Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 16
Capítulo 15. Monstrinho Verde


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Como foram de carnaval? Hoje trouxe um capítulo cheio de PDVs diferentes. Então para quem queria saber mais dos outros personagens aí está e para quem queria cenas de ciúmes aí está também ;)

Espero que gostem
:*



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Capítulo 15. Monstrinho Verde

PDV Detetive Whitlock

Eu não conseguia parar de bater meu pé ao chão. Minhas mãos ora mexiam no celular ora bagunçavam meus cabelos. Eu realmente não sabia o que fazer. Observei a grande porta dupla em minha frente. O guarda me lançou um olhar desconfiado, mas o ignorei. Mais uma vez olhei para o meu celular, apenas um minuto havia passado. Com um suspiro pesado eu joguei minha cabeça para trás deixando-a encostada à parede, fechei meus olhos e deixei que a conversa que tive com um colega de Atlantic City hoje cedo viesse a minha mente.

Eu teria trabalho para acalmar Alice já que eu mesmo tinha dificuldades para me manter calmo. As notícias não eram boas. Eu temia que a missão da agente tivesse dado muito mais errado do que aparentava.  Peter contou-me sobre o tiroteio na boate, ao que parece a coisa foi feia com diversos feridos e mortos.

— Jasper?!

Abri meus olhos imediatamente notando então a promotora em minha frente. Ela vestia um terninho preto que a deixava extremamente profissional, em suas mãos havia uma pasta de coro que eu sabia que estava pesada, mesmo que ela não aparentasse estar se esforçando.

— Eu tenho novidades. – murmurei levantando-me e esticando meus braços para levar sua pasta.

Alice não sorriu, ela de algum modo sabia que as notícias não eram boas. Ela entregou-me seu material e enroscou em meu braço. Em poucos minutos estávamos fora do fórum e arrumávamos uma mesa discreta em um pequeno café.

— O que aconteceu? – perguntou-me com a calma que eu não apresentava.

— Houve um tiroteio na boate.

— Ok... – murmurou lentamente. – Ela conseguiu?

— Eu não sei. Ainda não tive nenhum contato e pelo jeito você também não.

— Vou ligar para Rose.

A promotora colocou o telefone no viva voz.

Mecânica Halle em que posso ajudar?— a voz feminina soou autoritária.

— Rose, sou eu. Aquele seu mecânico que come feito um passarinho fez contato? Estou com Jazz, se ele desapareceu mesmo nós já colocaremos na lista de desaparecidos.

A linha ficou muda por dois segundos e então ela respondeu com cautela.

Não, ainda não tive notícias. Acho que é melhor procurar pelo passarinho.

— Vou falar com Jasper, nos falamos depois.

Tchau.

Engoli em seco enquanto Alice olhava-me preocupada.

— Tem mais, não têm?

— Sim. – admiti com pesar. – Houve um arrombamento em uma casa. Quando a família chegou de uma viagem encontraram a cozinha banhada de sangue. A polícia encontrou no sistema de quem era o DNA. – estiquei minhas mãos sobre a mesa e capturei as dela com delicadeza. – Eu sinto muito Alice, mas o sangue era da agente Swan.

Eu pensei que teria que consolá-la e até mesmo segurá-la firme em meus braços até que o ataque histérico acabasse, afinal eu sabia o quão importante Isabella era para Alice, mas nada disso aconteceu. A promotora apenas apertou firmemente minhas mãos e me olhando diretamente nos olhos afirmou.

— Ela não está morta. Ela está bem. Está apenas escondida se recuperando. – havia tanta certeza em sua voz.

— Ela fez algum contato Alice?

— Não. Mas eu sei que ela está bem. – então seu rosto vacilou por alguns segundos. – Tem que estar.

Não quis acabar com suas esperanças com a minha incredulidade, então apenas assenti.

— Vamos aguardar algum contato. Tenho certeza que seja lá o que aconteceu o garoto achará um jeito de fazer contato.

PDV Mecânica Halle

Meu coração pulsava tão rápido quanto as minhas batidas na porta a minha frente. Mas que inferno de demora para atender uma maldita porta!

— Hey! Calma! Quem está morrendo?! – a voz rouca, altamente sexy, do outro lado da porta soou mal humorada. Então finalmente a porta se abriu.

Como duas molas potentes meus pés me fizeram saltar e enlaçar o pescoço do moreno a minha frente.

— Emm... – choraminguei. – A Bells sumiu!

Senti meu corpo balançar conforme o agente caminhava para dentro de seu apartamento.

— Ei, se acalme e me conte essa história direito. – pediu carinhosamente sentando-se no sofá e me deixando ficar em seu colo.

Sua grande mão passeava em minhas costas subindo e descendo tentando me acalmar.

— Alice me ligou, nem ela, nem Jasper conseguiram contato com ela.

— Fique calma Loirão, ela logo dará notícias. Swan é assim mesmo. Já cansei de ficar preocupado com seu desaparecimento quando de repente ela aparecia com provas concretas para levar algum bandido direto para a prisão. Ela é uma cadela boa no que faz.

Seus olhos eram brincalhões e o sorriso largo que tanto destruía a minha calcinha estava lá. Porém eu ainda estava assustada.

— Você tem certeza?

— É claro! – sorriu ainda me fazendo sentar de pernas abertas em seu colo.

Suas mãos desceram espalmadas pela minha cintura e repousaram distraidamente em minha bunda. Estreitei meus olhos quando ele deu um leve apertão.

— Às vezes eu acho que tudo o que você quer comigo é sexo. – resmunguei irritada.

— Um sexo alucinante, diga-se de passagem. – seus olhos lamberam todo meu corpo de baixo a cima de cima a baixo.

— McCarty! – rosnei irritada tentando sair de seu colo.

— Não, não! Calma! – riu Emmett abraçando minha cintura e me colando a ele. – Estou apenas brincado.

Suas mãos subiram e seguraram meu rosto entre elas.

— Você apenas me deixa louco, Rosie. – olá covinhas fofas! – Mas eu quero muito mais do que apenas sexo alucinante. – estreitei meus olhos para a sua súbita seriedade. – Você me conhece há tão pouco tempo... Sei que é difícil confiar, mas vou te provar que eu quero mais do que isso. Juro que vou.

Assenti desconfiada deixando que ele beijasse delicadamente meu queixo. Mas veja bem, nunca fui uma mulher que gosta de suavidade, sou uma mulher que gosta de intensidade e rudeza, na quantidade certa, é claro. Então abaixei meu queixo e mordi seus lábios apetitosos sendo correspondida imediatamente.

Ficamos naquele amasso por apenas mais alguns minutos, pois fomos interrompidos pelo celular de Emmett.

— Sim... Uhum... Claro... Eu compreendo... Continuem no rastro dele... Não, não o prendam ainda... Sim eu tenho certeza... Apenas cumpram a maldita ordem! – então ele desligou seu telefone e suspirou com irritação.

O clima tinha acabado.

— O que aconteceu?

— Minha equipe conseguiu provas contra Jacob.

— Isso é ótimo! Aquele cão sarnento vai parar de incomodar Bella!

— É. – concordou ainda irritado.

— Qual o problema?

— Eu apenas gostaria que ela estivesse errada. – bufou. – Nada me irrita mais do que um policial sujo.

— Mas porque não o prenderá ainda?

— Vou torná-lo útil. Darei mais corda para ele se enforcar. – sorriu maldoso. – Enquanto ele pensa que está por cima da carcaça nós acumularemos evidencias, desmascararemos quem quer que esteja trabalhando com ele e ainda conseguiremos mais provas contra o Volturi.

— Parece um plano arriscado.

— Do tipo que a Swan adora. – sorriu conhecedor.

Eu não podia negar aquilo.

PDV Agente Swan

Não tenho certeza de que horas eram quando acordei. Mas senti um pequeno arrepio em meu estômago quando avistei a bandeja com uma bonita pilha de panquecas e um belo copo de suco.

Tentei me ajeitar na cama e grunhi em seguida. Deixe-me contar uma coisa sobre ferimentos. Eles doem muito mais quando estão curando. Puta merda!

Respirei fundo tentado me acalmar e após alguns minutos, ou horas, eu consegui me ajeitar para tomar meu café da manhã.

A comida não estava lá essas coisas, mas não vou reclamar, já comi coisas piores. Empurrei a bandeja para o lado e com cuidado segui para o banheiro. Assustei-me com o fantasma que apareceu no espelho, eu estava pálida como um cadáver. Tentando ignorar minha aparência concentrei-me em realizar minha higiene e pensar no próximo passo que deveria ser tomado em relação a Edward.

Ficar em Forks, por enquanto, era a melhor opção. Se conseguirmos ficar indetectáveis as coisas ocorrerão perfeitamente bem. Quando chegasse o momento do julgamento nós apenas pegaríamos um jatinho do FBI e seguiríamos de volta para Nova Iorque.

Arrastei-me até a sala e encontrei meu protegido segurando seus próprios cabelos em frente a tela de seu computador. Ele não parecia feliz.

— Algo errado?

— Estamos sem internet.

Esperei que ele desenvolvesse seu raciocínio.

— Nós conseguimos colocar o vírus no computador da gangue, mas eu preciso de acesso a internet para chegar ao mafioso. – resmungou irritado. – Nosso trabalho foi em vão! – seus profundos olhos verdes estavam em chamas quando me olhou. – Você foi baleada por nada.

Eu deveria bater nele agora ou mais tarde?

Caminhei e sentei-me no sofá a sua frente.

— É assim que uma investigação acontece. Algumas vezes conseguimos achar ou fazer o que queremos, outras vezes não.

— Você se machucou por causa da minha ideia estúpida.

— Não foi estúpida. E ainda pode funcionar. Só precisamos de internet.

Edward soltou um suspiro frustrado.

— Eu não sei como você pode estar tão calma.

PDV Edward Cullen

Ela estava mais uma vez sem expressão. Tive vontade de bater minha cabeça contra a mesa. Jesus! Eu precisava de apoio na minha frustração. Custava ela pelo menos, sei lá, tremer a sobrancelha? Mas não! Ela estava ocupada demais olhando para a minha cara sem demonstrar qualquer porra de expressão!

— Será que você não consegue manter uma conversa?! – grunhi irritado.

Ela sequer vacilou com as minhas palavras, apenas piscou seus olhos duas vezes seguidas.

— Sim, eu consigo. – e ficou em completo silêncio.  

Cristo! Isso é sério?

— Não, não consegue. – resmunguei seguindo para a cozinha.

Abri a geladeira e fiquei olhando lá para dentro. Eu não a entendia! Mulheres são difíceis de entender, mas a agente Swan... Cristo ela superava todos os níveis. Ontem quando nos deitamos juntos e ficamos apenas curtindo um a presença do outro, ou melhor, eu curtindo sua presença já que ela dormiu em poucos segundos, eu pensei que tínhamos evoluído.

No carro enquanto eu tentava controlar meu intestino assustado ela tinha me apoiado, tinha dito palavras doces que me acalmaram. Então quando estávamos aqui ela tinha gargalhado e me olhado irritada e reagido de alguma forma!

Agora aquelas malditas palavras do agente halterofilista estava me assombrando. Será que eu estava imaginando esse sentimento por Bella? Ou pior, será que eu estava imaginando que ela retribuía pelo menos um pouquinho do meu carinho? Ela também não me ajudava com as minhas dúvidas! Sua falta completa de demonstração de sentimentos estava me deixando muito mais inseguro do que normalmente eu já era.

— A geladeira está descongelando.

— Jesus Cristo, Bella! Quer que meu coração saia pela boca?! – a porta fechou-se com um estrondo enquanto eu segurava meu próprio peito.

— Você está agindo estranho. Mais estranho que o normal.

Esse tipo de comentário também não ajudava em nada.

— Eu estou completamente bem!

— Não, não está. – retrucou. – É por causa da internet? Eu já disse, vamos providenciar. Tyler já deve estar chegando e mandaremos ele comprar o que é que tem que ser comprado.

— Tyler, é claro! Ele salvará a grande missão! – bufei.

Então a expressão surgiu. Foi pequena, quase imperceptível. Mas eu pude reparar. Os olhos da agente brilharam aumentando de tamanho por breves microssegundos, sua cabeça inclinou-se 1 ou 2 graus para a esquerda e o canto direito dos seus lábios ergueram-se um pouco.

— Qual o problema com Tyler?

— É! Qual é o problema com Tyler?! – repeti um pouco descontrolado.

Eu começava a achar que o problema era eu e não ela.

— Sim Tyler! Oh grande agente halterofilista! Corajoso e bom no que faz! – bufei erguendo minhas mãos para cima. Que diabos estava acontecendo comigo? – Ele salvará o dia novamente! Porque pelo visto eu só sirvo para criar problemas!

De repente eu tinha um pequeno corpo grudado ao meu e braços rodeados em minha cintura. Abaixei meu rosto e observei os profundos olhos castanhos focados no meu rosto.

— Não se compare a Tyler. – pediu. – Ele falou sobre o que tivemos, não é? É isso que esta mexendo com a sua cabeça?

Não tive coragem de abrir minha boca, então apenas assenti.

— Tyler é um policial. E você é um garoto da T.I.. Não há razão para comparar suas habilidades com as dele. E você definitivamente não é o problema. O problema é Aro Volturi. Você é a solução para o problema Aro Volturi. Então pare de se desprezar.

— Você me acha exótico?

Porque a minha língua é tão grande, Meus Deus do Céu?

Novamente ela apresentou uma expressão. E foi uma expressão adorável quando ela uniu suas sobrancelhas em confusão.

— Pode-se dizer que sim. – respondeu.

Meus lábios torceram-se automaticamente.

— Mas não de uma forma ruim. – completou ela ainda com aquela porra de expressão adorável.

Bufando eu segurei seus braços e a empurrei com delicadeza para longe do meu corpo.

— Bella, o que você... – não pude completar minha pergunta, pois neste mesmo momento escutamos Tyler adentrar a casa.

Grunhi e caminhei apressadamente para o meu quarto, sem antes, é claro, de mandar um olhar irritado para o policial. Eu daria privacidade ao casal! Argh!

PDV Agente Swan

Eu ainda olhava embasbacada para o caminho que o garoto seguiu.

— Alguém foi mordido pelo monstrinho verde do ciúmes. – cantarolou o idiota do Tyler.

Ciúmes? Oh! Edward estava com ciúmes? Eu odiava cenas de ciúmes, sempre odiei. Mas porque diabos eu me sentia tão quente agora?

 

 


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que o Edward iria perguntar? Estão abertas as apostas ;)



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