

Meu coração deu piruetas ao ouvir “á sós”. Alexy, eu te amo tanto, meu querido irmão. Por sua causa eu até posso fazer outras coisas sem ser visto pela escola e apontado como traidor ou infiel. Levantei-me e me despedi voando nas nuvens, saiu até melhor do que esperava.

[…]

Coloquei meus fones de ouvido para acompanhar a maratona que tinha começado. Eu acabei virando total vela aqui para o Kentin e a Leila, que nem queriam saber dos esportes. Bom, os em que Erika participava ainda não tinham dado início, então pra quê olhar se está no maior "love"? Entendo o que o Alexy estava passando, eu acho.

E que onda amorosa é essa por aqui? De repente todo o mundo está na pegação. E eu ainda tenho que ser escravizado!

Pelo menos daqui onde estou sentado (e sirvo pra vela), consigo observar perfeitamente Íris, que aparenta estar mais bela que nunca no uniforme da escola. Eu tenho que conseguir me aproximar dela, a ideia da madame não é tão ruim. Mas eu meio que me subestimo no gênero, bem, até que me saí na média com a Lety. Não deve ser difícil conquistar uma garota, eu espero. Mas a Íris é diferente, quero protegê-la. Ela é gentil, amável, ela não se acha inteligente, mas é. Ninguém consegue vencê-la em Artes, Música e com certeza em Literatura é a melhor. Esse sentimento é tão caloroso, chega á dar até arrepios.

Amar é assim tão bom?

Narrador's P.o.V

Sem perceber, Armin começa a rir enquanto ainda está com seus fones. Leila e Kentin o observam, o que leva a morena a perguntar:

– O que ele tem?

Kentin volta a olhá-la indiferente.

– Virgindade. Apenas.

[…]

Após um pequeno tempo, Erika entra em campo para seu esporte. Corrida de revezamento. Para sua felicidade, Melody também estava nela e ao seu lado. Seriam rivais. Infelizmente, para Melody.

Era como se ninguém estivesse assistindo as partidas. Bem, não quando Erika jogava sujo e dava um jeito para Melody perder. Em todas fora a mesma coisa. A ruiva a fazia sofrer, isso era explicito. Em um dos jogos, Erika jogou a bola tão forte no peitoral de Melody que a garota teve que sair de campo á caminho da enfermaria e Erika também, mas por causar isto. A ruiva pouco se importava com o jogo só queria abater a menina, tanto que não se recusou á sair ou esperneou. Antes do juiz avisar, a ruiva já havia se retirado. E ao chegar à pausa para um descanso, Melody precisaria do dobro.

Durante tudo, Armin observava Erika com cautela. Tanto que o mesmo via os roubos que ela fazia, porém o que ele poderia fazer? O garoto percebeu que desde que entrou, ela estava diferente. Uma pontada de tristeza tinha a consumido, e ele notou. Em sua cabeça, a observar daquele jeito era apenas por precaução e porque era normal prestar atenção nos jogadores. “Não é? Sem contar que não chama atenção já que estamos namorando. Ninguém liga.” Pensou ele.

Depois de sair, Erika mandou uma mensagem para o moreno que estava na arquibancada, o pedindo para ir ao vestiário á fim de saber como ele se saiu.

Armin’s P.o.V

No vestiário do ginásio. Sério? Muito longe. Poderia ser o do campo, mas eu não posso fazer nada. Acho até que é pelo fato de não ter ninguém dentro da escola, assim não vamos ter interrupções. Ao chegar, a vejo de costas amarrando seu cabelo em um rabo de cavalo.

– Fala, madame.

– Ah, oi. – Ela me olha por cima do ombro, finalizando o penteado. – Como foi com a Íris? – Pergunta ela pegando uma garrafa d’água e vem em minha direção.

– Nada define tudo.

– Que filósofo. Mas avançou um degrau da Friendzone, não? – Ela ri, tomando um pouco de água. Eu olho de soslaio para o teto, pensativo, e coloco minhas mãos nos bolsos da calça. Erika nota minha cara de avoado e uma possível mudança, sim. – Subiu em outro nível?!

– Não sei, não sei. – Levanto as mãos. – Talvez. Vou falar com ela mais tarde. Eu acho. – E volto a esquentá-las nos meus bolsos. – Á sós...

A ruiva não emitiu nenhum som, mas parecia que iria, ao abrir a boca, travar e fechá-la de novo. Então olhou por cima de seu ombro. E aí está surpresa, madame? Eu também consigo esses tipos de coisa.

Logo eu comecei a ouvir passos. Conversas também pareciam estar se aproximando. Eu iria bocejar, mas a ruiva me encarou colocando o indicador nos seus lábios já se aproximando, e então com essa sua mão livre puxou minha nuca naturalmente contra si, me fazendo beijá-la. DE. NO-VO.

Calmo, suave, sintético. Ela está usando um gloss? O gosto foi amargo no começo, mas então se dispensou. Me recusei a fechar os olhos, porém, deveríamos parecer o mais natural possível, então os fechei a fim de dar uma fingida enquanto demos este selinho que acabou se tornando demorado por conta dessas pessoas que não tem o que fazer e vêm até este vestiário.

Os passos chegam e dá pra conhecer quem são somente pela voz.

– Ninguém merece... – Resmunga Ambre quase que como um sopro.

– Vamos deixar os pombinhos, Ambre. – Diz Li. – Eles merecem, sim. – Sussurra ela e dá uma risadinha.

– Não são lá essas coisas, juntos... – Diz Charlotte no seu tom de voz quase que inaudível.

– Afe, só calem a boca.

Ambre se vai e suas companheiras fazem o mesmo. Ela parecia não estar nos seus melhores dias.

Erika se empurra um pouco mais, nos fazendo chocar levemente nos armários atrás da gente. Á todo momento durante o beijo sentia sua mão se mover lentamente por entre meus fios de cabelo, acariciando-os e me dando uns arrepios que já estavam começando a incomodar. Porém, quando percebo, minhas mãos já estão na cintura da mesma, talvez tenham chegado aí de reflexo. Nos separamos logo depois.

– Serve pra ela saber que não tô nem aí pro Castiel também. Quem manda passar aqui? Enfim, bom saber que conseguiu. Até me deixou orgulhosa por uns instantes– Diz a ruiva indiferentemente, como se esse ato anterior tivesse sido uma pequena conversa entre nós. Ela me fita. – O quê? Por que a cara? – E dá um sorriso de canto, já sabendo do que se tratava.

– Ora... Pra quê isso?

Ela toma mais um pouco de água.

– Pessoas ficam sem graça em frente de atos amorosos. E isso as expulsa. Simples. – Ela me encara por uns segundos e ri. – Um beijo não é nada sabia? Hoje em dia até irmãos ou amigos se beijam pra expressar carinho ou amizade, depende. Tem que parar de assistir romances pra parar de pensar que eles só significam amor toda hora. Significa, mas quando gostamos daquela pessoa, idiota. Nesse caso, temos de fingir. – Ela suspira, deixa a garrafa em algum canto e se aproxima pra me dar um soco de leve no meu rosto.

Segurei suas mãos e a encarei semicerrado, procurando vestígios, e lá estava. Ignorei seu olhar confuso e seu rosto ruborizado e a puxei para lhe dar um abraço.

Ela estava chorando.

Se for pelo o que eu acho que é, nem mesmo a princesa sombria merece isso.

– Da próxima vez não tente disfarçar quando algo não vai bem. Você tem amigos que se preocupam com você e apesar de tudo eu também estou aqui para isso, madame. Só... Não chore mais por assuntos desse tipo.

Erika’s P.o.V

Ele sabe do motivo? E-eu nunca... Como ele saberia? Como...?

Quanto mais eu pensava, mais sentia um nó em minha garganta. Mas eu não ligo para pensamentos no momento. O que eu estava precisando durante todo esse tempo, eu posso ter agora.

Um abraço.

Devolvi o abraço de imediato, afundando meu rosto no seu peito e enchendo seu uniforme com minhas lágrimas. Suas palavras de consolo só me faziam querer desabar ainda mais. Eu não queria ser assim. Mas ELE me fez assim! Desde que ele demonstrou o quanto não se importava comigo daquela forma é como se o mundo ao meu redor fosse um local sem esperanças e cruel o suficiente para me magoar de novo. Eu não sou assim! Eu não sou a princesa sombria! Eu sou Erika Sparks, a garota apaixonada pelo seu melhor amigo e por todos aqueles que se importa. Aquela que não quer a atenção do mundo e sim somente DELE.

Eu choro todos os dias por lembrar do quão idiota eu venho sendo! Uma vingança idiota. Me vingar dele de forma idiota! Mas eu preciso... Eu quero mostrar pra ele o quanto eu valho a pena!

Armin’s P.o.V

Tudo nela estava diferente, mas eu não sabia que ela choraria desse jeito por causa do loiro sem nome. Nos afastamos e então hesitantemente enxuguei suas lágrimas. E que cara inchada hein? Coitada, tem que se prender aqui agora.

Sinto uma tapa no meu rosto. Que estranho. Ela lê mentes? E... Ou minha cara perdeu os sentidos ou me acostumei á seus hábitos. Não doeu tanto.

– Se contar á alguém, será um homem morto.

– Urgh...

– Não faça “urgh” pra mim... – Retruca ela, me encarando de sua maneira ameaçadora de sempre. Porém... Com estas lágrimas nos olhos... Desculpe, madame.

– Sua expressão está bonita. Nem parece que odeia o mundo. – Brinquei, apertando suas bochechas, me segurando para não rir. Ela fica zangada, bate em minhas mãos e aproveita pra me dar um soco (de verdade agora) no meu estômago. É, perco o fôlego, mas não perco o momento, rindo de sua cara. Me desculpa mesmo, é que a felicidade está tomando conta de mim. A ideia de ter eu e Íris sozinhos é algo que ronda pela minha mente até mesmo quando não quero.

Ela me encara como se estivesse me analisando durante minutos. Depois me joga no chão contra os armários, colocando seus braços acima de minha cabeça. Sim, uma menina foi capaz de fazer isso, mas eu não tive culpa! Ela me pegou desprevenido.

– M-madame? – Levanto a cabeça para olhá-la melhor. A cada segundo que se passam minhas bochechas ardem mais e mais. Febre de novo, não!

– Diga-me... – Ela semicerra os olhos e se aproxima mais, e eu me encolho AINDA mais. - ... E seja honesto! – Assenti freneticamente. – Está apaixonado por mim?

– Eh...? Como é que é?

– Responda!

– Pirou?! Claro que não! Essa é fácil de responder! Eu já disse. Eu. Amo. Íris. Clark. Ponto final com corações e cerejas “pra cê”, “belê”?

Ela suspirou aliviada e me deixou livre, colocando uma mão na testa e sorrindo levemente.

– Você não sabe o quanto eu estou feliz por ter dito isso.

– Poderia me explicar melhor? – Perguntei dando leves tapas no rosto tentando me acalmar.

– Ah... É só que se você o fizesse, estaria arruinando meus planos.

– Você nunca ouviu falar de atos amigáveis ou felicidade na sua vida?

– É que você tá muito atirado pro meu gosto!

– Eu apenas estou feliz, poxa! Não posso?

– Talvez. – Ela faz bico e cruza os braços. – Eu preciso voltar de qualquer forma. – Diz ela, arrumando uma última vez o armário e o fechando, já se retirando.

– Madame! – A chamo, ganhando sua atenção. – Alguma ideia pro caso “Íris”?

– Hm, te envio uma mensagem depois.

– Como sabe meu número mesmo?

– Ainda pergunta? – Ela se vira me dando um sorriso e um olhar malicioso.

– Tá, tá... – Reviro os olhos, correndo para alcançá-la e acompanhar a mesma.

– É papo, consegui na secretária.

– Como...?

– Não me pergunte mais nada.

Narrador’s P.o.V

Longe dali estava Lety, sentada no chão do corredor, inquieta. Roia as unhas e em sua mente tudo o que pensava era em como conquistava certo moreno de olhos azuis. Nenhum rapaz a deixou daquele jeito antes, ou era o que ela pensava. Mas o que lhe deixava mais inquieta era as palavras que saíram da boca do rapaz naquele momento. Como algo tão ruim quanto uma dispensada, seria tão encantador assim?

A jovem se assustou ao ouvir alguém se sentando do seu lado, mas logo se acalmou ao ver que era apenas seu melhor amigo, Rafael. Ele segurava seu rosto com uma expressão em êxtase e ainda estava de óculos.

– Aconteceu algo? Parece... Feliz. – Ela indaga o olhando de cima a baixo. – E tá usando seus óculos...

– Eu consegui... – Suspirou ele. –... Um beijo da Erika.

– Sério? Ela traiu o Armin? Eu vou poder agora mesmo cont-! – A garota se alegra e tenta se levantar, porém é impedida por Rafael que a segura pelo braço.

– Não! Não... – Ele ri. – Pelo visto ela é melhor ainda pra não fazer esse tipo de coisa ainda comprometida.

– Fala como um menininho apaixonado. – Bagunça ela, voltando a se sentar no chão.

– Talvez eu seja um menininho apaixonado.

Os dois riem.

– É bom conversar sobre isso com você. Se eu dissesse algo do tipo pro Castiel ele teria me dado um mata-leão com direito á alguns tapas na cabeça. Conhece o figura.

– E como! Falar de sentimentos não é porto-seguro dele. Vocês são bem diferentes. Por ISSO você é o meu melhor amigo ao invés dele. – Lety o dá um abraço que é retribuído. Os dois continuam por um minuto até perceberem o que estão fazendo. Assim se separam, um pouco confusos.

O clima ficou embaraçoso. Assim como pensar que poderiam ter ficado naquele momento para sempre, ainda sentindo o calor um do outro. Transformando o momento em algo mais estranho ainda para eles. Até Lety conseguir pensar em uma desculpa para quebrar o silêncio.

– Eu... Ainda queria ver os jogos. Talvez ficar aqui roendo as unhas não foi tão produtivo assim. Ainda bem que você apareceu, senão minha tarde se resumiria ficar sentada aqui no chão sozinha. – Ela o deu uma cotovelada amigável, se levantando do chão logo em seguida. A morena se vira para o rapaz meio cabisbaixo no chão e se apoia em suas próprias pernas para ficar da altura dele. – Fica com essa carinha não, fofo. Nós dois vamos conseguir ficar com quem amamos, logo, logo.

– Eu sei é que talve-!

Rafael não conseguiu terminar sua frase, pois Lety havia tentando se equilibrar de volta, porém não conseguiu. O que foi o suficiente para a mesma cair para frente, mas foi amortecida pelos lábios do ruivo. O encontro foi dolorido apesar de tudo. Os mesmos se afastam alguns centímetros ainda perplexos com o acontecimento. Rafael hora olhava para os olhos azuis cheios de vida da garota, hora para seus lábios que agora estavam vermelhos, não apenas da aparência normal, mas sim do impacto que os causara. Lety não poderia dizer o contrário, afinal suas órbitas também tinham achado pontos dos quais ela sempre admirara no ruivo, como seu rosto e tudo nele. Digamos que a morena não via somente a aparência no melhor amigo, sempre se encantou com a personalidade do mesmo, ás vezes ficava um pouco enciumada com a atenção que ele tinha somente para Erika Sparks. Agora, finalmente ela tinha atraído uma mínima atenção dele.

– Seria possível... Eu não sei... Apenas...? – Lety começou.

– Hoje? – Rafael completou observando a surpresa no rosto da morena. – Sabia que eu sempre quis fazer isso, mas não tinha coragem? – Sussurrou ele.

Lety sorriu e empurrou-se contra o ruivo, ficando em seu colo e o beijando de maneira desesperada, desesperada pelo calor dele. Para sua surpresa, ele o retornou de maneira mais desesperada ainda, tornando o beijo intenso. A garota arfava sobre os lábios dele, recusando se largar do mesmo. Pelo contrário, se aproximava mais e mais, mesmo sendo impossível já o fazer. Ele sentia uma das mãos da morena puxar várias vezes seus cabelos, enquanto a outra tentava entrar por dentro de sua camisa social para alcançar seu abdômen, ele aproveitou o momento para fazer o mesmo com o uniforme da mesma, ao conseguir elevou sua mão mais e mais e podia sentir o sutiã dela. Ela se afastou e mostrou um grande sorriso.

– Sério? Aqui? – Perguntou com dificuldade já que estava bem ofegante.

– Se só temos hoje... – A respondeu, abrindo um sorriso também arfando.

Ao retornarem ao ato de antes, ouvem um grito familiar.

– Mas que DIABOS estão FAZENDO AQUI?! – Berrou a diretora Shermansky vermelha de raiva ao ver seus alunos naquele estado. – Eu faço uma maratona para ver se me agradecem por não estarem em sala e me deparo com dois ALUNOS dentro da escola e desse jeito! Os dois, detenção agora mesmo! O professor Faraize será informado e irá diretamente para lá, ouviram bem?! Se retirem. – Ela apontava para a sala no final do corredor ainda os lançando um olhar ameaçador. Eles obedeceram e foram em direção ao lugar. A diretora foi rapidamente á procura do professor de História, para serem supervisionados.

Rafael enlaçou Lety pela cintura.

– Você sabe que Faraize demora bastante tempo, podíamos fazer algo antes disso. – Propôs ele, sussurrando no ouvido dela, fazendo-a dar um sorriso malicioso como resposta.

[...]

Após a maratona ter acabado e todos já estarem indo para casa, Erika e Armin fizeram seu caminho rumo á casa dela, ele estava indo deixá-la. Isso já havia se tornado a rotina dos dois. E Íris deveria ir o mais rápido possível para casa, a notícia era de que o seu irmão havia saído de casa sem permissão, de novo. Então, já que não tinha jeito, Armin decidiu recorrer á Erika. O moreno estava curioso, sobre tudo e principalmente sobre como ela aparentava estar normal após o ocorrido no vestiário.

– Vai me dizer? – Ele indagou a olhando fixamente no meio do percurso.

– O porquê de eu estar segurando seu braço, de novo?

O rapaz lembrou-se disso também, mas ela já tinha explicado que era para manter a aparência. Se os dois andassem sempre a dois metros de distância um do outro, seria estranho. Claro.

– Não... Sobre o resto. Sabe, você pesquisou de alguma forma tudo a meu respeito, provável que tenha conseguido com a Peggy certas partes também. E me deve por isso. Mas espera aí, foi com a Peggy que conseguiu meu número?

– Belo ponto e sim. Você é inteligente, não?

Ele a deu uma bela risada irônica.

– Continuando: Eu não sei quase nada sobre você e não quero ouvir de segunda mão, Erika. Queria saber vindo de sua pessoa.

– Quem diria? Falando palavras tão lindas desse jeito. Parece que o amor te pegou de jeito dessa vez, não é? E continua sendo “madame” pra você. – Ela indaga o fazendo revirar os olhos. – Eu não sei o que mais posso contar, babaca. Eu já contei tudo que importa... E descobri que a Leila te contou o resto! Eu fiz ela confessar.

– Olha eu nem me lembro mais! E-eu juro!

– Hmph, pelo menos estamos quites. Começando de novo: Meu nome é Erika Sparks, tenho dezesseis anos. Nasci no dia vinte e dois de dezembro, signo: Capricórnio.

– Detalhista.

– Eu sei. Você queria informações, agora aguen... – A ruiva dá um espirro e por reflexo leva uma mão ao nariz. -... Ta.

– Você está doente?

– Eu não fico doente nessa época do ano. – Afirmou ela.

– Como queira.

– Enfim, moro aqui desde os sete, conheci ELE com oito anos e viramos amigos. Éramos vizinhos e nossos pais eram próximos, o que facilitava. O pai dele era um empresário também, ele era bem rígido e ás vezes ameaçador, mas podia ser legal quando queria. Quando eu disse pro meu pai o que sentia pelo meu melhor amigo, ele não aceitou. Disse que era por causas maiores, das quais ele nunca me contou. No fim, ele teria que ir pra um intercâmbio, Ambre iria também, mas por causa do Castiel ela convenceu os pais que ficaria! E aí, eu iria vê-lo para me despedir, e quando eu disse “vizinhos” não é como aqueles lado a lado e sim apenas na mesma vizinhança, eu tive que correr bastante pra tentar chegar lá. E então, lá estava ela. Melody, a melhor amiga dele. Nossa amiga, mas depois de um tempo, eu não achava mais isso. Ela sempre conseguiu a atenção dele! Cresceram juntos, na mesma casa... O que dificultou pra mim. Como eu venceria ela? Eu só me lembro de voltar atrás e chorar no meu quarto o resto da noite e lembrar dele a olhando de uma maneira que nunca tinha olhado pra mim antes!

Erika coloca a mão no cenho como se quisesse fazer com que as memórias retornassem para dentro de sua mente.

– Por isso você não gosta da Melody?

– Por isso que eu decidi me tornar popular. Mudar meus hábitos, minha rotina. Tudo para mostrar á ele que eu mudei de uma forma que o faria repensar as maneiras de me olhar. A atenção dele é tudo o que importa pra mim.

– Decidiu virar sádica pra conseguir ele?! Eu hein...? Maneira estranha de pensar... – Murmurou ele, pensando em como funcionava a cabeça de Erika.

– Claro que não! Tá besta? – Ela o estapeia na nuca o fazendo retornar á realidade. – Como a Leila diz, é como se eu sempre fosse desse jeito, mas era muito tímida pra deixar “sair”. Com a mudança eu até fiquei mais expressiva.

– É meio... Errado.

– Eu sei.

O moreno se surpreendeu com a resposta e iria tentar completar o que estava em seu pensamento, mas decidiu não se intrometer mais. Ela estava certa, eles já estavam quites. A ruiva se afastou dele e caminhou mais á frente, ele também continuou um tanto pensativo. Ela parou e ele fez o mesmo, mas para tentar decifrá-la.

– Sobre doces? Eu amo doces. – Erika continuava distante. Apreciava o horizonte á sua frente com calma e cautela. Estudando cada movimento que a natureza fazia. – Gatos? Eu não gosto de gatos. Ele? Eu não consigo esquecer ele. Mentiras?

Ela reflete por um curto tempo. Então o olha pelo ombro.

–... Já cansei de mentir. – Ela completa dando um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, que lhe causa um pequeno rubor nas bochechas. – Obrigada pelo o que fez hoje.

Aquela cena. Aquele momento. Ela havia ficado linda aos olhos dele. “Linda?” Era o que ele pensava. Sim. Até mesmo uma pessoa não atraente, alguém solitário, triste, alguém que não fosse bom, se tornava bonito com este pequeno gesto sincero. ESSE gesto de humanidade que a tornou linda diante das órbitas azuis do moreno que ainda a olhava com admiração.

– Então? Vai continuar me encarando assim como se eu fosse uma comida? – Ela indaga o tirando de seus pensamentos. Erika já havia voltado á expressão séria. Assim volta á olhar para o lado oposto.

– É-é foi mal... – Ele acaba por se envergonhar da atitude. Realmente devia ter ficado com uma expressão estranha, assim pensava.

– Bem... – Ela começa. –... Você quer ir lá em casa agora? Eu posso fazer algumas panquecas. – Ela continua com o olhar desviado.

– Ora... – Armin pensa o quanto deseja provar mais das deliciosas panquecas que Erika consegue fazer.

– Vai demorar pra responder? – Ela finalmente se vira para Armin e o encara. – Se quiser, tente a sorte e se chegar em casa antes de mim, consegue suas panquecas. – Um grande sorriso desafiador surgiu na face dela.

– Antes, é?

– É! Perdedor!

Ela se vira e começa a correr na direção oposta á dele. Dando-lhe o recado de que estariam apostando uma corrida e que se não se apressasse logo, acabaria perdendo. Ato infantil. Ato surpreendente.

Um ato de intimidade.

– Corrida não! Que droga! – Ele berrava enquanto começava a seguir a ruiva que já estava acelerando seu ritmo para o jovem não alcançá-la.

– Não tenho culpa! A maratona me deixou animada! – Fala ela, dando risadas ao vê-lo quase ofegando atrás. Se havia uma coisa em que ele não era bom, era esporte.

“Mentiras? Já cansei de mentir.”

“Eu também, madame.” Pensou ele no último instante. “Eu preciso encarar Íris. É agora ou nunca.”

[...]

Melody já tinha se arrumado para dormir e estava escovando os dentes, ainda sentindo algumas dores, quando ouviu um som de notificação do seu celular. Uma mensagem de Nathaniel a fez se animar.

Nath s2: Mel! Finalmente consegui um descanso –emoticon cansado– Como tá por aí, conseguiu fazer amigos, mocinha? –emoticon LoL–

Eu: Não aja como se fosse o meu pai kk Está tudo bem e eu fiz sim amigos!

Nath s2 está escrevendo...

Nath s2: Ainda bem!

Nath s2 está escrevendo...

Nath s2: Você encontrou a Erika? Como ela está?

Melody engasgou. A garota que antes estava com um sorriso estampado no rosto, agora está se desfazendo aos poucos com a reposta do rapaz que tanto admira. Ela escreveu um simples “Não”, então apagou e reescreveu.

“Eu: Sim.. Está melhor que nunca! –emoticon feliz–

A jovem não aguentou e deixou o celular sobre a cama, voltando ao banheiro e trancando-se lá por um tempo.


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Notas finais do capítulo

Link da Música Tema do Capítulo: http://www.yourepeat.com/watch/?v=TvbpQx-dQfQ&start_at=0&end_at=283&start_at=0&end_at=283

Então? Gostou? Espero que sim! Eu apenas sofri muito pra trazer esse capítulo. A complexidade do enredo é assustadora, meu caro(a). Por isso é importante eu ficar bem atenta quanto á isso. No fim é tudo como a Malhação! Tudo conectado! XD

Sabe o que eu percebi? A Lety e o Rafael são as versões genderbend do Armin e da Erika! xO Lety = versão feminina do Armin; Rafael = Versão masculina da Erika.
~Viu? Eu disse que tava tudo conectado.~ Mas eu nem tinha planejado entende? Só foi. Passou bem reto.
E... Molecada, o LOIRO tá vindo e o próximo capítulo vai finalizar com o "Arco: Casais da Fic". Vou fechar com chave de ouro pra vocês ;D Já imaginam o próximo casal e último casal da Fanfic? ewe

P.S: Por mais que pareça, A Melody no fim não foi se cortar no banheiro tá?! T.T Essa fic não é tão drama assim ainda! kkk :v
Apenas isso, loves, eu não vou prometer sem mais demoras, porque eu acho que isso já é minha marca.
Espero que tenha gostado, comente o que achou e até a próxima!
Beijos! S2



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