Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 13
Dylan conhece Prim


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, gente!!!
To muito empolgada por que vi que tem gente acompanhando, gente que favoritou, mais comentários... valeu mesmo, gente
Bem, ai vai mais um, espero que gostem



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– O QUÊ? Como aconteceu? – pergunto segurando as lágrimas

– Pelas testemunhas que estavam no local, sua mãe teve uma tontura no meio da avenida, caiu e foi atropelada.

– Obrigada – respondo e desligo.

Não posso chorar aqui. Ainda tenho que chamar o Peeta na mesa e não quero que todos vejam eu chorando.

– Peeta, ligaram do hospital... é a minha mãe – falo no ouvido dele quando chego a mesa.

– Licença – ele pede e nós entramos em casa.

POV´S AUTORA

Quando Peeta e Katniss saem após o telefonema desconhecido por todos, a tia de Peeta, a que estava do lado dele, fala:

– Desculpem, gente. Mas irei apenas contar os fatos, até porque não sou fofoqueira.

– Claro, só o acontecido. Pode nos contar – outra tia apoia.

– É que eu ouvi a garota falar pro Peeta as palavras: ligação, hospital e mãe. Significa que ela será mãe e acabou de saber pela ligação do hospital! – ela exclama e todos ficam meio surpresos.

– Ai meu Deus! Não acredito que meu filho teve coragem te ter um filho com aquela baranga! – exclama a mãe de Peeta, mesmo ela própria não acreditando em suas palavras, afinal ela era linda e dava inveja, pois não usava nenhum produto.

– Aí eu discordo, ela é muito gata e gostosa. Se não fosse do Peeta, eu pegava – fala algum garoto que os adultos não identificaram.

– Concordo! – outro fala e eles novamente não identificam.

– Por favor, mais modos nas palavras – fala Snow

– Não posso ser vó tão jovem! – continua a mãe dele com o drama

– A gente nem tem certeza mesmo disso, calma – fala o pai dele – Ela não apresenta comportamento de alguém gestante.

– Tirando a parte de ela ter se sentido mal ontem na piscina – fala Clove pensativa sem nem perceber tem pensado alto

– Talvez a família tenha um novo membro – fala Angélica, a tia organizada, mãe do Gabriel.

– Não! Eu não apoio se for filho daquela... garota – novamente a mãe de Peeta ataca

– Ela é muito legal e prestativa, por que você não gosta dela? – pergunta inocentemente Mad e os adultos que não gostam de Katniss tomam água pra disfarçar

– Xiu Mad – sussurra Annie pra ela

– Bom, vamos esperar então – fala Snow

POV´S KATNISS

Nós subimos pro quarto e assim que fechamos a porta, não aguento e desabo em lágrimas. Isso não pode estar acontecendo.

Peeta vem até mim e me abraça. Com uma mão ele afaga os meus cabelos enquanto eu apoio minha cabeça no seu ombro, sem cessar minhas lagrimas.

Depois de um tempo, em que já consegui me acalmar, tomo o folego e falo:

– Ligaram do hospital Apolo. Eles disseram que minha mãe foi atropelada, porque passou mal de tontura no meio da rua, por conta da diabetes. Está em estado grave.

– Ai meu Deus! – é a única coisa que ele consegue dizer

– Então, me desculpa, mas eu vou ir embora. Tenho que ficar com a Prim e ir ver o tratamento da minha mãe. Você só me leva na rodoviária, por favor? Não sei qual ônibus eu pegaria até lá... – eu peço meio envergonhada

– Claro que não! Eu vou com você. Não vou deixar você viajar de ônibus nesse estado.

– Não, vai atrapalhar sua viagem! Você só me leva até a rodoviária, por favor. Já vai me ajudar.

– Nada disso. A gente só vai precisar falar que vamos embora pra eles – ele fala se referindo a família dele - Sem contar que a viagem iria acabar hoje a noite ou amanhã de manhã, pra quem prefere.

– Tudo bem, então – falo e vou no banheiro lavar meu rosto. Não quero que todos percebam que eu tinha chorado.

Depois, saio do quarto com Peeta colocando seus braços em torno dos meus ombros, fazendo eu me sentir um pouco melhor pelo apoio.

Descemos novamente pra mesa onde todos estavam almoçando e vejo que agora já estavam na sobremesa, mas param subitamente assim que nos veem. Alguns olham como se esperassem uma resposta. Outros me olham com desprezo, assim como a mãe do Peeta e as tias dele, as que foram falar aquele monte de coisas aquele dia. Outros nos olham com incentivo, tal como Angélica, Clo, Annie, Mad...

– Como você pôde fazer isso comigo Peeta?? – grita a mãe dele

– O quê? – pergunta ele confuso

– Nem vem, já sabemos de tudo!! – fala a mãe dele novamente

– Tudo o quê? – ele continua confuso

– Não venha com esse papinho e confirmem logo! – dessa vez é uma das tias chatas dele

– Confirmar o que? – ele pergunta novamente. Eu também estou confusa.

– Elas estão achando que... – o pai dele fala calmamente, mas é cortado pela mãe de Peeta:

– Temos quase certeza. Eu sabia que deveria ter feito de tudo pra impedir esse namoro, sabia! – a mãe dele continua, nos deixando mais confusos ainda

– Podem falar logo o que estão achando?? – pergunta Peeta já impaciente

– Ah, é que sua querida mãe acha que você engravidou a Katniss – fala Clove, irônica.

– Como é? – agora quem fala sou eu

– Simples, acham que vocês vão ter um filho. Já sabem se é menino ou menina? – pergunta Clove simplesmente

– Eu tenho 16 anos!! Eu não estou grávida!! – falo e a mãe dele faz um som aliviado.

– Parece que alguém ouviu conversa pela metade – fala o pai dele

– Mas eu juro que ouvi as palavras ligação, hospital e mãe! – a tia que estava sentada do lado dele se entrega, mas logo depois coloca a mão sobre sua boca.

– É, mas vim avisar que nós vamos embora mais cedo – Peeta fala, sem dar ouvidos a ela.

– Qual motivo? Se sentiram incomodados com algo relacionado a minha casa? – pergunta Snow. Eu já falei que esse cara é muito enxerido?

– Não, são só uns assuntos pessoais – Peeta fala brevemente sem dar chances de ele perguntar mais alguma coisa.

– Mas se precisarem de algo, estarei a disposição – fala Snow falsamente

– Obrigado – Peeta fala e nós subimos novamente pra arrumar as malas.

Estávamos quase terminando as malas quando Clove, Mad e Annie entram e pulam em cima de mim.

– Sua vaca, nunca mais de um susto assim na gente! Eu pensando que agora teria um novo membro na família! – fala Clove

– Irei sentir sua falta também – falo irônica

– Você tem mesmo de ir agora? – pergunta Annie

– Infelizmente sim... – falo

– Não deixa a gente! – fala Mad, como sempre fofa

– Vamos manter contato – falo e completo: - vou sentir muita falta de vocês

Parece que já as conheço a muito tempo, mesmo tendo conhecido-as a dois dias.

– Também vamos sentir muito a sua falta – fala Annie e as três me abraçam

– Mantenha o Peeta na linha, ouviu? Por mim – fala Clove com os olhos marejados, igualmente as outras, inclusive eu.

– Vou sentir muito a falta de vocês, suas loucas – falo e nós nos abraçamos novamente

Elas vão se despedir de Peeta e os garotos, que estavam se despedindo dele, vêm até mim pra se despedirem.

– Tchal, Kat – fala Cato me abraçando

– Juízo ein – fala Marvel me abraçando depois

– Cuide do Mellark – fala Finnnick e depois fala no meu ouvido, mas bem alto pra todos ouvirem – Não se esqueça que somos amantes, viu? Próxima sexta...

– Ei! Para de roubar minha namorada – fala Peeta, brincando

– Fazer o que se ela não me esquece – fala Finn colocando seu braço em torno do meus ombros e todos riem, mas logo depois ele tira e fala:

– Deixa eu colocar meu braço no lugarzinho dele porque senão o Peeta daqui a pouco enfarta de tanto ciúmes – completa, gerando mais risadas de todos, menos Peeta.

– Estou de olho, Odair – fala Peeta vindo até mim e me puxando pra ele, causando mais risos de todos.

– Estão brigando por mim!! O que faço? – falo dramaticamente e todos nós rimos de novo

– Fique comigo e te farei feliz – fala Finn dramaticamente e me abraça

– De olho Odair, de olho – fala Peeta de novo, gerando mais risadas. Ai vemos como a risada da Mad é engraçada, e começamos a rir da risada dela, dai percebem como minha risada é engraçada e de repente todos nós estamos rindo das nossas risadas.

– Ai, ai – falo após a crise de risos

–Abraço em grupo!! – grita Mad e todos nós nos abraçamos, formando um círculo. Eu realmente vou sentir falta desses loucos.

– Bem, vamos deixar vocês terminarem de arrumar as malas. Vamos bonde! – fala Clove e todos a seguem

Terminamos de arrumar as malas e descemos pra garagem pra colocar as malas no porta-malas.

– Só vou precisar falar com meu pai antes de irmos – ele fala após termos colocado todas as malas no porta-malas – Vamos?

– Ok, vamos – respondo, embora eu não esteja segura dessa conversa.

Entramos na mansão de novo e achamos o pai dele na sala.

– Vamos pra sala de reuniões, ok? – fala o pai dele e concordamos

Vamos pra sala de reuniões e o pai dele se senta numa poltrona, ao passo que eu e Peeta sentamos num sofá que tinha de frente pra poltrona. O sofá é tão pequeno, que minha mãe chamaria de sofá do amor se o visse.

– Peeta, falei que queria falar com você pra perguntar a causa dessa saída repentina – fala o pai dele

– É que a mãe da Katniss... – Peeta para, como se pedisse permissão pra contar. Eu dou de ombros e ele continua – a mãe da Katniss sofreu um acidente então quando ela disse que ia embora, eu falei que ia com ela.

– Nossa. Bem, me desculpa. Vocês precisam de alguma ajuda? – ele fala, preocupado – Querem que eu vá junto, pra qualquer coisa?

– Não, obrigado pai – responde Peeta

– Tem certeza? – ele insiste

– Tenho – continua Peeta

– Katniss, se precisar de qualquer coisa, pode me ligar – o senhor Mellark fala.

– Eu também te devo desculpas. Desculpa pela minha mulher e por não ter pago a fiança naquela hora. Por favor, me desculpa – ele continua

– Eu que te devo desculpas, por ter feito o senhor ir em pleno sábado na delegacia. Desculpa pelo transtorno. E obrigada por ter pago minha fiança – falo

– Não foi incômodo nenhum. Eu que fiquei incomodado com vocês passarem a noite numa cela. Eu vi quando fui buscar vocês, os criminosos olhando pra você, o jeito que eles olhavam... fiquei preocupado. Em pensar que minha esposa ia deixar vocês lá... – o senhor Mellark fala pra mim

– Você não viu nada... os caras só faltaram me fulminar quando viram a Kat dormindo encostada em mim – Peeta fala

– Ah, que exagero. Por que ficariam olhando pra mim? – pergunto

– Porque você é linda, Kat – fala Peeta e eu coro

– Claro que não! Eu não chego nem a ser bonita. Deviam estar olhando porque é difícil ver uma louca dormindo na cadeia como se estivesse em casa – discordo de Peeta

– É, com todo o respeito, você é sim, muito bonita – fala o pai dele e eu coro mais ainda

– Bem, não que eu esteja expulsando vocês, mas acho que já prendi vocês de mais aqui. Daqui a pouco vai ter muito transito, é melhor já irem – o pai dele continua

– Verdade... tchal pai – fala Peeta.

– Tchal Senhor Mellark – falo – E obrigada novamente por tudo.

– Tchal, não tem de que – o pai dele se despede também – Juízo na estrada em Peeta.

– Claro pai, tchal – Peeta fala e nós saímos da sala de reuniões e voltamos pro carro.

– Bem, Katniss, eu vou tentar ir o mais rápido o possível – Peeta fala

– Claro, mas não faça loucuras por causa de mim – eu falo

Começamos a viagem de volta e ela se passa comigo tentando não me afogar nas minhas próprias lágrimas. O que eu vou fazer? Minha mãe que faz tudo, o que eu vou fazer sem ela? Como vou sustentar eu e a Prim? Me lembro do dinheiro que ganhei por causa das flechas, com certeza vai ajudar, mas não dura pra sempre. Espero que até lá, minha mãe já tenha saído da internação...

Chegamos na cidade e vamos direto pro hospital, sem passar em lugar nenhum antes.

– Com licença, você pode me informar em que quarto Clara Everdeen está? É a minha mãe – pergunto

– Quarto 250 – a atendente, que deveria ter uns 50 anos responde – Mas se ele não for da família, ele não pode entrar – ela completa apontando pro Peeta – Ela está ná área de internação grave.

– Ele é meu... meu... meu marido – falo aproveitando que ela é meio monga e nós dois vamos pro quarto sem dar chances da atendente notar que ainda somos menores de idade.

Entramos na área de internação e procuramos o quarto. Achamos o quarto e eu entro toda afobada.

Minha mãe estava deitada na cama, inconsciente com aparelhos ligados a ela. Prim estava sentada num sofá ao lado, de cabeça baixa nos olha assim que entramos. Tinha uma enfermeira do lado da cama, regulando um dos aparelhos e assim como Prim, nos olha.

– Prim! – corro até ela e a abraço

– Ainda bem que vocês chegaram! – ela fala, bem triste – Como o Peeta passou na portaria? Não deixaram a dona Margarida entrar... – olho pelo canto do olho e vejo que a enfermeira de repente está prestando atenção na conversa.

– Somos casados, esqueceu? – falo e pisco pra ela

– Ah é – ela fala

– Desde quando você está aqui? – pergunto

– Me ligaram, pegaram o meu numero na agenda dela, dai a dona Margarida me trouxe. Inclusive ela disse que eu podia dormir lá hoje. Posso? – ela pergunta e eu me surpreendo um pouco, por ela pedir permissão a mim.

– Pode – deixo. O que eu mais queria era que ela se distraísse e não pensasse na mãe – Você quer ir comer alguma coisa?

– Bem, eu já terminei aqui, se precisarem de algo é só pegar o interfone – a enfermeira fala, interrompendo Prim e sai

– Quero... ainda não comi desde a hora que cheguei – ela fala após a interrupção

– Peet, você pode levar ela? – pergunto. Quero ficar um momento sozinha com minha mãe

– Claro – ele responde sorrindo – Vem Prim

Os dois saem e eu olho pra minha mãe. Em pensar o quanto ela sofreu pela morte do meu pai... ela que teve que sustentar 3 pessoas, sozinha. E agora, além da doença, ainda sofre um acidente. Eu fico só a olhando, perdida em pensamentos e a maioria deles são: o que vou fazer? Ela tem que acordar, não posso viver sem ela.

Depois de um tempo, Prim e Peeta reaparecem. Prim volta a se sentar no sofá e Peeta vem até mim.

– Você está bem? – pergunta

– É... estou... – respondo hesitando

Ele me abraça, sem dizer nada e é disso que eu gosto. Não queria palavras de conforto, só queria apoio, pra mostrar que não estou sozinha.

– Infelizmente o horário de visitas acabou. Vocês terão que se retirar – ouço a voz da enfermeira – Como o estado da sua mãe é grave, não são permitidas visitas até depois das 7 da noite

– Tudo bem – repondo ainda meio aérea, nós três saímos e vamos pro carro.

– Prim, sua mochila já está ai? – pergunto para leva-la para casa da Rue

– Está em casa, mas já está arrumada – reponde desanimada

– Ok, vamos lá pegar – falo e Peeta vai pra minha casa

Chegamos e eu não aguentava mais, por isso, tomo um banho rápido. Levamos Prim pra casa da Rue e quando estávamos de volta pra minha casa, percebo que ficaria sozinha hoje. Ai começa a chover. Ótimo. Sozinha e pesadelos. Eu e Peeta estávamos sentados no sofá.

– Acho que você vai ter que esperar um pouco – falo por causa da chuva ou tempestade

– Realmente, pois está com muitos raios – concorda Peeta

Ai acaba a luz. To vendo que estou com muita sorte hoje, sqn.

– Vem, vamos tentar achar uma lanterna ou vela – falo pra Peeta

– Ok. Deixa eu pegar meu celular pra iluminar – ele diz e pega o celular ostentação dele.

Iluminamos o caminho até a cozinha e eu tento achar uma vela, mas não acho nenhuma.

– Opção B. Vamos tentar achar uma lanterna – falo

– Ok, ficam aonde? – pergunta Peeta

– Geralmente no quarto da minha mãe – falo e ele ilumina o caminho até o quarto e quando estamos procurando a lanterna, o celular dele descarrega, nos deixando numa completa escuridão.

– Vamos voltar pra sala, depois volta a luz – fala Peeta

– Ok, vamos

Descemos a escada na base do: segura na mão de Deus e vai. Eu comecei a cantar musica de Deus, pra me sentir mais segura. Tipo quando você acorda pra beber agua no meio da noite e sua casa está sinistra, dai você começa a cantar por que tá com medo.

– Sério isso, esposa? – pergunta Peeta, pelo fato do hospital, rindo

– Sério, e vou cantar até a gente sentar no sofá de novo – falo

Quando chegamos no sofá eu paro de cantar enquanto Peeta ainda ri.

– Vai me dizer que nunca fez isso? – pergunto

– Claro que já, mas é só quando eu termino de ver filmes de terror – ele fala

– Bem, quer fazer o que? – pergunto, desviando do assunto

– Sei lá. Vamos... – quando ele ia falar algo, ouço um barulho vindo da parte de fora da casa.

– Ai meu Deus! – falo e agarro o Peeta.

– Não deve ser nada – fala Peeta

– Espero – falo ainda agarrada nele – To com fome

– Me diz uma novidade agora – ele fala rindo

– Ei!

– Já sei. Vamos pedir pizza

– É, mas quem é o louco que vai sair nessa chuva pra entregar pizza? – pergunto – Vai pegar pneumonia

– É mesmo. Então... – Peeta fala mais ai a luz volta.

– Uhhuuu! – comemoro – Agora vamos ver o que tem pra comer.

Vamos pra cozinha, e acho pães de hambúrguer e hambúrguer, então acabamos fazendo sanduiches. Quer dizer, ele faz por que eu queimei o primeiro hambúrguer e quase botei fogo na cozinha.

– Realmente, eu que vou cozinhar quando a gente casar – Peeta fala pra tirar o sarro, mas não percebe que fez a mesma coisa de hoje de manhã, quando falou de família.

Então ele realmente casaria comigo? Ou é só brincadeira?

Quando ele termina de fazer os sanduíches, pego refri da geladeira e vamos pra sala. Sentamos no sofá e eu ligo a TV num programa qualquer. Quando terminamos de comer, coloco a bandeja e os copos na mesinha de centro e fico assistindo o programa. Então sinto Peeta colocar seu braço em torno dos meus ombros e eu apoio minha cabeça no ombro dele. Quando o programa acaba, percebo que a chuva havia diminuído.

– Bem, acho melhor eu ir agora... não quero mais te atrapalhar... – ele fala

– Vai deixar sua esposa sozinha? – pergunto brincando – É claro que não está atrapalhando.

– Quer que eu fique? – ele pergunta

– Você pode? – pergunto

– Claro

– Ok, então vamos subir – falo

Vamos pro meu quarto e sentamos na minha cama, conversando sobre assuntos banais. Até que começo a ficar com sono.

– Peet, to começando a ficar com sono – falo após meu sexto bocejo

– Como sou um ótimo marido, vou deixar você dormir – ele fala

– Serei eternamente grata – falo e nós dois rimos – Boa noite, maridinho

– Boa noite, meu amor – ele fala. Peraí... ele me chamou de que?

Quando olho pra confirmar que ele estava brincando, ele me beija, me pegando de surpresa. Mas eu não recuo e aprofundo o beijo. De repente já estou sentada no colo dele, o beijando vorazmente. Quando o ar se fazia extremamente necessário, nos separávamos e iniciávamos outro beijo. Era uma sensação muito boa e parecia que eu estava queimando por dentro.

Não sei quanto tempo se passa, até que um raio muito forte cai numa arvore perto da minha casa e nos separamos bruscamente. Peeta me olha, como se desse conta do que tinha acabado de fazer enquanto eu também tento entender. O que foi isso?

– Desculpa, Katniss... foi... impulso... desculpa mesmo – ele pede enquanto eu ainda me recupero

– Ok... – falo ainda recuperando a consciência.

O clima fica meio tenso enquanto eu só pensava no que tinha acabado de acontecer ali.

– É... desculpa – dessa vez sou eu, quando percebo que ainda estava no colo dele e trato de sair, enquanto ele parecia sair de um transe.

– Ok... – ele fala e ainda estamos meio tensos.

– Bem, eu vou... vou... trocar de roupa pra dormir – falo, pego minha roupa e vou pro banheiro correndo.

Troco de roupa lentamente, pra demorar mais pra encarar o Peeta de novo enquanto penso: o que tinha acontecido ali? Por que o Peeta me beijou? Ok, já tínhamos nos beijado antes, mas nada comparado a esse beijo. Acho que ele gosta de mim... Não. Não tem nenhuma razão pra ele gostar de mim... mas... será?

Quando termino de trocar de roupa, volto pro meu quarto onde o Peeta estava com a mala dele encostada num canto da parede e ele está sem camiseta... uou... ok, foco, foco.

Ele fala alguma coisa, mas eu não escuto. Ok, tenho que recuperar o foco, mas é difícil... ele está um pouco molhado e...

– Katniss? – ele fala e eu saio do meu transe

– Oi?

– Eu perguntei onde posso tomar banho, já que me molhei indo pegar a mala no carro – ele explica

– No lado do meu quarto tem um banheiro – falo e ele pega sua toalha e suas roupas e vai tomar banho enquanto eu deito na minha cama, tentando reorganizar meus pensamentos.

Após uns dez minutos ele volta usando uma bermuda e uma regata que realçava os músculos dele e... ok, parei.

– Eu posso deitar? – ele pergunta e dou espaço na cama pra ele, mas não é muito, considerando que minha cama, ao contrario da dele, é de solteiro.

Deito de costas pra ele e tento dormir.

Estava vendo meu pai dirigindo, numa chuva enorme. Eu estava no banco de trás do carro. Então, de repente, um carro enorme bate nele e ele cai morto, sangrando.

Saio do carro e vejo que o carro também tinha atropelado uma mulher e quando vou ver, era minha mãe ali, ensanguentada e inconsciente, morta.

Então de repente tudo some e eu fico lá, sozinha na escuridão.

Acordo gritando e chorando de pavor e desespero.

– Calma, Kat. Foi só um pesadelo, calma – Peeta me abraça e tenta me acalmar.

– Era o meu pai e... e minha mãe... eles... eu fiquei sozinha e... – tento explicar, mas estou soluçando e suando frio

– Calma... nada de ruim vai acontecer... você não está sozinha, estou aqui com você... – Peeta fala e eu vou me acalmando

– O-obrigado eu... eu estava desesperada... – falo – Vou tentar dormir de novo...

Peeta me lança um olhar sugestivo e eu entendo, então deito minha cabeça no peito dele e enquanto ele coloca seus braços em volta do meu corpo, como se estivesse me protegendo.

Consigo dormir de novo e dessa vez, não tenho nenhum pesadelo.

No outro dia, acordo e vejo que Peeta não está mais na cama. Desço e o encontro na cozinha, fazendo café.

– Desculpa, mas eu tava com fome, então tomei a liberdade de vir fazer o café – ele fala

– Desculpa? Ainda bem que veio fazer o café, você cozinha muito bem – falo

Ele termina o café e estávamos comendo quando ouço a campainha tocar. Me levanto pra ir atender e cai café na camiseta do Peeta.

– Jo? – me surpreendo por ser Johanna na minha frente

– Em carne e osso. Por que não atendeu o celular? – ela pergunta

– Kat, onde eu... – ouço a voz de Peeta atrás de mim e Jo me manda um olhar malicioso

– Agora entendi o porque de não me atender... – ela fala com aquela cara

– Nada a ver, Jo – falo corando

– Ah é? Então me explica o fato de você ainda estar de pijama, super curto por sinal e o Peeta sem camisa na sua casa – ela fala e eu me viro pra ele, que segura a camiseta na mão, por causa que caiu café.

– É que caiu café nela – fala Peeta – Inclusive, Kat eu queria perguntar onde eu posso por ela, sei lá.

– Hummm... seiii... – fala Jo – Pelo jeito estão namorando sério.

– Entra ai, Jo – falo e ela entra - Não estamos namorando de verdade – falo – Ah, Peet, pode deixar na máquina.

– Então por que ele está aqui de manhã? – ela pergunta

– Por que eu dormi aqui! – ele fala nem se tocando

– Viu? Vocês estão é se pegando e... – fala Jo mas eu a corto

– Ele só ficou aqui por causa da chuva e pra mim não ficar sozinha – explico

– E a sua mãe e a sua irmã? - ela pergunta

– Minha irmã ta na casa da amiga e minha mãe... ela foi internada – falo

– Eita, por que? – ela pergunta agora preocupada, parando de fazer brincadeiras

– Ela sofreu um acidente – falo – E por que você não está na escola?

– Ah, não tive vontade – fala simplesmente

– Nós vamos pro hospital, você quer ir com a gente? – pergunto

– Vou e você aproveita pra me falar da viagem – fala Jo

– Só vou me trocar – eu e Peeta falamos ao mesmo tempo

Nós dois subimos e eu me troco no quarto enquanto ele se troca no banheiro.

– Katniss! – ouço alguém entrar no quarto e eu tomo um susto, pois estava trocando de camiseta.

– Jo, sua louca! – falo quando a vejo – Pensei que fosse o Peeta!

– Calma. Katniss, você me deve uma explicação. O Peeta dormiu aonde? Não vi nenhum colchão na sala e nem aqui no seu quarto...

– Você tá pior que F.B.I hoje em – falo tentando desviar o assunto

– Ei! Não tente mudar o assunto! – fala

– Ele dormiu... comigo – falo derrotada enquanto vejo abrir um sorriso malicioso ou diga-se MUITO malicioso.

– Depois falam que não estão se pegando... é só ficar em casa sozinha que já aproveita – ela fala enquanto eu coro

– Jo!! – grito com ela

– Licença, mas... – Peeta, que aparece na porta, ia falar algo, mas para assim que me vê – Desculpa eu...

– Sai Peeta!! – grito e ele sai

Johanna começa a rir que nem uma louca enquanto eu trato de por logo minha camiseta... se bem que... espera... a Jo é uma louca.

– Vamos logo! – falo e a puxo pra fora do quarto.

Descemos e encontramos Peeta na sala.

– Katniss, me desculpa – ele fala – Eu não sabia que ainda estava se trocando!

– Pede desculpa mas adorou a visão – fala Jo e o Peeta cora – Falei

– Você é uma pervertida! – falo – Vamos logo pro hospital

Vamos pro carro e vejo que estava riscado.

– Peet, seu carro ta riscado – falo

– Ah não! Nossa, e tá amassado!! Vandalizaram o meu carro!! – Peeta exclama

– Fizeram o que com seu carro? Fala minha língua – fala Jo

– Johanna, isso é sério! – ralho com ela

O carro estava riscado e amassado numas partes. Deu pra perceber que não foi um simples acidente e que fizeram de propósito.

– Olá crianças! – escuto dona Belizária, com certeza veio averiguar o que aconteceu com o carro.

– Kat, quem é essa velha? – pergunta Jo como se a velha não tivesse ouvindo

– Oi, dona Belizaria. Me desculpa pela minha amiga, ela não tomou o remédio hoje – falo e recebo um cutucão da Jo e vejo o Peeta segurando o riso.

– Nossa, o que houve com seu carro, meu jovem? – pergunta a fofoqueira

– Não sei, ontem não estava assim – Peeta fala

– Mas você não veio com ele da sua casa? Não viu os amassados lá? – pergunta, já querendo arrancar mais informações

– Eu dormi aqui, na verdade, então não tinha os visto até agora – Peeta fala e posso ver na expressão dela, que adorou ouvir isso. Pronto, mais informações de mim vão circular agora.

– Ah ta... Sua mãe está bem, Katniss? Não a vi hoje... – ela fala como quem não quer nada

– Ela sofreu um acidente – falo

– Ah... não sabia. Melhoras – ela fala – Bom, preciso ir crianças, tchal

– Tchal e não volte mais sua enxerida! – fala Jo quando ela já estava de costas indo embora

– Johanna Mason, definitivamente, você é louca! Você causou má impressão! – fala Peeta

– Sou impressora agora? Quero que ela se dane – Jo fala dando de ombros

– Bem, vamos logo pro hospital – falo e entramos no carro.

No trajeto até o carro, vou falando da viagem e das pessoas que conheci.

– Eu gostei dessa tal de Clove – ela fala

– Vocês são muito parecidas – fala Peeta e eu concordo

Chegamos no hospital e lá vou eu novamente pra recepção. Quem está lá hoje é aquela menina que me entregou os exames da minha mãe, a vaca que deu em cima do Peeta.

– Quero ir no quarto 250 – eu falo, bem direta e ela fala no interfone com alguém, provavelmente pra ver se eu posso subir agora

– Você pode subir, mas é só gente da família – ela fala se referindo a Johanna e a Peeta.

– Eu sou sobrinha da paciente. Estou muito preocupada com tia Clara! – fala Jo numa ótima atuação, realmente parecendo aflita.

– E você? – pergunta ela pra Peeta, acho que só pra eu falar que é meu namorado e ela não autorizar sua entrada.

– Ele é meu esposo. Se nos der licença, vamos subir – falo e damos as costas pra ela com Peeta e eu de mãos dadas.

Nós vamos pro quarto da minha mãe e dessa vez eu vejo um médico e um assistente, até que jovem, fazendo alguma coisa nos aparelhos e o outro fazendo algumas anotações num papel.

– Alguma de vocês é a filha da paciente? – o médico pergunta

– Sim, sou eu – eu falo

– Eu precisava falar com alguém próximo a paciente, em particular. Podemos ir até o meu escritório?

– Claro – falo, mas arrasto o Peeta junto comigo enquanto Jo fica na sala

– Então... – o médico olha sugestivamente pro Peeta, mas seu falo:

– Ele vai entrar comigo

– Como preferir – ele diz e entramos na sala.

– Então, o que é tão urgente? – pergunto

– Bem... sua mãe sofreu um grave acidente e assim que ela chegou precisou fazer uma cirurgia e exames. Depois de analises concluímos que sua mãe passará por mais uma cirurgia e precisará de remédios e soros mais avançados. Mas além da cirurgia ser mais cara, há também maior risco... mas nossos equipamentos são de alta tecnologia e qualidade – o médico fala e eu só falto desmoronar. Começo a chorar ali mesmo e o Peeta vem e me abraça, por sorte ele está tentando manter a calma.

– Quanto fica tudo? – pergunta Peeta

– Bem, não é um preço muito acessível. A cirurgia, por exigir muito e muitos equipamentos de alta tecnologia, custará 1.500,00. Já os remédios e soros... cada dose deles vão custar 4.000,00 – o médico fala e eu começo a me desesperar. Eu não vou poder pagar tudo isso e sustentar eu e a Prim

– Quantas doses ela vai precisar tomar? – pergunta Peeta

– Bom... duas doses por semana – fala o médico e é ai que eu me desespero. Não tenho 8 mil por semana!

Ah não. Eu tenho que dar um jeito! Minha mãe não vai morrer, não vai... ela não pode. Mas eu não tenho dinheiro. Ainda choro nos braços de Peeta, que inutilmente tenta me consolar.

– Infelizmente esse é o único jeito... mas existem vários programas que ajudam em casos assim, vocês podem conseguir os remédios – fala o médico.

– Eu pago – fala Peeta e eu o olho surpreendida.

– Mas Peeta... – tento falar, mas ele me corta:

– Mas nada, eu pago tudo – Peeta fala e o médico o olha surpreso

– Não são muitos que conseguem pagar... tem certeza disso? – o médico fala

– Tenho. Eu consigo pagar – Peeta fala com convicção – Inclusive, já faça essa cirurgia o mais rápido o possível, não quero mais ela correndo riscos.

– Não sei se posso conseguir pra hoje, mas vou tentar – fala o médico – Pode assinar essa ficha?

– Claro – Peeta pega o papel, escreve alguns dados e assina, se comprometendo a pagar tudo.

– Então senhor... Peeta Mellark?! – exclama o médico. É, pelo jeito a família Mellark é famosa.

– Sim. Consegue a cirurgia pra hoje? – Peeta pergunta

– Claro, o mais rápido o possível – o médico fala. A família dele é tão importante que o médico conseguiu uma cirurgia de risco só por causa da família dele! Sendo que alguns segundos atrás não dava.

– Obrigada – fala Peeta – Podemos ir?

– Claro – fala o médico se levantando e ainda faz uma pequena reverência.

– Vamos, amor – Peeta fala colocando o braço em torno dos meus ombros e nós saímos.

– Peeta, eu não sei nem o que te falar... obrigada, de verdade, muito obrigada – falo e o abraço, acho que ainda tenho lágrimas nos olhos – Eu não sei o que eu faria sem você.

– Não foi nada... Pela primeira vez fiquei verdadeiramente feliz em pertencer a família Mellark – ele fala, brincando

– Acho que a Jo já deve estar lá em baixo, na sala de espera – falo. Johanna com certeza não ia ficar lá na sala sozinha.

Descemos pra recepção e a vemos lá, mexendo no celular e assim que nos vê, vem até nós.

– E ai? Deu tudo certo? – ela pergunta

– Deu – Peeta fala

– Gente, eu sei que vocês me adoram, mas infelizmente eu vou ter que ir trabalhar mais cedo hoje. Tentem não morrer de saudades – fala Jo

– Ok então – falo – Vou tentar. Tchal.

– Tchal – ela se despede de nós e vai embora

– Hey, quer ir almoçar lá em casa? – pergunta Peeta

– Pode ser – falo e nós vamos pro carro.

Vamos pra mansão de Peeta e quando estacionamos, um empregado vem e pergunta:

– Aconteceu algo com seu carro, senhor? - se referindo aos amassados e riscos

– Eu ainda não sei o que, exatamente. Pode pedir pro motorista levar pro concerto? – Peeta fala

– Claro, senhor – o empregado diz, pega a chave do carro e sai.

Peeta abre o porta-malas e pega a mala de viagem.

– Senhor, quer que eu leve a mala pro seu quarto? – aparece outro empregado. Acho que esse ai surgiu do asfalto, só pode.

– Obrigado – Peeta fala e dá a mala pra ele, que sai carregando-a pra casa.

Entramos na casa dele e encontramos o pai e a mãe dele na sala, que vira a cara quando me vê.

– Peeta! Você veio só agora pra casa? – pergunta o pai

– Sim, acabei de chegar – fala Peeta

– Onde dormiu? – pergunta a mãe dele

– Na casa da Katniss – Peeta responde e a mãe dele faz uma expressão de desgosto

– E a sua mãe, Katniss? – pergunta o pai dele, querendo mudar de assunto

– Ela está em estado grave e provavelmente vai passar por uma cirurgia hoje – falo brevemente

– Bom, espero que dê tudo certo – ele fala

– Licença, o almoço está servido – Mags, a governanta aparece na sala e avisa. Ela sorri pra mim e eu retribuo o sorriso.

– Já vamos, obrigada Mags – fala o pai dele

Então vamos pra sala de jantar e após alguns minutos, aparece Dylan, Josh e mais uns três garotos que eu nunca tinha visto e se sentam na mesa. Todos parecendo metidos e esnobes. Um quando me vê, pisca e sussurra alguma coisa com o outro. Idiota.

O almoço se passa com o Josh e sua turminha conversando e um deles olhando pra mim, Dylan concentrado na comida, os pais de Peeta quietos e Peeta e eu trocando poucas palavras.

Após os pais de Peeta terem terminado de comer, eles saem.

– É Peeta, né? – pergunta um da turminha, o que não parava de olhar pra mim, pro Peeta, que faz sim com a cabeça – Essa é sua namorada?

– É – responde Peeta confuso. Prevejo coisa ruim.

– Cara, não acredito. – pergunta ele – Ela é muito gata e gostosa pra ser sua namorada – ele fala e os caras riem- Responde ai: quanto você cobra, garota?

– O que? Pra que?– pergunto começando a me irritar

– Quanto você cobra pra ficar comigo? Eu pago quanto quiser, pode ser só uma noite – ele fala na maior cara de pau enquanto eu fico sem reação. Não acredito que teve coragem de falar isso. Ele me chamou de prostituta.

– Você disse o que? – pergunta Peeta já se levantando irritado

– É sério, cara. Gatinha, você topa? Vai ser divertido e... – ele não termina de falar, pois o Peeta avança nele e começa a bater nele o dando vários socos e murros. Dessa vez, o cara não consegue reverter a situação e o cara já estava quase desmaiando quando os amigos e o Josh separam eles.

– O que está acontecendo aqui? – vejo o pai do Peeta entrando na sala de jantar com o Dylan aparecendo atrás dele. Pelo menos ele foi chamar alguém.

– Esse idiota falou besteira pro Peeta e pra Katniss – Dylan fala

– O que? Como assim? – pergunta o pai dele – Vamos lá pra sala e vocês me explicam.

Vamos pra sala e eu me sento ao lado de Peeta, que já está mais calmo, enquanto o idiota senta em outro sofá, segurando um pano ensanguentado no nariz, junto com a turminha.

– O que aconteceu? – pergunta pai dele tentando manter a calma

– Esse idiota chamou a Katniss de prostituta – fala Peeta já querendo avançar nele de novo

– Eu não acredito que você teve coragem de falar isso – fala o Dylan

– Calma aê, cara, eu só tava zuando – o garoto fala

– Garoto, fora da minha casa! – fala o senhor Mellark pro garoto

– Mas pai, a banda tá ensaiando! – Josh fala

– Não importa! Terão que achar outro lugar pra ensaiar, por que não quero mais esse garoto na minha casa – fala o senhor Mellark – Escute aqui, quer que eu chame os guardas? Vá embora!

Ai o menino sai, mas não sem antes mandar um olhar mortal pro Peeta e uma piscada pra mim.

– Bora gente, vamos achar outro lugar pra ensaiar – fala um da banda e todos sobem, pegam os instrumentos e vão embora.

– Eu ainda não to acreditando que aquele cara teve coragem de falar aquilo – Peeta fala

– Eu também não – falo – Que cara mais idiota!

– Bem, espero que ele não incomode mais – fala o pai dele – Peeta, eu poderia falar com você?

– Claro, pai. Kat, eu já volto – fala o Peeta e os dois vão pro escritório do pai dele, enquanto eu fico no sofá esperando.

POV´S PEETA

– Peeta, me conta o que aconteceu. Detalhe por detalhe – fala o meu pai assim que se senta em sua cadeira e eu em frente a ele.

– Depois que vocês saíram, aquele idiota perguntou se a Katniss era minha namorada e quando eu disse que sim, ele falou que não acreditava e perguntou quanto ela cobrava...

– Nossa, to vendo que ótimas companhias o Josh tem – ironiza meu pai

– Dai eu não aguentei. Ele estava chamando ela de prostituta na minha frente! Ela ficou sem reação e eu também não acreditei. Eu não ia deixar limpo – falo

– Você faz tudo por essa garota – comenta o meu pai – Até sonhar com ela, você sonha

– O quê? Do que está falando? – pergunto ficando nervoso. Eu já sonhei com a Katniss, muitas vezes.

– Não tente se fazer de desentendido, eu já passei pelo seu quarto a noite e ouvi você falar o nome dela – fala ele, sorrindo, achando graça no fato de eu não querer que ninguém saiba. Todos iam me zuar.

– Ok, eu confesso – falo e ele dá uma risadinha – Mas não assumo

– Tudo bem, Peeta. Era só isso mesmo. Pode ir – ele fala e eu saio. Aproveito e passo no meu quarto e pego minha mochila pra pegar a matéria perdida com o Gale.

POV´S KATNISS

Depois de uns minutos, Peeta volta pra sala.

– Você quer voltar pra ver os procedimentos da cirurgia? – Peeta pergunta

– Vocês vão no hospital? – pergunta Dylan aparecendo do nada na sala

– Acho que sim Peeta – falo respondendo as duas perguntas. Mas ai eu lembro que tenho que falar com a Prim e ir buscar ela – Mas eu vou ir buscar a Prim.

– Quem é Prim? – pergunta Dylan

– Minha irmã – falo

– Posso ir com vocês? – Dylan pergunta

– Pode... mas você quer ir pro hospital? – pergunta Peeta

– Quero conhecer a Prim... – fala Dylan

– Ok, vamos? – pergunto

– Vamos – Peeta coloca o braço em torno dos meus ombros e saímos com o Dylan na nossa frente.

Saímos da mansão e Peeta se lembra que mandou o carro pro concerto.

– E agora? – pergunto

– Vou pegar um carro do meu pai – fala Peeta, entra e vai pegar um carro – Vamos pra garagem – ele diz quando volta

Vamos pra garagem e ele se dirige a um mercedes preto. Uau. Nessa garagem tem 5 carros!! E todos importados e que custam mais de 100 mil.

Entramos no carro, eu no banco do passageiro, Peeta no volante e o Dylan atrás.

Tocamos a campainha assim que chegamos na casa da Rue.

– Hey, Katniss, Peeta, tudo bem? – Tresh nos atende, sorridente

– Oi Tresh – o cumprimento e Peeta faz o mesmo

– Você eu não conheço... – Tresh fala sorrindo, se referindo a Dylan

– Ele é meu irmão, Dylan – fala Peeta

– Oi, Dylan – cumprimenta Tresh

– Oi – Dylan cumprimenta

– Vocês vieram buscar a Prim, né? – pergunta ele assim que entramos na casa

Antes que qualquer um de nós responda, algo passa por nós na velocidade da luz.

– Você vai ver! – grita o algo ou seja Prim com um travesseiro na mão e logo aparece Rue com outro e já entendo tudo: guerra de travesseiro. Isso explica o fato das duas estarem descabeladas e com as roupas desarrumadas e amassadas.

Elas nem percebem que estamos aqui e continuam até que uma delas acerta um vaso, que se espatifa no chão, dai a Prim olha pra mim e grita:

– Kaaatttt! – ela grita e vem correndo me abraçar

– Prrimmm! – falo no mesmo entusiasmo

– Você já veio me buscar? – pergunta desanimada, fazendo biquinho

– Já, patinha – falo rindo pelo bico – Vá lá se arrumar

– Ok, já vou – ela fala e as duas saem correndo pro andar de cima, onde ficam os quartos.

Ela não demora muito e logo reaparece, então vamos pro carro.

– Quem é você? – pergunta como se tivesse percebido Dylan agora

– Sou o irmão do Peeta, Dylan – ele a cumprimenta – E você deve ser a Prim

– A Kat falou de mim? – ela pergunta

– Falou bastante – ele fala e os dois começam a conversar no banco de trás.

– Espera! – grita Prim e o Peeta freia bruscamente

– O que foi, Prim? – pergunto confusa

– A gente pode passar em casa? – ela pergunta

– Você quase matou todo mundo só pra falar isso? – falo pra ela

– É que eu esqueci de... – ela fala alguma coisa que não presto atenção

– Ok, eu passo lá – fala o Peeta e nós vamos pra minha casa.

Quando paramos em frente, vejo o povo da rua olhando. É claro, afinal o Peeta está com um carro diferente e se a fuxiqueira já espalhou, todos sabem que o carro foi vitima de um ato de vandalismo. Ok, agora eu falei bonito, digno de repórter.

Prim pega a chave e sai correndo pra casa pra fazer não sei o que em casa enquanto nós saímos e esperamos na calçada.

– Carro legal, cara. É novo? Soube que zoaram o seu antigo – um garoto que parece ter brotado do chão fala pra Peeta, aparentando ter uns 15 anos.

– Na verdade, não. É do meu pai – Peeta responde

– Ah tá, legal. Ah, minha mãe mandou os parabéns pelo filho - o menino fala e sai, como se tivesse voado. Eu ein.

Tudo o que Peeta e eu fazemos é rir. De novo essa coisa de bebê e agora o carro. Pelo jeito dona Belizaria já trabalhou hoje.

Prim aparece logo depois e nós vamos pro hospital.

– Licença, quero falar com o doutor Lima – fala o Peeta na recepção se referindo ao médico de hoje de manhã.

– Não sei se ele poderá atender agora... mas vou ligar – a recepcionista de plantão liga pelo interfone, fala alguma coisa e depois nos autoriza a subir.

– Vocês podem ficar aqui nos esperando só por um momento? – pergunto a Prim e Dylan – Peeta e eu precisamos falar com um médico...

– Claro, Kat – responde Prim pelos dois

– Se comportem – fala Peeta e nós vamos pro escritório

– Então... o que queriam falar comigo? – o médico pergunta assim que nos sentamos, depois de ter nos cumprimentado e tals.

– Queríamos saber se a dona Clara já está sendo operada - fala Peeta

– Claro que sim, senhor – fala o médico com um respeito surpreendente pra um garoto de 16 anos, embora ele não saiba disso – Inclusive a cirurgia está sendo efetuada pelo melhor médico da área.

– Qual a duração? – pergunto

– Mais ou menos 3 horas e considerando que ela começou já faz uma meia hora, 2 horas e meia e vocês saberão o resultado – o médico fala

– Bem, obrigado. Era só isso. Então vamos ficar esperando. Depois nós te procuramos para saber o resultado – fala Peeta já se levantando e eu faço o mesmo

– Como quiser, senhor – ele fala também se levantando pra se despedir de nós.

Saímos da sala comigo aliviada por saber que minha mãe já vai estar praticamente fora de risco daqui 2 horas e meia...

Peeta e eu voltamos pra sala de espera, onde Dylan e Prim estavam conversando. Um pouco próximos demais... deve ser coisa da minha cabeça, eles mal se conhecem e Prim tem 13 anos.

– Prim, a mãe está passando por uma cirurgia agora, então esperaremos ate que termine, para vermos os resultados – falo e por algum motivo ela cora quando chegamos perto dos dois... ai tem coisa

– Ah... ok, Katniss – ela fala e eu estranho. Ela nunca me chama de Katniss. Sempre de Kat ou sei lá... quer saber? Eu que devo estar na paranóia.

Eu e Peeta nos sentamos ao lados das cadeiras em que os dois estavam e ficamos em silencio.

– Katniss, a gente vai ensaiar na sexta? – pergunta Peeta uns dois minutos depois, pra quebrar a tensão

– Pode ser... só que seria bom se a gente ensaiasse outro dia da semana também, pra compensar sexta passada – eu falo

– É... – ele fala e o celular dele faz um barulho, indicando que chegou mensagem. Vejo ela por cima do ombro de Peeta:

Peeta e Katniss!

Obs: se a Jo estiver ai também, isso vale pra ela

Como vocês me deixam sozinho nesse inferno? Todo mundo, bonitinho resolve faltar e não me avisa.

Mas aconteceu algo de bom nisso (ou não). O Cinna falou que todo mundo deve ensaiar pelo menos duas músicas pra tocar no dia, pois ele vai fazer um tipo de competição pra quem for melhor, fazendo um duelo no final. Temos que começar a ensaiar três vezes por semana agora, no mínimo. E também ver outra música.

Vamos pra sua ksa hoje, pra combinar tudo, pode ser? Só tem que falar pra Jo pedir que cubram ela na lanchonete.

Gale

Fala sério. Duas músicas? Que bosta.

– Aff... duas músicas – eu falo

– Podemos começar a ensaiar as sextas, domingos e quarta a noite, já que a Jo sai um pouco mais cedo da lanchonete – opina Peeta

– Verdade. Agora temos que achar outra musica – falo

– Vamos ouvir alguma – Peeta fala, tira um fone do bolso da calça e conecta no celular.

Ele me dá um fone e começamos a ouvir uma musica. Que era da fireflight, é claro.

– A gente pode tocar essa – Peeta fala e começa a tocar uma musica, que se chama It´s you, é até legalzinha – Ou essa – Peeta põe outra, que se chama What ive overcome – E por ultimo, essa – ai ele põe outra, muito legal, chamada star of the show.

– Estou entre a star of the show e a what ive overcome – falo – agora só falta falar com o resto

– Ok. Eu prefiro a what ive overcome – Peeta fala – E você viu... – nós começamos a conversar sobre diversos assuntos, mas eu estava ansiosa. Quero ver o resultado da cirurgia logo.

– Você ta bem? – pergunta ele após eu não ter respondido ele da outra vez

– Estou... só to um pouco ansiosa pro resultado chegar logo – falo

– Calma, vai dar tudo certo – ele me conforta

– Espero... – falo

Nós conversamos mais um pouco pra tirar a tensão, ficamos falando do novo álbum que a fireflight está fazendo, innova, que eu gostei MUITO. Peeta disse que não gostou muito porque estava parecendo musica pop, bem diferente de antes que era rock alternativo, acústico e hard rock. Como eu gosto de rock e pop, gostei bastante.

– A gente podia ir no show – falo esperançosa – Deve ser muito legal

– É, se eles fizerem turnê e vierem pra cá, a gente vai – ele promete

– Eba! – falo

Estávamos conversando sobre assuntos banais quando o médico chega e eu me levanto imediatamente, sendo seguida de Peeta.

– E então? – pergunto, muito ansiosa

– A cirurgia teve sucesso, foi muito boa – o médico diz e eu começo a ficar mais feliz – Porém... o remédio que ela vai precisar usar... está em falta – ele termina com voz desanimada – Mas, eu vou tentar providenciar...

Ah não... eu não tenho sorte, só pode. Primeiro o acidente, depois remédios novos e quando o Peeta fala que vai pagar, os remédios ficam em falta. É sorte, eu ando precisando de você na minha vida...


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Notas finais do capítulo

Então???
Povo, queria colocar em como eu penso que são os personagens:
Josh (irmão do Peeta): Jordan Nichols ( o carinha que faz o Asher em um geek encantador)
Dylan (irmão mais novo do Peeta): Dakota Goyo
O menino que deu em cima da Katniss ( da banda do Josh): Chris Brochu
Comentem, favoritem please e espero que tenham gostado
Se eu tiver mais favoritações, posto o próximos mais rápido :D
Bjs