A teoria do amor escrita por Ariana Arivielo


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sheldon mutatur, non aequare


Notas iniciais do capítulo

Um pouco triste e curto, mas vai melhorar!! Espero que gostem :D



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Mudanças e Sheldon não combinam.

POV Amy

Passei a noite toda empacotando coisas e arrumando tudo para a mudança, resolvi dar uma pausa e ler o tal contrato. Algo me dizia que iria ser mais frustrante que o nosso contrato de relacionamento, mas eu estava pronta, quatro anos com Sheldon me deram paciência suficiente para aguentar o que estivesse por vir.

Após meia hora lendo percebi o quão restritivo e cuidadoso Sheldon foi ao registrar esse contrato, realmente ele não queria nem um pouco de intimidade comigo e eu não sei se isso me desanima ou me dá esperanças.

Basicamente o contrato dizia que eu cuidaria dele como Leonard fazia e que qualquer ato ou investida com o propósito de intimidade resultaria em expulsão a menos que o ato partisse dele. Isso sim é uma brecha e me deixa mais animada! Resolvi tomar um bom banho, no fim do dia seria a mudança.

Quando cheguei Sheldon me recebeu tranquilamente, serviu-me um chá e apesar de notar seu olhar distante tive medo de perguntar alguma coisa, deixei que se sentisse confortável. Então ele falou primeiro:

– É bom ter você aqui Amy! Finalmente terei conversas com um nível mais próximo do meu.

Isso era um elogio vindo do Sheldon, mas eu tinha que entender, ele não é uma pessoa fácil de se conviver, apesar do egocentrismo e aparente arrogância, eu sei que embaixo de tudo isso ele guarda um lado carinhoso e sensível. Apesar de achar que esse lado está trancado a sete chaves, mas a inocência dele, o jeito dele sorrir me derrete, quero desistir, ir embora e esquecer que ele existe, mas quando ele me olha e diz meu nome eu sei que não posso fazer isso, eu o amo tanto.

– Amy? Amy? Amy?

– Oi Sheldon!

– Você ouviu o que eu disse?

– Acho que sim.

– Eu vou para o meu quarto, agora que você está instalada e ciente dos horários desta casa eu vou descansar um pouco. Sugiro que você faça o mesmo.

– Ok. Vou tentar.

Ele se levantou me deu um daqueles olhares que me derrete e se trancou no quarto, o mais difícil seria ter ele tão perto todos os dias e não poder tocá-lo, o que eu faria com meus hormônios? Preciso de um novo hobby com urgência, não sei como ele consegue se segurar tanto. Talvez ele seja um robô mesmo, como diz Leonard.

Vou para o quarto, me sinto tão sozinha, talvez música me acalme e ler um pouco também, coloco uma camisola que Penny me deu dizendo que se Sheldon me visse com ela não iria resistir e iria implorar por mim. Mas em nem mil vidas consigo imaginar essa cena.

Não consigo dormir, tento revisar uns textos para o meu novo artigo, mas nada me faz querer dormir. Talvez um chá de camomila ajude, Sheldon sempre me diz que é o que acalma ele. No meu caso teria que ser um litro de chá de camomila, um calmante tarja preta e quem sabe um “sossega leão”.

Ando até a cozinha e sei que a essa hora ele deve estar num sono profundo, então não vou me preocupar se a camisola é curta demais ou tem renda demais. Estou de costas tomando um chá delicioso quando ele chega na cozinha. Quase engasgo, sei que ele vai surtar!

– Oh Deus!

Eu me viro e sua expressão vai de apavorado a petrificado em segundos, tento não rir com a situação, mas chega a ser engraçado ver a cara dele de menino assustado, então ele se vira e me diz tentando não demonstrar seu claro e evidente desejo por mim:

– Amy o que você está fazendo acordada uma hora dessas e vestida assim? Você leu o contrato! Nada de roupas inapropriadas...

– Sheldon, era para você estar dormindo! Eu não fiz nenhum tipo de barulho, estava bem quietinha aqui e essa roupa é a que eu costumo usar para dormir, não tem nada de inapropriado e não era para você ver.

Ele gaguejou um pouco, não tinha um argumento plausível.

– Ok. Você está horrivelmente certa. Eu não consegui dormir e vim tomar um chá.

Ele se vira e tenta olhar só em meus olhos.

– Por Deus Amy! Vista meu robe.

– Desculpe Shelly! Não foi minha intenção perturbá-lo, isso não se repetirá. Boa noite!

Recuso seu robe e vou para meu quarto, mais triste do que antes, por que ele se recusa a negar seus desejos? Por que essa maldita fobia de germes e de toque? Por que ele simplesmente não pode me amar? Talvez é melhor esquecer isso e me aprofundar na minha nova pesquisa e aceitar que meu namorado tem sentimentos de um robô.


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Notas finais do capítulo

Aguardando comentários!! :*