Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 29
Capítulo 28 – Acolhimento


Notas iniciais do capítulo

A GERENTE ENLOUQUECEU



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28 – Acolhimento

Corria ofegante e com medo. Olhava pra trás no menor sinal de que poderiam haver perseguidores. Sabia que se dessem por falta e alcançasse, era o fim de suas esperanças, mas pretendia se finalizar a ter de voltar.

Maise corria pelas ruas escuras. Se enchera de coragem nos últimos dias ao lembrar do “gêmeo bom” no dia do ataque. Ele parecia querer ajudar.

Claro que deram por falta dela e os pupilos do dojo já tentavam rastrear a ela. Era uma questão de tempo e por isso Shingen não se importou. Maise estava enfraquecida dos castigos e pouco alimento, não iria longe. Teria de voltar cedo ou tarde.

Mas para o azar dele, o destino queria cooperar. Saga estava voltando de ir procurar por Aiolia, preocupado da demora de horas do mesmo. Ele sequer imaginava que o leonino já estava voltando acompanhado e acabaram por desencontrar.

O geminiano entrou por alguma das ruazinhas mal iluminadas, próximo a um templo há alguns quarteirões da mansão e esbarrou na figura deplorável de Maise.

Num primeiro instante ela congelou, achando que fosse Kanon. Mas o olhar mais suave e as roupas deram certeza a ela que encontrara Saga.

—Por favor... por favor me ajude...

A voz fraca e quase sussurrante compadeceu o loiro. A baixa luz ele podia ver o quão Maise estava acabada. Ele tirou o próprio agasalho e a cobriu.

—Pode confiar em mim, Fukuzawa?

Ela tremeu e os olhos marejados o olhou.

Saga abraçou a morena e ambos caíram nas dimensões, pousando dentro do hall da mansão. A jovem tremia e se segurava com a pouca força que lhe restava. Shion e Dohko vinham correndo ao sentirem Saga chegando por meios “não convencionais”.

Dohko tomou a frente indo ajudar o geminiano.

—Por Atena! Ela está ferida!

Maise tinha congelado se segurando em Saga. Ele precisou acalmar a garota.

—Está segura Fukuzawa. Aqui você está segura.

E como que tivesse entendido a adrenalina se esvaiu e ela caiu desmaiada. Dohko olhou para Saga como que questionando-o.

No mesmo instante Aiolia, Wanda e Nico entravam no hall e se deparando com a cena, quase que em sincronia com Saori. Wanda olhou para Aiolia num pedido mudo que ele ficasse com seu irmão enquanto correra até a colega.

—Ela só desmaiou. Creio que o pico de adrenalina cessou. – disse Dohko. O chinês então notou a morena se aproximando e tocando o ferimento mais grave e aparente.

O cosmo da bruxa não era tão potente e intenso como de um cavaleiro, mas tinha uma grande eficácia em cura, impressionando os presentes no hall.

Shion olhava questionador para Aiolia e ele, protegendo de Nico ver a cena deprimente suspirou:

—Árion de Escudo...

Shion e Atena entenderam. Aiolia encontrara um descendente da diáspora.

Saori então tocou o ombro de Saga.

—A garota pode ficar. Vou pedir que arrumem um quarto e roupas limpas e confortáveis para ela. Por favor, cuide dela.

—Fico grato, Atena...

Ela então fez sinal para Aiolia e ambos e Shion se dirigiram para a biblioteca, onde seria um ambiente mais lúdico para Nico.

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—Vocês são... cavaleiros de Atena...

Ao ouvir aquilo, Milo congelou. Como aquela mulher saberia dos cavaleiros. Pela primeira vez sentiu um tipo estranho de medo e não sabia o que responder ou o que raciocinar.

Mas a reação que ela teve ao silêncio do loiro o deixou perplexo. Yomi simplesmente o abraçou de forma carinhosa e protetiva, deixando até Afrodite surpresa. Milo nunca sentira um abraço como aquele e pela primeira vez na vida não soube como subir a guarda.

—Pobrezinho... Pobrezinho...

O grego ainda não sabia como reagir aquilo, aquela sensação nova e desconhecida de si. Não era ruim, longe disso, era como se encontrasse um ninho seguro e muito mais protegido que vestir sua armadura de ouro.

—Você deve ter tido uma vida muito dura e difícil, não é?

Yomi sendo uma mulher adulta e madura, de fartos seios, outrora em outra situação seria facilmente um alvo de desejo do escorpiniano, mas mesmo com o rosto deitado ali a única coisa que pairava nos pensamentos dele é que se sentia protegido e em casa.

Ele não sentia cosmo ou qualquer artifício que pudesse pregar uma peça e sua cabeça.

Milo se sentia apenas Milo, um garoto de 15 anos desamparado. E Yomi só via ali um menino perdido, de bom caráter e de passado duro.

Ele simplesmente se rendera e se permitiu não ser o cavaleiro. Abraçara a mulher que lhe ofereceria um carinho sincero e se permitiu sentir aquilo sem nome que sentia, mas que era bom e parecia alimentar uma parte de sua alma.

Milo não tinha por que tentar mentir ou algo do tipo, ainda que não conseguisse falar nada. A única coisa que ele queria era continuar sentindo aquela sensação protetora e calorosa.

—Está tudo bem, pode ficar aqui o quanto precisar. – a voz de Yomi era suave e carregada de carinho – É o mínimo que posso fazer por você ser tão querido.

—Yomi... você...

—Eu só juntei os pontos. Mika não conseguiu furar nenhum bloqueio ainda. – dizia ela, acariciando os cachos do cavaleiro. – Então Amélia lhe contou toda a verdade e por isso dizia que estava tudo bem a Morgana ficar onde estava...

—Sim. – respondeu a loira olhando para Milo. – Ele é um dos poucos sem nenhuma família de fato.

Yomi entendera então a reação do garoto. Milo nunca conhecera o carinho de uma mãe. E o apego forte que tinha com Morgana era o sentimento de ausência de uma família. Aquele menino era um soldado poderoso e forte, acima de muitos sob seu comando já que era um cavaleiro, mas ainda era apenas um menino afinal.

Com um garoto tão gentil e Morgana namorando um dos meninos da mansão que eram cavaleiros, ela sabia que a filha não estava em perigo. Mas ela ainda estava encucada com o desabamento.

—Não tire... a Morgana de nós... por favor...

Milo enfim pronunciara algo.

—Foi uma das alunas de lá sem controle de cosmo que causou aquilo por culpa... culpa de um dos nossos que a perseguia. Foi apenas um acidente... Não nos tire a Morgana...

Yomi tornou o abraço mais apertado e carinhoso.

—Calma... essa mama vai cuidar de tudo... Nem você e nem o menino Tavoros vão perder a Morgana. Eu prometo...

A porta se abriu e o casal saiu de mãos dadas, tímido, mas a timidez se esvaiu ao verem a cena. Aiolos parecia um tanto chocado, já que conhecia Milo desde que ele era criança e vê-lo de guarda destruída e abraçado como se buscasse refúgio era uma cena que ele jamais imaginaria ver.

Afrodite olhou para o casal e deu um sorriso tímido.

—Acho que tudo terminou bem certo?

Os dois se olharam e seguraram mais forte as mãos um do outro. Então se viram abraçados pela loira mais velha.

—Seja bem vindo a família, Aiolos-kun.

—É bom ver que tudo está bem.

Todos então notaram enfim a presença de uma senhorinha.

—Suprema Ministra... – Afrodite a cumprimentou rapidamente com um gesto de sentido.

—Sem formalidades... Estou certa, Aiolos de Sagitário e Milo de Escorpião?

Yomi continuava abraçando ao escorpiniano, surpresa ao ouvir os títulos daqueles garotos. Sabia sobre as patentes pelo que aprendera no Vaticano. Aqueles meninos eram a elite de Atena.

—Morgana poderia fazer companhia ao seu amigo Milo? Preciso falar com seu namorado e sua mãe.

—S...Sim...

Milo já ia começar a se recompor ao começar a se soltar do abraço quando recebeu outro gesto inesperado de carinho de Yomi, um beijo na testa.

—Espere só um pouquinho, se quiser depois eu lhe dou um pouco de mais de abraço. Já que considera minha Momo como uma irmã, então o considerarei como um filho.

Milo ficou surpreso com aquilo e não conseguiu responder, mas assentiu com a cabeça, olhando a morena, seu amigo e Afrodite seguirem a idosa e os guardas.

E por fim, sentiu as mãos de Morgana segurarem a sua. Ambos inseguros, mas apoiando um ao outro.

Então ele entendeu o que sentira.

Era o amor de uma mãe.


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