Minha Falsa Namorada escrita por CuteGirl147


Capítulo 13
Uma Doce Volta Pelo Passado


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores queridos do meu coração! S2 Eu finalmente dei as caras novamente após quase um mês sem postar Y.Y Desculpas mesmo, realmente não pude escrever por conta de muitas agitações na vida real e então não tive tanto tempo para me dedicar á Fic. Porém, cá estou de novo quase ás onze horas só para entregar para vocês o novo Capítulo antes que algo aconteça e eu não possa atualizá-la. y.y
Novo personagem á vista! Denis Sparks. Sua aparência está nas Notas Finais :)
Enfim, boa leitura! S2



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Narrador P.o.V

Eram doze horas da tarde, sendo que continuavam da manhã para Armin já que o mesmo não havia almoçado. Erika forçou o garoto á chegar o mais rápido possível não importasse como. O motivo? Não se sabe, pois a ruiva não justificou.

– Um... Dois... Três... Indiozinhos... Quatro... Cinco... Seis indiozinhos... – Cantava sem forças, o jovem quase para se arrastar até chegar ao destino.

Estava com sua mochila nas costas, o que lhe dava um peso extra e quase que insuportavelmente leve, já que dentro só havia seu material escolar básico e seu caderno médio. O dia de Domingo para ele nunca havia sido tão cansativo quanto esse, ou quase. Sua esbarrada em Íris quase no início do percurso foi algo que tornou a vinda mais agradável. Quem diria que a mesma estava comprando alguns materiais para cozinhar no mercado próximo á sua casa? Até perdia sua fome ao lembrar-se do ocorrido.

Assim que pôs os pés na varanda da casa de Erika e bateu à porta, ouviu apressados passos vindos em sua direção. Clara abriu rapidamente a porta e a fechou atrás de si. Ofegava como se estivesse correndo desde o segundo andar da casa.

– Armin-kun, por favor! – Ela ofegou mais ainda.

– O quê... Que está acontecendo...? – Armin perguntou incrédulo ao presenciar o estado da pequena.

– Não posso explicar! Eu preciso ir urgentemente à casa da Luana-chan!

O garoto parou para analisá-la melhor, não que estivesse duvidando de algo, mas sim para descobrir se aquela pequena garotinha ruiva era Clara Sparks mesmo. Não sabia que a menina sabia falar tão cordialmente daquele jeito tendo apenas aquela idade. Quando ia abrir a boca para falar, sente que alguém o está empurrando á força.

– Vamos, rápido! Eu preciso ir lá! – Clara disse se esforçando para empurrar Armin, que por incrível que pareça era leve e podia ser arrastado por uma garotinha de seis anos, mesmo que fosse lentamente.

– Por que a Erika não vai?

– Não pode.

– Por quê? – O moreno perguntou de modo á fazer birra com a menina.

– Porque não.

– Por quê? – Ele indaga novamente, percebendo o cansaço de Clara de tanto empurrá-lo.

– Eu não quero ir sozinha! Precisamos ir agora! – Clara berrou o encarando, fazendo parecer uma ordem e assustando o moreno que acabou encolhendo para trás em forma de defesa. – Por favor. – Completou Clara dando um sorriso.

– A-ah, ok então. Vamos lá, aonde você quiser. Tá? – Respondeu Armin gaguejando e com medo do que a pequena poderia fazer se caso ele recusasse.

Assim que partem, Clara olha discretamente para uma janela do segundo andar, na qual havia uma silhueta os observando de longe. A pequena dá uma piscada e volta sua atenção ao moreno do seu lado perguntando para onde iriam.

– Valeu, Clara... – Murmurou Erika que ainda os observava da janela.

A mesma mordiscou mais um pedaço do chocolate em barra e correu para esconder os outros restos. Passou em frente ao seu espelho e percebeu migalhas de chocolate perto de sua boca, os limpou rapidamente.

[...]

Depois que a porta abriu, Luana se surpreendeu ao ver Clara e Armin parados na sua frente.

– Ah... Pois não? – Perguntou a menina olhando para os dois.

– Luana, eu posso pegar aquele ursinho de novo? – Clara se pronunciou lançando um sinal pelo olhar que apenas ela e a morena sabiam. Assim que Luana percebe dá um suspiro.

– De novo...? – E então arqueia uma sobrancelha.

– Aham! De novo. – Assim Clara responde um tanto apressada.

“Um dia ela não vai poder mais esconder.” Pensou Luana revirando os olhos. Se referia a Erika e sua mania de mandar a irmã vir com as visitas dela aqui no momento em que estava comendo escondida, chocolates. O porquê dela sempre fazer isso e não dizer logo que os come é simples, mas Luana já sabia por isso não o pensou. (Aut.: Hêhê...)

Armin observava as duas e se perguntou várias e várias vezes o motivo delas repetirem as mesmas palavras e parecerem estar se combinando de algo. Assim que Luana voltou com uma pelúcia pequena de um ursinho branco, os dois voltaram para a casa de Erika que era ao lado.

Assim que entraram, foram recebidos por Malhado que ronronava ao se arrastar nas pernas de Armin.

– Ei cara, como vai indo?

O bichano pareceu notar alguma coisa e correu em direção à escada. Armin o seguiu com o olhar e notou a pessoa descendo o último degrau. Erika se abaixou e deu uma leve acariciada em Malhado, para logo depois voltar seus olhos ao moreno ainda a observando.

– O que foi? Vai continuar a me olhar com essa cara? – A ruiva indagou já se recompondo.

– Por que exigiu que eu viesse logo? Existe certa rotina do dia-a-dia que se chama almoçar. Eu não consegui fazer esse privilégio hoje.

– Ai, ai, eu vou ver T.V. – Suspirou Clara, os fazendo perceber que a mesma ainda estava ali.

Depois que a menina foi ao seu destino, eles voltaram a se encarar novamente.

– Eu não sabia que você ia chegar tão rápido mesmo. – Erika pensou alto se lembrando do que estava fazendo anteriormente.

– Você pediu. Eu iria fazer o quê? – Armin revirou os olhos. – Quase ameaçou, na verdade. – Murmurou completando seu pensamento.

– Enfim, já que o fez mesmo, vamos logo fazer os seus deveres. Quanto mais rápido acabar, mais rápido você come. – A ruiva demonstrou um grande sorriso de lado, despertando mais energia em Armin.

[...]

Não aguentava mais. Definitivamente ele não aguentava mais.

– Eu não... Consigo mais... – O moreno se debruçou em cima de seu caderno, sentindo seu estômago revirar.

– Ah, bicha fraca. – Erika cruzou os braços e desviou o olhar se aguentando para não rir do estado do jovem.

– Você com certeza já almoçou! – Ele resmungou.

– Ainda não. Só se passaram três minutos desde que começamos, aliás. – A ruiva respondeu observando a tela de seu celular informando as horas. – Ainda são meio dia e meia, quase.

– Ainda? Me pareceram uma eternidade infinita! Por que eu tenho que sofrer assim?! – Armin berrou abafadamente já que sua face estava encarando a mesa e os seus materiais.

– E por que eu sempre estou te dando alguma comida? Você é um esfomeado, nunca vi!

– A culpa é sua por eu estar comendo mal ultimamente, madame.

– Tá, tá, ok. Termina aí e a gente vai almoçar.

– Terminar? Ahhhh.... – Ele resmungou levantando os braços como uma criança.

Erika o lançou um olhar frio e o mesmo rapidamente continuou a escrever o seu tão “querido” poema.

[...]

Armin's P.o.V

Pelo o amor dos amores. Quantas vezes mais eu vou ter que refazer esse poema? Eu até perdi a conta e já sei que Literatura ou tudo que se encaixa em Letras não vai ser meu forte. Erika parece uma mãe de olho em mim, eu não posso sair ou dar uma fugida nem para o banheiro! Ela acha que eu posso acabar indo embora e não terminar minhas responsabilidades. E ela está certa, que droga! Qualquer escapatória seria um mar de rosas para mim, afinal não consigo conter mais minha fome e não acredito que este ser sentado bem na minha frente, observando todas as linhas e letras que escrevo, não tem um pingo de dó de torturar alguém assim.

Ouço ela dar um suspiro depois de olhar a tela do seu celular outra vez.

“É, parece que chegaram.”

Foi o que consegui ouvir de seu murmúrio um tanto desanimado. E agora eu te pergunto e ao mesmo tempo faço a mesma coisa comigo: Quem parece que já chegou? Não me diga que...!

Meus pensamentos cessam ao ouvir o barulho da porta do quarto da Erika ser aberto cuidadosamente e então de lá aparecer um homem alto, com fios de cabelo negros, mas uma minoria branca, dando a entender que já devia ser de idade e olhos castanho-cinzentos. Seus olhos estavam centrados em Erika desde que entrou, porém como a felicidade de pobre dura pouco, ele tornou sua atenção para mim.

– Olá, Erika.

Sua voz calma e madura causou arrepios e acho que não foi apenas em mim. Meu “God of War”, ele não pode ser...

– Oi pai.

Por que doeu no coração depois dessa frase simples? Por quê?!

– E você garoto? Quem é você? Por que motivo está aqui sozinho com a minha filha?!

Não deu tempo de responder e ele me apontou uma arma da qual tirou do seu bolso. Tô em colapso! Ele é o chefe de uma gangue?! Máfia?!

O homem se aproxima de mim ainda com a arma apontada para minha cabeça. Erika se pôs do seu lado com um sorriso maligno.

– Meu pai é muito protetor quanto á mim. Bem, sendo chefe de uma grande máfia, é de se esperar quando se fala da sua filha querida. Este é um fragote, meu pai. E inútil! – Ela dá uma risada arrepiante que é logo seguida pelo seu pai.

– Ele tem uma cara de inútil é verdade! Eliminarmos ele não será problema, não querida?

– Nenhum, papai.

– Não, pelo amor de Deus!

Voltando dos Pensamentos de Armin

Não, pelo amor de Deus! – Berrei me colocando em modo defesa.

Erika e o seu pai não havia mexido nem sequer um músculo e ainda estavam no mesmo lugar, mas me encarando como se eu fosse algum maluco vindo de algum hospício próximo. Bem, sabe quando as pessoas estão no deserto e precisam de água e então têm ilusões? Pois é, minha situação não é nada diferente no momento, o que muda é o fato de ser falta de comida.

– O que você tá falando? Eu só disse “oi” ao meu pai. – Erika estava indiferentemente me encarando. – Ele é Denis Sparks, Armin.

– A-ah! Q-que lega-! Quer dizer...! – Me recompus. – Muito prazer senhor, sou Armin Williams. Amigo, colega, BFF de sua querida filha. Não quero nada de mais com ela hein? Nadinha. Tô sussa. – O quê eu disse?

Erika revirou os olhos e abriu um sorriso de canto, murmurando palavras comuns dela á mim.

“Idiota.”

– Bom, rapaz. – Eu não sei dizer, mas quem sabe, acho que ele estava querendo rir da minha cara e meu nervosismo. – Prazer. – Ele completa, outra vez calmo e sério.

– Então, pois é. Sr. Sparks, a mamãe está aí? – Erika quebra o silêncio.

– Chega em breve, se já não o fez. E você jovem? Já comeu alguma coisa? – Ele se dirigiu a mim.

– Não, senhor.

– Ótimo, junte-se á nós. – Sr. Sparks deu um pequeno sorriso. – Os vejo lá em baixo. – Ele fechou a porta nos deixando sozinhos novamente, no silêncio do quarto frio.

Então, Erika quebra o seu silêncio novamente, mas com um pigarreio.

– Então... O que foi aquilo? – Ela me encara com o olhar semicerrado.

– Então...

Começando a série dos “então”, foi como eu comecei a minha história para a “Princesa Sombria” naquele frio quarto cor rosa choque sem caveiras nem algo mortal perigoso do tipo. Apenas nós dois. Pois é né? Por que ainda estou aqui? Nem eu mesmo sei. A companhia dela já se tornou normal. E vai continuar já que estamos “namorando”.

Meu Deus, eu preciso de comida! Estou revisando tudo o que já passei na minha cabeça e estou virando poético! Espera um pouco aí.

Poético...?

[...]

Dei o meu caderno para Erika e então ela começou a ler o meu poema recém-feito. Após o fazer, ela continha certa admiração no olhar.

– Eu já sabia. – Se vangloriou.

– Já sabia? De quê, posso saber também?

– Ainda pergunta? É claro que meu plano funcionou. Te deixar com fome para ganhar uma inspiração.

– Nossa, seu plano realmente foi útil e bem bolado. Quem diria? – Ironizei. – Tá de sacanagem com a minha cara não é?

– Claro que não. Por que acha que te pedi para vim para cá até mesmo antes de comer qualquer coisa? – É, até que faz um mínimo sentido. Agora sentido nenhum faz por eu ter obedecido. – E você não sabe? Quando estamos delirantes ou tristes costumamos pensar em teorias inimagináveis e até mesmo escrever qualquer texto emocional. – Erika apoiou sua cabeça na mão direita e me encarou com um sorriso discreto.

Forço minha garganta espantando todos os meus pensamentos no momento. Dos quais não citarei.

– Enfim... Obrigado. – Dei uma leve ruborizada sei disso.

Erika me encarou por dois segundos, corou e após isso deu uma tapa no meu rosto.

– Por quêê?! – Berrei marejando os olhos e segurando minha bochecha.

– Ora por quê! T-tinha um bicho em você!

– Eu não senti!

– Pois devia, seu dormente!

– Depois de seus tapas as pessoas ficam nesse estado mesmo, mão pesada dessas. – Murmuro ainda massageando meu rosto.

Sinto outra tapa. Sorte que essa foi na nuca, mas doeu. Mãos de gorila.

– Depois apanha e não sabe o porquê... – Ela murmurava chateada.

Silêncio.

– Erika. – Eu começo me lembrando de algo que eu já devia ter feito.

– “Quié”?

– Por que você parece não gostar daquela tal Melody?

A ruiva á minha frente parou de escrever em seu caderno e me fitou por segundos, piscando várias e várias vezes com seus grandes olhos inexpressíveis.

– O quê?

Erika’s P.o.V

– Por que você parece não gostar daquela tal Melody?

“Melody”. Uma das palavras-chave para minhas raivas do passado voltarem.

Flashback’s On

Aos quinze anos...

Eu estava correndo mais do que qualquer corredor profissional naquele momento, mas meu motivo era justo. Ainda dava tempo de vê-lo. Ele não poderia ir para qualquer intercâmbio sem antes me ver. Por que tão em cima da hora?

Logo no meu aniversário.

“22/12; 17Hrs:29Min”

“Me desculpe, Erika. Meu pai disse que se formos hoje estaremos adiantados e podemos passar sem problemas.” “Eu preciso ir.”

Suas palavras do outro lado da linha ficavam ecoando em minha mente enquanto virava as esquinas como louca. Ele prometeu que me esperaria.

“Eu vou aí! Me espere por favor, eu irei!” “Claro, eu prometo que te espero.”

Logo viro a última esquina e vejo a sua grande casa ainda impecável apesar do tempo. O vejo na calçada da mesma, sua aparência nunca foi tão bela. Porém, a percebo na sua frente e me pergunto o porquê dela estar lá. Eu devia o ver primeiro. Como sempre roubando tudo o que penso e sou.

– Eu não acredito, achei que você só fosse depois do Natal e Ano Novo. – Diz ela, o olhando fundo nos olhos.

– Eu também achei, mas ordens são ordens. E é melhor irmos logo mesmo. – Ele bagunçou levemente os próprios cabelos.

– A-ah e você sabe quando vai voltar? Ou, bem, você ainda vai voltar?

Ele sorriu.

– É claro que volto. Nunca deixaria minha querida Mel sozinha. – Ele a beija no cenho. – Com certeza nunca. – Assim abriu um grande sorriso.

E-ele gosta mesmo dela? Assim? Ele nunca me beijou desse jeito, apenas bagunçou meus cabelos e coisas do tipo.

Então é verdade.

Você conseguiu de novo, Melody. Você roubou outra coisa de mim.

Marejei meus olhos e corri para longe dali. Ele não me ama mesmo, então porque eu iria vê-lo como se estivesse desesperada? Meu sentimento nunca fora mútuo, sempre se pôde perceber isso, eu que acabei tentando algo impossível. E eu não vou dar essa satisfação para mais ninguém daqui para frente. Ele sempre me viu como uma amiga e nunca passou disso. Nunca. Ele gosta da Melody e que sejam ridiculamente felizes.

Parei de correr e pude sentir meu rosto ser inundado pelas lágrimas que não cessavam.

– Não... Nathaniel... Não... – Cobri minha face com minhas mãos.

Flashback’s Off

Eu estava encarando Armin e não percebi ou pude ouvir se o mesmo havia falado algo. Quis me sufocar no momento, queria um abraço forte e palavras simples de consolo, queria que a Leila estivesse aqui comigo para ela poder me animar. Queria engolir tudo o que sentia e tudo o que passei em forma de lágrimas que pareceram querer retornar aos meus olhos. Queria poder tentar uma vida solitária mesmo sabendo que não consigo ser apenas mais uma no mundo, sabendo que não consigo passar um dia sequer sem me culpar pelo o que fiz e pelo o que faço.

Porque apesar de tudo, se alguém me lembrar do que aconteceu á um ano atrás eu vou voltar a ser aquela menininha apaixonada, medrosa e insegura outra vez.

Porém... Tudo o que pude dizer foi:

– O quê?


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Notas finais do capítulo

Olá de novo! :3
Então gostou do capítulo? Comente o que achou, comentários negativos também são bem-vindos assim posso melhorar se for o caso. ^^

Denis Sparks(Pai de Erika) : http://i854.photobucket.com/albums/ab103/russianroyalty/Otome/IMG_0185.jpg
Muitos beijos e abraços! Até a próxima!



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