My Secret Past | Dramione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 5
Capítulo 5 - Sorry


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Voltei mais um cap. Espero qque gostem.
Boa leitura



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Hermione você tem que honrar o titulo de bruxa mais brilhante para sua idade! Eu só conseguia pensar nisso enquanto andava sozinha pelos corredores de Hogwarts indo em direção a Grifinória. Havia acabado de deixar Malfoy para trás e uma sensação estranha se apoderou do meu corpo, aquele frio e nervoso.

Deveria ser por causa de Ronald. Eu sabia que quando chegasse na minha casa teria que explicar o motivo de ter sido tão amistosa com Malfoy... Mas ele também não tinha motivo para ficar bravo comigo. O Sonserino estava sendo massacrado e ele nem quis ajudar! Se continuasse daquele jeito eu tinha até medo de Malfoy usasse a varinha e acabasse preso novamente em Askaban como acontecera depois da guerra até seu julgamento.

Harry Potter. – falei em frente ao quadro da mulher gorda que logo se abriu me dando passagem para entrar.

As senhas dos dormitórios mudavam toda semana e lembro-me muito bem quando o novo monitor disse que Harry seria homenageado por sua participação na guerra e por essa semana seria seu nome a senha. Nunca vi meu melhor amigo tão vermelho como naquela hora, Ron e eu riamos tanto enquanto Ginny ficava enchendo ele sobre isso. Segundo a Minerva – sim, Harry fora até ela pra trocar, que estava irredutível para isso dizendo que ele merecia alguma homenagem da escola – Ron e eu também teríamos a nossa em alguma outra casa, meu namorado ficara todo alvoroçado no começo mas eu não liguei, era tão bobo.

Assim que coloquei o pé dentro da Grifinória já vi Rony andando de um lado para o outro na frente de Harry e Gina que estavam sentados no sofá em frente a lareira. Todos se viraram em minha direção quando entrei, respirei fundo e notei que havia poucos alunos lá me lembrando que deveria ser quase hora do jantar.

– Vou tomar banho e já desço para irmos pro salão comunal. – falei indo direto para as escadas.

Ron tossiu parecendo e rezei para ele não fazer o que eu sabia que faria.

Não podemos brigar. Repeti diversas vezes em minha mente.

– Hermione, você tem algo para nos explicar não acha? – ele perguntou rudemente.

Parei de andar mas ainda não virei para olhá-lo.

– Não, que eu saiba não tenho nada. – falei tão mau educada como fui tratada.

Ouvi Gina suspirar.

– Eles vão brigar, não vão? – ela sussurrou para Harry, imagino.

– Sim, eles vão. – seu namorado respondeu.

– Como não tem nada pra explicar? – Ron alterou a voz ignorando nossos amigos. – E aquela cena com Malfoy? Como nos deixou para ajudar aquele idiota? Sabe a cara que ficamos na frente daquelas cobras quando os dois saíram?

Virei já sabendo que estava vermelha de raiva.

– Não me importo como vocês ficaram na frente de Nott e Zabini. – gritei. Um aluno que havia entrado e ao nos ver brigar deu meia volta e saiu acho que com medo que pegássemos as varinhas e começássemos algum duelo aqui.

O ruivo bufou.

– Você só fez isso para me deixar com ciúmes? Que infantil Hermione.

Vi pelo canto do olho Ginny arregalar os olhos e apertar a mão de Harry.

– Meu irmão vai morrer, Harry. – ela sussurrou.

– Eu? Tentando te fazer ciúmes? – repeti. – Ron? Você bebeu? Desde quando eu sou alguém que faria isso Ronald Weasley?

Ele abaixou o olhar sabendo que falara besteira mas o orgulho não permitiria que ele se desculpasse.

– Então por que diabos você tinha que levar Malfoy pra enfermaria? – ele gritou de volta. – Ele é nosso inimigo Hermione! Aquele ser já te tratou tão mal e ainda pareceram ter a maior intimidade!

Mordi a boca tentando conter minhas palavras, sem êxito.

– Inimigo? A guerra acabou caso não tenha percebido Ronald, e ele foi absolvido, sabe o que é isso? – minha raiva aumentava cada vez mais. – Além de que se eu tenho que ficar com raiva dele pelo que fez no passado é problema meu não seu.

O vi revirar os olhos.

– A família dele te torturou!

– A família, não ele...

– Mas também não fez nada pra impedir.

Meu coração parecia começar a sangrar nessa hora. As memórias daquele dia na mansão Malfoy seria algo que eu nunca conseguiria esquecer. Acho que não conseguiria nem voltar a ser amiga de Draco por isso, ele esteve lá o tempo todo e não fez nada. E agora eu sempre teria aquela cicatriz no braço para me lembrar.

Quando eu iria responder Harry se levantou e colocou-se entre nós:

– Cara, deixa isso pra lá. – ele disse. – Malfoy não pode ser culpado por tudo que ocorre no mundo...

Ron jogou-lhe um olhar irritado.

– Esta defendendo ele? Depois de tudo que fez?

O moreno negou com a cabeça.

– Não o estou defendendo. – disse gesticulando com as mãos. – Mas acho que esta fazendo um escândalo por nada, Hermione só o levou na enfermaria.

Parecia que Rony havia se esquecido que a discussão inicial era comigo já que se virou para encarar Harry.

– Ele a torturou!

– Não foi bem assim... – tentei falar.

– Não a ajudou, Hermione você não vê isso?

– Não é bem isso, Ron. – Harry disse. – Malfoy nos ajudou sim, lembra que achamos que foi o espelho que fez o irmão de Dumbledore chamar Dobby? Estávamos errados.

Olhei para meu melhor confusa.

Como assim?

– Do que você ta falando Harry? – meu namorado perguntou.

– Se tivessem ido comigo no julgamento dos Malfoy’s saberiam. – reclamou. – Malfoy que avisou o senhor Dumbledore que precisávamos de ajuda e com isso ele pode mandar Dobby. Por que vocês acham que ele foi absolvido?

Eu encarava Harry completamente perplexa com apenas uma coisa em mente. Draco havia me ajudado. Naquele momento mesmo eu não sabendo ele me ajudou, ele se importou comigo. Meu estomago se embrulhou e aquele órgão que tanto já me fez sofrer chamado coração pareceu acordar de um longo descanso que foram os últimos anos.

Coloquei a mão no peito tentando entender o motivo disso tudo. Meu coração batia rápido por Ron, mas agora não parecia nada em comparação ao seu estado neste momento, comecei a temer por minha saúde já que se continuasse assim teria que ir para um hospital.

– Isso não muda nada. – o ruivo disse irritado.

– Muda. – falei mais para mim mesma do que para ele. – Isso muda muita coisa.

Acho que o Weasley lembrou que a briga era desde o começo comigo então voltou sua atenção para uma Hermione que estava ainda meio que em choque pela descoberta.

– Eu não me importo com isso. – Rony disse. – Hermione! Você me deixou, sou seu namorado pra ajudar aquela doninha! Como você esperava que eu reagisse?

– Eu disse pra você fazer alguma coisa. – rosnei. – Se não teve coragem eu não iria ficar parada.

Eu estava com muita coisa em mente e a ultima coisa que queria era ficar naquela sala brigando por algo que estava fora do controle da minha parte. Precisava sair dali, eu necessitava pensar. Por um segundo me senti como se estivesse sendo enterrada viva e o desespero por sair daquele caixão me dominava.

Não esperei uma resposta apenas me virei em direção as escadas e comecei a correr para meu quarto ainda com aquela sensação horrível em todo o meu corpo.

– Hermione, não terminamos nossa conversa.

A voz de Rony era apenas uma lembrança quando cheguei no longo quarto que eu dividia com as meninas. Mexi naquela gravata afrouxando-a esperando que assim o meu desespero sumisse mas isso não aconteceu. Tirei a capa querendo não estar enfornada em tantas roupas porem aquela sensação desesperadora não ia embora. Andei de um lado para o outro e logo eu já tinha tirado boa parte do meu uniforme – apenas o essencial para não morrer de frio – e nada de melhorar. Prendi meus cachos num coque.

– Mione. – Gina apareceu e me olhou confusa. – Esta tudo bem?

Neguei com a cabeça.

– O que tem de errado? – ela insistiu. – Você sabe como Rony é besta, mas é por que gosta de você e acabou ficando com ciúmes em ver o sorriso que você deu pro Malfoy, até eu admito que não esperava ver isso, sempre pensei que era mais fácil ver o inferno congelar antes de vê-la sorrir para Draco Malfoy.

Acho que eu realmente não estava prestando atenção no que a ruiva falava. Fui até a janela e a abri querendo ar para abastecer meus pulmões que queimavam. Uma brisa fria entrou me fazendo tremer um pouco.

– Céus, Hermione, vai congelar sem metade do seu uniforme. – Ginny veio até mim e tentou colocar a minha capa novamente em minhas costas mas a impedi.

– Malfoy... Ele nos ajudou. – era tão bom falar isso em voz alta.

A ruiva me olhava de um jeito estranho chegava a ser confuso e desconfiado.

– Sim, eu fui com o Harry na audiência.

– Por que não me contaram? – perguntei.

Ela deu de ombros.

– Você não quis ir... Achamos que não se importava com o que aconteceria com ele.

Por um momento lembrei de quando Harry me chamou para ir no julgamento de Draco. Logo recusei fazendo um discurso de por que diabos eu iria vê-lo mas no fundo foi apenas uma desculpa para não ver aquilo, não o ver sendo preso ou talvez sendo morto.

– Ta muito calor aqui. – falei me abanando.

Gina me olhava como se eu fosse louca.

– Mione... Esta nevando, não esta calor. – ela disse. – Ta passando mal?

Neguei com a cabeça.

– Só... Preciso pensar.

E passei minha mão em seus cabelos ruivos dando-lhe as costas e indo novamente para os degraus sem saber realmente para onde eu tinha que ir.

– Pelo menos leve sua capa.

Ela gritou mas não me importei. Deixei minha capa, varinha, cachecol ficando apenas com a saia, blusa – claro já que não iria sair pelada - e minha linda bota que eu comprara com salto fino preta.

Se Harry e Rony estavam ainda no salão da Grifinória eu não os vi. Nem procurei para ser mais exata apenas corri. Para onde? Nem Merlin poderia dizer já que eu sentia que precisava respirar e o que mais me faltava era ar.

Tinha que admitir que aquela ruiva estava certa em ter falado para eu levar a capa. Estava muito frio! Mas por incrível que pareça aquilo não estava me atrapalhando nada enquanto andava pelos corredores quase desertos e meio escuros.

Meus pés acabaram me fazendo subir escadas e logo eu estava andando pelos corredores do sétimo andar já sabendo onde fui involuntariamente. A sala Precisa. Parei com tudo me censurando por tal atitude ridícula. Qual é o seu problema Hermione Granger? Cruzei meus braços sobre o peito já que comecei a tremer um pouco. Olhava para a parede mais no final que daria na sala precisa pensando em quantas vezes eu já estive nesse mesmo corredor antes.

Vi um vulto andando e congelei.

Draco Malfoy estava saindo da sala precisa e parou ao me ver encarando-o. Deu um sorriso arrogante tão característico em seu rosto e começou a andar em minha direção mas ao me ver parada como uma estatua deve ter se assustado e parado também apenas me encarando.

– Granger? – me chamou.

Senti meus olhos queimarem e a raiva apareceu.

Dei passos largos obstinada a ir em sua direção. Ele deu um sorriso e o vir analisar-me da cabeça aos pés.

– Granger, acredite eu sou a pessoa que mais quer ver você sem toda aquela roupa do uniforme mas acho que esta muito frio para começar a desistir delas. – falou sarcasticamente enquanto me olhava indo em sua direção.

Acho que a ultima coisa que ele esperava era eu chegar até ele e fazer aquilo. Parei em sua frente e meu corpo reagiu dando-lhe um tapa no rosto. Depois o empurrei e comecei a dar leves socos em seu peitoral – FORTE E DEFINIDO PRAS CURIOSAS DE PLANTÃO.

– Seu idiota. – xinguei-o. – Por que não me disse? Teria mudado muita coisa...

Ele me olhava completamente confuso.

– Ahn? Do que diabos você esta falando sua louca? – Draco perguntou pegando com uma agilidade impressionante as minhas mãos me impedindo de bater nele.

– Eu te odeio Malfoy. – falei já sem mais aquela raiva que estava sentindo antes e meus olhos voltaram a queimar.

– Odeia mesmo? – ele perguntou dando um sorriso sexy.

Soltou minhas mãos e passou em seu rosto. Mais um vermelho para o rosto aquele narcisista arrogante, isso pra ele ver. Nesse momento a realidade do tapa que eu o dei venho até mim. Por que diabos eu fiz isso? Por que eu estava aqui? O que tinha de errado comigo?

Abri a boca para responder mas nada saia. Tinha algo me impedindo de falar.

– Granger? – ele me olhava meio assustado. – Eu fiz algo errado? Juro que estive quieto desde que sai da enfermaria... – e vendo que eu não iria responder continuou me olhando por um tempo até se surpreender com... – Esta chorando?

Achei estranho a pergunta e levantei a mão passando em minhas bochechas que estavam geladas. Por causa das lagrimas. Fiquei tão surpresa como o loiro a minha frente já que eu não chorava desde... Muito tempo. Não conseguia lembrar da ultima vez que chorei de verdade, quando se esta numa guerra você não tem tempo para sentir a perda se quiser continuar viva.

As lagrimas começaram a sair em maior quantidade enquanto eu ainda o olhava. Eu sabia que tinha que ir embora, chorar na frente dele... Não, eu precisava me manter forte. Mas era até que um grande alivio saber que mesmo não estando mais juntos ele tentou me ajudar em algum momento. Mesmo sendo passado e sabendo que nunca mais poderíamos ficar juntos novamente eu me sentia mais grata.

– Granger o que tem de errado?

– D-des... – eu não consegui nem terminar a frase começando a soluçar.

Malfoy estava confuso vendo a minha confusão. Deu um sorriso triste que eu nunca mais queria ver em seu rosto e surpreendendo a mim me abraçou apertando-me fortemente contra seu corpo. Sabe aqueles muros altos e fortes que eu criei contra um certo loiro e Sonserino? Acabaram de serem derrubados que nem o muro de Berlim.

– Desculpa. – pedi quando confiei mais em minha voz.

As desculpas foram pelo tapa, foram por não ter acreditado nele, foram por não ter conseguido ajudá-lo na guerra e por muitas coisas mais que eu acabei errando com Draco sem querer. Agora eu não poderia consertar mais nada, mas pelo menos poderia pedir desculpa. Eu ainda estava em seus braços e não sentia mais frio, muito menos calor, aquela sensação de ser enterrada? Parece que nem existiu. Agora eu me sentia mal por ter batido naquele rosto loiro convencido. Meu rosto estava escondido em seu peito e eu sentia seu cheiro. A familiaridade voltou com tudo.

– Tudo bem. – falou baixinho no meu ouvido fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. – Só não conte para ninguém que o vermelho no meu rosto foi obra sua, o que todos irão pensar que fui vencido por uma garota? Ainda mais amiga do Potter e Weasley?

Ao ouvir o nome dos dois o feitiço que eu estava acabou se quebrando. Soltei-me de Draco que ficou completamente confuso.

– Eu não... Deveria ter feito isso. – disse tentando soar formal. – Desculpe, Malfoy, não deveria ter incomodado você.

Mordi o lábio tentando fazer com que o choro fosse embora de vez. Limpei o rosto para não mostrar que estive chorando.

– Acho que me sinto usado, Granger. – Draco brincou.

Sorri.

– Sinto informar, mas você é muito usável. – respondi. – Agora tenho que ir.

– Isso vai mesmo, vem, me usa e vai embora.

Assenti sorrindo.

– Até mais, Malfoy. – falei virando. – E espero que esqueça o que acabou de acontecer.

Ele deu um sorriso arrogante.

– O que aconteceu? – fingiu de confuso. – Até mais ver, Granger.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Há dois anos ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Eu mexia minha perna nervosamente.

Claro que bem no dia que eu tinha combinado de ajudar Harry, Malfoy iria atrasar para nossa pequena aula no final da tarde. Aquele Sonserino loiro aguado! Irá me pagar se me fizer chegar atrasada.

Olhei novamente para o relógio que eu fiz aparecer na sala precisa e resmunguei irritada por Draco já estar mais quase meia hora atrasado. Eu não tinha nada pra ficar fazendo ali então apenas fiquei bisbilhotando a maravilhosa sala que me fora proporcionada.

Quase dez minutos depois desde a ultima vez que olhei no relógio ouvi a maçaneta e virei a tempo de ver a porta se abrir e um loiro bem vermelho entrar. Abri a boca para reclamar quando algo dentro de mim me fez reconsiderar, ele estava... Estranho, não tinha aquele sorriso arrogante que mantinha no rosto normalmente e tinha algo em seu olhar que me fez estremecer.

– Malfoy...

Ele nem olhou para mim apenas foi até uma mesa que havia umas coisas velhas e jogou tudo no chão. Quase dei um pulo para trás de susto. O que diabos...?

– O que você esta fazendo? – perguntei enquanto ele continuava a destruir tudo que aparecia em sua frente.

Seu rosto estava com uma mascara de terror e eu senti medo pela primeira vez desde que comecei a ser sua professora. Não sabia se deveria ir embora e fingir que nada acontecera mas parecia até um pecado deixá-lo sozinho enquanto obviamente tinha algo errado.

– Malfoy fale logo que diabos que esta acontecendo? – gritei para ver se ele prestava atenção em minhas palavras.

Pela primeira vez desde que entrou na sala Draco virou e me encarou.

– Nada que te interesse, Granger. – falou rudemente. – Agora pode por favor ir embora e me deixar com meus problemas?

Balancei a cabeça negativamente determinada a não deixá-lo.

– Porra Granger! Eu quero ficar sozinho com essa merda que é a minha vida.

– Não! – gritei de volta.

– Não?

Bufei.

– Quando se esta deprimido ou com raiva a ultima coisa que devemos é ficar sozinhos.

– Se o Weasley e o Potter gostam dessa sua mania de ser um livro de auto ajuda ambulante problema deles. – ele gritou pra mim. – Mas eu odeio isso, então me.deixe.em.paz.

– Se esta bravo com o mundo não desconte em mim.

O Sonserino revirou os olhos.

– Então vai embora e eu não desconto em você!

– Não vou Malfoy. Aceite.

Ele me jogou um olhar com tanta intensidade que eu já imaginava quais palavras gostariam de falar no meu funeral mas para a minha surpresa Draco deu de ombros e se jogou no sofá no canto da sala. Hesitei pensando se deveria ir para mais perto e depois de muito refletir peguei um banco e coloquei em sua frente mas ainda com uma grande distancia entre nós.

– Agora me fale, Malfoy, o que tem de errado? – perguntei.

– Não te interessa, Granger. – resmungou. – Deveria ir embora e fazer algo mais interessante do que me ver bravo.

– Não tenho nada pra fazer. – menti.

– Então vá irritar Potter ou Weasley.

Sorri.

– Estão nos treinos de Quadribol. – disse. – Então Malfoy, terá que se contentar com a minha presença.

Ele não respondeu nada apenas ficou me encarando e eu de volta. Não faço idéia de quanto tempos ficamos assim só sei que olhei-o com seus braços cruzados em cima do peito por um longo tempo.

Sem querer acabei dando um largo sorriso que logo virou uma risada.

– Qual é a graça? – Malfoy perguntou.

Dei de ombros.

– A vida é engraçada não acha? – perguntei tentando usar o tom que Dumbledore sempre usava.

– A vida? – ele estava confuso.

– Quem diria que um dia eu olharia para você Malfoy, e não pensasse em te matar. – continuei.

Ele deu um sorriso.

– Ah Granger, vamos ser sinceros. – começou ele e jogou seu tronco para frente ficando mais perto de mim. – Você nunca quis realmente me matar, sempre foi amor reprimido.

Revirei os olhos.

– Você fala tanto de amor reprimido, Malfoy, que eu realmente acho que você que sentia.

Ele deu um sorriso sexy.

– Nos seus sonhos, querida.

Ri.

– Não acho que esta tão longe assim. – levantei o olhar e vi no relgio que estava atrasa.

Merda.

– Droga. – falei levantando e pegando meus livros. – Tenho que ir.

Draco me olhava confuso enquanto eu pegava todas as minhas coisas.

– Pensei que iria ficar aqui comigo.

Parei e o olhei.

– Esta mais calmo? – ele assentiu. – Então meu objetivo esta cumprido.

Corri até a porta e antes de sair falei:

– Nos vemos na próxima, Malfoy. – ele piscou e sorriu. – Alias, não se atrase se não...

Mas não conclui minha frase. Já tinha fechado a porta da sala Precisa deixando-o sozinho e comecei a correr.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Review?
Recomendação?
Até os comentarios.