Next Stop, Happiness! escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 1
Primeira Parada


Notas iniciais do capítulo


Oi, bem, eis a continuação de Fated, como disse ainda não estou muito segura, mas esse capitulo saiu muito fácil, espero que os próximos saiam com a mesma facilidade.

Um ano se passou desde que Félix "viajou", adianto que não será nesse capitulo que saberemos o que aconteceu com ele, então veremos um pouquinho de Niko, e como ele está.

Acho que não me expliquei direito sobre a continuação, reli o que escrevi e percebi isso, desculpem. O final que mencionei em Fated, tudo seria resolvido nele, sem a necessidade de uma continuação, por isso o capitulo termina daquele jeito, por que é aquele e-mail que dar a reviravolta em tudo, quer dizer a reação do Jonathan ao e-mail, para que tivesse essa continuação, ele precisava acreditar no que estava escrito lá, sem a continuação, ele não acredita, tanto que a continuação do capitulo é ele tentando descobrir onde o Félix está, já que ele não acredita que foi seu pai que enviou o e-mail, ele começa a busca o pai com a ajudar de duas pessoas... não conto mais.

Ai você pode me perguntar, por que você não posta esse final, antes da continuação, bem, por que se o fizer, meio que a continuação perde a graça... mas eu vou postar esse final, mas será assim que o final de "NS,H!" for postado, como um cookie, um final "alternativo" de Fated.


Erros? Pulem!

Bjos e boa leitura.



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Niko sonhava. Estava em uma varanda, que dava para um precipício, o vento soprando em seu rosto, podia ouvi as ondas batendo com força contra as rochas em baixo, jogou metade do seu corpo para frente como se estivesse prestes a saltar e talvez fosse o que faria se uma voz não o detivesse.

- Infelizmente a gravidade é uma vadia rancorosa.

Niko virou-se, ele estava sentado, as pernas cruzadas na altura do tornozelo e apoiadas na cadeira ao lado, um sorriso de quem sabe todas as respostas, usava terno e gravata o que não poderia deixa-lo mais destoante do ambiente.

- O que quer dizer?

Ele riu, a risada dele era igual a como se lembrava.

- Que se você pular você não vai voar.

- Talvez eu voe, isso é um sonho!

Ele voltou a rir.

- Por isso eu estou aqui?

Niko sorriu, esse era seu sonho e nele podia fazer o que bem entendesse, nele não sentia nada por Félix.

- Você está aqui por que é um intrometido!

- Eu estou aqui por que você me amar!

- Não, eu não amo, não mais!

- Por que você não me ama mais Niko?

- Não fui eu, foi você que deixou de me amar... mas eu superei. Eu não amo mais você Félix.

Niko sorriu com a satisfação de dizer isso a ele, então piscou e ele não estava mais sentado na cadeira, e sim em pé sobre as grades da varanda, se equilibrando precariamente.

- Esqueceu o que você disse sobre a gravidade?

- Você prometeu - ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Félix desse daí!

- Você esqueceu? Isso é um sonho, seu sonho, é isso que você quer?

Niko sentiu seu peito doe o vento ficando mais forte como se quisesse derruba-lo.

- Não é o que eu quero, eu nunca te desejei mal.

- Por que está mentindo Niko, você disse que não me ama.

- A culpa é sua! Você foi embora, você que mentiu quando disse que me amava!

- Você prometeu Niko - ele disse e abriu os braços.

- Félix! Por favor!

- Você prometeu! - Niko tentou alcança-lo, mas já era tarde, ele fechou os olhos e se jogou para trás, o corpo dele fazendo um arco gracioso antes de cair no abismo.

Niko abriu os olhos, mas não conseguia respirar, o grito que estava preso em sua garganta impedia o ar de chegar aos seus pulmões, seu coração batia tão forte que machucava seu peito. Se agarrou aos lençóis, repetindo a si mesmo que era apenas um sonho, era apenas um sonho.

Ainda segurava com força os lençóis, mesmo após sua respiração se normalizar. Seu queixo tremia, mas se recusava a chorar, tinha prometido a si mesmo que não choraria mais por ele. Empurrou as cobertas e saiu da cama, o esforço para segurar as lágrimas começava a fazer sua cabeça doer.

Seus passos faziam um som suave enquanto caminhava até a cozinha, não acendeu a luz, conhecia esse pequeno espaço como conhecia sua mão, encheu um copo com agua e se apoiou a bancada, as luzes da rua, que atravessavam a janela, lançavam sombras sobre o cômodo.

Niko fechou os olhos lembrando-se do sonho, lembrando-se dele. Conseguira colar os pedaços do seu coração, mas não fora uma tarefa fácil, chegou a acreditar em alguns momentos que não conseguiria, que passaria o resta da sua vida carregando uma placa com os dizeres, Eis aqui, alguém que teve o coração quebrado, mas conseguiu.

Com um suspiro cansado abriu os olhos, tinha aprendido a aceita o fato que ainda tinha sentimentos por Félix, e talvez os tivesse por toda a sua vida, mas aprendeu a enxerga-los como uma cicatriz que não gostava, mas da qual não poderia se livrar.

Era com uma frequência cada vez menor que não pensava nele, e quando uma lembrança dele deslizava para sua consciência, já não se desmanchava em lágrimas, aprendera a afasta-la para um canto distante da sua mente, quase sempre com muito sucesso.

Não conseguiria mais voltar para a cama, não quando a voz dele ainda ecoava em sua cabeça, você prometeu. Frustrado Niko se afastou da bancada e acendeu as luzes, em poucos minutos estava ocupando sua cabeça com algo que amava, cozinha sempre teve esse efeito sobre ele, o acalmava e enquanto suas mãos cortavam, picavam ou amassavam conseguia pensar com uma nova perspectiva.

Esse sonho o perturbou tanto, por que era a primeira vez que sonhava com ele, e pela primeira vez depois de muito tempo pensar nele não fazia suas emoções ficarem em frangalhos.

Niko havia lutado muito duro para reestrutura suas emoções, não deixaria que um sonho, com um homem que não via a quase um ano o desestabilizasse.

Com renovado vigor se concentrou em corta os legumes a sua frente, depois em bate uma massa de bolo, enquanto pensava em fazer uma fornada de biscoitos, não demorou a ficar tão absolvido no que fazia que todos os pensamentos sobre o sonho foram afastados para muito longe.

Niko foi puxado do seu pequeno mundo de paz quando ouviu a porta batendo, olhando para o relógio, quase pulou ao perceber que estava a horas na cozinha.

- Seu Niko!

Niko levantou os olhos encontrando Adriana que estava parada na porta da cozinha, olhando a bancada em um espanto silencioso.

- Oi querida... não vi o tempo passar - disse tirando o avental - vou tomar um banho, depois vou acordar o Fabricio...

- Seu Niko - Adriana o chamou quando chegou a porta - o que eu faço com... - ela olhou as várias travessas cheias de biscoitos espalhadas pela cozinha, fora as duas bandejas que estavam no forno assando, e mais três esperando para serem assadas.

- Deixe como está... depois eu cuido disso.

O problema dos biscoitos foi solucionado em pequenos pacotes que seriam levados para os colegas de classe de Fabricio. O resto Niko carregava com sigo em uma caixa.

- Bom dia Edgar - cumprimentou o amigo assim que chegou entregando a caixa a ele - biscoitos dívida com os meninos.

Lançou um olhar para trás a tempo de ver os garçons se amontoando em volta de Edgar. Seu escritório continuava do mesmo tamanho, mas a decoração tinha mudado, o sofá não mais existia, as paredes antes em um tom sem graça de amarelo e completamente nuas, ganharam uma bonita cor azul clarinho e um quadro abstrato, que Niko não tinha certeza se gostava.

Os papeis vinham se acumulando sobre sua mesa, com um suspiro tremulo começou a organiza-los o melhor possível, o que para seu pouco conhecimento administrativo era quase nada.

- Estou vendo fumaça saindo por suas orelhas!

Niko sorriu, e olhou o homem que tinha entrado em sua sala, ele sentou-se na cadeira em frente à mesa, colocando o ultimo pedaço do biscoito que comia na boca.

- Estou tentando organizar isso, mas estou perdendo feio.

Daniel riu mostrando seus dentes muito retos e brancos. Ele esticou o braço e puxou os papeis para perto.

- Devo ficar preocupado por você está tentando fazer o meu trabalho?

- Como você pode ver não há nenhuma chance de eu consegui fazer o seu trabalho... então não se preocupe, vou precisar de você por muito tempo.

- Apenas como administrador? - ele perguntou seus olhos e sorriso mudando para uma intensidade que fez Niko se remexer desconfortável em sua cadeira.

- Você é um ótimo administrador, e eu seria...

- Niko - ele o interrompeu gentilmente - janta comigo essa noite?

O não estava saindo de sua boca quando se deteve, quando conheceu Daniel a quatro meses atrás, quando o contratou para administrar o restaurante, não pode negar que sentiu uma cosquinha em seu estomago ao ver o homem atlético e de sorriso fácil e quando ao final da entrevista, ele disse que não poderia aceitar o emprego por que seria muito estranho namora seu chefe, Niko piscou não entendo, então suas bochechas coraram quando entendeu o que ele quis dizer.

Apesar das muitas tentativas e convites para jantar, suas respostas sempre foram não, com desculpas cada vez mais esfarrapadas. Agora Niko se perguntava por que estava se privando de ter um relacionamento com alguém que parecia realmente gosta dele, e que durante todo esse tempo foi paciente e persistente. E se recusava a acreditar que o motivo era Félix.

- Tudo bem, eu aceito jantar com você!

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- Você está linda, mamãe!

Paloma sorriu para a filha, tentando não se mexer enquanto a costureira ajustava seu vestido de noiva. As vezes era difícil acreditar que dentro de alguns dias estaria casada com Bruno, não que já não se sentisse assim, os dois moravam juntos a meses, em seu coração já era casada com ele, oficializar a união deles era como finalizar um círculo.

Nesse ponto sentia-se completa, estava com o homem que amava e havia recuperado sua filha, mas em outros aspectos de sua vida sentia-se sempre ansiosa e à espera da próxima bomba. Durante os últimos meses se viu presa na guerra que se tornara a separação dos seus pais, Pilar que começara insegura e cambaleante com o divórcio ao saber da gravidez de Aline, mudou sua postura, ao se dar contar que o casamento dela tinha chegado ao fim.

O que foi bom para ela, que pode recomeça sem dúvidas, e qual foi a surpresa de Paloma, ao descobrir que a mãe estava envolvida com o Maciel o motorista, temeu que ele pudesse está se aproveitando dela, mas Maciel demonstrou que realmente gostava de Pilar.

Já o Dr. Cesar se tornará uma dor de cabeça constante, nos poucos encontros que tiveram sempre terminavam discutindo. O pai estava irredutível, ao acreditar na inocência de Aline, a via como uma vítima que foi usada por Mariah, por isso fez de tudo para tira-la da cadeia.

Lamentava pelo pai, e pelo pequeno Cesar jr, sentia-se péssima com ideia, mas algo lhe dizia que Aline não tinha nenhum sentimento pelo seu pequeno irmãozinho, que para ela, ele não passava de uma mercadoria de troca.

A temia, não podia negar, na frente do seu pai ela demonstrava ser uma esposa e mãe dedicada, mas em pequenos momentos ela deixava transparecer seu verdadeiro eu, Paloma sabia que ela planejava algo, Bruno acreditava que ela queria o dinheiro, mas se era dinheiro o que ela queria, ela não teria assim tão fácil, quase todos os bens Dr. Cesar estavam congelados, ele sobrevivia apenas com o salário do hospital.

Mas segundo Dr. Silvia esse embargo aos bens e as contas não duraria muito, a audiência final do divórcio seria dentro de dois dias, e quando isso acontecesse o processo para que Paloma administrasse os bens do pai receberia um veredito, e não seria a favor de Paloma. O que deixava seu pai a mercê de Aline.

- Algum problema? - Paloma olhou a costureira com a testa franzido.

- Desculpe?

- Você ficou com uma expressão distante, algum problema com o vestido?

- Não, o vestido é lindo... mas preciso tira-lo agora, tenho uma reunião dentro de algumas horas - Paloma disse levantando o vestido até seus tornozelos para que pudesse descer do banco onde esteve em pé nos últimos minutos.

- Vida de presidente de hospital não é moleza! - Paulinha disse segurando a mão da mãe para que ela pudesse descer - Mas você está linda, mãe! Ela não está?

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Apesar de ser presidente do San Magno a quase um ano, Paloma ainda não sentia-se completamente confortável com o cargo, Lutero lhe dissera que essa era a melhor característica para um presidente, que no momento que ela se sentisse confortável em um cargo onde tantos dependiam dela, era melhor pedir demissão.

Félix parecia muito confortável como presidente. Paloma tentava não pensar no irmão, e em meio a toda a agitação do seu dia a dia, não era muito difícil. Mas quando se deixava pensar, se perguntava onde ele estava, como estava, e por que ele não voltava, e se o motivo dele não voltar era por sua causa.

Era besteira pensar que era o motivo pelo qual ele estava andando pelo mundo, Jonathan lhe mostrará o e-mail que Félix enviará, onde ele dizia que iria curtir a vida, que iria aproveitar tudo que não lhe foi permitido. Paloma podia até entender essa vontade dele, depois de ter se libertado de todas as mentiras, mas se lembrava de como ele falava de Niko, dos filhos, de como os olhava. E não fazia sentido. Mas também se lembrava que ele fora capaz de jogar um bebê no lixo, por que ele não seria egoísta para deixar tudo para trás?

- Dra. Paloma... desculpe, eu bati, mas a senhora não respondeu...

- Tudo bem Simone, estava distraída. O que foi?

- Dr. Renan está lá fora, quer falar com a senhora.

- Mande-o entrar... leve esses documentos ao RH, e peça ao Dr. Eron que me envie o documento que solicitei a ele por favor.

- Pode deixar...

Paloma se inclinou apoiando seus braços sobre a mesa, esperando que Renan entrasse, o médico entrou fechando a porta atrás de si, seu olhar hesitante enquanto a olhava.

- Sei que é muito ocupada Dra. Paloma, então não tomarei muito do seu tempo, vir para agradece a sua aprovação da ampliação da ala psicológica.

- A aprovação não foi apenas minha, foi aprovada por unanimidade por toda a diretoria, sua ideia de estendermos atendimento psicológico não só aos pacientes com doenças terminais, mas também a seus familiares foi muito assertivo.

- Obrigado - Renan o encarou seu olhar cheio de ansiedade - um amigo... um grande amigo... ele...

Renan recuou, seu queixo tremendo, seus olhos desviaram dos de Paloma, ele respirou fundo, sua expressão se firmando.

- Dr. Renan, tudo bem?

- Desculpe, não vou mais roubar seu tempo. Novamente obrigada Dra. Paloma.

Paloma o observou vira-se, seus ombros pareciam tensos, ele segurou na maçaneta, mas não abriu a porta.

- Dr. Renan?

Ele não se virou quando falou.

- Você acha que promessas devem ser mantidas, mesmo quando já não há motivos para mantê-las?

Paloma cruzou seus dedos, apoiando seu queixo sobre eles, sua sobrancelha erguida com a pergunta inesperada.

- Por que ainda está preso a essa promessa, se não a mais motivo para mantê-la?

Renan a olhou por sobre seu ombro.

- Consequências, tudo que fazemos tem consequências até em uma promessa, e as consequências terminam machucado quase sempre que menos merece.

Sem dizer mais nenhuma palavra Renan abriu a porta e saiu, deixando Paloma imaginando, se o cansaço a fez criar essa pequena conversar com Renan.

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Niko se olhou no espelho satisfeito com o que via, não se lembrava a última vez que tinha ido a um encontro, ele e Félix não tiveram a oportunidade de ir a nenhum, como um mosquito irritante afastou o pensamento, o que estava acontecendo? Primeiro tinha um sonho com ele, que só de lembrar fazia seu coração se comprimir, e agora esse pensamento, não o deixaria estraga o que poderia se o começo de algo bom.

Estava quase na hora dele chegar, passou no quarto de Fabrico que brincava com Adriana, após algumas recomendações e um beijo de boa noite se despediu do filho. Assim que chegou a sala a campainha tocou. Como previa Daniel chegará no horário marcado, Niko inspirou e expirou antes de abrir a porta. Ele sorria e segurava um buque de rosas.

- Para você - ele disse se aproximando e entregando o buque a Niko enquanto roçava os lábios em sua bochecha.

- Obrigado, são lindas.

- Não como você

Niko deu um passo para trás sentindo-se envergonhado com o olhar dele.

- Adriana - chamou a babá que apareceu olhando curiosa para homem ao seu lado - Por favor coloque em um bonito vaso, e não deixe Fabricio dormir tarde.

- Pode deixar seu Niko, divirta-se.

- Obrigado, eu vou.

Como esperava Daniel era charmoso e atencioso, o restaurante que ele o levou era aconchegante e tinha um clima romântico. Falaram sobre coisas fáceis como seus gostos musicais, filmes e pequenas histórias divertidas, todas contadas por Daniel.

Ele se mostrou interessado em Fabricio, e Niko ficou feliz ao perceber que não era apenas para agrada-lo, depois disso a conversar fluiu com muita facilidade, ele tinha um jeito cativante de ouvir o que Niko dizia, como se tudo que ele dissesse fosse muito importante.

- Então... - ele disse colocando a taça de vinho que bebia sobre a mesa - Sei que você teve um relacionamento de muitos anos...

Niko girou a taça que segurava, fazendo o liquido vermelho se mover.

- Sim, ficamos muitos anos juntos.

- Estou pisando em um campo minado? - ele perguntou gentilmente.

Niko sorriu e o olhou.

- Não, eu já não o amava, mas não foi um fim fácil.

- Ele persistiu? - Niko balançou a cabeça - posso entende-lo... teria feito o mesmo no lugar dele, mas com uma diferença.

- Qual?

- Não teria te perdido! Teria reconquistado você.

Niko riu, não podendo dizer que ele estava completamente errado, quando Félix entrasse em sua vida, não importava com quem estivesse, sempre o escolheria.

Bebeu todo o conteúdo de sua taça frustrado com o pensamento, e mais ainda por se dá conta que era uma verdade irrefutável. Um pouco do clima leve se perdeu, talvez Daniel percebeu, por que não demorou a pedi a contar. Caminharam lado a lado até o estacionamento, quando chegaram ao carro, ele o segurou pelo braço. Niko pode ver o desejo nos olhos dele, quando ele colocou a mão em seu rosto, sabia que seria beijado.

Niko se entregou ao beijo, implorando para que esse beijo o preenchesse e o aquecesse como os beijos dele faziam.

Daniel se afastou o olhando com atenção, sem dizer nada, abriu a porta para que Niko entrasse.

- Daniel...

- Agora que te beijei, acho que estou mais apaixonado - ele disse fazendo o carro andar - sou um homem paciente Niko, e também determinado e vale a pena se os dois por você.

Niko não sabia o que dizer, sentia-se lisonjeado, mas o correto seria não dar esperanças a ele. Por que você não pode dar esperança a ele? Pelo Félix? Com raiva apertou suas mãos com força, sentindo suas unhas cravando em sua pele.

Sentindo-se sufocado abriu a janela, o vento batendo em seu rosto o acalmando, precisava cruzar essa linha, deixa a lembrança de Félix de vez no passado, respirou fundo tomando coragem, perguntaria se ele não queria passar a noite em sua casa. Virou-se para olha-lo, quando o farol ficou vermelho.

- Daniel você... - as palavras morreram em sua boca, um taxi parou ao lado de Daniel, no banco do passageiro... era realmente ele? Estava sonhando? Ou era seu desejo de vê-lo criando uma ilusão?

Ele não havia mudado nada, o cabelo estava mais curto, mas tão escuro como sempre foi, ele estava recostado no assento, a cabeça levemente inclinada, completamente perdido em seus pensamentos.

Olhar para mim. Olhar para mim. Olhar para mim Félix.

Então o carro se moveu.

- Niko, o que foi? - A voz de Daniel soou distante, enquanto Niko acompanhava o carro se afastando cada vez mais, levando ele para longe. Levando Félix para longe de Niko.


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