Serena escrita por Kikonsam


Capítulo 14
Herança de família


Notas iniciais do capítulo

Altas revelações nesse capítuloooooo, espero que gostem :)))))))))



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– Certo – disse Kathy, sentando com um livro grosso, enorme e empoeirado.

Estamos na biblioteca, na casa comprada atrás. Enorme, e só com livros de bruxaria, parece cenário de filme de terror. Estamos sentadas em uma das mesas redondas que estão ao longo da biblioteca. Estou ao lado de Angie e Abby. Kathy, Maggie, Zoe e Cordelia estão sentadas também.

– Então... – diz Abby. – Qual sua teoria, Kathy?

– Me deixa achar a página – diz Kathy, abrindo o livro, e virando as páginas rapidamente.

– Que livro é esse? – pergunto.

– É o livro sobre o inferno – diz Cordelia. – Temos á muito tempo, mas mal usamos.

– Percebe-se. – diz Angie, dando uma risada irônica.

– Achei! – diz Kathy, abrindo uma página entre as últimas do livro. – “Ao trazer um indivíduo de volta de seu inferno, ela pode se apresentar com ações estanhas. Isso se deve ao grande tempo permanecido lá, fazendo o indivíduo perder sua personalidade anterior por inteiro, ao perder, não se existe volta. Se o indivíduo, por acaso, apresentar vozes grossas e distorcidas, este tal está possuído pelo demônio superior, que se apossa do seu corpo durante sua escapada do inferno”.

– Isso explica tudo! – interrompe Maggie. – Ela estava gritando quando foi obrigada á dissecar o sapo vivo lá no inferno, pouco antes da gente sair. E aqui, ela em pouco tempo queimou uma aranha. Se ela realmente tivesse mudado de personalidade, estaria pouco se lixando pra ter que dissecar o sapo.

– Exato – disse Kathy, e continuou: - “O demônio pode ser removido do seu corpo, porém, só existem duas maneiras para o demônio sair do corpo sem que o corpo físico do indivíduo morra: Primeira, um exorcismo clássico feito com padres”.

– Não acho que padres vão querer ajudar bruxas – disse Angie, interrompendo Kathy e rindo um pouco.

Kathy continuou, como se não tivesse sido interrompida.

– “Segunda: Um exorcismo bruxo, feito com cinco bruxas experientes em volta do corpo físico do indivíduo, enquanto recitam as seguintes palavras em latim:”.

– Pare Kathy – disse Cordelia, interrompendo. – Uma bruxa dizer palavras em latim fora de hora sempre vai errado.

– Mas como temos certeza que ela está mesmo demonizada? – perguntou Zoe. – Ela só falou grosso algumas vezes.

– Tem outros indícios aqui: - diz Kathy, continuando. – Aqui diz que uma pessoa tem mais chances de ser demonizada se um parente já foi.

– Você sabe de alguma coisa, Cordelia? – pergunta Maggie

– Só sei que a família de Misty se mudou para Louisiana quando ela nasceu – disse Cordelia. – E antes, eram de Massachussetts, e era uma família muito religiosa. Inclusive a tia avó dela foi uma freira que trabalhava voluntariamente em um hospício bem famoso.

– Gente, parem com isso. – digo, irritada com a situação. – Parem de tentar adivinhar. Óbvio que ela está demonizada. Só precisamos captura-la.

– Não será tão fácil – ouço uma voz vinda de trás de mim, viro-me e vejo Misty.

– Será que dá pra parar de dar susto?! – grita Angie.

– Parabéns – disse a voz grossa vinda do corpo de Misty Day – Acertaram. Eu sou o diabo!

– Misty, você está aí em algum lugar, - disse Cordelia. – Lute! Siga minha voz!

Nesse momento, o corpo de Misty Day se estremece e o seu olhar muda, e fala com sua voz normal:

– Cordelia, Cordelia me ajude!

Mas ela se estremece de novo, e a voz grossa fala:

– Cale-se! Hippie estúpida!

– Por que ela?! – pergunta Zoe, chorando.

– Por que já estava querendo voltar para essa família. – disse a voz – Estava com saudade desde Mary Eunice.

– Vamos lhe achar, e vamos acabar com você! – digo, me levantando.

– Boa sorte. – diz a voz, e o corpo de Misty Day desaparece, por transmutação.

– E agora? – pergunta Maggie. – Vai ser impossível pegar ela.

– Não mesmo – diz Cordelia.

– Do que você está falando, Cordelia? – pergunto.

– Chegou a hora da última maravilha: Adivinhação – diz Cordelia, triunfante.

– Mas a bruxas só sabem localizar com a mente objetos sem vida – diz Kathy. – pessoas não podem ser localizadas por adivinhação.

– Podem sim. – disse Cordelia, e passa os olhos pelas estantes altas e empoeiradas da biblioteca. – Ali.

Cordelia estende a mão e um livro sai da estante, pousando lentamente em nossa mesa:

A arte da adivinhação

– Tem uma parte desse livro que diz que podemos localiza-la. – diz Cordelia, folheando o livro. – Achei!

Cordelia para, olha e fala:

– “Uma bruxa ou ser humano pode ser localizado por adivinhação, se feita com maior cautela possível. Primeiro, pelo menos vinte bruxas com este dom devem estar sozinhas na mesma sala, com um pote com pelo menos mil pedras mágicas. Depois, ao passarem as mãos por essas pedras, devem falar as palavras em latim aqui escritas e chamar o nome do indivíduo. No mesmo instante, uma das bruxas será avisada da sua localização naquele momento em que a adivinhação foi feita. Adivinhação não se aplica á objetos em movimento, seguindo-os.”

– Tradução, por favor – diz Angie, impaciente.

Cordelia olha para todas nós, e fala, triunfante:

– Vamos treinar Adivinhação.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, e favoritem a história também! Próximo capítulo amanhã! :)))))))