Proibida para mim escrita por Aoshi


Capítulo 1
Banho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura \o//



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Miku Hatsune andou pé ante pé pelo longo corredor, para que seu plano fosse bem sucedido. Era cinco da manhã, o horário que Luka Megurine tomava banho. Seu coração batia loucamente, e ela se sentia como uma espiã, em uma missão com altas chances de falha.

Ela mostrava um sorriso nos lábios. O corredor escuro a fazia se sentir bem. Miku nunca pensou em como uma aposta lhe cairia tão bem! Quando suas amigas, e colegas de trabalho, sugeriram uma competição entre quem conseguia comer mais, Miku sentiu receio. A perdedora teria que conceder um pedido à vencedora.

Miku disputaria com a garota contratada recentemente, que apesar de não ser mais a novata, ainda não tinha completado um ano na Crypton. Megurine Luka era feroz, completamente sádica, e na opinião de Miku, uma tsundere real. É claro que Luka aceitaria o desafio, afinal de contas, ela nunca correria.

Isso deixou Miku desconcertada. Há seis meses, quando a novata apareceu, elas pareceram odiar-se à primeira vista. Luka era completamente rígida e mandona, detestava coisas femininas e sempre se vestia com visual de mendigo. Miku, por outro lado, detestava receber ordens e ser criticada por se preocupar com a aparência. Todo mundo deveria ser um pouco vaidoso, pensava.

Porém, na primeira semana com a nova integrante, Miku começou a se sentir estranha, principalmente quando Luka cantou uma música, apenas para mostrar os vocais. Era uma voz forte, segura, e no entanto, tinha uma suavidade e uma fofura que Miku nunca tinha ouvido antes.

Começou a ficar curiosa sobre Luka, pesquisando o quanto pôde. Seus cabelos da cor rosa não eram tingidos, e os olhos azuis intensos não eram lentes. Ela era muito calada no começo, apenas por ser tímida, e depois que os outros Vocaloids foram fazendo amizade com Luka, ela acabou se mostrando mais divertida e sociável.

Era realmente fascinante para Miku. Ela não entendia porquê Luka sempre apresentava faces novas, porquê sempre ficava corada, ou porquê tentava esconder os títulos dos livros que lia. Não havia nada de errado em ser feminina, ainda mais se fosse uma garota tão bonita quanto Luka.

Com o passar dos dias, Miku deu o primeiro passo, e, poucos dias depois, ela e Luka eram grudadas. Viraram melhores amigas. Luka batia em Miku, Miku zombava da rosada, e elas gostavam de cantar duetos, apesar de não terem oportunidade para gravarem nenhum.

No entanto, Miku começou a sentir um frio na barriga quando esperava por Luka. Quando Luka ficou doente uma vez, Miku quase surtou. Ela também começou a reparar bem mais as curvas dela, assim como seus lábios perfeitos. Começou a analisá-la, querendo saber tudo o que pudesse sobre ela, e acabou descobrindo vários segredos de Luka, como o fato de ela sempre tomar banho em sua suíte às cinco da manhã.

Miku percebeu que havia se apaixonado.

Sentiu-se destruída quando se dera conta do que havia acontecido. Não havia possibilidade alguma para ela e Luka virarem algo a mais. Além de Luka ser extremamente agressiva, ela também gostava de garotos. Só de garotos. Então, se Miku desse um passo em falso, ela poderia acabar destruindo a amizade entre as duas.

Foi por isso que fico receosa. O que Luka pediria caso vencesse? E se fosse algo ruim? Ou malvado? Ou fosse algo normal demais?

Portanto, quando Luka perdeu, Miku se sentia extasiada. Ela sempre aproveitava as chances de explorar Luka de todas as maneiras possíveis, e faria agora. Luka nunca descumpria promessas, este era um de seus vários charmes, e Miku usaria-o muito bem.

Com cuidado, pôs a mão na maçaneta da porta do quarto de Luka. Nenhuma das meninas deixava o quarto trancado, a não ser Miku. Isso porque ela tinha uma coleção imensa de fotos de Luka nas paredes do seu quarto.

Como esperado, a luz do banheiro estava acesa, e Miku escutou a banheira se encher. Luka cantarolava lá dentro.

Miku ficou ainda mais ansiosa. Ela olhou para o grande quarto de Miku, que era idêntico ao seu, e evitou ainda mais fazer barulho. Chegando perto da porta do banheiro, que, surpresa, também estava destrancada, olhou pela minúscula brecha, e avistou uma Luka tirando a blusa de moletom.

Luka jogou a blusa do lado, encima da calça. Miku quase gritou de surpresa. Ela realmente estava fazendo o que iria fazer. Para quebrar o gelo, e fazer Luka corar (Miku adorava quando ela corava), Miku empurrou a porta.

A outra gritou e tentou cobrir o corpo seminu com os braços. Miku conseguia ainda visualizar a calcinha e o sutiã, ambos verdes. Ela deu um sorriso malicioso ao ver as bochechas vermelhas de Luka.

Luka jogou o moletom na cara de Miku com um movimento rápido.

– Hatsune! O que está fazendo aqui?! Sua pervertida! – Ela estava furiosa, Miku conseguia sentir. Chamar Miku de Hatsune fazia com que ela se sentisse distante, mas era o jeito de Luka.

– Eu acordei muito cedo hoje – Miku havia ensaiado a mentira. – e ouvi um barulho vindo do seu quarto, então vim aqui verificar.

Luka desviou o olhar, envergonhada.

– Está tudo bem aqui, sua idiota. Volte para o seu quarto. – Ela apertava o corpo com força.

Miku se aproximou dela.

– Eu não vou – comunicou, ajeitando o laço que prendia parte do cabelo.

– Como assim não vai? – cuspiu Luka.

– Eu vou ensaboar você. É isso o que eu quero. Quero que você me deixe ensaboá-la. – Miku tentou dizer tudo sem ficar vermelha, mas foi um pouco impossível.

Luka a olhava como se ela fosse idiota.

– AHN?

Miku se abaixou e puxou o banquinho rosa de Luka; desligou a água que estava enchendo a banheira, e puxou a mangueirinha perto dela. Luka observou tudo em silêncio.

– Por que raios você quer algo assim? – questionou Luka, com as sobrancelhas arqueadas.

Miku estirou a língua.

– Para te irritar.

Luka deu um leve tapa na coxa de Miku, e depois se deu por vencida.

– Tu-tudo bem. Mas eu vou ficar de costas pra você. – murmurou ela, constrangida. – E depois você vai embora.

O coração de Miku batia muito rápido. Ela iria tocar Luka, completamente. Sua respiração ficou irregular, e quando Luka se sentou no banquinho, tirando o sutiã, Miku queria se declarar.

No entanto, não podia fazê-lo.

Gentilmente, Miku prendeu o cabelo de Luka, deixando um rabo de cavalo. Ela conseguia ver as orelhas de Luka vermelhas.

– Que raiva de você, Hatsune. – resmungou Luka, tirando sua calcinha muito rápido e jogando-a.

Miku ligou a água da mangueirinha e começou a jogar nas costas de Luka. Depois, deixou a água escorrer pela frente, sem ter visão de onde estava atingindo. Deixando a mangueirinha de lado, pegou a esponja de banho e passou sabonete.

Calmamente esfregou as costas branquíssimas de Luka, com todo cuidado. Ela queria se demorar e desfrutar do momento. Passou sabonete nas mãos e esfregou os pescoço com cuidado.

Foi um pouco mais atrevida e ensaboou a região da barriga. Miku queria ser capaz de vê-la de frente, entretanto, acabaria fazendo algo inapropriado, então tê-la de costas para ela seria o melhor a ser feito.

Pegando a esponja de novo, passou-a nos braços de Luka, nas mãos, e nas pernas grandes dela. Deixara as piores regiões para o final.

Novamente com sabonete em mãos, passou na região proibida com rapidez. Luka provavelmente a mataria se ela demorasse ali, como demorou em outros lugares. E foi para a parte mais desejada.

Os generosos seios de Luka.

Miku não resistiu e tocou-os. Eles eram macios, grandes e agora estavam cheirosos. O coração de Miku batia rápido. Luka afastou as mãos de Miku.

– Você já acabou, não é? – perguntou, ainda de costas. – Eu tenho algo para perguntar.

Miku se surpreendeu. Luka quase nunca lhe perguntava algo. Era assustador vê-la fazendo isso.

– Sim, o que é? – a voz de Miku denunciava a ansiedade que ainda tomava conta de seu corpo.

– Meiko me disse que sou estranha. Você também acha isso? – Luka tentava disfarçar, no entanto, a mágoa era evidente em sua voz.

– É claro que não! Por que seria? – Meiko poderia ser muitas coisas, apesar disso, não parecia do feitio dela magoar alguém intencionalmente.

– É que eu não gosto de ninguém. Ela acha isso, nas palavras dela, anormal. – Luka bufou.

Miku deu um sorriso. Então sua Luka ainda não fora fisgada.

– Você gosta de alguém, Hatsune? – A indiferença na voz de Luka a deixou abalada. Era realmente doloroso voltar ao mundo real, aonde duas garotas não podiam ficar juntas.

Com raiva, Miku soltou os cabelos de Luka.

– Gosto sim. – disse.

– Ehh? De quem você gosta? – continuou Luka, curiosa.

– Não vou falar. – respondeu. Luka nem ao menos se virara para olhá-la nos olhos. Miku foi até a porta do banheiro, com uma pontada de arrependimento por ter vindo ali apenas para desejar ainda mais o fruto proibido.

– Por que não? – O tom de voz de Luka era de raiva.

– Porque você não se importa. – Miku saiu e bateu a porta com força. Sua visão começou a ficar embaçada e Miku sentiu que precisava sair daquele quarto rápido, pois o cheiro de Luka a machucava demais.

Luka escutou Miku bater a porta da suíte. Ela fez biquinho. Por que Hatsune estava sendo tão grossa?

Sentindo-se exausta, deitou-se na banheira, ainda com vergonha pelo pedido de Miku. Afinal de contas, qual era o problema dela? Primeiro ela pede algo pervertido como ensaboá-la, e depois nem conta a ela sobre a pessoa que gosta.

Luka cruzou os braços, frustrada.

Se até Miku tinha alguém para gostar, ela deveria arrumar uma pessoa para ela também? Quem seria? Será que essa pessoa poderia vir a gostar dela? E, Miku a apoiaria?

Mergulhando a cabeça na banheira, Luka continuou a se fazer perguntas que não teria respostas.


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