Buttercup não teria problemas em sair de casa, de fato ela fazia aquilo quase todas as noites e sinceramente não era muito difícil não, mas hoje não era como as outras noites...

Claro, ela já tinha saido algumas vezes para ir até a mansão da princesa, ela costumava ir muito lá quando estava triste e presisava se animar. Só que essa noite ela ia iria encontrar outra pessoa, alguém especial.

A esverdeada queria poder falar com as irmãs sobre isso tinha ainda muitas coisas que ela se sentia confusa, mas ela sabia que as coisas não podiam ser daquele jeito.

Ela estava no telhado de casa, era onde ela ficava antes de sair para que as irmãs não estranhasem e fossem dormir.

– Professor...- continuou falando para o céu. - já faz muito tempo que o senhor saiu de casa e não voltou mais...- ela abraçou os joelhos relembrando daquele fato doloroso. - tanta coisa mudou... e se... se o senhor estivesse aqui, tudo seria tão simples. - mordeu o lábio. - E-eu acho que só quero dizer que... eu sinto muito, muito a sua falta pai...

Olhando o celular ela viu que já estava perto da meia noite, era um horário bom pra ela.

Boomer por sua vez estava em puro nervos, ele já tinha tudo preparado... mas o fato é que essa espera estava o deixando maluco, questões preocupantes começaram a incomoda-lo, como: e se ela não viesse? E se não gostasse do que ele fez? E se... e se... e se?

– Ahhh! - colocou as mãos na cabeça. - eu não aguento isso!

– isso o que?

Ele deu um salto pra traz, e o susto foi tanto que literalmente ela caiu do telhado.

–Ainda bem que ele sabia voar...- murmurou Buttercup apenas olhando para baixo.

Alguns segundos depois o azulado voltou ao telhado, ele estava sem graça e completamente corado o que fez com que a super poderosa não conseguir conter o riso.

A coragem dele se esvaiu quase que completamente, mas isso foi por um motivo diferente do susto.

Ele lançou um olhar que ia escaneando-a de cima a baixo. Ela estava com a saia branca da irmã mas tomou o cuidado de colocar as correntes pra que ficasse mais a sua cara e usava uma blusa com spikes nos ombros que pegou do armário de Blossom... fato que provavelmente custaria a sua vida mais tarde.

Buttercup podia não entender muito de encontros ou questões muito femininas, mas sabia quando era hora de se arrumar um pouco, ela tinha uma maquiagem preta e pinceladas de verde realçavam seus olhos junto com o lápis e o rimel negros.

Aquilo foi demais pra ele, ela já era linda antes, mas assim...

Nada parecia sair da boca dele, o garoto começou a se desesperar achando que ia estragar tudo.. mas foi quando o sinal bateu meia-noite.

Até Boomer se surpreendeu quando viu os fogos que ele mesmo tinha preparado começarem a esplodir.

O céu da noite foi sendo tomado por uma explosão de tons de verde... claro, escuro, musgo, mar e tantos outros tons que Buttercup nem conseguia contar

Foi tudo tão intenso pra ela, as cores que inchiam seus olhos esmeralda de vida agora vibravam e explodiam no céu e o som dos "Boom! " que a fizeram rir e pensar em Boomer... ele tinha feito tudo aquilo... pra ela?

A jovem estava tão maravilhada com o show de fogos que não persebeu que ao seu lado o garoto desordeiro admirava outro tipo de show...

Boomer não tinha certeza de quanto tempo ficou hipnotizado olhando pra ela mas quando os fogos acabaram teve certeza de que havia sido muito, afinal ele pegou cada fogo verde que "encontrou jogado" por ai.

– Não é lindo cara? - perguntou a garota quase que extasiada ao ver o todo aquele espetáculo.

–maravilhosa...- soltou sem querer, chamando a atenção dela.

Ele se lembrou do quanto brincou com a cara do irmão quando Buttercup o havia beijado anos atrás, mas nessas horas ele se arrendia de não ter sido ele no lugar de Bucth.

Novamente aquela estranha necessidade de te-la foi ficando forte nele, até começar a latejar em seu peito. Boomer sabia que não aguentaria mais nem um segundo sem toca-la.

o rapaz flutuou até ela, ele chegou bem perto mesmo mais não teve coragem de envolve-la com os braços como tanto queria, ele apenas foi inclinando a cabeça para mais perto dela com o coração batendo mais pesado no peito a cada centímetro que ele avançava.

Seus lábios estavam tão próximos um do outro que eles podiam sentir sus respirações se misturarem...

– ah! Cansei disso! - rosnou a menina baixo.

Ela segurou o queixo dele e o trouse para perto de si mais uma vez colando seus lábios nos dele sem a menor demora.