The Night Fall escrita por aneleh


Capítulo 3
Capítulo 3 - Inveja


Notas iniciais do capítulo

Hi! Desculpa por ter demorado tanto, mas não sei se vocês sabem, mas faço capa para fic's. Bem, tive algumas encomendas essa semana e foi meio corrido, mas não esqueci de vocês! Sabe, pouca gente está lendo essa fic. Essa fic comparando com as outras "Famosas" que tenho está ruim ( no quesito de quantidade de leitores e reviews). Mas como sou experiente no assunto de fic's, sei que leva tempo para alguém ler uma fic e acompanhar. Espero que um dia "The Night Fall" seja famosa como "Perguntando Pro Vampiro , Emmett conta Supernatural e Poesias de Rosalie Cullen".



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- É uma pena que você não possa ir a minha festa de casamento.
- Sinto muito Vera. Mas meus pais não acham que seria um bom exemplo para mim.
- E o que seria um bom exemplo Rosalie? Casar com um homem que não te ame? Que te faça sofrer?
- Não foi isso que eu quis dizer. Mesmo assim desejo-lhe toda a felicidade do mundo com seu marido e nova vida.
- Eu não gosto de discutir com você. Temos visões do mundo tão diferente. Mas eu estou feliz com o Ethan. E ele me ama. Isso me faz feliz. – Vera disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Ele parece ser um bom rapaz. Bonito. Seus pais o aprovaram. Os meus nunca aprovariam.
- Seria pelo fato de ele ser um carpinteiro? – Vera questionou.
- Talvez. – respondi com a cabeça baixa. – Mesmo assim, com o passar do tempo venho te visitar. Você é minha melhor amiga.
- Você também. Não some hein? – ela disse se despedindo.

1933. Vera havia se casado, meus pais achavam que ela se casou muito nova, com 17 anos. Mas eu estava feliz por ela, encontrou um belo marido e começou a formar sua vida. Lógico que não seria uma vida de princesa como esperava para mim, mas seria uma vida feliz. Eu já tinha 18 anos, meus pais não falavam de procurar pretendentes, mas sabia que já haviam pensado sobre o assunto. Minha rotina continuava a mesma, até nos mínimos detalhes, como minha mãe indo pentear meus cabelos e me dizer boa noite.
Estava feliz, não podia pedir nada. Não sentia inveja de Vera, pois o marido que ela arrumou, não era o que eu desejara, a casa em que ela morava era simples, boa até demais para um carpinteiro poder pagar. A sua festa de noivado não foi interessante, e sim um almoço comum. Mas podia perceber em seus olhos o sorriso e satisfação que ela tinha por ter encontrado seu marido. Seu homem perfeito. Ethan não era feio, muito bonito, alto, cabelos castanhos e leves covinhas nas bochechas, que só eram percebidas quando ele ria muito. Algo constante quando estava na presença de Vera. Dirigiu-se a mim muitas vezes, mas sempre na presença de Vera. Ficou claro que ele me achava bonita, mas não se interessou por mim. Não do jeito que se interessou por Vera.

1 ano depois.

- Ele não é lindo? – Vera perguntou.
- Puxou ao pai. – Ethan brincou
- É lindo. – disse admirada.

Vera estava com algo pequeno nos braços, nunca achei que fosse ver algo tão lindo até conhecer Henry. Um lindo menino. Um bebê que Vera dera a luz. Ele tinha 3 meses e já dava pequenos sorrisos.

- Quer pegar ele? – Vera me perguntou.
- Claro. – ela me passou Henry. No começo ele se contorceu, deus uns gemidinhos, mas depois se acostumou. A sensação que senti foi estranha. Foi uma sensação boa.
- Agora tenho que ir trabalhar. – Ethan disse caminhando até a porta. Vera o seguiu e deu um beijo apaixonadamente eu seu marido. Tentei desviar o olhar, sem sucesso. Então olhei para Henry.

Ele estava dormindo, acho que eu levava jeito com crianças. Vera eu conversamos pelo resto da tarde e ele continuou adormecido em meus braços. Queria ficar mais tempo ali, com Henry e Vera, mas já estava ficando tarde e precisava voltar.

- Tenho que ir. – disse me levantando e passando Henry pros seus braços.
- Claro. Rosalie, amanhã Henry vai ter uma consulta, sabe como é. Quer vir comigo? Ethan vai trabalhar e não vai poder me acompanhar.
- Claro! Adoraria. – me entusiasmei – Amanhã eu passo aqui.
- Tudo bem. Tchau Rosalie – ela veio até mim e me deu um beijo no rosto. – Obrigada.

Eu sai de sua casa, fui a uma loja de decorações, gostaria de ver algo para dar para Vera. Ela adorava móveis. O interior da loja era bem aconchegante, fiquei dando uma olhada nos móveis até que prendi a atenção em duas pessoas. Uma mulher e um rapaz.

A mulher era extremamente linda, já aparentava uma certa idade, mas era muito bonita, a mulher mais linda que já vira. O rapaz não deixava por menos. Alto, cabelo um pouco acobreado, extremamente bonito. Os dois não se pareciam em nada, mas pequenos detalhes os tornavam quase iguais. Pele quase branca, mas linda, parecia porcelana, narizes finos, pequenas olheiras nos olhos. Nunca pensei que falaria isso, mas, as olheiras eram lindas. Mas o que me chamou mais a atenção foram a cor dos olhos, um amarelo líquido quase dourado. Os olhos da mulher eram mais claros, mas ambos eram extremamente lindos. Me senti totalmente atraída pelo rapaz, nunca os tinha visto. De repente ele me olhou, e toda a atração foi embora. Os seus olhos penetrantes me fizeram sentir medo, como se ele fosse perigoso. Mas ele era tão atraente. Como era possível? Eu sentir atração e receio ao mesmo tempo?

Ele rapidamente desviou o olhar, como se soubesse que eu estava receosa. A mulher me olhou com compaixão e me deu um pequeno sorriso. O rapaz continuou rígido.

- Aqui está o vaso. – o vendedor entregou para a mulher. – Sra. Cullen.

Cullen. Estes são os Cullen. Ouvira falar deles, não se misturavam muito. Ouvi dizer que eram extremamente lindos, mas não achei que fosse verdade. Eram três. Carlisle Cullen, Esme Cullen e Edward Cullen. Carlisle, mais conhecido como Dr.Cullen, era casado com Esme Cullen. E com certeza o rapaz era Edward. O irmão do Dr.Cullen.

- Obrigada. – A Sra.Cullen tinha uma voz delicada. Fina, a comparei com a voz de um anjo, e me perguntei se até mesmo um anjo tinha uma voz tão fina e bonita. – Vamos Edward?

Ele balançou a cabeça.

Ele não olhou para mim, passou reto. Seu perfume era fino e delicado. Esme, deu uma última olhada em mim.

- O que vai querer Sra. Hale? – o vendedor perguntou a mim.
- Só estava dando uma olhada. Obrigada. – disse saindo da loja.

Dirigi-me direto para casa, estava exausta, só queria tomar um banho e dormir.

Abri a porta e meu pai estava a sorrisos junto com minha mãe. Rebecca me olhava com admiração, misturado com inveja. Sempre o mesmo olhar, admiração e inveja.

- O quê foi? Eliane ficou rica? – disse brincando.
- Se você contasse essa piada aos seus pais eles chorariam. – ela respondeu da cozinha.
- Não, mudou o gerente do banco. – meu pai respondeu
- Não é mais o Sr.King? – indaguei.
- Não, é o filho dele. Royce King II. – minha mãe respondeu. – Ele vai dar uma festa para quem trabalha no banco. – ela completou olhando pro meu pai.
- Tenho que estar apresentável. Não acha querida? – meu pai indagou
- Claro. – disse sorrindo.
- Nós não podemos ir à festa? –Jensen perguntou.
- Qual parte “para quem trabalha no banco” você não entendeu? – Rebecca respondeu Jensen.
- Não, não vão poder. – meu pai disse finalizando o assunto.
- Eliane? – a chamei.
- Sim senhorita? – ela respondeu vindo ao meu chamado.
- Poderia preparar meu banho? Estou cansada. – disse.
- Lógico que está. Passou o dia inteiro na casa da Vera. – mamãe falou. Eliane subiu as escadas, indo preparar meu banho. – Pelo Amor de Deus Rosalie! Não desonre sua família seguindo o mesmo exemplo de Vera!
- Tudo bem mãe. Eu não quero ter a mesma vida que Vera.

Do nada uma tristeza me embalou, não, não era tristeza. Era algo que eu nunca tinha sentido. Mas eu não estava sentindo esse sentimento por Vera, ou pelo seu marido, casa e felicidade. Eu sentia esse sentimento por algo menor, mais delicado. E esse algo tinha um nome. Henry. Pela primeira vez na minha vida, senti inveja de alguém.
Não queria refletir nisso agora, minha família perceberia, não era boa em disfarçar emoções. Rapidamente mudei de assunto:

- Hoje eu vi os Cullen. Pelo menos dois deles. – meu pai virou a cabeça.
- Quem? O Dr. Cullen? – perguntou.
- Não pai, sua esposa e o Irmão dele. Esme e Edward. Certo? – perguntei querendo ter certeza dos nomes.
- Isso mesmo. – ele respondeu. – O Dr. Cullen é... Bom, ele passa segurança, mas intimida ao mesmo tempo. Não sei explicar.
- Eu vi a mulher dele outro dia. Na loja de decorações. – mamãe se misturou a conversa.
- Eu a encontrei lá também. Acho que ela gosta de decoração. – falei.
- Todos são lindos. Até demais, aquele irmão do Dr. Cullen então... – Rebecca não terminou a frase. Ainda bem, pois com apenas este comentário meu pai se exaltou.
- Rebecca! Respeito! Não os conhecemos ainda. – papai se levantou. – Pro seu quarto! E sem jantar!

Rebecca levantou furiosa, olhou para todos e falou alto:

- Devem estar com inveja! Nós os Hale, temos que ser perfeitos não é? Nós éramos os perfeitos de Rochester! Mas os Cullen chegaram! E vocês estão com inveja. Pois a Sra. Cullen é mais bonita que Rosalie e mamãe juntas! E os homens são melhores e educados! Diga-me, qual é o problema em ser inferior? Por que temos que ser perfeitos?!

Mais uma coisa para eu refletir no banho.
Papai pegou Rebecca pelo braço rudemente. Mamãe foi intervir, papai a olhou nos olhos e impediu.

- Não, ela merece saber o que acontece quando não se respeita nem a própria família! – papai foi levando em direção ao quarto com pontapés e beliscões ela foi chorando e pedindo desculpas o caminho todo. Nunca vira papai daquele jeito. Jensen veio até mim e segurou a minha mão. Pude ver medo em seu olhar.
- Rosalie, vá tomar banho querida. – minha mãe disse.
- Claro. – fui subindo as escadas.

Encontrei Eliane na porta do banheiro, de saída. Ela me olhou assustada e lamentando, talvez por ter presenciado aquilo, ou por ter dó de Rebecca. Ouvia de longe os gritos e choros de Rebecca.

Entrei na água morna e convidativa da banheira, e comecei a refletir tudo o que tinha para pensar.

Henry.

Ele não saía da minha cabeça desde o primeiro dia que o vira. Cabelos com pequenos cachos e covinhas o transformavam no ser perfeito. Antes de eu conhecer os Cullen é claro. Pelo menos dois deles.

Cullen.

Eu não gostei deles, não se misturavam, eram conhecidos apenas por serem novos, por um deles trabalhar no hospital. Nada chamativo. Minha família era bem melhor. Aquele Edward nem reparou em mim. Ele deve preferir outro tipo de gênero...

Henry e Cullen.

Sentia inveja de Vera. Do filho que ela tivera. E não gostava dos Cullen. Simplesmente Edward, a mulher, Esme, parecia até amável. Mas ele? Nem sequer olhou direito para mim, não se interessou nem um pouco. E ainda roubou o status da minha família. Sim, não gostava dos Cullen.

Fiquei imaginado, eu com Henry no colo, eu sendo sua mãe. Eu o ensinando a sentar, falar. E depois veio um outro pensamento, eu sendo uma Cullen. A idéia me causou repugnância.

Cullen. Uma palavra que os qualificava?

Ódio.

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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos reviews e pontinhos que acrescentaram na minha popularidade! Agradeço á vocês por lerem as minhas fic's, e a Deus por ter me dado duas dádivas. Meu dom para escrever e vocês!

Bjuss Aneleh



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