Entro na casa junto ao grupo de caçadores armados com as armas mais letais que já vi na vida e paro na entrada.
– Seguro, chefe? - pergunta, sussurrando, um cabeludo atrás de mim á Taylor.
– Eu e Thalia vamos na frente, subindo as escadas. Vocês revistem por aqui. - ouço-o falar.
Nesse momento, sinto minha mente pesar, e aos poucos sinto uma coisa pesada dentro do meu cérebro ir até o lobo frontal, como uma folha de papel, se espalha, e como um filme, a minha cabeça se toma pelo pensamento brutalmente enfiado dentro dela.
Posso continuar a andar, pensar e falar com os caçadores, mas o pensamento roda na minha cabeça em um centésimo de segundo:
Vejo Cordelia neste pensamento, e ela olha para mim, com roupas pretas e óculos enormes que ela usa ás vezes.
– Serena, estamos em seu quarto. Todas nós. - fala ela. - transmute até lá, e vamos começar a nos espalhar pela casa. Precisamos nos encontrar.
Esse pensamento acaba aí. Como um pensamento comum, não têm um fim definitivo, simplesmente acaba. Mas eu preciso falar alguma coisa antes de sair daqui.
– Taylor - falo, alto, enquanto subimos as escadas de madeira polida.
– Thalia, você está louca? - sussurra ele, com a bola de ferro espinhosa na mão. - Quer avisar nossa chegada agora?
– Nós já sabíamos que vocês vinham. - digo, abrindo um sorriso maléfico e deixando-o com cara indagadora, ele de repente fica pálido. É bom estar no controle, ter uma pessoa na minha mão. Simplesmente deixo meus dentes aparecerem em um sorriso e digo:
– Queimem a bruxa, antes que s bruxa queime vocês.
E transmuto para meu quarto, com a serra elétrica nas minhas mãos e todas as meninas designadas para a batalha contra os caçadores ao redor. Todas estão de roupas pretas, sendo quarta.
– Bom trabalho, Serena - diz Zoe, saindo do meu delas. Nua.
– Zoe? - me assusto.
– Calma - diz ela, sussurrando. - é um plano.
– Não temos tempo para conversa - disso Cordelia, se metendo nas nossa frente. - Vamos prosseguir com o plano.
– Certo - disse Zoe.
– Que plano? - pergunto. Realmente nesses quatro dias tenho ficado por fora.
– Faça o que fizermos - disse Zoe. - Abby, Maggie, Angie, Kathy, Claire, prontas?
As meninas fazem que sim, todas se levantando de onde estavam sentadas e indo até Zoe.
– Sala principal, lembrem-se. - disse ela.
– Certo - disse Abby.
– Transmutar, é isso? - pergunto.
– É - disse Zoe. - Venha conosco. Faça o Concilium nas primeiras pessoas á sua vista. Vamos, um, dois, três.
Transmuto. Realmente estou perdida, mas me lembro do Concilium. E faço isso no primeiro caçador a aparecer na minha frente, e com o outro que aparece após ele. Uma coisa que aprendi nesses três meses é a aumentar o poder das maravilhas. E isso funcionou muito bem aqui.
– O que fazemos agora? - pergunto, baixinho.
– Agora é comigo - diz Zoe, andando em direção ao homem em que ela fez o concilium, que está paralisado em sua frente e com rosto assustado.
– Zoe, deve ter alguma outra solução - disse Claire para Zoe, que encara o caçador de frente, ainda pelada.
– Qual? - pergunta Zoe, se virando para nós, que olhamos para ela enquanto os outros ficam paralisados pelo concilium paralisador eu aprendi nesses três meses. - Me diga. Qual é a outra solução? Ele ia fazer o mesmo com qualquer uma de nós, se não pior.
Zoe abaixa a calça do caçador.
– O que está acontecendo? - pergunto no ouvido de Abby.
– Vamos ver o poder especial da Zoe. - diz Abby.
Havia me esquecido do poder da Zoe, já que ela só o citou no primeiro dia que eu entrei aqui.
Ela abaixa a cueca do caçador, mostrando seu pênis ereto.
– Nossa, safadinho... - diz Zoe, com um sorriso maléfico na cara, se agarrando no caçador. - Rapidinho, hein? Parece até um adolescente...
Zoe chega mais perto dele, e coloca o pênis do caçador na sua vagina nua.
– Zoe? O que está acontecendo? - pergunto. Estou pasma, nunca havia visto uma cena dessas na minha vida, e esperava morrer sem ver. Ou, pelo menos, passar o resto da eternidade sem ver.
– Cala a boca, Serena. - diz Angie, que coloca a mão na parte da roupa onde por trás estaria sua vagina.
Zoe se pendura nele, com um sorriso maléfico na cara, e vendo suas lágrimas cairem.
Vejo algo imprevisível.
O caçador começa a se debater, mesmo por efeito do Concilium Paralisador, ele se debate e deixa sangue jorrar de todos os orifícios de seu corpo. Suas orelhas, seu nariz, seus olhos. Zoe continua a transar com ele, enquanto ele se debate de pé. Em um dado momento, ele para de se debater, ficando paralisado de novo.
– Menos um - diz Zoe, saindo de perto do caçador, com seu corpo nu manchado de sangue. - Meninas, se eles não estiverem excitados, os masturbem. Vou mata-los sofrendo, assim como iam fazer conosco.
Leva um tempo para eu absorver a situação. Eu acabo de presenciar um sexo mortal, e sou instruída a masturbar caras.
– O que estão esperando? - pergunta ela.
Volto aos meus sentidos. Eu tenho que fazer isso, pelo bem do clã.
Vou para perto de um deles, e com telecinese abaixo suas calças. Vejo-o olhar com ódio para mim, paralisado. Imagino no que ele está pensando, simplesmente na traidora que se apossou do grupo de caçadores.
Ele está ereto. Todos estão.
– Vasculhem a casa, eu cuido deles. - disse Zoe, se aproximando de outro.
Saio da sala, e fico na parede ao lado da porta, antes que tenha que ver a cena horripilante mais uma vez.
– Meu Deus, o que foi isso? - pergunto.
– Não a subestime - disse Abby.
Nesse momento, vejo, da escada, Cordelia descendo, e atrás dela, caçadores rolam as escadas devagar, no mesmo ritmo em que ela desce, seguida atrás dos caçadores pelas meninas.
– Zoe está fazendo o trabalho? - pergunta ela, como se a situação em que nos encontramos seja a mais normal possível.
– Sim - disse Maggie, fria.
– Ótimo. - disse Cordelia. - Esses vão ser queimados.
– Eles vão ser o que? - falo, alto.
– Cala a boca! - sussurra Kathy ao meu ouvido.
– Queimados. - disse Cordelia. - Assim como iam fazer conosco. Vamos.
– Falta um - digo, percebendo que no meio dos caçadores desacordados não se encontra Taylor. - o líder deles.
Nesse momento, ouço um grito vindo da boca de Abby, um grito como nunca ouvi na vida.
– Você está louca? - fala Angie, baixo.
– Gente, peguei uma! Está desacordada! - ouço uma voz masculina saindo da boca de Abby, gritando.
– Estou indo! - ouço a voz de Taylor, e seus passos vindo correndo em nossa direção.
Ele aparece em nossa frente, com a arma de dardos venenosos, e aponta de cara para Misty. Mas não chegou a atirar.
Levanto meu braço, e o vejo bater no fim do corredor paralelo á escada. Desacordado.
– Muito bem, Abby e Serena - disse Codelia. - Agora vamos. Vamos queima-los.