Os Corvos de Bridget Hill escrita por Lianel


Capítulo 1
Rotina


Notas iniciais do capítulo

Gente, apesar de ler as fics de vocês há muito tempo, só criei uma conta meio que recentemente e só agora tive coragem postar uma fic aqui. Perdoem-me ela não estar muito boa. Acho que a estória que eu bolei está bem legal, então peço encarecidamente que vocês tenham um pouco de paciência comigo e esperem eu pegar o jeito, ok? :DP.S: Eu tô bem nervosa com isso spasaksopkaosksuhu



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Tornamo-nos deuses na tecnologia, mas permanecemos macacos na vida.” –Toynbee, Arnold.

Capítulo I

Mamãe nunca nos encorajou a assistir TV. Ela dizia que tudo que precisávamos saber estava na boca do povo, o resto era sensacionalismo barato. Se isso era uma ideologia ou uma tentativa de pagar uma conta de luz mais barata, já não sei, e eu discordava da possibilidade de conseguir estar tão antenada quanto as pessoas da cidade apenas escutando a conversa de estranhos, mas, de fato, pelo menos as coisas com maior destaque nos noticiários já haviam chegado até nós, seja através das vizinhas idosas que sempre falavam sobre as novidades ao pé da porta ou pelo jornal da comunidade, que, por ser feito de papel, era um “insulto ao desenvolvimento”, de acordo com os mais inconformados. Talvez, caso eu saísse mais, pudesse obter mais algumas notícias do dia apenas com as conversas amigáveis com desconhecidos em filas, e não precisaria me dar ao luxo de assistir TV, como estou fazendo agora, para ficar informada.

Outra maneira de se manter "por dentro" era morar na parte central e urbana de nossa vila, e não nas cidades satélites, conhecidas também como favelas, onde uma televisão não seria necessária, visto os telões que ficavam presos no topo de prédios e exibiam o noticiário em toda sua magnitude. De uma forma ou de outra, a nossa TV antiga, de quase quatro dedos de grossura, e do tamanho de uma caixa de sapatos já era desencorajadora o suficiente.

Eu estava sentada no banco de madeira baixo demais para minha mesa de trabalho, que, por causa do tamanho do banco, ficava alta o suficiente para permitir que eu, sentada de forma desleixada com as costas curvadas e os braços pendendo ao lado do corpo, apoiasse meu queixo nela para assistir à televisão localizada em um degrau da escada à minha frente, onde a ancora do noticiário da tarde falava sobre a noticia que mais tomava tempo no noticiário e na conversa das pessoas, tornando-se a mais fácil de se ter ciência sem auxilio de nenhuma tecnologia ou pedaço de papel: os ataques alienígenas. Pelo menos na versão popular você encontrava alguns detalhes engraçados a mais.

Já era o terceiro ataque em um mês e, se houvesse mais um, bateríamos o recorde de ataques alienígenas a curto prazo. O maior número de investidas contra nós em apenas um mês aconteceu no fim do ano passado: Quatro ataques, três mil duzentos e vinte e um mortos. Os jornais não falavam de outra coisa, deixando de lado o jovem inventor Abhijat e sua máquina de tele-transporte instantâneo e a conseqüente falência das indústrias de tele-transporte rápido, mas obviamente não instantâneo, de lado. As pessoas, como esperado, se encontravam com medo, e evitavam qualquer lugar e evitavam qualquer lugar que já tivesse sido algo de um ataque, apesar de serem alvos menos prováveis e mais seguros, agora que já foram utilizados.

Nossa paz, ininterrupta há quase 5.000 anos, acabou há três anos atrás com o primeiro, e mais fatal, ataque alienígena. De acordo com os jornais da comunidade, os ataques eram uma tentativa de erradicar, aos poucos, a vida na terra, e eu agradecia por eles serem tão pacientes, mas acho que estão ficando mais apressados atualmente, provavelmente ansiosos para ganhar o brinquedinho novo.

“Astrid, um novo cliente” – gritou minha mãe do alto das escadas frontais do porão, que davam para a loja.

Desliguei a nossa TV vergonhosa e subi para atendê-lo . Era um senhor idoso, curvado, e um tanto quanto atarracado que se encontrava em uma cadeira de rodas e encomendou uma prótese para suas pernas, ou pelo menos para a futura ausência delas. Apesar de se cada vez mais comum a encomenda de próteses devido ao envelhecimento da população, que amputavam seus membros que já não funcionavam bem e substituíam por elas, o negocio não dava muito dinheiro.

Minha mãe, Margot, tinha uma inteligência mediana de acordo com o Instituto de Tabelamento de Quociente de Inteligência, ou ITQI, para os mais chegados e sem fôlego, mas isso não nos ajudava muito. Alguém de inteligência mediana é capaz de trabalhar na segurança ou no gerenciamento de algo, mas não é muito útil quando o algo em questão fica na parte pobre da vila e, portanto, não tem muitos clientes, já que as pessoas da área estão mais preocupadas em ter comida na mesa do que com a eficácia de seus membros, e as pessoas da parte central (e rica) da vila encomendavam suas próteses de grandes empresas perto de suas residências.

Desde o sumiço do meu pai, ex-membro do conselho, moramos nas cidades satélites, que eram, basicamente, conglomerados de pobreza ao redor da vila cheia de pessoas desempregadas ou com empregos de baixo salário, o que implica dizer que é cheio de pessoas com inteligência inferior designadas á trabalhos manuais, que eram escassos devido ao avanço da tecnologia, e, apesar de não termos nada de rural, visto que as únicas coisas verdes que vemos por aqui são frutas e algumas peças de roupa, não somos considerados área urbana pois não somos incrivelmente tecnológicos como a vila, também chamada por nós de “cidade”, apesar desse termo não ser mais utilizado.

Após sermos mandados embora do nosso antigo prédio e não termos achado mais nenhum lugar de preço acessível na cidade, nos fixamos na cidade satélite de Bridget Hill e, já que a herança de meu pai não fora liberada, usamos o dinheiro da venda dos nossos bens e minha habilidade com a mecânica para abrir uma loja de próteses.

Mamãe, que nunca teve um emprego antes, agora não consegue achar uma empresa que aceite uma adulta sem experiência no ramo para gerenciá-las, e muito menos e uma disposta a contratar uma mulher baixa e esquia como policial ou segurança.

Quando meu irmão, Jimmy, completou dez anos, não tivemos outra escolha senão rezar para que ele fosse inteligente e, de fato, tinha uma inteligência considerada Superior, mas a decepção veio dois anos depois, quando descobrimos que Jimmy não era bom nos ramos indicados a ele pelo Tabelamento caso seu QI permanecesse o mesmo até os 17 anos, idade do tabelamento definitivo, mas sim nas artes, que era um ramo a parte, independente do QI, e arriscado. Infelizmente, Jimmy veio a adotar o abstracionismo como sua forma de arte há alguns meses, escasseando ainda mais seu publico já pouco numeroso, uma vez que, apesar de seu talento, seus quadros acabavam ofuscados por renomados artistas da cidade e a vizinhança mal tinha condições de comprar o necessário para viver. Mesmo assim, os quadros nos davam algum dinheiro, mas nos negávamos a gasta-lo, deixando-o inteiramente guardado para as futuras necessidades de Jimmy.

Depois de tirar as medidas do cliente, desci novamente para começar a confecção, até perceber que não tinha peças o suficiente. Suspirei e subi novamente para ir em direção à porta, parando quando vi meu reflexo na janela ao seu lado. Meu cabelo castanho claro quase na altura da cintura estava desgrenhado, e círculos roxos enormes gerados pelas noites mal-dormidas se formavam abaixo do meus olhos, completando minha aparência cansada. O meu descaso com minha aparência não é novidade e nem produto da mudança de estilo de vida. Para o desespero da minha mãe, mesmo na minha pré-adolescência, idade do deslumbramento com o mundo adulto e dos vestidos bonitos, ainda romanesca, onde minhas maiores preocupações eram sobre o desfecho dos meu raros e caríssimos livros antigos providos de inestimável valor histórico, com direito a folhas de látex natural, e não o artificial e ultrapassado látex que usamos nos jornais da comunidade, que eu lia incessantemente, o meu interesse por roupas era mínimo e, se eu ainda recebia alguns elogios naquela época, era por mérito único e exclusivo de minha mãe, que reservava todas as suas forças do dia para tentar tomar meus livros de minhas mãos para me arrumar ou para bater nas minhas costas que viviam curvadas nas festas e bailes que íamos. Felizmente, a mania de andar corcunda sumiu, já que eu precisava ficar com as costas devidamente eretas para que meus braços alcancem minha mesa do banco pequeno demais. Minha mãe me parabenizaria se o cenário fosse um baile, e não um porão poeirento.

A memória da minha mãe puxando meus cabelos para trás à frente do espelho para amarrá-los e meus falsos e birrentos “ais” durante o processo me veio a cabeça. Numa tentativa inconsciente de reproduzir a cena, peguei o pompom que estava preso em meu pulso e levei minhas mãos até o cabelo, amarrando-os com um leve sorriso no rosto, que logo desfaleceu quando o quando o que meus olhos focavam já não era mais o meu reflexo na janela, mas sim o que estava fora dela.

Não é como se eu reclamasse da vida que levávamos hoje, na verdade, conseguíamos o que precisávamos para viver todos os meses e eu estava agradecida por isso, portanto, eu considerava nossa vida relativamente confortável, principalmente se comparada a de muitas pessoas do resto da cidade satélite, mas a saudade dos antigos tempos vinha a tona quando eu não estava trabalhando e ocupada demais para pensar em algo que não dê dinheiro, me pegando desprevenida, apesar disso, outra parte de mim se sentia feliz por me afastar da ignorância da cidade, mas a ciência do sofrimento alheio é um saber que dói.

Tirei novamente o pompom dos meus cabelos bagunçados e saí. Vez ou outra eu saia para comprar peças mais delicadas e caras na cidade, mas eu ainda tinha alguns itens da minha ida anterior, então me limitei a comprar as peças mais simples que faltavam na feira.

Enquanto na cidade haviam carros de diversos tipos, aqui, não havia nenhum, portanto, não haviam calçadas nem ruas, apenas um caminho de terra. Barracas com seus produtos ficavam o mais próximas possível das pequenas casas para não atrapalhar o grande fluxo de pessoas apressadas e o ambiente era preenchido pelas vozes estridentes dos feirantes que anunciavam seu produto e pela conversa das pessoas. Apesar do ambiente pouco agradável, o vento acariciando meu rosto e esvoaçando meu cabelo castanho, juntamente com o clima nem quente nem tão frio que contrastava com o calor de nosso porão abafado onde eu passava 18 horas por dia me deixava sem pressa nenhuma para voltar pra casa.

O clima de Bridget Hill atraia muitos turistas, já que muitas vilas continham palhetas que as cobriam e bloqueavam metade da luz solar quando abertas, e se fechavam quando chovia, iluminando a cidade com luzes artificiais advindas das próprias palhetas, e brilhavam em alguma cor chamativa a gosto do governador. Em nossa vila, detentora do já mencionado clima ideal, isso não era necessário, já que era banhada apenas por chuviscos, rápidos e fracos, cuja a presença não incomodava ninguém, e nem ausência, pois o clima nunca fora seco, com ou sem eles.

Na Vila Capital, apesar do clima não ser tão bom, as palhetas tiveram de ser retiradas, pois quando ocorriam ataques alienígenas e a consequente destruição das palhetas, a queda das danificadas acabavam acarretando outros desastres, dando espaço para que as pessoas pudessem ver o céu e as estrelas claramente entre os altos prédios e viadutos. Não que alguém olhasse para o céu se não fosse para ver se deveriam levar consigo o guarda-chuva.

Bridget Hill era a segunda vila mais importante de nossa Pangeia. Além da manutenção de algumas áreas florestais, algo que era exclusivo de nossa vila, já que as outras não possuem um resquício de vida verde a menos que tenha-se um jardim particular desde a Revolução Cibernética, nosso vale abrigava a Academia de Formação de Futuros líderes, ou "Columbus", como era popularmente chamada, de onde, como o nome já insinua com maestria, são formados os futuros membros do conselho e o governador. Vez ou outra, quando eu ia à cidade comprar peças mais complicadas e caras para minhas próteses, visualizava um deles caminhando pela rua, os alunos, ou "Corvos", como eram chamados, da Academia, altivos e deslocados, com suas capas negras esvoaçando enquanto passavam pelo caminho que as pessoas abriam. Elas sabiam: Esse poderia ser nosso futuro governador.

A academia ficava, mais especificamente, acima das montanhas que rodeavam o vale, em uma plataforma voadora no formato de pirâmide invertida, onde a base, que se encontrava virada pra cima, sustentava a construção inspirada nos palácios da era vitoriana, mas falhavam em ser uma cópia fiel devido às suas cores escuras e mortas. A parte de dentro também não tinham muito êxito na cópia, já que o excesso de tecnologias fazia parecer que o designer de interiores não resistiu à tentação de colocar máquinas de teletransporte, andróides, e simuladores espalhados por todo lugar. As inscrições haviam começado há pouco tempo, e iriam até o mês que vem, e só eram permitidas aos considerados "Gênios", nível mais alto da tabela. A verificação que permitia, ou não, a inscrição para a academia ocorria aos 17 anos, e era a terceira e ultima a ser feita, sendo esta a definitiva. As pessoas geniais, assim como todas as outras, que poderiam exercer funções superiores ou inferiores, poderiam exercer funções abaixo das suas, o que não era encorajado, pois eram minoria e necessários para o desenvolvimento de tarefas mais complicadas e mais bem remuneradas envolvendo astrofísica, mecatrônica, cosmologia e até biologia, que, apesar de nosso conhecimento do corpo humano ser, atualmente, completo, a tarefa de cuidar de vidas ainda é destinada aos mais inteligentes para que se tenha mais segurança nos procedimentos. A tabela do quociente de inteligência poderia ser considerada um capricho se não exercesse tanta influência no currículo. As pessoas que ocupavam a classe mais baixa da tabela, se utilizassem toda sua capacidade de aprendizado para a astrofísica, por exemplo, sentiriam dificuldades para arranjar um emprego no ramo, porque, mesmo que eles saibam tudo já descoberto sobre o assunto, não era isso que interessava aos empresários, mas sim as novas descobertas, que acreditavam que alguém não muito inteligente não poderia fazer. Os com inteligência abaixo da média eram destinados a serem vendedores de loja, garçons, entre outros, e os com inteligência baixa exerciam profissões mais manuais e eram, em sua maioria, faxineiros, colheitadores, operários, e, na pior das hipóteses, camelôs, que eram normalmente trabalhadores que tiveram seu emprego tomado por andróides, o que era comum, pois já tínhamos a capacidade de produzir andróides o suficiente para exercer todos os trabalhos que exigissem comunicação e máquinas o suficiente para fazer os trabalhos manuais, mas é claro que não poderíamos deixar milhões de pessoas desempregadas, então os andróides e as máquinas eram evitados em empresas onde o empresário, normalmente alguém de inteligência superior, assim como os servidores da lei e engenheiros, quando era altruísta na medida do possível nos dias de hoje, os evitava para evitar a acentuação da miséria.

Quando cheguei, mamãe acariciava os cabelos loiros de Jimmy, que eram herança dela, enquanto os olhos azuis dele, idênticos aos meus, e herança de papai, vacilavam, se fechando por segundos, até ele, com muito esforço, abri-los novamente para tentar escutar o resto da história que mamãe contava. A história era a mesma de quando eu tinha a idade dele, quase 5 anos atrás. Ela falava sobre as populações antigas, e sobre como elas eram divididas em continentes, que se dividiam em países, e que os países, eram divididos em estados, e estes eram divididos em cidades. Com voz sonolenta, Jimmy perguntou se eles não se confundiam com tantas divisões, e ela riu, explicando como não era necessário saber o nome das cidade do mundo todo, até perceber que ele já dormia. Eu sentia falta daquelas histórias, tanto as dela, quanto as de papai. Enquanto mamãe contava-me sobre como era o mundo antes dos terremotos e movimentos das placas tectonicas, papai contava-me sobre como sobrevivemos, bom, pelo menos boa parte de nós, ao desastre, e como o fim da divisão do mundo acarretou a mistura de raças e culturas. Atualmente, pessoas que antes moravam em outras partes do Mundo Dividido, hoje se misturam igualmente em todas as vilas. Minha mãe dizia que, durante a Junção dos continentes, a antecessora da parte materna da família moravam na parte norte de um país que chamava-se "Brasil", e o antecessor que casou-se com ela, era de um país chamado "Itália"; deste então, várias outras misturas de antigas etnias foram feitas, tornando-se impossível saber de qual delas eu havia puxado minhas características.

"É seu aniversário amanhã, já sabe o que quer de presente?" Perguntou mamãe, levantando-se da cadeira que ficava ao lado da cama de Jimmy.

"Peças de melhor qualidade para minhas próteses, e muitas." respondi enquanto me dirigia ao porão e local de trabalho.

"Astrid, querida... Por que não pede algo para você mesma? Tenho certeza que você é muito inteligente, e o Tabelamento que vem amanhã vai provar isso para você. Você fará próteses incríveis, terá dinheiro, talvez possa até comprar boas fontes de energia para sua andróide." Eu apenas dei um sorriso, e continuei a descer as escadas.

Lisa, minha andróide, estava quase pronta, exceto pela falta de alguns fios no "cérebro" dela e pela falta de uma fonte de energia para desperta-la. Amanhã, no dia 10 de outubro, será meu aniversário de 17 anos, e o dia em que eu irei até a prefeitura para ser tabelada. Há sete anos atrás, no meu segundo tabelamento, o resultado foi "Genial", o que alimentou as esperanças de minha mãe, infelizmente, os funcionários, ao contrário dela, não aumentavam muito suas expectativas no segundo tabelamento, já que em mais de 90% dos casos, a inteligência regredia, por algum motivo desconhecido. Era comum pessoas serem "geniais" no primeiro ou no segundo tabelamento e acabarem sendo apenas "intermediárias" no tabelamento final e definitivo. De qualquer forma, ser "genial" em qualquer um deles já era alguma coisa, pois garantiria que você não seria, pelo menos, um "abaixo média". Isso já te afastava da velha história da criança "superior", depósito de altas expectativas, que virou garçom. Eu, sinceramente, sabia que não era uma "intermediária" ou algo abaixo disso, afinal, sabia me virar melhor do que minha mãe, e também era boa em coisas além da mecatrônica, como economia, matemática, química, e outras coisas mais, mas não esperava que fosse nenhum gênio. Meu pai, sim, era um gênio, e eu sabia que estava anos luz atrás dele. Ele frequentou a academia preparatória, ficando em segundo lugar e entrando para o conselho, e foi ele que me ensinou a construir próteses. Foi ele que começou a construção de Lisa, e foi ele que me ensinou tudo que sei hoje, e, se tinha algo que me fazia falta, era ele. Quando terminei a prótese que fazia, acabei dormindo ali mesmo, pensando em como era uma bobagem alimentar esperança que eu vá encontrar meu pai novamente algum dia.


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Notas finais do capítulo

Muuuuito obrigada por ter chegado até o final ♥



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