Menino Rude, Garota Mimada. escrita por Mila Karenina


Capítulo 24
Dad - Parte dois.




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Kitty vestia um delicado vestido branco com um enorme laço rosa bebê, olhando assim até dá para fingir que não é uma vadia, seus cabelos castanhos estavam prendidos para trás no melhor estilo garota evangélica.

Do seu lado estava o homem que deveria ser meu pai, era um homem alto, muito alto, ele possuía os mesmos cabelos escuros de Kitty e seus olhos eram verdes como os meus, era díficil aceitar ter um pai famoso e uma irmã megera, mas eu não podia negar que por mais que eu fosse loira e Kitty morena nós eramos incrivelmente parecidas com aquele homem que ali estava.

– Boa noite! - Eu falei e os dois olharam para mim.

– Boa noite. - O homem respondeu sorrindo e eu fechei a cara. Kitty mal me olhava, ela não parecia surpresa, ela simplesmente não esboçava reação.

Nós três sentamos na mesa e assim que eu vi a garrafa de vinho, enchi meu copo e bebi tudo de uma vez.

– Então Jane, eu sei que isso tudo é novo pra você, eu já conversei com a Kirianova e ela pareceu lidar muiti bem com isso tudo... - O homem continuava falando, eu assentia e continuava enchendo meu copo, um, dois, três copos, eu já não prestava atenção em nenhuma palavra dita.

– Eu acho que seria saudável que nós três viajassemos para Escócia para nos conhecermos melhor. - Ele falou e pela primeira vez Kitty esboçou alguma reação.

– Você ficou louco? - Eu e Kitty falamos em uníssono.

– Meninas se acalmem, isso é só para vocês se entenderem e se enxergarem como irmãs. - Adam falou e Kitty abaixou a cabeça, naquela hora eu senti pena de Kitty, isso também era um choque para ela e foi assim que minha paciência se esgotou.

– Não acha que antes de nós nos enxergamos como irmãs, você deveria se preocupar em fazer o seu papel de pai? Você espera quase 18 anos para reaparecer e ainda espera que te aceitemos de braços abertos? Já deu pra mim, dad. - Eu gritei e enviei o SMS para Thomas.

Sai pela porta ouvindo minha mãe perguntar o que aconteceu, mas ignorei completamente quando vi o Jipe de Thomas.

– Oi meu amor! - Eu disse entrando no carro.

– Desde quando você me chama de amor? - Thomas falou com os olhos arregalados.

– Desde hoje, vem cá! - Eu falei o puxando para mim e o beijando com paixão.

– Eu ia perguntar se você bebeu, mas agora tenho certeza. - Ele falou sorrindo com deboche.

– Eu não bebi quase nada, só um pouquinho assim ó. - Fazendo a quantidade no dedo.

– Vamos, você vai me explicar isso tudo direitinho. - Ele falou sério e eu sorri.

Depois de alguns metros ele parou o carro e eu perguntei:

– Nós não estamos em um motel não é?

Ele riu e logo depois voltou a ficar sério.

– Claro que não Jane! - Ele respondeu sério.

– Calminha ai camarada, eu posso caminhar. - Eu protestei enquanto Thomas me pegava no colo e caminhava em direção a algum lugar que não reconheci.

– Você não está em condição de fazer nada. - Ele me respondeu ríspido.

– Nada mesmo? - Eu perguntei maliciosa e não recebi resposta.

Eu reconheci o lugar depois que Thomas fechou a porta de seu quarto.

– Jane, eu não queria dizer isso, mas provavelmente você vai vomitar em breve e você vai precisar de um banho, eu sei que você está pensando que isso é um clichê em historinhas de amor, mas essa é a nossa realidade agora. - Ele terminou de falar e eu senti um enjoo no estômago.

– Filho da puta! - Eu falei e sai correndo.

– Corre que dá tempo de chegar ao banheiro! - Ele gritou quando eu já estava na porta do banheiro, logo senti suas mãos afastando meus cabelos de meu rosto.

– Sai daqui, isso não é nada sexy. - Eu protestei.

– Pra ser sincero, nojento pra isso aqui é apelido. - Ele falou debochado.

Quando meu estômago finalmente parou de se contrair, eu me afastei do vaso sanitário e escovei os dentes com a primeira escova que vi.

– Ah não! Justo a minha! Isso já passou dos limites da nojeira! - Thomas protestou e eu mostrei o dedo do meio.

– Eu preciso de um banho! - Eu exclamei e Thomas passou a mão pelos seus cabelos escuros.

– Vou trazer uma blusa e uma toalha para você. - Ele disse desaparecendo pelo corredor.

Eu entrei no chuveiro e a água escorrendo pelo meu corpo era relaxante, depois de um bom tempo no chuveiro eu finalmente sai e dei de cara com Thomas me olhando descaradamente.

– Privacidade? Nem rola. - Protestei.

– Você está na minha casa, então shiu e aqui está a sua roupa e a toalha. - Ele falou agora sorrindo.

Eu me sequei e me vesti, então me olhei no espelho e a blusa preta que Thomas havia me emprestado parecia gigante em mim, fui para o quarto de Thomas que já me esperava vestindo apenas uma calça de moletom cinza.

– Pensei que tinha se perdido no caminho. - Ele falou debochando.

– Sem gracinha. - Eu disse me aconchegando ao lado de Thomas.

– Tudo bem. - Ele me respondeu.

– Onde estão as pessoas dessa casa? - Eu perguntei curiosa.

– A minha mãe viajou para Albania e só volta na outra semana e a Emilly... Boa pergunta! A onde a Emilly se meteu? - Thomas falou furioso.


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