Detectives and Teenagers escrita por MisteryWriter5


Capítulo 10
The Truth... I don´t Know


Notas iniciais do capítulo

Olá. Estou muito feliz, já que a fic está chegando as 2.500 visualizações.
Agradeço a todos que tem acompanhado, principalmente aos leitores que me agraciam com comentários inspiradores.
Hoje teremos um pouco de Arthur e o lado paternalista de Caskett.
No próximo capítulo veremos o reencontro de Nyck e Arthur e saberemos o que realmente se passou na noite do assassinato de Dylan Harper.
Bjs... Divirtam-se.
OBS: Para quem quiser a música deste capítulo é Can´t Forget You - My Darkest Days.



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A noite já caia do lado de fora do hospital. A ala de emergência começava se esvaziar, entre alguns médicos e enfermeiros três figuras distintas se destacavam em meio ao branco das paredes.

O amigo, o escritor e a detetive. Quem não conhecesse os indivíduos diria que os dois adultos conversavam informalmente com o jovem, enquanto aguardavam a saída de alguém do hospital.

Mas este não era o caso.

No ponto de vista de Arthur aquela conversa estava mais para um interrogatório.

Beckett olhava atentamente para todos os movimentos do garoto, quando chegou ao hospital estava apena e unicamente interessada no estado de saúde de Nyck, porém depois de o médico avisar que tudo estava bem, que a cirurgia foi fácil e sem risco e que logo poderiam ver a menina, a atenção da detetive se focou nos gestos do garoto sentado à sua frente.

O menino estava recostado em um banco a frente do da detetive e seu marido, os olhos azuis encaravam algum ponto na parede do hospital, enquanto o garoto batia o pé no chão, ansioso, impaciente, preocupado.

Em todos os seus anos acompanhando Beckett, o escritor presenciara inúmeros interrogatórios, vira sua amada lidar com os bandidos mais burros e mais sagazes de toda Nova York, porém em todos estes anos nunca a vira tão preocupada, os anos se passaram isso ninguém poderia negar, talvez o tempo não os tenha atingido tanto quanto deveria, mas a mudança era evidente, 15 anos, trigêmeos.... Uma família.

A preocupação não era mais o sentimento predominante no local, a notícia fora dada, Nyck estava bem e a partir daquele momento era apenas uma questão de tempo.

Tempo... já faziam alguns minutos que o silêncio reinava, e que Castle encarava sua esposa observando o jovem, o escritor tinha muitas perguntas para fazer para o garoto, Castle podia perceber sem nenhum problema algumas manias estranhas no garoto e acima de tudo o escritor estava curioso, ele queria os fatos, o motivo e a história que corria por trás de tudo aquilo.

E foi em meio ao silêncio que uma declaração eminente mexeu com a estrutura de pensamento do tão aclamado casal.

Sabe... se vocês querem me fazer alguma pergunta, gritar comigo ou dar um sermão a fação, mas não sei se consigo ficar muito mais tempo aqui com vocês me encarando desse jeito impertinente. – As palavras de Arthur soaram altas e claras.

Kate o encarou inconformada enquanto Castle ficou com o queixo levemente caído.

Eu sei que sou charmoso e talz... mas tirem uma foto, dura mais.

Kate naquele momento iria se impor, já que o garoto dera abertura para perguntas ela não iria perder oportunidade, como uma boa detetive já mantinha em seu brilhante mente um interrogatório que levaria o menino a dizer o que ela precisava saber sem ele nem mesmo se dar conta.

Mas para sua surpresa e leve incomodo Castle já tinha aberto a boca.

Ei garoto, olha como fala conosco, ninguém gosta de pessoas que só olham para elas mesmas. – A voz de Castle se elevara, mas Kate sabia que tudo aquilo era causa do stress.

Olha quem fala, o escritor narcisista que gosta mais da própria imagem do que qualquer coisa. – Naquele momento Arthur não se parecia mais com o garoto indefeso que chorava pela manhã na delegacia.

Castle encarou o garoto de forma assustada.

Desculpe Sr.Castle, eu... eu não queria dizer isso, só estou um pouco estressado.

Castle iria responder de forma brusca, quando foi interrompido por Kate.

Relaxa Arthur, ele é mesmo um escritor narcisista. – A detetive completou olhando com “ aquele olhar” para o marido.

É não tem problema, todos estamos nervosos... – completou o escritor contrariado.

Arthur... você poderia me contar o que está acontecendo. – A detetive utilizou uma voz calma, olhando bem nos olhos do jovem.

Não. – O menino respondeu encarando os olhos verdes da mais velha.

Nyck precisa contar, eu não sei de muito, o pouco que sei preciso conversar com ela antes. Afinal, antes de mentir para vocês, ela mentiu para mim.

As palavras do jovem foram sinceras, claras, Castle começou a entender o lado dele, independentemente de qualquer coisa o garoto se sentia traído.

Sra. Castle, eu conheço Nyck há quatro anos, nos conhecemos em um momento muito complicado em minha vida, ela me ajudou eu a ajudei, viramos colegas, amigos e por fim parceiros, e nesses quatro anos nunca a vi tão estranha quanto a uns meses atrás, ela andava calada pelos cantos, sempre olhando em volta como se procurasse alguém, ela começou a mentir para os irmãos dizendo que ficaria na escola até mais tarde para estudar na biblioteca... nesses dias ela saia com um pessoal mais velho e voltava tarde da noite, e nas manhãs seguintes estava agressiva e... eu não sabia o que estava acontecendo.- o menino não parecia abalado, mas Kate sabia que ele ainda escondia algo.

E o que aconteceu na noite da festa? Derick e Alex disseram que sairiam com Juan e Sarah e que talvez dormiriam na casa de um deles, já Nyck avisou que iria no cinema com a Lize, filha da nossa amiga Madie. Arthur, como todos foram parar na festa? – Kate assumira naquele momento o posto de policial.

Não sei Derick e Alex, mas Nyck mentiu sobre ir ao cinema naquela noite. A encontrei apenas na festa, mas pelo que me disseram foi direto da escola para a festa de carona com o Dylan. – As respostas do menino começavam a chocar o casal, já que em nenhum momento eles se quer desconfiaram das mentiras e envolvimentos de seus filhos em tudo o que estava acontecendo.

E quem te convidou para a festa? – Agora era Castle que perguntava algo ao menino.

Ninguém. Encontrei um bilhete mais cedo em meu armário da escola, era dela, só ela sabe escrever daquele jeito.

É este bilhete? – A detetive retirava do bolso o mesmo papel que Ryan lhe entregara pela manhã.

Arthur o pegou e encarou por alguns segundos.

Sim. – Este código... usamos, só nós entendemos, começou como uma brincadeira e acabamos nos acostumando em escrever e ler deste modo.

Eu sabia que ela estaria na festa, então fui para lá mais tarde, quando cheguei ela estava no meio de todos como se nada estivesse acontecendo; fiquei a observando de longe, ela não enviaria o bilhete sem motivo, em certo momento vi Dylan subir as escadas e poucos segundos, mais ninguém pareceu perceber o Dylan, mas Nyck o viu e parecia... era como se ela soubesse que ele estaria ali naquela noite, subindo as escadas escondido, olhando para trás para se certificar que ninguém o seguiria. – Arthur fez uma leve pausa.

Mas Nyck o seguiu, não seguiu? – A pergunta partira de Castle.

Ela começou a subir as escadas lentamente, eu gritei o seu nome, por mais que a música estivesse alta ela me ouviu, mas me olhou torto, como se minha presença ali estivesse errada, ela virou se virou, me esquivei de todos que dançavam pela sala e a alcancei somente no segundo andar.

Eu juro... eu tentei impedi-la, perguntei o que estava acontecendo e o que ela iria fazer, foi aí que vi que ela me encarava como se tivesse algo para me contar, foi naquele momento que... – o menino fora interrompido pelo médico que adentrou o recinto de forma cautelosa, com uma prancheta em mãos.

Os responsáveis pela paciente Nycole Johanna Beckett Castle? – A voz rouca do médico ecoou pela sala.

Somos nós. Como ela está? Podemos vê-la doutor? – Kate E Richard falaram ao mesmo tempo.

Ela está bem, está acordada a um tempo, mas fizemos alguns exames antes de liberar a visita. O procedimento foi simples, a única coisa grave que se procedeu foi a perda de sangue, o ferimento de bala não lhe causará nada a longo prazo, mas ela mancará por algumas semanas. Ao contrário do que pensávamos a bala não se alojou no joelho, ela tem alguns arranhões e hematomas nas costas, que vão incomodar por um tempo e por fim ela levou um ponto no supercílio, ela reagiu muito bem a tudo, e terá alta pela manhã.

E sim vocês podem vê-la. Aliás ela falava algo enquanto dormia, sobre Nikki Heat e um tal de Éden, tu tens ideia do que possa significar? – Completou o doutor.

Acho que possamos ter sim, doutor. – Castle respondeu encarando Arthur.

Doutor, você poderia nos indicar o quarto?

Claro, venham comigo. – O médico completou virando ás costas e seguindo pelo labirinto de corredores.

É aquele ali, o último do corredor a direita. – Essas foram as últimas palavras do homem antes de deixar o trio.

Arthur se encontrava em frente ao quarto 547 da ala de operados, uma ponta de alegria se formava em seu meio, ela chamara por ele, ele apenas não sabia o que aquilo significava.

Ele descobriria.


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Notas finais do capítulo

Obrigada.
Me digam o que acharam.
Até o próximo.
E para deixar um gostinho, a música do próximo cap. vai ser If I Told You - Jason Walker



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