(Diecesca) You're the reason escrita por Cami


Capítulo 1
O novato


Notas iniciais do capítulo

Então, eu comecei essa fic só pra experimentar, então POR FAVOR comentem se vocês gostarem pra eu saber se devo ou não continuar. Obrigada pela atenção!



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- Quem é aquele? - Leon perguntou à Lara, que se virou e avistou o rapaz que havia atendido há quinze minutos atrás dentro da sala de reuniões, que continha paredes de vidro.

- É o detetive Hernandez. - respondeu, dando de ombros. Não tinha muita importância para ela.

- Quem? - franziu o cenho.

- O cara que foi transferido de Atlanta. Veio pra falar com a Francesca.

- E ela ainda não chegou? - questionou mais uma vez. Sabia que a colega não costumava se atrasar para ocasiões daquele tipo.

- Pelo que parece ele chegou adiantado. - a moça fez uma careta.

- Será que eu devo...

- Com certeza. - lhe interrompeu.

- Ok, então eu vou.

Leon largou as duas pastas que segurava em sua mesa e se encaminhou até a sala de reuniões. O barulho da porta se abrindo fez com que o outro rapaz no local se voltasse para o detetive, com os braços cruzados.

- Oi, eu sou o detetive Leon Vargas. Seja bem-vindo à Hampton.

- Como vai? Detetive Diego Hernandez.

Os dois apertaram as mãos e se sentaram. Leon apanhou a ficha que estava sobre a mesa e leu algumas coisas, antes de começar a falar.

- Três anos no Departamento de Homicídios em Atlanta. Bom histórico, algumas condecorações. Porque escolheu o Departamento de Perseguidores?

- Estava esperando que alguém perseguisse o Justin Bieber e eu pudesse conhecê-lo. - sorriu e Leon arqueou as sobrancelhas.

- Depois que a denúncia é feita, fazemos de tudo para que o próximo ataque não ocorra. Trabalhamos com a prevenção, é preciso saber sobre doenças mentais.

- Sei bastante sobre doenças mentais. Afinal de contas, a faculdade serve pra isso, não é mesmo? - Leon se manteve sério mais uma vez, e Diego respirou fundo - Todos aqui são sérios como você?

- Alguns são piores. - Leon sorriu - Ao todo, agora com você, somos seis pessoas nesse departamento, três detetives e três peritos. Cada um tem seus casos, mas na maioria das vezes trabalhamos juntos. - se levantou e Diego fez o mesmo - Seja bem-vindo à unidade. Eu preciso ir analisar um caso, você pode esperar aqui até a tenente chegar.

- Leon, só uma coisa, como ela se chama?

- Francesca Caviglia, e eu espero de verdade que ela vá com a sua cara.

Diego ficou sem entender, e logo depois de outro aperto de mão dos dois, Leon se retirou da sala.

XxX

- Você estará nos mesmos casos que eu por um mês, depois te deixarei sozinho. Alguma dúvida? - Francesca perguntou, encarando o sujeito à sua frente. Tinha uma bela aparência, mas um ego inflado demais. Também podia-se dizer que era bastante inteligente, mas parecia subestimar a inteligência de todos ao seu redor.

- Eu falei alguma coisa errada?

- Perdão?

- Sinto que a impressão que estou deixando não é muito boa.

- Desde que seu trabalho seja bem feito, a impressão que deixa não interessa. - forçou um sorriso e se levantou, saindo da sala e sendo seguida por Diego.

Leon estava com um papel em mãos e logo se aproximou.

- A DH nos passou esse assassinato. - entregou a folha à colega, que analisou tudo minunciosamente - Lucia Smith, 22 anos, solteira. Morta e estuprada.

- Necrofilia? - Diego perguntou.

- Sim.

- Wow, Hampton é mais agitada do que eu pensava. - soltou e Francesca o encarou séria - Foi uma piada.

- Sem piadas na hora do trabalho, novato. - voltou o olhar para Leon - Algum registro antigo?

- A casa já foi invadida algumas vezes, mas como a polícia decidiu não dar como perseguição, não veio pra nós.

- O corpo?

- Já tá na perícia.

- Ótimo. - guardou a folha no bolso do casaco - Venha, Hernandez. Tá na hora da sua primeira avaliação.

Francesca e Diego saíram do prédio em um dos carros da unidade, e não levaram mais do que vinte minutos para chegar ao endereço da vítima. O rapaz tentou puxar assunto com a nova colega, mas o assunto sempre era cortado, então preferiu calar-se.

Logo que chegaram à casa endereçada, puderam ver vários policiais no local. Depois de analisar a cozinha e o banheiro, os dois seguiram para o quarto da vítima.

- Ela trabalhava com o que? - Diego perguntou, dando alguns passos dentro do cômodo. Os olhos transcorriam o local e nenhum detalhe deixava de ser notado.

- Era designer. - respondeu a companheira depois de analisar a ficha da vítima.

- Então acho que ela já estava se sentindo ameaçada a um bom tempo.

- Como? - Francesca franziu o cenho, tentando entender onde o seu mais novo colega queria chegar.

- Quero dizer, olhe pra esse quarto. - esticou o braço apontando na direção da porta que dava ao banheiro - A cortina do box é transparente, para que ninguém pudesse se esconder. A cama - se ajoelhou, tocando a madeira do móvel citado segundos atrás - rente ao chão, para que ninguém pudesse se esconder, de novo.

- E o certo seria ela deixar a cama encostada na parede, mas não. - Francesca pareceu acompanhar o raciocínio de Diego - Está aqui. Deixando-a de cara para a porta.

- Exato! Olha. - acendeu a luz do corredor, e fechou a porta - A porta é um pouco mais alta pra que ela pudesse enxergar qualquer tipo de sombra.

- Lucia já sentia o perigo. - suspirou.

- E o assassino?

- Homem, é claro. - Francesca entregou a ficha para Diego e se retirou do quarto.

- Eu posso ver o corpo? - ele perguntou, seguindo-a, antes que chegassem a outro cômodo da casa.

- Se os peritos liberarem, sim, você pode.

Os dois detetives entraram na sala de estar e o rapaz que ali estava sentado se levantou para cumprimentá-los.

- Senhor Walter Johnson? - Francesca apertou a mão dele - Sou a detetive Francesca Caviglia, e esse é meu colega Diego Hernandez. - Diego foi o seguinte a apertar a mão da testemunha - Podemos conversar?

- Sim, podemos. - respondeu e se sentou outra vez.

- Quando foi seu último contato com Lucia?

- Semana passada, na quarta-feira de tarde. - olhou para baixo - Eu estava indo viajar, então combinamos de que quando eu voltasse jantaríamos juntos. Quando eu cheguei ontem a noite ela já estava morta.

- Você tem algum suspeito? Algum inimigo ou ex-namorado que se frustrou com Lucia?

- Não, o último namoro de Lucia foi há dois anos atrás. Ela era muito caseira, não costumava sair para encontrar rapazes.

- Tudo bem, qualquer coisa me ligue, Sr. Johnson. Será de extrema ajuda na resolução do caso. - entregou um cartão ao homem, que concordou com a cabeça.

XxX

- Ei, vocês precisam ver o que o DH me mandou. - Leon disse assim que os outros dois detetives adentraram o local - Vejam. - apontou para a tela do computador e Francesca se aproximou.

Mais três garotas haviam sido mortas do mesmo modo que Lucia Smith, e cada uma em uma semana. A mais antiga havia sido há quatro semanas. A outra, há três semanas. A outra, há duas. E Lucia, havia sido assassinada há uma semana. Francesca tentava entender qual era a ligação entre as vítimas, e pensava no fato de que, se quatro já haviam sido mortas, aquela brutalidade poderia acontecer com mais garotas.

- Entre em contato com as famílias de cada uma. Precisamos descobrir o que elas tinham em comum, e se existe mais alguma nessa lista. - falou rapidamente - Eu vou analisar alguns documentos, mas se você descobrir qualquer coisa me chame imediatamente. - Leon concordou com a cabeça e Francesca seguiu para a sua sala. Diego encarou o novo colega e arqueou as sobrancelhas.

- Eu tenho uma mesa? - perguntou.

- Sim, ali. - apontou e Diego seguiu até lá, sentando-se na cadeira e deixando que seu corpo relaxasse no estofado. O rapaz pensou que poderia descansar por alguns minutos, mas não. O telefone tocou e como Leon parecia não estar ouvindo o barulho estridente do "trim trim", Diego se prestou a atender.

- Alô?

- Olá, com quem eu falo?

- Aqui é o detetive Hernandez, do Departamento de Ameaças da Polícia de Hampton. Em que posso ajudá-lo?

- Quem tá falando é o tenente Miller, da Polícia Municipal. Liguei para informar que uma garota foi atacada num estacionamento, mas conseguiu ajuda e agora está no hospital. Ela disse algo relacionado à perseguição e morte. Gostaríamos que averiguassem.

- Pode me passar o endereço do hospital? - apanhou um bloco de notas e uma caneta que estavam em cima da mesa.

- Claro, anote aí.

Diego anotou o endereço do hospital e então saiu da unidade, sozinho, mesmo Leon tendo pedido para que não fizesse isso já que Francesca com certeza ficaria extremamente brava por um novato querer resolver um caso sozinho.

Mas isso não o impediu, já que cinco minutos depois do telefonema ele já estava dirigindo pelas estreitas ruas de Hampton na direção do hospital.

XxX

- Você está louco? - Francesca perguntou, séria e zangada, quando viu Diego atravessar a porta de sua sala - Não lhe dei permissão para ir falar com uma das vítimas sem mim.

- Sinto muito, mas você não manda em mim só por ser a tenente aqui. - deu de ombros - Eu sou um detetive e posso ir aonde eu quiser se tiver certeza de que isso me renderá provas e avanços em um caso.

- Mas que diabos? - respirou fundo, tentando se controlar - Ok. Está bem. Você conseguiu alguma coisa?

- Sim. - sorriu, presunçoso, e se sentou de frente para Francesca - Todas as vítimas frequentavam um clube, desses que dá festa toda semana, e faziam parte de um grupo de dez meninas. E você não sabe o mais engraçado de tudo isso. Amanhã haverá uma festa.

- Isso quer dizer que...

- Que nós vamos à uma festa à fantasia.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmm xx