Sentimentos escrita por Jude Melody


Capítulo 3
A razão do meu viver


Notas iniciais do capítulo

LEIA ISTO: Depois de tanto tempo, finalmente encontravam uma chance de voltar para casa. Porém, o planeta que tanto amaram estava sendo ameaçado por uma tempestade gravitacional. Cientes do risco que corriam, todos resolveram utilizar a espaçonave para ir em direção a tempestade e neutralizá-la. Luna aliou-se profundamente a Sobrevivência para que a turma tivesse uma chance. Eles destruíram a tempestade, mas, quando se prepararam para comemorar, viram que Luna estava flutuando no espaço, parada... Semi morta...



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– Luna! – berrou Menoly!

– Luna! – disse Bell.

– Luuunaaaa! – chorou Tchako.

Todos tinham lágrimas nos olhos e olhavam inconformados a ruiva que flutuava bem diante da nave.

As mãos de Kaoro tremiam e ele mal sentia os controles. Não conseguia despregar os olhos de Luna.

“Não!” pensou “Não pode ser!”

Mas era... Todos sabiam. Era inútil chorar. Tudo tinha acabado. Agora deveriam voltar para o planeta. Era o que deviam fazer, mas não era o que queriam.

“Não! Não! É mentira!” pensou Kaoro, sentindo o desespero tomar conta de seu ser “É mentira! É mentira! Ela não! Ela não! Leve a mim! A mim! Mate-me, torture-me! Faça o que quiser comigo, mas deixe ela em paz! Ela não! Ela não merece! Desconte em mim! Mate a mim! Mas deixe a Luna fora disso...”

Ele sentiu os olhos arderem conforme as lágrimas surgiam em seu rosto. Sentia-se mal. Já tinha visto um amigo morrer sem fazer nada para salvá-lo. Mas... Ver Luna morrer era diferente. Era muito pior. Era... Insuportável.

“Ela não merece! Ela não merece!” pensou Kaoro, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto “Luna... Não morra...”

“Não há como estar viva...” disse uma voz sombria, no fundo de sua mente.

“Não diga isso...”

“Mas é verdade! Ela está em pleno espaço. Mesmo que ainda esteja viva, vai morrer por falta de oxigênio!”

“Não!”

“Sim!”

“Não!”

“Você perdeu, Kaoro. Novamente não foi capaz de salvar aqueles que ama!”

“Não!” pensou o garoto “Por que a Luna? Por quê? Por que logo a Luna? Eu sou um inútil! Não pude salvá-la! Ela...”

Kaoro fechou os olhos e balançou a cabeça, lembrando-se de tudo, de todos os momentos que passara com ela, das risadas, dos segredos, das noites de luar...

“Ela é tudo para mim...”

– Luuuuunaaaaaaa! – berrou.

O grito vinha do fundo de sua alma e era sofrido como o uivo de um lobo que foi abandonado pela alcatéia e sabe que vai morrer.

Ele a chamava, mas o que realmente queria dizer era muito mais que um simples nome, mais que uma confissão, mais que uma promessa...

“Não se vá, Luna... Eu te amo...”

Kaoro fechou os olhos e abaixou a cabeça. Queria morrer. À sua volta, pouco a pouco, um a um entregava-se a tristeza.

– Ah! – fez Tchako, a gata robô, olhando para a imagem de Luna.

– Unn? – os outros olharam.

Seguiu-se uma seqüência de “ohs” e todos começaram a rir. Kaoro abriu os olhos lentamente e olhou pela janela da nave.

“Luna!”

Luna estava bem, estava viva! Sorria! De alguma forma, Sobrevivência tinha feito um último sacrifício para mantê-la viva.

Kaoro sorriu, enquanto as últimas lágrimas desciam por seu rosto. Ver Luna viva reanimou-o, fez com ele retomasse gosto pela vida.

Com um último suspiro, ele deixou que todos os seus medos e mágoas recuassem e tudo que conseguia pensar era:

“Eu te amo, Luna... Você é minha luz, a razão do meu viver!”


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Notas finais do capítulo

Olhando agora, essa fanfic parece tão bobinha! Espero que isso signifique que eu amadureci um pouquinho nesses últimos cinco anos. Um pouquinho que seja.



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