Alguns meses se passaram e o aniversário de John chegara. Sherlock estava animado com os planos que havia feito para a data especial. A tarde seria para os dois e a noite haveria a festa na mansão dos Watson.

Ele decorou uma pequena caixa aonde se encontrava o presente do loiro junto com uma carta. Era algo simples, porém que significaria muito para John.

O moreno desceu as escadas e foi-se em direção à cozinha. Já havia preparado uma cesta de piquenique para levar ao passeio que faria com o loiro, pegou-a e também uma toalha.

Amarrou tudo o que iriam precisar na sela de Barba Negra. Guardou a caixa de presente no casaco e aguardou a chegada de John.

oOo

John nunca pensara que seria tão difícil sair de casa. Sua irmã o seguia a todos os lugares, sua mãe havia feito café da manhã e todos queriam a atenção do aniversariante.

Tudo o que o loiro queria de aniversário era sair dali e se encontrar com Sherlock. Infelizmente ainda teve que aturar o amor excepcional de sua família, que só acontecia durante os aniversários, por mais algumas horas, o deixando atrasado para seu encontro com o moreno.

Pegou um cavalo no estábulo e foi o mais rápido que conseguiu em direção à mansão Holmes. Chegando lá, viu Sherlock sentado no chão com uma cara desanimada.

– Desculpe, me desculpe - dizia o loiro descendo do cavalo preocupado com a reação do moreno.

– Tudo bem, John. Feliz aniversário - puxou o loiro para um abraço de urso. Sentia-se tão bem ali, tão protegido - vamos?

– Claro.

Os dois rumaram em seus cavalos em direção ao pequeno refúgio. Não demoraram muito para chegarem e se acomodarem ali. Já fazia parte das suas rotinas.

Sherlock tirou a toalha e a estendeu sobre a grama macia. John o ajudou a tirar as comidas da cesta e arrumar o lanche.

Os dois comeram juntos alguns sanduíches que John descobrira que Sherlock que havia feito.

– Não sabia que tinha dotes culinários também - riu.

– Tudo pode ser necessário no ramo de detetive consultor.

– Me avise o dia que você resolver um caso com um sanduíche. Essa eu queria ver.

Terminaram de lanchar e Sherlock deitou no colo do loiro. Olhando para os olhos castanhos, o sorriso, a expressão serena e clara de que John estava feliz.

– John...

– Sim?

– Eu... te amo - suas bochechas adquiriram um tom rosado - e eu tenho dois presentes pra você.

– Eu também te amo Sherlock. E me mimando assim? Olha que eu me acostumo hein! - riu.

Sherlock levantou e alcançou seu casaco. De um dos bolsos tirou a caixinha vermelha, decorada com uma fita dourada.

John a abriu, dentro havia uma carta e um relógio de bolso. Na parte de trás do relógio estava escrito "Para John H. Watson - de Sherlock Holmes". John sorriu e abriu o envelope que continha a carta, ela dizia:

"Feliz aniversário John! Não sou muito de fazer essas coisas, mas você merece. Você têm sido para mim o melhor dos amigos, e eu nunca esperei ser melhor amigo de ninguém. Você é o melhor, mais humano e mais sábio homem que eu já conheci. E eu espero que tenha o melhor da vida.

Sinceramente seu, Sherlock Holmes."

John pulou nos braços de Sherlock e lhe deu um beijo quente e calmo.

– Isso... - falou emocionado - é a melhor coisa que já deram pra mim, honestamente.

– Agora tem o seu segundo presente. Mas só se você quiser - sorriu inclinando-se para beijá-lo, o beijo foi profundo e quente, as línguas dançavam sincronizadamente. Separaram-se clamando por ar.

– Você tem certeza? - perguntou John ainda ofegante.

– Parabéns, John! - beijou-o novamente levando sua mão ao pescoço dele, o trazendo para mais perto.

Sherlock se afastou e tirou lentamente o colete que John vestia, sentia os olhos do loiro sobre si enquanto tirava a camisa branca que usava. John levou seus lábios para o pescoço do moreno, lhe beijando e chupando fortemente. Ouvia os gemidos que o moreno emitia com seus toques, estava ficando excitado.

O loiro sentiu seu membro ser pressionado pela mão de Sherlock e não conteve um gemido. Sherlock o deitou na toalha e tirou o resto das roupas de John. Ao tirar sua roupa íntima não se conteve em brincar com a ereção já formada do loiro. Beijou suas coxas e sua virilha, ouvindo ruídos de prazer e reclamação.

Finalmente tirou a roupa íntima de John e começou a masturbá-lo. Sentia que ele iria chegar logo ao ápice, logo parou trocando de posições e abrindo sua calça.

Já sem roupas, Sherlock o puxou para um beijo envolvendo suas pernas na cintura de John, sentiram seus membros tocarem-se e um arrepio percorreu suas espinhas.

– Quer mesmo isso, Sher?

– Já disse que sou seu John. Independente do que vier - beijaram-se novamente.

John levou dois dedos a entrada de Sherlock o penetrando lentamente. Viu o moreno arquear as costas e diminuiu os movimentos.

– Está tudo bem - ofegou Sherlock, lhe fazendo carinho nas costas.

John levou seu membro à entrada de Sherlock e o penetrou. Sherlock se agarrou mais a sua cintura fazendo com que fosse preenchido de uma vez. Doía, mas era John, e ele passaria por toda dor do mundo se fosse fazer bem ao John.

Os movimentos foram começando. Leves e ritmados conduziam a própria dança enquanto suas bocas se encontravam com a pele macia um do outro.

Suor. Calor. Excitação.

Era o que preenchia os dois nesse momento. John acelerou enquanto masturbava o membro de Sherlock clamando por atenção. Não demorou muito para que os dois gemessem o nome um do outro e se derramassem de prazer em suas peles.

O sol já começara a baixar, o casal estava vestido e deitado na grama fofa. Estavam tão compenetrados na visão um do outro e no êxtase que sentiram que não ouviram passos de cavalo se aproximando.

– John?! Sherlock?! O que estão fazendo? - a voz ecoou no pequeno refúgio.