_CHARLIE!!!!

Alex gritou o mais alto que pôde, mas não obteve resposta. Talvez Charlie ainda estiva brincando com eles.

_Você ouviu isso Fran?? Charlie disse socorro! Precisamos ajudá-lo!

_Não deve ser nada, Alex. Ele apenas deve estar zuando.

_Pode ser, mas eu sinto que não, eu sinto que há algo errado!

Eles procuraram por mais um tempo, até resolverem voltar. Quando estavam voltando, um carro passou muito rápido perto deles, indo em direção à casa de Kate.

Entraram e esperaram algum tempo. Vendo que Charlie não voltava, Alex resolveu ligar para a policia:

_...Alô!? É da policia? Quero registrar um desaparecimento.

_Muito bem, para prosseguir com o registro você precisa confirmar que a vítima desapareceu há quarenta e oito horas, no mínimo.

_Como? Escuta aqui senhor, meu irmão desapareceu e você diz que devo esperar até que ele esteja morto pra registrar o caso?? Se vocês são tão imprestáveis, porque não vão arrumar um emprego de críticos?

Dizendo isso Alex desliga o telefone. Francielle, que tinha ido ao banheiro, volta e pergunta:

_E aí? O que disseram?

_Um merdinha disse que devo esperar sei lá quantas horas para fazer um caso. Porra! Como isso pode estar acontecendo??

_Que merda Alex!! O que.... o que você vai fazer agora?

_Vamos fazer alguns cartazes de Charlie, e colar em lugares no parque. Depois temos que ir nos vizinhos próximos e perguntar para eles se não viram meu irmão.

_Alex. Por que você não liga para os seus pais? E conta o que está acontecendo?

_Meu pai está morrendo, Fran! A última chance dele se curar da tuberculose está em New Jersey e não vou destruir essa chance dele conseguir um tratamento!

_Tudo bem então. Vamos fazer logo os cartazes, antes que anoiteça!

Eles foram até o computador e fizeram alguns modelos. Imprimiram e sairam para colar. Já estava escurecendo.

Quando terminaram de colar todos, já era noite. Depois de passar na casa de alguns vizinhos, pensaram que era melhor voltarem.

Até verem o mesmo carro que tinha passado por eles, estar parado, com a porta do motorista aberta e sem ninguém. Uma árvore caída provavelmente teria sido o motivo do motorista ter continuado apé.

O carro estava em direção a casa de Kate.

_Vamos até lá Alex!

_Não acho que seja uma boa ideia...

_Por quê?

_..........Por nada, vamos.

Eles desceram até a casa de Kate, chegando lá a porta estava aberta. Ao entrar, se depararam com paredes desenhadas, a casa toda revirada e páginas de caderno espalhadas.

O desenho de um homem alto, magro e com terno era o que mais incomodava Alex.

Ele pegou uma lanterna que estava caída no chão, e começou a andar pela casa. Ele coletou algumas paginas, todas rabiscadas, com mensagens sinistras que ele não compreendia. Tinha apenas uma que ele encontrou e que estava perfeita para leitura. Era uma carta:

"Kate.

Fiquei sabendo que sua madrasta morreu. Eu... lamento tanto! Lembro perfeitamente como se fosse ontem, quando brincávamos no balanço na sua antiga casa, e Beth trazia biscoitos e café pra gente comer.

Eu sinto muito mesmo Kate. Eu sei o que você sente. Eu... vou ai pra te dar uma força e para te ajudar até você vender a casa.

De sua amiga mais sincera.

Lauren"

Quando Alex terminou de ler a carta, ele ouviu um grito vindo do quarto de Kate. Eles correram até lá. Quando abriram a porta, a lanterna acabou a pilha, e estava muito escuro. Alex começou a sentir falta de ar, quando levou uma pancada na cabeça.

Ele caiu no chão. Francielle começou a gritar, mas alguém tapou sua boca e começou a arrastá-la para fora do quarto. Alex tentou levantar, mas estava enxergando tudo embaçado. O medo de Alex se tornou grande demais, aquela escuridão estava o enjoando. Ele começou a sentir o quarto cada vez menor.

Quando estava prestes a se levantar, o medo foi mais forte, e Alex desmaiou, deixando Francielle ser levada.

Agora ele estava sozinho...