Serena escrita por Kikonsam


Capítulo 13
Transmutação


Notas iniciais do capítulo

Outro pra vcsssss



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– Vamos Serena!

Eu estou no pátio, Cordelia não para de me incentivar para acabar com essa tal de Annie só com as maravilhas que eu sei.

– Você acha mesmo que vai se safar dessa? – perguntou Annie, ironicamente, para mim, enquanto faço uma roda de fogo com pirocinese em volta dela.

– Acho. – digo, e levanto-a com telecinese, lançando-a no ar á uma altura de mais ou menos cinco metros. Enquanto ela cai, levanto minhas mãos e paro-a á poucos centímetros do chão.

– Annie estaria morta á essa altura. – grita Cordelia, para todas as meninas do pátio. – Serena ganhou!

Vou em direção á Annie, e a levanto.

– Mandou bem, Serena – diz ela.

– Você também – digo.

– Certo – diz Zoe, que estava do lado de Cordelia. – Agora vamos testar a transmutação.

Transmutação é uma das poucas maravilhas que eu tenho dificuldade em realizar, não consigo simplesmente desaparecer de um canto e ir para outro. Mas vou tentar.

– Meninas – diz Cordelia, passeando pelo pátio. – transmutação é um poder clássico das bruxas, poucas não conseguem simplesmente efetua-lo. Mas a transmutação pode ser perigosa, já tivemos histórias de mortes por conta de transmutações mal efetuadas.

Nesse momento, lembro-me da história que Abby me contou de que Zoe morreu por que estava brincando de transmutação.

– Mas – Cordelia continua – Transmutação é essencial para a situação em que nos encontramos agora. Por isso, façam uma fila indiana e vamos começar os testes.

Como Cordelia espera que as meninas consigam fazer um poder depois desse discurso que “já houve muitas mortes por transmutação”? Eu sou exceção, por que Misty me presenteou com a imortalidade. Mas e as outras meninas?

– Abigail, vá – disse Cordelia para Abby, que ficou como primeira da fila. – Transmute até aquela árvore.

Abby abaixa a cabeça, se concentra e treme um pouco, até que desaparece, e não a achamos.

– Abigail? – grita Cordelia, chamando por ela.

– Estou aqui! – ouço a voz de Abby.

– Onde? – pergunta Cordelia.

– Em cima da árvore. – diz a voz de Abby.

Todas as meninas vão para a árvore, e vemos Abby pendurada em um dos galhos dela.

– Pelo menos eu transmutei para a árvore, né? – diz Abby, segurando-se para não cair.

– Tem que treinar mais. – diz Cordelia

– Com certeza – diz Abby.

– Solte-se, eu seguro você antes de cair. – diz Cordelia.

Abby se solta do galho e cai, mas a poucos centímetros do chão, para, pela mão estendida de Cordelia que a para.

– Serena, você agora – diz Cordelia. – Vá até o terraço frontal.

Abaixo minha cabeça e me concentro na imagem do portão da escola. Faço força, a maior que posso conseguir.

Abro meus olhos, estou no terraço da casa.

– Consegui! – grito, indo até o terraço do lado da casa, enquanto as meninas aplaudem. Cordelia aplaude também. Quando me aproximo dela, ela diz:

– Muito bem, Serena.

Os aplausos param, mas ouço um que continua a aplaudir. E não está vindo do meio das meninas, está vindo das minhas costas. Olho para trás, e vejo Misty Day aplaudindo sem parar.

– Muito bem, Serena – diz ela, parando de aplaudir. – Agora, você pode transmutar.

– Misty, você pode acabar com isso – suplica Cordelia – eu sei que aquela Misty que conhecíamos ainda está aí em algum lugar.

– Sim, está – disse Misty, se aproximando da gente. Preparo-me para tirar minhas luvas, antes que qualquer coisa aconteça. – Ela está no meu cu! Há há há.

– Nós vamos ficar fortes, Misty Day – digo. – E vamos acabar com você antes de qualquer coisa.

– É mesmo? – diz ela, e desaparece, até que sinto uma mão tocar no meu ombro. Ao me virar, vejo Misty. – Agora, me diga, Serena, como uma novata que nem sabe controlar os poderes vai me derrotar? A famosa Misty Day?

– Eu não estou sozinha – digo, tirando minhas luvas.

– Uau, ela tira as luvas e não está sozinha – diz ela, levantando os braços ironicamente.

Não aguento mais, levo minhas mãos a cara de Misty, queimando-a, enquanto ela grita. As outras meninas vão até ela, segurando-a, enquanto queimo seu corpo.

– Você vai se arrepender! – disse Misty, com uma voz diabólica, como se estivesse possuída. E desaparece.

As meninas param, e olham para Cordelia, que está paralisada e chorando ao lado de Zoe.

– Gente – diz Kathy, saindo do meio das meninas. – Eu acho que a Misty não se enquadrou no grupo de bruxas que voltam do inferno alteradas, outra coisa aconteceu com ela lá.

– O que aconteceu, então? – pergunta Angie.

– Meninas, todas dispensadas para o almoço – diz Cordelia, e as meninas saem, e quando saímos junto, sinto meu corpo parar, sem querer. Olho para os lados, e Maggie, Angie, Abby, e Kathy estão paralisadas também.

– Vocês, não – diz Cordelia. Nós nos viramos, e a vemos parada a nossa frente. - O que você acha que aconteceu com ela, Katheryn? – pergunta ela.

– Bem – Kathy começa, assustada. – Ela faz uma voz meio diabólica toda vez que está irritada, ou expressa emoções fortes. No livro que eu li, vi que bruxas que voltam do inferno depois de muito tempo podem ficar alteradas. Mas não diz nada sobre mudança de voz. O que diz sobre mudança de voz é outra coisa...

Uma pausa se faz.

– E o que diz sobre mudança de voz, Katheryn? – pergunta Zoe.

Kathy para, respira, e fala:

– Misty Day tem grandes chances de estar demonizada.


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Notas finais do capítulo

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