Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 18
Capítulo 17 - Expressões


Notas iniciais do capítulo

Aeeee, capítulo nuevo!
Eu juro, vou responder os comentários que devo... A preguiça me possui no ritmo ragatanga. Fiquem com o capítulo.



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#17 – Expressões

Aiolos e Morgana continuavam a se encarar sem conseguir sair do marasmo. Mas enquanto isso, as outras meninas eram levadas até a grande cozinha e sua grande mesa, com bastante lanches, perfeitamente organizada por Camus.

O francês em sua eterna e fechada cara terminada de colocar xícaras quando as garotas chegaram com seu guia. Olhou para Milo e num gesto mudo de “as faça sentir em casa que isso não sou capaz”.

—Senhoritas... – cumprimentou antes de se retirar.

—Que cara gostoso... – comentou a bateirista.

—Mal-educado, isso sim. – resmungou Sara.

Milo coçou a nuca, um pouco sem graça.

—Ah, ele é fechadão, mas é a pessoa mais fina desta casa. Tipo, traumas, saca? Mas vamos, se sentem e... É... A Usamomo não veio.

—Deixe ela. A gente sabe que ela é gamadona no loirinho de olhos azuis. – riu Inuzawa.

As meninas se sentaram, começando a se servir quando escutaram alguns passos e fez com que elas olhassem para a porta vendo que se aproximava. A figura de olhos esmeraldas, longos e repicados cabelos loiros levemente desbotados por se expor ao sol.

—A música de vocês é bem interessante. – disse a figura, abrindo um sorriso.

Inuzawa já ia preparar mais um de seus comentários maliciosos, mas dessa vez com alvo na grega de pele amorenada, quando a mesma se manifestou.

—Que bom que gostou, Kanon. – e olhando a japonesa sorriu. – Esqueceu que o Saga tem um irmão gêmeo? É ele.

—E tão pedaço de mal caminho quanto o senhor “eu sei tudo de física”. – disse secando o grego e apoiando a cabeça nas mãos.

—Eu posso ser o caminho todo também.

Milo rolou os olhos. Que cantada barata!

—E dá pra passear por esse caminho todo? – indagou a japonesa.

Kanon apenas deu um sorriso de canto que respondeu a pergunta, saindo do local. A bateirista apenas terminou seu rápido lanche e usou de desculpa de ir ao banheiro, desculpa essa que não colou pra ninguém ali.

—É uma pervertida incurável... – resmungou Sara. – Que ela não demore para continuar o ensaio.

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Camus não apenas saiu da cozinha, como da mansão. Com o efeito anestésico que a música lhe dera havia acabado, as suas próprias inquietações também o abraçaram como um inimigo. Sentou-se no banco de um parquinho, aproveitando a brisa que pouco a pouco esquentava com a vinda do verão.

Mexia no smartphone onde olhava por rede social o perfil da irmã caçula e do irmão. Ele não tinha ninguém adicionado ou deixava que soubesse que ele tinha uma rede, usando um perfil falso, tudo apenas para poder ver como estava seus parentes.

Viu de relance a garota que ficara na sala e por quem o sagitariano estava encantado, e a figura dela, ainda que com os traços mistos entre o ocidental e o oriental, lhe lembrava bastante sua irmã Madeleine.

Ele agora ampliava uma foto da mesma, tocando a tela tão gélida quanto seus dedos, como se tocasse o rosto da mulher morena de olhos claros.

E ali, tão longe de todos, podia desfazer um pouco a carranca fria e indiferente, que não conseguia nem se desfazer perto do melhor amigo, e sentir a dor da saudade que tinha da irmãzinha que tanto amava.

—Perdido em pensamentos?

O ruivo ficou surpreso, erguendo a cabeça e apertando o botão para fecha rapidamente o aplicativo. A sua frente a figura igualmente séria, de um ruivo acobreado e manchinhas, a presidente do clube de artes.

—Um pouco, presidente.

Ariadne, piscou os olhos. Não era de seu feitio invadir a vida alheia daquele modo, mas ver o ruivo sair por alguns segundos de seu habitual jeito sério lhe preocupou um pouco.

—Ah, eu iria dizer no retorno as aulas, mas você está dentro do clube. Seus testes mostram um artista esforçado e de grande valor.

—Fico agradecido, mademouseille.

A ruiva olhou ao redor.

—Aquele seu amigo loiro não está te perseguindo hoje?

—Oh, não. Hoje ele está de anfitrião na mansão. As garotas do clube de música estão lá, usando a sala de música para ensaios.

—Ele é um tanto incômodo. Fora ser intrometido.

—Mas é minha família. O irmão que precisei para não sucumbir por completo a insensibilidade. Posso nunca ser capaz de falar isso abertamente, mas Milo é uma pessoa importante e preciosa para mim.

O próprio ruivo se surpreendeu com suas palavras. Ele não era de se abrir assim. Cogitou que a vida que agora todos eram levados a ter o tinham amolecido, ou simplesmente a figura séria da ruiva com heterocromia lhe inspirava uma confiança que a muito não sentia de expor o que sentia.

Já a garota ficou surpresa. Um rapaz tão sério e dedicado como ela via Camus ter alguém tão desleixado como Milo em alta conta parecia até piada, mas os olhos cor de cereja do francês estavam sérios e decididos demais para que aquilo fosse uma piadinha inútil. O modo sincero e forte com que o ruivo dissera o carinho que sentia pelo escorpiniano lhe comovera.

—Pretende seguir na área artística? – disse ela quebrando um pouco o clima.

—Se não seguir profissionalmente de algum modo, pretendo seguir como hobby. A única coisa em mente é ser professor, gosto de ensinar.

—Muito nobre da sua parte. Bom, nos vemos na escola. – disse esboçando um rápido e discreto sorriso, saindo dali, sem ver que o francês retribuíram um igual, curto e discreto sorriso.

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Na sala de música o pretenso casal continuava a se encarar, aparentemente sem reação. Morgana queria fugir de tanta vergonha, mas seu corpo simplesmente não se movia como se movera para fugir da outra vez. Ela ficou surpresa quando o grego moveu-se, inclinando o corpo na típica saudação oriental.

—Meu nome é Aiolos Tavoros. Da última vez eu e meu irmão não pudemos nos apresentar direito. Desculpe se a assustamos.

A mestiça ficou sem saber direito como agir num primeiro momento, surpreendida com o gesto.

—Ah... ah... b-bem... D-Desculpa ter fugido.

No nervosismo em também curva-se, a garota sem querer bateu cabeça com cabeça, fazendo os dois soltarem um pequeno resmungo pela dor do choque e dizerem uníssono:

—Me desculpe!

Os dois se olhando, cada um com sua cara de dor e olhos marejados, ficando um tempo curto que parecia infinito e então rindo. Apesar do momento desastrado, não tinha como não rir da situação em que ambos estavam com careta e mais ainda com o garoto tão alto, esbelto e de aparência forte estar com os olhos cheios de lágrimas por uma batida de cabeça inocente.

—Sou Morgana Takagi Smith.

A fala dita cortando aquele clima de risos tirou Aiolos da inércia, olhando a morena com as bochechinhas tingidas de vermelho tentando olha para ele, ainda que os olhos tentasse se refugiar em algum ponto no chão. Aiolos sorriu um daqueles sorrisos ternos que a menina via ao longe quando o loiro conversava com o irmão no intervalo.

—É um prazer conhece-la. – e olhando ao redor, vendo que estavam sozinhos. – Er... acabaram nos deixando aqui. Deve estar com fome, né, Smith-san?

—Ah, pois é... – dando um riso amarelo, morrendo de vergonha. E então teve o momento cortado com a mão do garoto estendida para si.

—Vem, eu te levo até o cozinha. Vai ter a sorte de comer o lanche feito pelo Camus.

Um pouco tímida e receosa, Morgana aceitou o gesto, colocando sua mão sobre a do grego, sentindo o calor emanado. A primeira sensação que teve era de paz e segurança, como se algo dentro de si sussurrasse “vá, não há pessoa que melhor te protegerá que ele”.

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Quando Camus retornou a mansão, teve a impressão de que uma figura observava o prédio do outro lado da rua. Vestia-se de forma requintada e elegante, os cabelos loiros penteados para trás. Apesar do gesto natural, o homem moveu-se com a chegada do ruivo, deixando o francês ressabiado.

Discreto como era, não armaria um escândalo em plena rua, mas comentaria com aqueles de cabeça semelhante a sua, ou seja, mais serenos, como Shaka, Saga ou Shion. Entrou na mansão no mesmo instante onde pudera observar Aiolos e Morgana indo para a cozinha, de mãos tocadas, ainda que de modo não tão íntimo. Por dentro Camus sorrira aliviado em ver o cavaleiro de Sagitário enfim tendo contato com a garota. Se havia alguém ali que merecia viver tudo que fosse possível era aquele que no maior gesto de fidelidade e altruísmo, dera sua vida por Atena e o mundo.

“Viva feliz, Aiolos”.


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