Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Oii, povo
Obrigada pelos comentários do capitulo anterior :D
Ai vai mais um, espero que gostem



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– Por favor, o mais rápido possível – Peeta fala

– Claro, senhor, claro – o médico fala

– Kat, ela vai ficar bem, não vai? – ouço a voz de Prim

– Vai, os médicos já estão providenciando os remédios – eu tranquilizo-a

– Ainda bem, ai ela vai poder voltar pra casa! – ela completa mais animada, enquanto eu me desanimo mais.

– Bem e o que podemos fazer? – pergunta Peeta

– Apenas esperar – o médico fala

– Qual o nome dos remédios? – pergunta Peeta

– Não acho que você vá achar, mas o nome é... – ele fala um nome complicado e Peeta anota no celular.

– Bem, obrigada – falo um pouco desanimada – Vamos, Peet?

– Vamos, Kat – ele fala e passa o braço em torno dos meus ombros

– Prim, Dylan, vamos? – falo e saímos do hospital e vamos pro carro do pai dele.

– Eu quero tomar sorvete! – fala Dylan

– Eu também quero –fala Prim

– Eu também – falo entrando no jogo

– Eu também – Peeta fala e todos rimos – Só pra mim entrar no jogo. Vamos pra sorveteria então.

Nós vamos pra uma sorveteria e fazemos os pedidos no balcão:

– Eu quero um petit gateu – falo, tinha me dado vontade

– Eu quero um sunday de kitkat – fala Peeta e nossos irmãos riem por algum motivo e fazem os pedidos.

– Gente, não aguento mais segurar vela – fala Prim

– Também não – concorda Dylan

– Você que pediu pra vir – se defende Peeta

– É, mas não sabia que vocês iam ficar se olhando toda hora, ouvindo musica juntinhos e vocês até escolherem o sorvete com o nome de vocês – fala Dylan e nós ficamos confusos

– Tipo: ai, como o Peeta é gato – fala Prim parecendo aquelas patricinhas

– Verdade. E o Peeta: como a Kat é gostosa – fala o Dylan, dai que eu entendo. O Peeta pediu de kitkat e eu pedi petit gateu, que se fala: peti gatô, parecendo que estou falando: Peeta gato.

– Nada a ver, gente – falo – foi aleatório, não proposital

– Nada a ver Dylan – fala Peeta – Sem contar que não deixamos vocês de vela. Estávamos ouvindo musica porque precisávamos escolher uma pra escola, nos olhamos porque estávamos conversando e escolhemos o sorvete que gostamos.

– Sei... e o jeito que olhava pra ela, Peeta? vamos sentar em outra mesa, Dylan? – pergunta Prim

– Claro, não aguento mais segurar vela – fala Dylan e antes que falemos qualquer coisa.

– Ok então né... – falo e sentamos numa mesa qualquer

– Sei lá, mas eles estão estranhos... – fala Peeta

– Também acho. Não deixamos eles segurando vela – falo

– Vai saber... – fala Peeta – Mas então, você vai ligar pra Jo?

– Ah é... vou – falo

Pego meu telefone e disco pra ela.

Ligação on:

– Alô, Kat? – ela pergunta

– Alô. Então, aconteceu um rolo hoje na escola, do trabalho do Cinna e a banda vai se reunir hoje a noite na casa do Peet

– Na casa do Peeta? Ok – ela fala – Agora, tchal porque preciso voltar a trabalhar, a lanchonete está lotada.

– Tchal

Ligação off.

– Ela vai – confirmo pra ele

– Ok. Mudando um pouco de assunto, sobre os remédios da sua mãe, eu tenho uma ideia – ele fala mudando de assunto

– Ah é? Qual?

– Meu pai tem bastante contatos, então vou pedir pra ele achar alguém de confiança com os remédios – ele fala

– Obrigada, Peeta... de verdade... obrigada – falo – Por que está fazendo tudo isso por mim? Digo, agora que o encontro de família já passou, você já pode se livrar de mim...

– Por que você é importante pra mim e eu nunca vou querer me livrar de você – ele fala e eu não sei o que deu em mim, mas quando me dou por mim de novo, já estou beijando o Peeta e ele não se afasta, pelo contrário, prolonga o beijo e ficamos nisso até o ar se fazer necessário.

– Depois dizem que não estavam nos deixando de vela – fala Prim que eu percebo que já estava de volta pra mesa com o Dylan. E eu como sempre, coro.

– Vamos embora logo, já terminamos nossos sorvetes – fala Dylan impaciente.

– Calma ai, ainda não terminamos o nosso – Peeta fala

– Ah é, esqueci que estavam fazendo outra coisa – Dylan fala pra provocar. Pra falar a verdade, ele sempre provoca o Peeta.

Terminamos o sorvete e saímos da sorveteria. Peeta me pergunta se eu queria voltar pro hospital, pois agora deixariam eu entrar pra ver como ela está. Digo que sim e vamos de novo pro hospital. Com sorte, conseguimos passar todo mundo na recepção sem perguntas.

Vamos pro quarto dela e ela está lá, do mesmo jeito. Imóvel, muda... Vê-la assim me fez querer chorar. Também, o que eu queria? Que depois da cirurgia ela acordasse e me dissesse: “Hey, Katniss, como foi a sua viagem?”. Prim não disfarça suas lágrimas que vejo caindo dos olhos dela enquanto ela segura a mão da minha mãe, como se ela pudesse senti-la. Eu não posso chorar aqui. Não na frente da Prim. Tenho que ser forte. Tenho que ser forte por ela.

– Hey, calma, ninguém precisa ser forte o tempo todo – ouço Peeta sussurrando no meu ouvido e em seguida me abraçando, e não me desvencilho. Pelo menos alguém me entende e consegue me confortar.

Ficamos lá por mais um tempo até que o médico disse que precisávamos sair, pois eles teriam que fazer alguns procedimentos que não prestei atenção. Então, saímos do hospital e Peeta nos leva pra casa.

– Dylan, quer entrar? – pergunta Prim

– Sim... não quero ficar de vela de novo – fala Dylan e os dois entram.

– Kat, você quer que eu te busque hoje a noite? – pergunta Peeta, preocupado

– Não... eu consigo ir com a minha moto – falo. Eu ainda estou meio aérea. Estou preocupada com minha mãe, com eu ter que sustentar a Prim...

– Calma, Kat... vai dar tudo certo – ele fala me abraçando e eu apoio minha cabeça no ombro dele.

– Eu tento acreditar, mas... parece impossível vendo ela naquele estado – falo e dessa vez eu deixo as lágrimas saírem enquanto Peeta afaga o meu cabelo com uma mão e me abraça com outra.

– Kat, eu te prometo que o que eu puder fazer pra ela ficar bem, eu farei – ele fala determinado

– Peeta, obrigada por tudo o que está fazendo por mim... eu não sei o que eu faria sem você... eu não tenho como te agradecer, mas quero que saiba que sou eternamente grata – falo e ele diz:

– Não precisa agradecer, Katniss... é isso que os... os... amigos fazem né? - ele fala

– Bem, acho que sim... – falo e consigo dar um pequeno sorriso que ele retribui.

– É... acho melhor eu ir agora... minha mãe está no meu pé esses últimos dias – ele fala meio sem jeito

– Ok... vem, vamos chamar o Dylan – falo e quando entramos em casa, vejo Dylan e Prim conversando e novamente eu desconfio. Ele estava próximo demais dela... seus rostos estavam perto demais... estranho...

– É, Dylan, a gente já vai – fala Peeta e é ai que os dois nos percebem e a Prim fica corada de novo. Estou começando a achar que trazer o Dylan não foi uma boa ideia...

– Ah... claro... bem, tchal Prim – ele se despede dela e depois de mim.

– Tchal, Kat – fala Peeta e me dá um selinho

– Tchal, Peet – falo e os dois saem e vão embora.

– Prim, pode me contar o que estava fazendo? – pergunto. É agora. Ela não vai poder escapar dessa.

– Você viu, estava conversando com o Dylan – fala ela

– É só isso mesmo? – pergunto

– Claro... – fala hesitante – Ah, eu vou pro meu quarto.

– Eu vou sair mais tarde, está bem? Você prefere ficar aqui sozinha ou prefere ir comigo? – pergunto

– Eu prefiro ficar sozinha... – ela fala

– Ok, então cuidado. Vou falar as regras – digo brincando e ela se assusta

– O que? Regras? – ela pergunta assustada

– Sim ,você não pode mexer no fogão, não pode... – fico falando um monte de coisas chatas pra ela, que me olha com tédio – E a ultima regra: esqueça todas as regras – falo

– Katniss, eu vou te matar! Você me deixou com tédio, pensando que eu não ia poder fazer nada a noite toda! – ela fala irritada

– Calma ai, patinha – falo e subo pro meu quarto.

Fico fazendo hora, mexendo no computador e fazendo bobagens na internet. Depois, tomo meu relaxante banho, me troco e pego minha moto pra ir pra casa de Peeta.

Quando chego lá, são por volta de sete da noite. O povo me reconhece, abre o portão e eu deixo minha moto no quintal. De repente, me sinto observada e vejo que a mãe dele me olhava pela janela do segundo andar, mas não repara que eu percebi.

– Oi, menina! – fala Mags assim que entro

– Oi, Mags – falo sorrindo

– O Peeta está no quarto dele, te esperando – ela fala

– Obrigada! – agradeço e subo pro quarto dele

– Oi, Katniss! – fala Peeta assim que entro no quarto

– Oi, Peeta. O povo já ta chegando? – pergunto e nesse exato momento ouço o barulho do portão sendo aberto. É, pelo jeito eles chegaram.

– Oi, pombinhos – fala Jo invadindo o quarto, nos fazendo levar um susto. Como a criatura chegou aqui tão rápido? – Tavam aprontando pelo jeito que levaram um susto – ela completa com sorriso malicioso

– Como vocês ousaram me deixar naquela prisão sozinho? – fala Gale invadindo o quarto – Seus babacas.

– Te amamos também – fala Jo – O que aconteceu pra me tirarem do serviço?

– Ah, o Cinna pediu pra gente ensaiar no mínimo duas musicas por que ele vai fazer uma competição. A gente chamou todo mundo pra acertar os ensaios e as músicas – Gale explica

– Ok. Qual musica vocês sugerem? – pergunta Jo

– Sugiro star of the show ou what ive overcome – falo as musicas que o Peeta me mostrou.

– Põe ai pra gente ouvir! – fala Gale e Peeta coloca as musicas.

– Não sei... acho que what ive overcome... – fala Gale após a musica

– Também – fala Jo

– Ok, eu também – falo

– Ah, então vamos tocar what ive overcome – fala Peeta – Que dias que a gente pode ensaiar?

– Vixi... ai ta o problema. Que tal sexta, domingo e quarta a noite? – pergunta Jo e todos concordam

– Vamos tocar uma vez, agora? – pergunta Gale

– Ah, outra coisa que eu queria avisar. A partir de quarta todo mundo vai precisar trazer os instrumentos, menos você Gale – fala Peeta – Meu irmão vai levar todos pra casa de um amigo dele amanhã. Menos a bateria, claro. Essa ele só vai levar depois.

– Então vamos aproveitar e tocar neles uma ultima vez – fala Jo – Pesquisa as notas ai Gale.

Nós vamos pra sala de musica e Gale vai pesquisar as notas enquanto Peeta, Johanna e eu ligamos as os amplificadores, conectamos os instrumentos e ajeitamos tudo.

– Povo, achei – fala Gale após alguns minutos e todos vamos ver as notas. Anotamos num papel cada um a sua parte e tentamos tocar um de cada vez. Eu inclusive anotei a letra. Quando cada um achou que dava pra tocar, tocamos todos juntos, sem eu cantar.

– Gente, vamos tentar agora cantando a musica. Agora é pra valer. Já decorou, né Kat? – pergunta Jo

– Já... Vamos tocar – falo

Começamos a tocar com Peeta, Jo e Gale tocando e logo depois eu entro cantando e tocando.

– Ficou bonzinho... – fala Peeta – Vamos tocar mais uma vez

Começamos a tocar mais uma vez, mas paramos quando o pai e a mãe dele entram na sala. A mãe dele olha com desprezo pra nós.

– Ah, desculpem. Podem continuar tocando. É que eu achei estranho porque a banda do Josh não tem garotas e eu ouvi uma cantando – o pai dele fala – Posso ver o ensaio?

– Claro, pai. Vamos lá gente – fala Peeta e acho que todos ficam um pouco tensos, mas começamos a tocar de novo com o pai e a mãe dele nos vendo.

Por fim, tocamos tudo, direitinho enquanto o pai dele sorria e a mãe dele, que ainda estava ali não sei por que, nos olhava sem expressão.

– Nossa, vocês tocam bem – elogia o pai dele após o término

– Brigado, pai – agradece Peeta por todos

– Vocês podem tocar outra musica? – pergunta o pai dele

– Outra?! Já não basta uma com esse som irritante – fala a mãe dele mal-humorada

– Vocês podem? – pergunta o pai dele ignorando-a

– Hum... tá bom – fala o Peeta – Gente, vamos tocar desperate.

Peeta começa com o solo da guitarra e logo em seguida todos começam a tocar e eu a cantar com Peeta cantando algumas partes, que o cara canta. Quando o Peeta faz o solo final e a musica acaba o pai dele nos olha com um sorriso de orelha a orelha.

– Garotos e garotas, vocês tocam e cantam muito bem, parabéns – elogia o pai novamente

– É... obrigado(a) – falam todos juntos

– Quando vocês começaram com a banda? – pergunta o pai dele

– É... pai, a gente nem é uma banda de verdade... só estamos tocando pra um trabalho de escola – Peeta explica

– Ah ta... bem, já atrapalhei demais o ensaio de vocês podem continuar tocando – fala o pai e ele e a mãe saem

Continuamos tocando até que ouvimos alguém batendo palmas e vemos Josh. E ele não estava sozinho, os garotos da banda estavam junto, tirando aquele de hoje no almoço.

– Olha quem anda mexendo nos meus instrumentos... – fala o Josh

– Josh, a gente só pegou pra tocar uma musica que o professor pediu – fala o Peeta

– Mas vocês não podiam! Não são seus! – fala Josh, visivelmente irritado. Que idiotice. Não quebramos os instrumentos, estávamos apenas usando.

– Mas o Dylan sempre usa a sala – fala Peeta

– Mas eu autorizei vocês? – o Josh fala grosseiramente

– O Dylan nunca pediu autorização – rebate Peeta

– Calma aê, Josh. Eles só estavam tocando – fala um da banda

– Verdade e eles até tocam bem – fala outro

– Bem, a gente sai – fala Peeta largando a guitarra no chão, assim como todos nós e saímos da sala.

– É... parece que vamos ter que comprar equipamento e instrumentos – fala o Gale, tenso. Todo mundo está.

– Caramba, aquele é seu irmão? É super-gato, mas é um idiota – fala Jo

– Ele ainda está com raiva de mim – falo

– E de mim – fala Peeta

– Eita, por que? – pergunta Gale

– Um dia depois do primeiro ensaio, ele ficou dando em cima da Kat e acabamos brigando – fala Peeta brevemente

– Peeta defendendo a namorada que nem é namorada de verdade... será que não? – Jo provoca

– Agora não, Jo – eu falo com tédio – Peet, vamos pedir pizza? – dou a ideia

– Claro, Kat – fala o Peeta e vai fazer a ligação.

– Oh, Peet, pule da ponte pra mim? – fala Jo me imitando

– Claro, meu amor. Tudo por você – fala Gale imitando o Peeta e logo em seguida eles começam a rir. Trouxas.

– Seus babacas – falo

– É exatamente assim que vocês são. O Peeta fazendo tudo pela Katniss, sem ter coragem de admitir que... – o Gale começa mas logo para.

– Coragem de admitir que? – incentivo ele a continuar

– Nada não, esquece – fala o Gale

– Fala logo que o Peeta gosta da Katniss – fala Jo e eu coro – Todo mundo já percebeu, menos você, Katniss

– Gente, a pizza chega em vinte minutos – fala Peeta, que tinha ido até o canto pra ligar pra pizzaria – Do que estavam falando?

– Ah, nada não. Só da sua paixão platônica pela Katniss – fala Jo e nós dois coramos

– Ah, nada a ver, gente – falo

– Verdade, nada a ver – fala o Peeta

– Nada a ver, é? E o que esses desenhos significam ein? – fala a Jo com um caderno na mão.

– Me dá esse caderno, Johanna – Peeta fala um pouco irritado

– Deixe ela ver os desenhos do amor da sua vida – fala Jo

– Me dá o caderno – fala Peeta

– Dá o caderno pra ele, Jo. Já exagerou muito – fala Gale e ela dá o caderno pra ele, rendida.

– Posso ver os desenhos? – pergunto curiosa. Ainda não vi nenhum desenho do Peeta.

– Dá pra ela ver, Peeta – fala Jo

– Desculpa, Kat... hoje não – ele fala e vai guardar o caderno, mas de repente uma folha cai dele e eu pego. O desenho era de um par de olhos cinzas. Muito bonito.

– Peeta, você desenha muito bem! – falo com o papel na mão e ele logo se vira pra ver qual desenho era e parece meio aliviado por ver que era esse. Acho que ele tem desenhos da garota que ele gosta e não queria me mostrar por vergonha. Acho que é porque a gente ta fingindo esse namoro... mas será que ele gosta de alguma menina da escola? Será que é da Cashdela? Por algum motivo que desconheço, sinto raiva dele gostar dessa menina, seja lá quem for ela. O que ela tem que eu não tenho? Beleza, inteligência, gentileza, delicadeza – minha consciência me lembra.

– Fala pra ela de quem são esses olhos – fala Johanna e de repente estou curiosa pra ver de quem são.

– São apenas olhos cinzas – fala Peeta

– Será? Parece com os olhos da Katniss – provoca Jo

– Claro que não, né Jo. Meus olhos podem ser cinzas, mas não são tão bonitos como esses do desenho – me defendo

– Eu achei bem parecido ein – fala Jo

– Também to achando, viu – fala Gale

– Parem, são apenas olhos! Nada de mais! – Peeta fala um pouco irritado

– Se não é nada de mais, por que está irritado? – Jo provoca de novo

– Para, Jo, é sério, já irritou – eu falo

– Que lindo! Um defende o outro – Jo continua provocando. Já está me tirando a paciência, que saco.

– Pare de encher o saco – falo – Vamos escolher o filme logo

– Eu quero ação – fala Gale

– Eu quero terror – fala Jo

– Eu quero aventura – fala Peeta

– E eu quero ficção – falo. Pronto, agora demoraremos pra escolher o filme.

– Já sei! – me lembro de um filme que a Prim tinha comentado comigo sobre ser legal – Podemos ver um que tem ação, ficção e aventura: Truque de mestre.

– Mas não tem terror – reclama Jo

– A maioria vence – falo e ela, muito madura, me mostra língua.

Nós descemos pra sala e Peeta pega o filme na netflix. Ele pede pra algum empregado pegar coca-cola e esperamos a pizza chegar. Finalmente, após eu me iludir com o barulho de moto umas mil vezes, cada barulho era uma esperança, a pizza chega. Peeta vai buscar a pizza enquanto Gale, Jo e eu nos acomodamos no tapete da sala, dava pra ficar todo mundo esparramado, sem se preocupar em levar uma cotovelada dos outros.

Peeta chega com duas pizzas e nós ficamos confusos.

– Pensei que ia comprar só uma – falo

– Do jeito que a Johanna é, foi melhor comprar duas pra prevenir – fala Peeta e ela dá um tapa nele.

– Hey! Bate no Gale, só eu bato no Peeta – implico com ela e dou um tapa no Peeta que reclama.

– Essa é minha garota. Então – ela fala e dá o maior tapa no braço do Gale

– Ai! – Gale fala. Deve ter doído pra caramba.

– Bate ai – fala Jo e fazemos um toque

– Vocês duas... – fala Gale

Peeta pega as pizzas e põe numa mesinha e dá play no filme. Assistimos o filme enquanto comemos pizza e bebemos coca-cola.

Durante o filme, acho uma posição confortável e encosto em alguma coisa, acho que no sofá...

– Gente esse filme é muito bom! – exclamo após o filme ter acabado. Realmente, o filme me impressionou.

– Caramba! Como eu ainda não tinha visto? – fala Gale

– Mano, vocês não se desgrudam mesmo ein! – fala Jo olhando pra mim. Eu ein.

– O que? – pergunto confusa

– Você e o Peeta não se desgrudam! – ela exclama

Percebo que a “coisa” que eu tinha encostado no filme na verdade era o Peeta.

– Desculpa ai, Peeta, Por que não me avisou? – falo com vergonha

– É... eu tava concentrado no filme... – ele fala

– Huhum, sei... – fala Jo – Então por que colocou o braço em torno da cintura dela?

Ai eu percebo que ele tinha mesmo colocado o braço em torno da minha cintura, e ele tira o braço na hora.

– Sei lá... – fala o Peeta corado

– Bom, tem mais pizza? – pergunta Gale, desviando o assunto

– Não sei, pega ai a caixa – fala o Peeta

Quando vemos, só tinha dois pedaços em uma caixa. Caramba, acho que nós comemos demais. Não, eu não acho. Eu tenho certeza.

– Só tem dois pedaços! – exclamo

– E um deles é meu – Gale fala e pega um pedaço

– O outro meu – fala Jo e pega o outro pedaço. E lá se foram duas pizzas.

– Gente, foi tudo muito bom, mas preciso ir pra casa. Amanhã tem escola e eu vou tentar um trampo – fala Gale

– Tem vaga na lanchonete! Aproveita e não me deixa sozinha lá com um monte de cliente mal-humorado – Jo fala

– Boa então partiu – fala Gale

– Também to indo – Jo fala e os dois já estão quase saindo quando começa uma chuva de canivete.

– Puts... e agora. Eu tava indo de ônibus – fala Jo

– E eu de moto! – fala Gale. Nossa, eu não sabia que ele tinha moto

– Dois, Gale. Eu também tenho que ir embora, minha irmã ta sozinha! – falo – E agora?

– Se vocês quiserem, eu peço pro motorista deixar vocês em casa, ou eu levo vocês – fala Peeta

– Mas e minha moto? – pergunta Gale

– Amanhã depois da escola vocês dois passam aqui e pegam a moto – fala Peeta

– Ok, valeu Peeta – fala Gale

– Sem problemas – fala Peeta

– E ai, vão se desgrudar? – pergunta Jo e eu percebo que o Peeta tinha tirado o braço da minha cintura, mas eu não tinha desencostado dele, o que faço na hora.

– Bem, vamos lá. Eu levo vocês – fala Peeta pegando a chave do carro

Nós nos levantamos e vamos pra garagem, onde tinha os carros ostentação e a minha moto e a do Gale. Como foram parar lá? Eu também estou tentando descobrir.

– Caramba, Mellark poderoso ein – fala Jo e nós rimos – Ostentando carros, enquanto eu ia de busão.

– É mesmo. Só mercedes, range rover, até camaro tem aqui! – fala Gale

– O camaro é do meu irmão – explica Peeta – Os mercedes são dos meus pais e o que o motorista leva a gente e meu carro é o range rover

– Kat, deu sorte ein. Marido rico – fala Jo rindo – Ou pensa que esqueci do hospital?

– Aff, nem começa Jo – falo

– Já pediu em casamento, Peeta?! Nem começaram direito e já querem casar! – fala Gale entrando no jogo da Johanna.

– Pois é, Gale. E eu quero ser madrinha de casamento, viu? – Jo fala. Tem dia que ela tira o dia pra me zuar.

– Não se esqueça de mim como padrinho, viu Peeta? – fala Gale

– Eu não vou mais levar vocês se continuarem nos zuando! Levo só a Kat – fala Peeta

– Claro né, senão ela manda você ir dormir no sofá, ao contrário dessa noite, né Peeta? – Jo fala com cara maliciosa

– Perai... o Peeta dormiu na casa da Katniss? – pergunta Gale

– Pois é, Gale – fala Jo como se falasse com uma criança inocente

– Gente, é sério. Vou jogar vocês dois lá fora nessa chuva! – ameaço

– Ta bom, parei – fala Jo se rendendo – Mas eu tava falando sério, quero ser madrinha – pronto, ela começou de novo.

– Entra logo nesse carro! – empurro ela pro banco de trás do carro do Peeta, que já tinha vindo do concerto.

– Eu também vou entrar logo antes que me joguem na chuva – fala Gale e incrivelmente ele vai pro banco de trás. Eu entro no banco a frente e Peeta no banco do motorista.

– Pensei que você ia vir no banco da frente, Gale – observo

– Não, esse lugar é da esposa, claro – Gale fala. Hoje eles estão de mais.

– Onde você mora, Gale? – pergunta Peeta e Gale fala o endereço.

Durante o caminho até a casa do Gale, ele e Jo foram nos zuando.

– Gente! Tem que ter o shipp! – fala Jo. Essa não. Lá vai inventar m nome pra um casal que praticamente não existe

– Johanna, para. Agora exagerou - falo

– Que tal... kateeta? – fala Jo me ignorando

– Não... vamos ver outro... que tal Eveerlak? – fala Gale

– Bom... podia ser também Petniss – fala Jo

– Petniss Eveerlak! Esses são os shipps– fala Gale

– Wont, tem o primeiro nome e sobrenome! – fala Jo

– Não acredito que vocês fizeram um shipp! – fala Peeta

– Mas eu gostei. Shippadora com orgulho, Petniss – fala Jo

– Agora você vai nos chamar desse shipp? – pergunto

– Sim, Petniss – fala Jo rindo

O Peeta chega na casa do Gale e ele sai do carro correndo por causa da chuva.

– Pronto. Um já foi. Onde você mora, Jo? – pergunta Peeta e ela passa o endereço.

Uns dez minutos depois chegamos na casa dela.

– Tchal, Petniss e valeu pela carona – ela se despede e sai correndo

– Agora vamos pra sua casa, então – Peeta fala

Durante o trajeto até a minha casa, a chuva, que já estava forte, estava aumentando e caindo raios e trovões.

Chegamos na minha casa e a chuva não tinha diminuído.

– Quer entrar? A chuva ta muito forte - falo

– Pode ser... mas ai eu vou me molhar todo – ele fala

– Bem, é melhor que cair um raio no carro e você morrer – falo brincando

– É... vamos correndo – Peeta fala e nos preparamos pra sair – Um... dois... e três – ele fala e saímos correndo do carro pra minha casa.

Chegamos em casa, encharcados e ouvimos um som auto. Prim estava ouvindo musica no ultimo volume, mexendo no MEU computador e comendo salgadinho.

– Prim!! – grito por causa do barulho e ai ela nos nota e abaixa o volume.

– Eita... vocês vieram de uma inundação? – ela pergunta assustada pelo nosso estado

– Muita chuva, Prim, muita chuva – falo encharcada – Peeta, me dá licença, mas eu vou tomar banho. Depois, se você quiser e se a chuva não tiver melhorado, pode tomar um banho.

– Mas eu não tenho roupa! – fala Peeta

– Isso a gente resolve depois... – falo pensativa e subo correndo pra tomar um banho.

Pego minha toalha e vou pro chuveiro. Tomo um banho bem quente, mas não muito demorado por causa do Peeta. Depois, saio e ponho uma roupa. Desço pra sala secando meu cabelo numa toalha e encontro Peeta sentado no chão conversando com a Prim.

– Peet, se quiser ir tomar banho, pode ir agora – falo

– Ok, não vou recusar. Estou quase morrendo de pneumonia – ele fala

Nós subimos e eu pego uma toalha pra ele.

– Mas e depois? O que faço? Não tenho roupa aqui – ele pergunta

– Já sei! – tenho uma ideia – Entra no banheiro, tira toda a sua roupa e coloca aqui no chão

– O que você vai fazer?

– Apenas faça isso – falo curta

Ele entra no banheiro e coloca sua roupa no chão, como falei pra ele fazer. Pego as roupas, que estão extremamente molhadas e vou pra lavanderia.

Lavo toda a roupa dele e por sorte, ele não estava de calça jeans, e sim com uma bermuda de tecido leve, o que facilitaria pra secar. Só a camiseta que seria um problema, pois parecia que seria complicado pra secar.

Após eu ter lavado, faço uma coisa que aprendi com uma tia minha. Coloco as roupas atrás da geladeira pra secar e espero. Depois de um tempo, escuto o barulho do chuveiro sendo desligado, o que significava que ele já tinha acabado o banho. Verifico se alguma coisa estava seca e por sorte a cueca e a bermuda haviam secado, só a camiseta que ainda estava bem molhada.

Pego as roupas e levo pro Peeta, no banheiro.

– Peeta! Toma suas roupas – falo e ele abre uma fresta a porta e pega as roupas – Só a camiseta ainda não secou! - aviso

Alguns minutos depois, o Peeta sai do banheiro só de bermuda, o que me faz corar um pouco, por que acho que ele percebeu eu olhando pra ele, era quase impossível não olhar.

– O que você fez pras minhas roupas secarem? – ele pergunta

– Eu lavei e pus atrás da geladeira – falo – Aprendi isso com uma tia minha...

– Ah ta... a camiseta ainda não secou? – ele pergunta

– Não, o tecido é um pouco complicado pra secar - falo

– Obrigado. Eu tava quase morrendo de pneumonia – ele faz drama

– É, mas pelo menos não morreu com um raio no carro - falo

– Vixi... é mesmo... como eu vou embora? A chuva não diminui! – ele fala e é ai que percebo que ainda chovia e muito. Pra melhorar, caia tantos raios e trovões que parecia quem estávamos tendo um abalo sísmico. Ok, agora eu exagerei.

– Se você quiser, pode dormir aqui – ofereço

– Será? Já dormi aqui hoje e será que a Prim não faz questão? – ele pergunta

– Não, ela te adora. Agora vou descer, tenho que colocar a Prim pra dormir – falo e desço enquanto ele ia pro meu quarto

– Patinha, o Peeta vai dormir aqui hoje. Você se importa? – pergunto

– Legal! Claro que não, Kat – fala Prim

– Agora, você vai ir dormir, já está tarde. Amanhã tem aula – falo

– Annnn... deixa eu mexer no pc só mais um pouquinho? – ela pergunta fazendo cara de pidona, mas eu resisto e falo que não com a cabeça – Aff, ta parecendo a mamãe – ela reclama e desliga o MEU notebook e dá ele pra mim

– Subindo, Prim – falo indo atrás dela na escada e deixo ela no seu quarto – Boa noite, patinha

– Boa noite, Kat – ela fala e me abraça

Vou pro meu quarto e encontro Peeta mexendo no celular e é impossível não olhar pra ele sem camiseta...

– Vamos dormir? – pergunto

– Claro, amor – ele fala e eu me lembro da noite anterior quando ele falou coisa semelhante... mas trato de esquecer isso.

Já estamos deitados quando o celular dele toca. Quem será a essa hora?

POV´S PEETA

Ligação on:

– Alô? - falo

Peeta? – ouço a voz do meu pai

– Oi, pai...

Onde você está, filho? Estava preocupado. Já está tarde e você não volta

– É... eu não vou voltar na verdade – falo

– O que? Onde vai passar a noite? Não me diga que é na casa da...

– Peet, que é? – ouço a voz da Kat e isso responde a pergunta do meu pai

– Meu pai, Kat - falo

Você já não dormiu ai hoje?

– Sim, mas está chovendo canivetes dai eu acabei ficando aqui

Ah... bem... boa noite então. Juízo ai ein, vocês dois. DURMAM, escutou: DURMAM – ele fala e eu fico um pouco constrangido por ele ter dito isso.

– Claro pai, desculpe por não ter avisado. Tchal

Tchal

Ligação off

POV´S KATNISS

– O que ele disse? – pergunto um pouco preocupada

– Falou que tava preocupado por que eu não voltei pra casa – ele fala

– Ok, então bora durmir – falo – Boa noite, Peet

– Boa noite, Kat – ele fala

Nós nos deitamos de novo e quando eu viro pro lado, sinto braços na minha cintura e o Peeta me puxando mais pra ele e um sorriso escapa do meu rosto. Hoje não terei pesadelos.

Depois de um tempo, acabo dormindo profundamente.

– Katniss!! – grita Prim correndo até mim com um sorriso de orelha a orelha – A mamãe acordou!

– Eba! – fico feliz e quando estamos indo pro quarto dela pra finalmente vê-la, sinto alguma coisa apertando minha cintura muito forte e...

Acordo, mas não com medo. Acordo por que o Peeta estava segurando minha cintura muito forte e eu estava quase com falta de ar

Tento afrouxar o abraço, mas não dá certo e ele me segura ainda mais forte. Consigo virar pra ele, mas ele não está acordado.

– Peeta – tento chama-lo, estou ficando sufocada – Peeta! Peeta!

Ele acorda numa agitação e quando olha pra mim, não olha do jeito carinhoso de sempre. Me olha com ódio.

– Você matou eles! Você matou minha familia - ele fala e eu fico assustada

– O qu... – tento falar, mas não completo pois ele tenta me atacar – Calma Peeta, eu não matei ninguém! – falo e ele para e só depois de alguns segundos ele parece pensar, mas me ataca de novo. Sem saber o que fazer, faço uma coisa que o surpreendeu. Eu o beijo e ele fica confuso.

– Peeta... calma... eu não matei ninguém – falo após o beijo inesperado

– Desculpa... Katniss eu tive um pesadelo – ele fala. Pelo menos eu não sou a única com pesadelos – Eu ee-u eu nem sem o que dizer...

– Está bem... – falo ainda um pouco assustada

– Desculpa mesmo...- ele fala envergonhado – Como acordou?

– Eu... eu estava dormindo só que senti alguma coisa me apertando e quando acordei, estava quase sem folego – eu falo

– Desculpa... eu tive um pesadelo horrível – ele fala

– Quer me contar? – pergunto cautelosa

– Não... não quero lembrar – ele fala

– Ok – falo – Quer tentar dormir de novo?

– Eu não sei... não quero voltar a ter aquele pesadelo – ele fala

– Você não vai voltar, ok? – tento confortá-lo do jeito que ele faz, mas acho que não está dando muito certo.

Eu então o abraço e ele se surpreende.

– Você não está com medo de mim? – ele pergunta

– Não. Confio em você – falo – Agora, dormir por que amanhã tem escola

– Ok – ele fala e eu me viro de novo e ele novamente passa o braço em cima da minha cintura, do jeito que estava antes. Se eu disser que não fiquei nem um pouquinho de medo, estarei mentindo. Mas eu não me movo. Quero que ele saiba que não estou com medo dele. Pelo menos não completamente.

Consigo dormir de novo e dessa vez, durmo a noite toda.

Acordo no outro dia sentindo calor. Percebo que era Peeta atrás de mim e ele estava sem camiseta. Uou... contemplo um pouco a visão, mas me viro novamente pra esperar meu despertador tocar. Se tenho mais um tempo pra dormir, é claro que vou dormir. Fecho os olhos de novo, mas os abro quando ouço um barulho de porta sendo aberta.

– Prim? – pergunto quando a vejo na porta, mas ela está com os olhos arregalados e parece assustada.

– O que foi, Prim? – continuo perguntando

– Eu... eu... desculpa – ela fala e sai correndo de novo. Eu ein.

Por que ela ficaria de olhos arregalados e sairia correndo? Vejo o meu quarto. Está ok. Olho pro Peeta e... é entendi.

Eu e o Peeta tínhamos dormido de conchinha e ele estava sem camiseta enquanto eu estava com uma camiseta de alça, que estava um pouco caída... Ah meu Deus... Prim com certeza pensou besteira.

– Peeta! Peeta! – chamo – Acorda, temos que ir pra escola!

– Ah... bom dia... – ele fala com preguiça.

– Levanta logo! – ordeno e ele se levanta

– O que foi? – pergunta

– Temos que ir pra escola – falo – Eu só vou ir trocar de roupa. Espera ai.

Pego uma roupa e vou pro banheiro me trocar e me troco rapidinho. Vou pro meu quarto e o Peeta está se levantando.

– Vem, vamos tomar café e pegar sua camiseta – falo

– Ok... – ele fala com sono

Descemos pra cozinha e Prim está lá, comendo cereal de cabeça baixa e evita nos olhar. Eu tento falar com ela, mas ela não olha pra cima, só resmunga, com vergonha e tentando assimilar o que ela acha que viu.

– Bom dia, Prim – cumprimenta Peeta

– Bom dia – ela responde quase num sussurro

– Prim sobre o que viu lá em cima, não é o que você ta pensando, eu te respeito e... – tento explicar, mas o Peeta me corta:

– Minha camiseta secou! – ele fala e põe a camiseta, sem passar nem nada.

– Perai... sua camiseta... secou? – pergunta Prim juntando os pontos

– É... ontem a Kat lavou e tentou secar, mas não secou... então tive que dormir sem... – ele fala meio sem graça

– Ah ta – ela fala agora parecendo aliviada

– Kat, o que estava falando? – pergunta Peeta visivelmente curioso

– Nada não, Peeta – fala Prim

– Bem, povo, tomar café e bora pra escola - falo

Nós tomamos café e saímos pra ir pra escola. Peeta estava com a mochila no carro, que ele disse que tinha posto lá ontem, por que ia pegar matéria com o Gale.

Vamos pra escola e Prim vai pro prédio dela enquanto nós caminhamos em direção ao nosso e reparo que alguns olham nós chegando juntos.

Johanna quando me vê, vem correndo e quando repara que eu e Peeta tínhamos chegado juntos e olha pra ele, abre uma expressão maliciosa.

– Oi, Petniss. Vejo que você está com a mesma roupa de ontem, Peeta... por que? - pergunta

– Ele dormiu lá em casa hoje – falo bem direta

– hummm... – ela abre uma expressão mais maliciosa ainda, se é que era possível – Quer dizer que o senhor Peeta tem dormido na sua casa, Katniss. Que feio... é só o gato sair que o rato aproveita – ela fala e eu tento não rir, mas é impossível pelo jeito que ela falou.

– Oi, Petniss – fala Gale chegando – Jo – ele fala e dá um toque com ela - Hoje eu vou ir tentar o trampo

– Eba! Aproveita e me dá uma carona – ela fala

– Peeta, você sumiu, cara. Eu liguei na sua casa, mas falavam que você saiu e o telefone você não atendia – Gale fala – Onde você tava?

– É... na casa da Katniss – ele fala rendido

– Mas eu te liguei lá pras onze – ele fala e o Peeta não fala nada – Hummm... passou a noite na casa da Katniss...

– Gente, o que eu fiz pra merecer amigos tão maliciosos – eu falo

– Ah, você ganhou na loteria por me ter como sua amiga – fala Jo se gabando

– Será que tem como devolver o prêmio? – zou com cara de pensativa enquanto ela dá um tapa no Gale.

– Você é louca? – pergunta Gale

– É que a Kat me ofendeu – fala Jo

– Mas por que você bate em mim? – pergunta Gale revolts

– Por que é mais divertido – ela fala e eu faço um toque com ela

– Bem vindo ao clube – fala Peeta pro Gale e institivamente eu dou um tapa no braço dele – O que eu fiz agora?

– Só pra ficar esperto – falo rindo

– Essa é minha garota – fala Jo fingindo emoção e me dando um abraço. Depois rimos enquanto um monte de gente olha tipo: são loucas.

– Vamos entrar? – pergunta Peeta

– Vamos – falo e ele me dá a mão

Entramos no colégio e vamos direto pra sala, pois o sinal toca. Primeira aula: física. Que droga.

A primeira aula se passa comigo quase dormindo de tanto tédio. Muito divertido. O pior é que era dobradinha. Então: primeira e segunda aula: tédio. Terceira aula: artes. Seria legal se a professora não fosse meio... bizarra. Ela fica falando de artistas paranormais que veem vultos e ouvem vozes do além... tenso... estranho.

Finalmente hora do lanchinho!! Tava com fome!!

Vamos pro refeitório e chegando lá, Cashmere e seu bando vem até nós... não. Ela vem até o Gale e o Peeta.

– Oi, Peeta. Como foi o fim de semana? – fala Cashdela tentando ser sedutora pro Peeta

– Oi, Gale – fala Enobaria dando em cima do Gale

– Oi, vacas – fala Jo

– Foi muito divertido – fala Peeta e dá uma piscada nada discreta pra mim. Eu rio internamente e externamente pela cara de raiva que ela faz – Né, Kat?

– Nem me fala, Peet – falo ainda rindo

– Bom, se a manada ainda não percebeu, estávamos a caminho do refeitório, então, sai da frente por que carne de vaca não é transparente – essa tinha que ser a Jo

– O que você disse? – Cashdela fala

– Ficou surda agora é? – Jo debocha

– Falo com você depois, Peeta – ela fala e sai nos dando olhares mortais

Vamos pro refeitório e eu compro meu croissant de frango que ainda estava quentinho e pronto pra ser devorado.

Vou pra mesa que os meus amigos estavam e quando ia dar minha primeira mordida, alguém pega o meu lanche. Vou matar!

– Quem pegou? – falo com raiva e olho pra frente – Johanna Mason. Eu. Vou. Te. Matar.

Ela tinha dado uma mordida enorme no MEU lanche, que pego na hora.

– Sua folgada! –falo

– Calma ai. Eu sou uma ótima pessoa por fazer isso pra você. Provei pra ver se estava bom – ela fala rindo da minha cara

– Sei... – falo e começo a comer meu lanche enquanto ela pega um hambúrguer ENORME e começa a comer. Como também sou uma ótima amiga, pego e dou a maior mordida no lanche dela como vingança.

Após as aulas terminarem, Peeta e eu vamos pegar a Prim, que vem toda sorridente em nossa direção.

– Oooiii, Kat, ooiiii Peeta – ela fala sorrindo

– Nossa, está bem feliz hoje, não acha? – falo rindo

– Tirei dez na prova e sambei na cara das meninas inteligentes e exibidas da classe – ela fala

– Parabéns, Prim – fala Peeta – Só por isso, eu não ia fazer hoje, mas vou fazer uma surpresa pro almoço que eu também já tinha prometido pra Kat...

– O que? – perguntamos as duas curiosas

– Surpresa – ele faz mistério

– Aff. Fala logo, Peeta – eu falo

– Não! Em casa vocês descobrem – ele fala

– Então vamos logo pra casa! – Prim fala e nos arrasta pro carro

Vamos pra casa, ansiosas demais e enchendo o saco do Peeta, mas ele não revela.

– Bom, agora eu vou fazer a surpresa... mas vocês não podem ficar na cozinha – ele fala quando chegamos em casa

– Já to subindo! – fala Prim e sobe pro quarto

– Eu também vou né... – falo curiosa – Me fala o que é, Peet!

– Não – ele fala sorrindo

– Se quiser, o avental fica na primeira gaveta do balcão...

– Obrigado – ele fala e vai começar a cozinhar.

Eu subo pro meu quarto e troco de roupa. Como estava curiosa, e não conseguia me concentrar em nada, resolvo dar um trato na casa.

POV´S PEETA

Pego todos os ingredientes necessários pro almoço e resolvo fazer também uma sobremesa. Kat ia amar.

Ponho o avental e começo. Estava pondo no forno e fazendo a sobremesa quando ouço tocar a campainha. Quem será?

– Atende pra mim, Peeta – Katniss grita e logo em seguida, ouço algumas coisas caindo. Acho que ela estava ocupada.

Vou até a porta e atendo.

– Gente, vocês erraram de casa! – uma senhora grita assim que me vê pra outras mulheres que pegavam malas num carro – Desculpa meu jovem, mas estávamos a caminho da casa da minha neta

– Mas... – tento falar, mas outra mulher vem e fala:

– Não erramos, não! A Clara mora ai mesmo! – ela fala

– Mas tem um garoto na porta e a Clara não tem filho! – a senhora fala

– Senhora, na verdade... – eu tento falar de novo, mas sou interrompido

– Mãe, a senhora está com óculos? Deve ser a Katniss – ela fala

– Senhoras eu... – tento falar

– Aaaaaa!!! – uma outra grita assim que me vê – O que está fazendo na casa da minha irmã?

Dai as três olham pra mim com curiosidade e perplexidade.

– Peet, quem está ai? – ouço a Katniss chegando atrás de mim, minha salvação.

– Katniss!! – elas gritam ao mesmo tempo quando ela chega até a porta e ela se assusta


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Notas finais do capítulo

Então??
Chegamos ao final de mais um e quero saber suas opiniões, sinceras. Comente ou mande mensagem :D
Bjs e abraços



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