Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 11
Lual


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!
Desculpem se demorei, mas demorou pra escrever
Obrigada pelos comentários, acompanhamentos, valeu mesmo gente, isso me motiva bastante
Ai vai mais um, acho que está grande, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593978/chapter/11

– Vamos sair daqui! – fala Peeta e nós saímos correndo de volta pro quarto, foi tipo mazze runner, ou corria ou morria.

– Ufa, essa foi por pouco – falo após fechar a porta do quarto.

– Foi. Mas tenho certeza que irão vir nos chamar depois – fala Peeta

– Mas então... o que fazemos? – falo

– Vamos ficar aqui na sacada olhando pra praia? – pergunta ele

– Vamos. Não temos nada pra fazer mesmo – falo com tédio

Nós vamos pra sacada e começamos a observar a praia. Como ainda estava cedo, não tinha quase ninguém e o som das ondas batendo nas rochas era relaxante. Pelo menos pra mim. Fecho os olhos e esqueço de tudo que estava ao meu redor, só tentando relaxar e não pensar na familia do Peeta, na minha irmã, minha mãe.

Quando abro os olhos, vejo que Peeta estava me observando e pareceu meio constrangido quando notei. Olho diretamente pros olhos azuis dele e ele se aproxima de mim e coloca suas mãos na minha cintura e eu enlaço as minhas no pescoço dele. Nós aproximamos nossos rostos, até que ele quebra a distancia mínima que ainda havia entre nós. É um beijo calmo, mas que cada vez fico mais envolvida.

Estávamos nos beijando, estava nas nuvens, não sabia nem quanto tempo havia passado. Só sei que quando perdíamos o ar, nos separávamos e iniciávamos outro beijo. Até quando ouvimos um grito estridente que faz nos separarmos bruscamente. Que raiva. Peraí... o que eu estava fazendo? Meu Deus!! To perdendo a cabeça, só pode.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI, PEETA MELLARK? – grita a mãe dele invadindo o quarto. Lá vem coisa.

– O que foi mãe? – pergunta Peeta irritado, entrando no quarto com eu o seguindo.

– O que você estava fazendo beijando essa ai? – fala ela e o Peeta começa a ficar vermelho de nervoso

– Ela é minha namorada, mãe. Você sabe muito bem.

– Ah é. É que a todo momento penso que o fato de você estar namorando uma qualquer é apenas um pesadelo – ela diz e eu fico irritada. Quem ela pensa que é? Se ela não fosse a mãe do Peeta, já teria ouvido muito de mim.

– O QUE VOCÊ DISSE? – grita Peeta pra ela, que dá de ombros.

– Ela não te merece o suficiente. Ela é do tipo que deveria trabalhar pra você, não namorar você – a mãe dele fala, como se eu nem estivesse aqui. Mas sinceramente, não me importo com a opinião dela.

A respiração de Peeta vai mudando de irritado para furioso. Em poucos segundos, ele já está completamente vermelho de raiva e sua mão direita fechada em punho.

–Mãe, quem você pensa que é pra falar assim dela??!! Ela é melhor do que muitas pessoas que já conheci a minha vida inteira. Eu exijo respeito, ela não é uma qualquer, já é quase parte da família e se depender de mim, será em breve parte dela oficialmente – Peeta fala pra sua mãe tentando manter a calma, mas ele daqui a pouco podia ter um infarto, de tanto nervoso.

Eu, que até agora só havia assistido a cena, vou tentar acalmar Peeta, mas se depender da mãe dele, ele vai desmaiar aqui e ela não vai fazer nada.

– Peet, se acalme – falo em voz baixa, com minha voz mais doce, pondo as mãos nos seus ombros – Não vamos nos estressar por isso, deixa pra lá.

– Quem eu penso que sou? Quem VOCÊ pensa que é? – a mãe dele volta a atingi-lo e ele começa a ficar mais tenso.

– Peeta, deixa pra lá – continuo tentando acalmá-lo

– Deixa pra lá? Deixa pra lá? Eu não vou deixar pra lá! Não vou deixar ela falar assim de você – Peeta grita. Eu nunca tinha o visto com tanta raiva. Até no dia da briga dele com o Josh ele estava mais calmo que agora – Mãe, a vida é minha, você não tem que se intrometer em nada dela. Nunca se preocupou de verdade comigo. Por que isso agora?

– Eu me preocupo sim com você, por isso não vou deixar você ficar com uma vadia que se finge de coitadinha – ela fala e é por pouco que eu não grito com ela. Sério, eu devo ter passado todos os limites de paciência agora. Eu não posso explodir por que tenho que acalmar o Peeta, que nesse momento desconta sua raiva na parede do quarto, dando um soco tão forte que se a parede fosse de gesso, quebraria. A mão dele deve estar doendo pra caramba agora.

– Desculpa me intrometer, mas você não me conhece, não pode falar nada de mim – falo. Tive que falar. A mascara de falsidade dela já caiu mesmo, então eu não me importo em ficar quieta.

– Garota, não estou me dirigindo a você, estou falando com o meu filho, você não tem nada que se intrometer – ela ainda fala isso.

O Peeta está cada vez mais tenso, a qualquer momento pode explodir de verdade.

– Você pode sair só por um segundo? – falo me dirigindo a mãe dele o mais calma o possível.

– Quem você pensa que é pra me enxotar do quarto do meu próprio filho? – ela fala e continua, mas eu não ouço por que puxo o Peeta pra sacada novamente.

– Peet, vamos nos acalmar, está bem? Eu sei que é difícil, mas vamos tentar – falo calmamente pra ele.

– Não dá! Não dá! É um absurdo o que ela ta falando! Não posso deixar ela falar assim e você – ele fala e quase volta pra enfrentar a mãe dele, mas eu o seguro.

– Calma, Peet. Relaxa, relaxa – falo suavemente repetindo como um mantra e ele vai se acalmando – Entendo que você não queira que ela fale assim, mas eu não ligo, deixa ela falar.

– Ela não pode simplesmente ir falando assim, não pode – ele fala e eu o abraço e sussurro no seu ouvido:

– Eu sei que não pode, mas vamos deixar ela pra lá

Percebo que ele já está bem mais calmo e falo:

– Vai lá e pergunta o motivo dela ter vindo aqui, com calma, ok?

– Tudo bem, vamos lá – ele fala, pega na minha mão e entramos de novo no quarto.

– Mãe, o que você queria comunicar? – ele fala calmamente

– Antes de eu ver aquela horrível cena? O Snow mandou chamar todos vocês porque... houve um acidente ontem no jantar e ele quer falar com todos os adolescentes por que eles não estavam presentes hoje de manhã – ela fala e eu rio internamente. Ai que eu percebo seu cabelo molhado, como se tivesse sido recém lavado. Ela acordou caída na sala de jantar e foi tomar banho, provavelmente por que fez muita besteira, tal como começar a guerra de vinho. O Snow mandou chamar a gente por que nós não acordamos na sala de jantar junto com eles.

– Nós já vamos descer – Peeta fala e ela finalmente sai – Ela é inacreditável! Não acredito que ela veio até aqui e começou a te falar mal de você na sua frente!! – continua ele -

– Calma, não vou falar que gostei porque eu odiei, mas quer saber? Não ligo. – falo tranquilizando-o

– Mas eu ligo! Quantas pessoas será que ela já fez isso?

– Não sei, mas vamos descer logo, senão o Snow vai ter mais um motivo pra colocar a gente na lista negra dele – corto ele

– Ok, vamos – ele fala, pega na minha mão e nós saímos do quarto rumo ao “salão social”, também conhecido como sala de estar.

Ao chegarmos lá, vejo o povo e Clove, que me manda um olhar: concorde com tudo que nós dissermos e eu mando um olhar discreto de: conta comigo.

– Chamei vocês aqui porque queria falar de um pequeno incidente acontecido nessa manhã – Snow, o único adulto na sala, começa a falar.

– Que incidente? – pergunta Peeta e eu nos fingindo de inocentes

– Vocês não desceram do quarto hoje? – Snow pergunta confuso

– Não – responde Peeta

– O que estavam fazendo? – Snow pergunta. Que cara enxerido.

– É... nós estávamos... – Peeta começa a falar, mas não formula uma frase

– Eles estavam se pegando, óbvio – grita Clove e nós dois ficamos corados. Afinal, uma parte dessa história era verdade.

– Bem... como vocês não desceram, não viram nada, então estão liberados – Snow fala e é ai que eu entendo tudo. Ele não quer revelar o que aconteceu pra todos que ele acha que não sabem. É claro. Seria vergonhoso demais pra ele contar se alguém sabe o motivo de ele ter acordado na sala de jantar sujo de vinho. Rio internamente. Então é assim que eles escapam todas as vezes que aprontaram.

Nós voltamos pro quarto e assim que fechamos a porta, começamos a rir e esperar o resto do pessoal, que com certeza viriam depois.

Esperamos por dez minutos, e os únicos que aparecem são Glimmer, Marvel, Fox e Mad.

– Cadê a Clove, o Cato, o Finn e a Ann? – pergunto

–Infelizmente, o Snow desconfiou deles por alguma bobagem que o Finnick falou e agora eles vão ficar de castigo – fala Fox

– Castigo? – pergunto segurando a risada. Eu vou tirar muito sarro deles depois.

Como nós não conversamos muito, eles saem e ficamos só eu e Peeta novamente.

– Como nós somos ótimos amigos, vamos lá falar com Clove e o resto que ficou de castigo – fala Peeta e eu concordo.

Vamos pra área da piscina, onde eles ficaram limpando e como ótimas pessoas que somos, começamos a zuar eles. Isso sim é ser amigo de verdade.

– Quem diria, Finn o garoto bad boy mais desejado do pedaço dando uma de empreguete em pleno sábado a tarde – Peeta fala e eu rio

– E olha só, a Clove toda rebelde do tipo não obedeço ninguém, obedecendo servilmente ao seu querido parente Snow – eu falo e nós dois continuamos a rir da cara deles.

– Eu juro que se eu não tivesse aqui trabalhando, e a piscina estivesse cheia, eu te jogava nela e deixava você ai – fala Clove com raiva – E a gente só tem hoje pra limpar, já que amanhã o almoço vai ser um churrasco aqui.

– O que? – pergunto abismada – Vocês quatro só tem hoje pra limpar toda essa piscina, sem ajuda de ninguém?

A piscina é do tipo enorme. Também não se esperava menos de uma fortaleza daquela, mas o Snow mandou esvaziar pra eles esfregarem cada centímetro daquela piscina gigante.

– Eu vou ajudar vocês – eu falo com atitude. Não vou deixar meus amigos (nos conhecemos ontem, mas acho que já posso considera-los) num calor desse limpando a piscina sozinhos.

– Você vai? – pergunta Annie incrédula do que tinha ouvido

– Sim, eu vou – falo – Só me esperem que eu vou colocar uma bermuda e uma camiseta e já volto.

– Eu também venho – fala Peeta e nós subimos pro quarto novamente

Pego uma bermuda e uma camiseta soltinha e me troco, pondo depois meu chinelo, prendo meu cabelo num rabo de cavalo e por fim, passo protetor solar. Peeta estava com uma regata, uma bermuda e um chinelo.

Descemos novamente pra piscina e eu vou lá pra dentro, pego uma esponja e começo a esfregar a piscina assim como Peeta. O trabalho se não é bom, mas começa a ficar suportável quando Finnick coloca música pra gente. Ai eu tenho a brilhante ideia de jogar sabão na Clove, que revida mas pega em Cato que joga no Peeta que joga na Annie que joga no Finnick e se torna uma guerra de sabão.

– O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO AQUI?? – grita alguém e nós viramos pra ver quem é. O pior é que eu estava nesse exato momento na costas do Peeta passando sabão no rosto dele, que tentava me tirar de cima dele. E o pior que quem gritou foi uma das tias dele, uma das mais organizadas.

– Eu não acredito que estavam brincando no castigo de vocês! – grita ela – eu vou ficar vendo a partir de agora, pra ver se vocês não aprontam mais.

Ela se senta numa espreguiçadeira com uma revista e fica lá enquanto nós voltamos pro trabalho chato e tedioso. Chega a hora do almoço e nós ainda estamos lá, trabalhando. Uma empregada chega e leva os almoços pra uma mesa que tem aqui perto da piscina. Eles sobem e comem, mas eu não estava com vontade de sair pra depois voltar, então fico lá dentro.

Já era duas da tarde e nós lá trabalhando como escravos no sol quente. Até que eu começo a sentir tontura e de repente, não sei como, cai no chão da piscina.

POV´S PEETA

– Kat! Kat! – chamo, quando ela cai no chão – O que aconteceu?

– Não sei... Devo ter escorregado – ela fala, mas eu percebo que não é só isso.

Ela tenta se levantar de novo, mas quase cai só que eu a seguro antes.

– O que aconteceu com ela? – pergunta Clove e Annie ao mesmo tempo.

– Não sei. Vou levar ela pra fora da piscina – falo e pego ela no colo.

Levo ela pra sentar numa cadeira e pego um copo d´agua pra ela. Ela toma e diz:

– Pronto, vou voltar – ela quase se levanta, mas eu a impeço

– Nada disso, mocinha. Você vai tomar um banho e descansar agora. Você não está bem – falo

– Não, eu vou continuar aqui – ela teima

– Não vai.

– Você não vai me impedir – ela continua teimando

– Ah, vou sim – falo, pego ela no colo e vou pro quarto enquanto ela tentava se soltar de mim, mas não deu certo.

– Eu vou voltar pra ajudar eles – ela ainda teima quando chegamos no quarto.

– Não, não vai. Você vai tomar um banho e descansar – falo

– Ta bom, ta bom – diz derrotada.

POV´S KATNISS

Pego uma roupa qualquer, minha toalha e entro pro banho. Minha cabeça estava latejando e tive que me esforçar pra não cair no chão do banheiro. Após o banho, me troco e vou direto pra cama. Estava tonta de novo. Deito e durmo na mesma hora.

Acordo de um sono sem sonhos e viro pra ver que horas são. São quatro da tarde. Nossa, dormi demais!!

Vejo uma bandeja com uma maçã, sanduiche e um suco que estava no criado mudo. Peeta deve ter deixado ai.

Começo a comer e me surpreendo pela fome que estava sentido. Então foi por isso que passei mal naquela hora. Não tinha tomado café da manhã, não tinha almoçado e ainda estava no sol fazendo esforço.

Como todo o meu lanche e me levanto pra ir procurar o Peeta.

Vou até a piscina, mas surpreendentemente não tem ninguém lá. Vou para a sala de estar. Ele também não está lá. Decido voltar pro quarto e esperar ele lá.

Quando estou num corredor pra ir pras escadas, vejo um cabelo loiro numa sala com a porta entreaberta, de costas pra mim. Mas só podia ser Peeta.

– Peeta, que bom que te achei! – falo entrando na sala. Mas ele não está sozinho. Estão lá três tias deles, as que parecem que não foram com a minha cara. Elas fazem uma cara de desgosto quando me veem. Olho pro Peeta e é ai que percebo que ele estava furioso, igual a hoje de manhã.

POV´S PEETA

Quando a Katniss entra na sala, minhas tias se calam. Elas são umas falsas, chatas, esnobes etc.

Depois que eu deixei a Kat no quarto, eu desci de volta pra piscina e fiquei por lá mais uma hora. Até que a tia que estava nos vigiando fala que a gente pode sair por causa do que aconteceu com a Kat. Ela acha que o sol estava muito forte e por isso ela passou mal . Ela as vezes é bem chata, por que é bem organizada, porém é uma das tias mais legais que tenho. Eu voltei pro quarto depois disso, tomei meu banho e desci novamente por que a Kat ainda tava dormindo. Deixo um lanche lá pra quando ela acordar e estava indo chamar Finnick pra ir jogar alguma coisa quando minhas três tias Angélica, Célia e Adelaide me chamam pra conversar. Nós vamos pra uma sala de reuniões e elas começam a “conversa”. A conversa na verdade, era pra falar a mesma coisa que minha mãe tinha dito hoje de manhã, ou seja, falar que eu tenho que me separar da Katniss e aproveitaram pra falar mal dela.

Eu fiquei com muita raiva. Quem elas acham que são pra cuidar da minha vida? Elas falaram que queriam “preservar a imagem da família”, que não aceitariam a Kat na família. Só que, ao contrario dessa manhã, eu não fiquei calado. Respondi pra elas, não consegui ficar quieto. E eu estava quase explodindo quando a Kat entrou sem nem saber o que estava acontecendo.

– Agora ficam quietas? Falem tudo na cara dela, quero ver – falo/grito pra elas.

– Desculpa, eu... eu volto depois – a Katniss já ia saindo, mas eu a detenho.

POV´S KATNISS

Eu já ia sair quando o Peeta me segura. Ele está muito furioso.

– Peeta? – pergunto, querendo saber o que ele quer

– Deixe a... essa ai sair pra gente terminar a conversa – fala uma tia dele

– Ela tem nome, sabia? – Peeta fala visivelmente irritado. Eu não falo nada. Se quieta elas já ficam falando mal de mim, imagina se eu falar alguma coisa...

– Acho que não faria diferença... – outra delas falam

– A Kat não é qualquer uma! – grita Peeta – Qual direito vocês acham que tem pra falar assim dela? E outra: de se meter na minha vida?

Eu, vou fazer o papel de acalma-lo de novo. Eles adoram deixa-lo irritado, nervoso, pronto pra fazer a terceira guerra mundial, pelo jeito.

– Peet, de novo não. Não vale a pena – falo docilmente pondo as mãos nos ombros dele.

– Elas não podem ficar criticando o que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida! – ele responde , ainda alterado.

– Eu sei. E é por isso que você não tem que ligar pro que elas dizem – eu falo

– Quer saber? Vamos embora, não aguento mais ouvir droga – fala Peeta e sem nem me deixar responder, me puxa pra fora da sala e vamos pro quarto, provavelmente deixando as tias deles com cara de tacho.

Quando subimos, dava pra perceber que o Peeta, apesar de tudo, ainda estava irritado.

– Quer me contar direito o que aconteceu? – pergunto e ele diz que sim.

Me sento na cama encostada na cabeceira e quando ele vem se deitar também, eu coloco a cabeça dele no meu colo e começo a fazer cafuné, para acalmá-lo ainda mais.

– Então? – pergunto

– Elas falaram que queriam conversar comigo e a “conversa” – ele faz aspas com as mãos – Tava mais para ordens. A mesma coisa que minha mãe ficou falando hoje de manhã.

– Ah. Pelo jeito sua família não gostou que um membro dela fique com alguém pobre – falo

– Pensei que com esse plano, pelo menos esse ano eu teria um encontro de família legal, sem a Glimmer me enchendo o saco e minha mãe também. Mas pelo jeito estava enganado. Deve ter sido minha mãe, inclusive que falou pra elas virem me falar aquele monte de besteiras.

– Bem... é só você mostrar pra elas que isso não te afeta – eu falo

– Eu... eu queria te pedir desculpa. Desculpa por tudo isso, pelos jantares, pela minha mãe, minhas tias... desculpa por ter te trazido pra essa viagem... E, se você quiser acabar com tudo isso agora, eu entendo – ele fala

– Hey, não precisa se desculpar. Não vou mentir, fiquei um pouco desconfortável com os jantares e não gostei dos comentários da sua mãe e das suas tias, mas se não fosse por essa viagem, não teria conhecido seus primos, não teria aprontado e rido tanto. As coisas boas compensaram as boas – falo e ele sorri. Agora está totalmente calmo – E obrigada por me defender dessa forma. Por que fez isso? Digo, ficou num clima ruim com sua família só por minha causa?

– É... é... é o que os amigos fazem um pelos outros né? – ele fala – E não precisa agradecer.

Depois disso, ficamos conversando bastante sobre assuntos aleatórios, até que pergunto do lual:

– E vamos fazer mesmo o lual? – pergunto

– É mesmo! Acho que daqui a pouco o pessoal chega pra combinarmos tudo.

Dito e feito. Dez minutos depois aparece o povo todo.

– Humm... interrompemos algo? – pergunta Clove com expressão maliciosa. Então percebo que ainda fazia cafuné no cabelo do Peeta.

– Claro que sim né Clove, afinal eles estavam namorando – fala Annie. Ainda não me acostumei com esse tipo de coisa.

– Bem, mas vamos logo resolver essa bagaça – fala Clo, delicada como sempre – Mas antes, os dois pombinhos, por favor, bem separadinhos – ela fala apontando pra nós – ou pelo menos tentem não ficar grudados porque não aguento mais ficar de vela.

– Clo! – dessa vez é Madge – Deixa os dois em paz!

– Brigado, Mad – agradece Peeta

– Mas então, como vai ser? – pergunta Finnick

– A gente sai as oito e vai pra praia. Não podemos falar pra nenhum adulto sobre isso. Quem tiver trazido violão, leva. Todo mundo com roupa de praia, afinal não sabemos quando alguém pode jogar outro alguém na água – Clo começa a explicar e nessa parte dá um sorrisinho maligno – A comida eu e as meninas já preparamos, então está praticamente tudo pronto. Só falta agora enganar os velhos.

– Então em meia hora lá em baixo?– Glimmer pergunta. Por que ela está aqui mesmo?

– Sim, Glimmer. Falando nisso, vou me trocar, a gente se encontra la em baixo, povo – fala Annie e sai logo em seguida

– Eu e Finnick vamos pegar os violões – fala Cato e os dois saem

– Se o pessoal todo ta indo se arrumar, eu também vou – fala Glimmer e ela sai junto com Fox.

– Vamos ir pegar a comida? – pergunta Mad pra Clove

– Não, eu tenho que me arrumar ainda. Marvel, vai lá com ela – ordena Clove e os dois saem.

Sobra só Clove, Peeta e eu.

– Bom, eu não vou ficar aqui segurando vela sozinha, to indo – ela fala – Ah, tomem cuidado na praia – ela completa e eu fico confusa.

– O que ela quis dizer? – pergunto

– Vixi... ela vai fazer alguma pegadinha – ele fala – Melhor tomar cuidado...

– Tanto faz... – digo fingindo que não me importo, mas eu me importo, vai saber o que ela pode fazer comigo – Vou me trocar.

Entro no banheiro e me troco colocando um short, uma camiseta soltinha e minha rasteirinha que eu não usava muito.

Saio do banheiro e Peeta entra e se troca.

– Ainda estou pensando em como que vamos sair sem o Snow e nossos pais perceberem, alguns estão de castigo – ele fala após sair do banheiro

– A Clo com certeza já arrumou tudo, do jeito que ela é – falo

– Ela se daria bem com a Jo – ele comenta

– Foi o que eu pensei desde quando ela veio aqui no quarto pela primeira vez.

– Mas então, vamos? – ele pergunta e me estende a mão, que aceito

– Vamos – respondo e nós saímos do quarto

Encontramos o povo na sala. Annie, Mad e Glimmer estavam com vestidos soltinhos enquanto Clove, Fox e eu estávamos de short. Pelo jeito elas não lembraram que Clove estava planejando coisas malignas. Com elas com esse vestido, a Clove vai jogar elas na agua e vai ficar transparente, considerando que os vestidos são brancos floridos.

Os garotos estavam com violões e as meninas já estavam com cestas, com as comidas.

– Gente, o plano é esse – Clove começa parecendo que ia falar algo muito importante – a gente vai até a porta e... – ela para de falar

– Desembucha Clove – fala Fox, anciosa

– A gente vai até a porta e sai – ela fala

– Sério fera? Achei que a gente ia sair pela janela – Finn fala

– Então o que estamos fazendo aqui ainda? Vamos logo – fala Cato

– É, só que não pode sair todo mundo de uma vez só – observou Mad

– Realmente, é muita gente – concorda Annie

– Vamos dividir. Primeiro sai um grupo e espera não muito longe. Depois de um tempo, sai o outro – fala Marvel

– Ok. Eu vou sair primeiro. Pelo menos já vou estar fora se o Snow desconfiar de alguma coisa – fala Glimmer

– Eu também vou! – fala Clove – Afinal eu que planejei o negocio de ontem. Mereço um crédito.

– Gente, só esquecemos que teremos que passar pelo enorme portão. E lá tem bastante câmeras e seguranças. Eles com certeza perguntarão aonde estamos indo e se os nossos pais autorizaram – observa Peeta

– É mesmo... não tinha pensado nisso – confessa Clove

Todos nós paramos por um momento, tentando buscar alguma alternativa do que fazer.

– Já sei! – fala Fox – Vamos escalar o muro dos fundos. Lá tem menos guardas e eu sei onde tem um ponto cego que as câmeras não pegam.

– É, só que é muito alto e não tem onde segurar, o muro é liso – fala Peeta

– Ou não... – fala Fox com um sorrisinho malicioso – Tem a parte do jardim, dá pra ir segurando as folhas presas no muro.

– Não acho muito boa ideia... – fala Annie

– Verdade, alguém pode se machucar – concorda Mad

– Deixem de ser frescas. É só tomar cuidado – fala Clove

– Então, bora lá, cambada! – fala Marvel

– Esperem... e se nos pegarem? – me pronuncio pela primeira vez

– Gente, se alguém for pego... É cada um por si, é jogos vorazes – fala Clove se referindo ao jogo de vídeo-game preferido dela

– Então vamos. Todo mundo quieto – fala Finn

Todos, bem quietos vão pro jardim dos fundos. Fox, Marvel e Finn olham pra ver se não tem ninguém vindo enquanto Cato escala e passa pro outro lado.

– Isso vai arrebentar! – ele falou quando chegou num certo ponto da folhagem. Mas ai começou a ir mais rápido que chegou no topo e passou pro outro lado.

– Agora alguém leve passa com o violão, senão vai arrebentar – Cato fala e todos nós olhamos pra Clove, que era a menor e mais leve do grupo.

– Ta legal, ta legal. Lá vou eu – ela fala e pega o estojo com o violão, põe nas costas e vai escalando. Também consegue chegar ao topo e lá em cima, passa o violão pra Cato, do outro lado, e pula, sendo ajudada pelo mesmo.

– Passa agora um garoto pra ajudar o Cato a ir passando todo mundo – Fox sugere

– Eu vou – fala Marvel e começa a escalar e passa.

– Agora alguma menina pra passar mais coisas – opina Finn

– Eu vou agora enquanto ainda há gente dos dois lados. Se eu cair alguém me segura – Glimmer fala e pega o outro estojo com o violão. Só quero ver como ela vai escalar com esse vestido.

Surpreendentemente ela consegue escalar, chega ao topo, dá o violão pra alguém e alguém ajuda ela a passar.

– Agora eu vou – Mad fala, pega uma cesta com a comida e vai escalando. Quando chega ao topo, dá a cesta pra alguém e passa. Fox é a próxima e leva mais uma cesta. Só sobra Finn, Annie, Peeta e eu.

Annie escala antes de mim e passa. Eu também escalo e pulo pro outro lado. Agora só sobra Finn e Peeta.

– Kat, como conseguiu escalar tão rápido? – pergunta Clo

– Quando eu era pequena, eu e meu pai fazíamos piquenique numa campina. Ele me ensinou a escalar por que eu gostava de pegar as amoras que tinha nas arvores.

– Ah ta – ela fala

– Quem vem agora? – pergunta Cato

– Eu vou! – fala Peeta do outro lado

POV´S PEETA

Começo a escalar, mas quando já estou no meio do muro, ouço uma voz bem alto:

– Parado ai onde está! – um guarda grita e logo em seguida acende aquelas luzes me iluminando. Há guardas cercando Finnick e eu.

Continuo a escalar mais rápido, só que as folhagens arrebentam e eu caio do lado do Finnnick.

– O que vocês pensam que estão fazendo? – o guarda fala enquanto eu me levanto.

Olho pra Finnick em busca de algum olhar que me de alguma ideia do que fazer.

– Vocês não vão passar? – ouço a voz de Glimmer impaciente

– Tem mais gente é? Vamos atrás deles. Eu e o Tavares ficamos aqui em baixo com os garotos enquanto vocês três pegam os outros do outro lado – o que parece ser o chefe manda e três caras pulam lá em cima, dão mais um pulo e conseguem chegar ao topo. Uau.

– Corram! – grita Finnick e todos, de ambos os lados começam a correr, dava pra ouvir a perseguição do outro lado, mas estávamos ocupados em driblar os outros guardas que ainda corriam atrás da gente.

Eu e Finnick corremos até o portão e nós dois pulamos e começamos a escalar. Os guardas também pulam e começam, mas nós dois pulamos pro outro lado antes e começamos a correr pela rua. Na rua dos fundos da mansão, a rua paralela, os outros correm também fugindo de outros guardas.

Os dois grupos correm até a praia e lá encontramos todos, ainda correndo. Corremos mais uns dois quilômetros na areia da praia e os guardas desistem.

– Ufa, essa foi por pouco – fala Annie quando paramos, todos ofegantes

– E agora? O que a gente faz quando voltarmos? – pergunta Mad

– Isso eu não sei, provavelmente um árduo castigo. Mas vamos aproveitar enquanto podemos – fala Clove

Todos sentam, descansando, mas depois de uns cinco minutos, as garotas se levantam e Fox fala:

– Vem gente, vamos arrumar tudo pro luau. Provavelmente será uma das ultimas coisas divertidas da viagem.

As garotas começam a pegar as comidas, Finn e Cato fazem a fogueira. E todos começam a se sentar.

Katniss se senta ao meu lado e eu coloco meu braço em torno do ombro dela.

– Então, qual musica primeiro? – pergunta Cato que já estava com o violão em mãos, assim como Marvel estava com o outro.

– Vamos tocar aquela da... – Clove fala alguma musica e Cato e Marvel começam a tocar com todos cantando.

Ficamos tocando, cantando, relembrando os velhos tempos. Foi divertido.

– Gente, quem vai comigo pra agua? – pergunta Clove e todo mundo olha pra ela com cara de whatts.

– Pra ser completo, vai gente. Vai ser divertido. Provavelmente depois dessa noite, vamos ficar de castigo, então vamos aproveitar – ela continua – Ou eu vou jogar todo mundo.

– Ah, não vai não! – Kat se levanta e diz em tom de desafio e as duas começam a correr pela praia com Clove querendo pegar a Kat. No fim, as duas caem na água rindo.

– Vamos lá! – grita Finn e todos corremos pra água com elas.

Fizemos guerra de água, pega-pega, sim, nós estávamos fazendo essa brincadeira na praia.

Todos estavam bem molhados e rindo até do vento.

Tava tudo no bem bom, quando vemos outros guardas nos olhando.

– É... aqui é uma propriedade particular? – Clove pergunta e um dos guardas move a cabeça em tom afirmativo.

– E agora vocês estão presos por invasão a propriedade – ele completa e todos nós nos olhamos com um único pensamento em mente: ferrou.

– A gente sempre se ferra – murmura Kat e os guardas começam a se aproximar pra prender a gente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então?? Amaram?? Odiaram?? Coloquem o que estão achando
Comentem, favoritem, recomendem, acompanhem por favor :D
Bjs
Maah Santos
Obs: se alguém tiver alguma sugestão, coloque no seu comentário ou mande mensagem que eu vou tentar atender