Giants Wizard escrita por NekoOujouBaka


Capítulo 12
Ultimo andar


Notas iniciais do capítulo

Hey peopples! Até que fui rápida dessa vez não?
Bem, eu realmente não tenho muito o que falar, então, aproveitem o capítulo!



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Apesar da fala de Lucy, a garota estava realmente irritada com a demora, fazia o possível para não tirar satisfações ou coisa parecida. Sinceramente, era como se a loira não estivesse ali, como a noite e madrugada era o horário com mais magos, só saia de manhã mesmo, depois das seis e só se permitia ficar até as oito antes de voltar para o quarto.

Na hora do almoço saia ou as onze ou as duas evitando assim outro horário de pico evitando quase sempre a janta aquentando as reclamações de sua barriga pedindo um horário de alimentação correto e alimentos consistentes, coisa rara visto ela praticamente uma empregada em tal lugar.

Mesmo sendo a quem mais se abria, não confiava totalmente em Sucker sendo arisca e esquiva a qualquer assunto que a envolvia fora daquele local, mas nada a impedia de lhe contar o seu desagrado a atual situação que se encontrava.

Naquele começo de manhã, procurava se distrair com a escrita, não era necessariamente sua novela ali e muito menos relatava sobre os dias naquele local como um diário, na verdade estava mais para contos, contos nos quais muitas vezes eram pesados e tristes, ao contrário do que estava acostumada a escrever, mas uma ótima maneira de não a deixar totalmente para baixo. Poder descontar sua raiva e tristeza em palavras funcionava como uma terapia, um controle emocional.

Mas, estaria mentindo se dissesse que em meios tantos contos não existia algo alegre. Afinal, tinha sim momentos de breve alegria por mais horrendo fosse o local além de suas lembranças. Não que escrevesse suas aventuras, mas criava outras, dessa maneira podendo controlar não só os sentimentos negativos como positivos a deixando no meio termo desejado, indiferente.

Mesmo os contos na qual sentia vontade de amassar ou rasgar guardava no amontoado de papeis encostados em um canto sendo protegido dos ventos frios da noite.

Bom, nem tudo ali era um só tipo de papel, o que achava utilizava, um dia, caminhando durante a manhã encontrara um fino pedaço de carvão no chão da guilda, provavelmente trazido por engano de algum membro, panos muito sujos para serem reutilizado ou papeis soltos de diversos tipos também eram fáceis de encontrar ao redor da guilda, assim conseguia diversos tipos de materiais, o que achava resistente para a escrita pegava e levava para o seu quarto.

Nem sempre o cheiro era agradável ou fácil de aguentar, mas era um preso a se pagar.

Lucy parou de refletir no que utilizava ou não para a sua escrita espiando o ultimo andar de escanteio. Não podia mentir para si mesma, a curiosidade do que era guardado ali lhe era grande.

Era ousadia de mais ir até lá em cima apenas para saciar a sua curiosidade, sabia dos riscos que poderia correr, sabia que poderia ser punida ali, já tinha lhe acontecido antes por arrogância perante o mestre. Mas, analisando sua situação ali, não tinha mais nada a perder e a punição, por mais humilhante que fosse, não era algo que a preocupava.

Poderia ser algo repugnante passar por aquilo novamente, algo totalmente e absolutamente contra a qualquer principio ou moralidade sua. Entretanto, ao avaliar, não se via em si mais qualquer requisito de sua antiga personalidade, nada restara para contar história. Era como se a Lucy Heartfilia tivesse morta, ou em outro lugar. Sendo assim, problemas por moralidade ou princípios deixava de ser exatamente um problema.

Mais uma coisa que foi guardada no baú de memórias nas profundezas de sua mente. Não havia mais nada que a impedisse.

Ainda sim, era imprudente o suficiente para evitar ir até lá em um momento de movimentação. Não, esperaria até o momento certo.

***

Era quatro horas da manhã, logo a movimentação começaria, estava já vagando ali a quase meia-hora, estava na hora de agir. Subiu as escadas distraidamente, não olhava em volta apenas mirava a frente como sempre fazia desde que entrou ali, olhou sempre para frente, seu olhar era calmo e frio, alguns já a acusaram dela ser um gato, o que surgiu o apelido de Nekool, uma mistura de neko, gato, com cool, frio.

Ao finalmente chegar no andar no qual o mestre estava continuou o ritmo, mas com mais caudela.

Depois do andar do mestre, chegar no ultimo não fora uma tarefa tão complicada. Ao terminar de subir as escadas pode notar de perto de ser muito bem revestido o chão e as paredes daquele andar, sua entrada era fina e estreita, precisando a forçar a andar de lado, quase colada a parede.

Ao finalmente ter espaço o suficiente analisou onde estava, as paredes pareciam ser de um metal resistente. Titânio talvez? Bom, não deve muito tempo para analisar a estrutura já que sentiu algo bufando em si.

Lucy apertou os olhos tentando enxergar melhor, o andar era totalmente escuro pela falta de janela ou aberturas, foi então que conseguiu diferenciar levemente um ponto negro de outro percebendo ter algo a mais ali. Algo grande.

– O que uma fêmea faz aqui? - A voz potente e assustadora foi pronunciada ecoando por todo o cômodo, de certa maneira a loira pode comparar a voz a de um reptiliano. Caso repteis falassem.

Foi então, que com um pouco mais de dificuldades Lucy notou olhos verdes esmeralda a observando analiticamente, a maga pode jurar notar certo cansaço, não a palavra certa seria algo mais perto de vazio. De certa maneira, pode se identificar no olhar reptiliano.

– Um dragão presumo - Fala baixo já tinha uma leve experiência com dragões e não era tão difícil assim reconhecer um dragão, até porque, não tinha muitas coisas que ocupavam o espaço de um dragão.

– Não deveria estar aqui - A voz dragôniana lhe disse virando a cabeça para o lado oposto da maga a colocando por entre as patas acorrentadas, estas não com metal e sim magia, uma magia poderosa.

– Nem você - A loira rebateu calando-se em seguida ao ouvir um rugido preso na garganta do animal.

Mas, nem por isso saiu dali, ao contrário passou a contornar o espaço que o dragão ocupava tocando nas escamas do animal que reagiam ao toque, era quase como se o dragão se arrepiasse ao toque feminino, talvez pela falta de contado pelo tempo preso naquele lugar.

Não era necessário o dragão olhar para perceber a curiosidade inocente da maga perante si, não era necessário conversas para saber que a loira também não se encontrava totalmente contente a sua condição ali, apesar de não haver correntes como ele, o dragão sabia que ela estava presa, assim como ele.

– Você é bem ousada para uma mera humana - Afirma antes que a maga chegasse a tocar em suas assas - Já tem um tempo que não como, se continuar pode ter certeza que você vai ser o meu alimento - Fala ameaçador olhando para a loira mostrando suas presas.

– Se realmente tivesse no momento em que eu entrei teria atacado - Afirma indiferente, mesmo assim parou de tocar no dragão se afastando e sentando numa das paredes metálicas frias.

– Nada me impede de fazê-lo agora - Sibilou em descaso voltando a deitar a cabeça sobre as patas.

A maga sorriu levemente, por mais estranho que fosse e por mais amedrontador que o dragão agia, por mais frio que a parede tivesse, era agradável estar ali.

Não soube dizer ao certo o tempo que ficou ali sentada no chão duro, em outro caso estaria incomodada, mas tal situação já lhe era tão comum que não a incomodava tanto assim, aprendeu a acostumar com a situação e a aceitar. Era obrigada a aceitar.

Só sabia que naquele exato momento o sono lhe chegava enfim, então resolveu dormir ali mesmo, o cômodo sempre escuro lhe proporsionou uma noite mais longa e de certa maneira prazerosa. Quando acordou demorou um pouco para relembrar sua situação.

Então, sem precisar fingir descaso e indiferencia ao mundo, analisou o dragão a sua frente, suas orbes esmeradas também a observava, talvez fosse o sono ainda presente em sua mente, mas pensou ter visto uma leve curiosidade no olhar do dragão.

– Não me disse seu nome - Murmura com a voz arrastada parando de se espriguiçar para olhar diretamente para o dragão.

– E nem prendendo - Rebateu friamente olhando diretamente nos olhos de sua companheira procurando entender o que se passava dentro da cabela da maga.

– Lucy Heartfilia - Disse apesar da resposta fria e cortante do outro.

– Não perguntei - Fala em descaso ao nome da humana.

– Disse mesmo assim - Responde em igual descaso, sabia que o dragão diante de si era arisco, mas ela tinha paciência e determinação, era sábia o suficiente para não insistir na sua pergunta, mas não se daria por vencida tão fácil.

Novamente, os dois ficaram quietos, Lucy o olhava com curiosidade e o dragão a ignorava com a cabeça sobre as patas. Não demorou muito para a loira levantar e voltar a circundar o reptiliano em curiosidade, seus olhos já estavam mais acostumados a escuridão podendo assim perceber leve variação de cor na pele do animal, não tava para saber ao certo as cores, mas que tinha uma variação ali tinha.

Foi então que o dragão ergueu sua cabeça rápido olhando por onde Lucy saiu atraindo a atenção da mesma.

– Droga… - Sem falar nada o dragão pegou a garota com o seu rabo a colocando em baixo de sua assa a escondendo.

Lucy pensou em reclamar ou perguntar o motivo, mas ouviu o som de passos e recebeu se aconchegar embaixo da assa do animal se encolhendo o máximo que podia para ficar totalmente nas sombras, mesmo que o local já tivesse consideravelmente escuro.

– HEY SEU DRAGÃO INÚTIL, ACORDE!! - A voz prepotente de Magnumque ecoou, o dragão grunhiu encolhendo ainda mais a cabeça contra o corpo irritado.

– Feliz com a estadia?- O homem finalmente apareceu juntamente com alguns outros magos guardas atrás de si, prontos para caso o dragão atacasse.

O dragão não respondeu ignorando novamente o mestre, tal ato o deixou ainda mais irritado.

– Estou falando com você seu dragão estúpido! - O mestre faz um sinal com a mão e os magos atrás dele lançaram magias em direção ao dragão, Lucy por estar colada a barriga do animal pode sentir um rugido começando a surgir o que a deixou tensa.

O repitiliano finalmente olhou para o grupo de magos com raiva mostrando suas presas aviadas, tal ato retirou um sorriso maldoso do líder deles.

– Vejo que acordou… - O homem falou como se nada tivesse acontecido - O seu almoço! - Os magos atrás do lider lançaram em sua direção restos de dois veados, a carne fedia, certamente pelo tempo sem ter sido conservado adequadamente, não tinha realmente muita carne em nenhum dos dois animais, o que lhe causava certo volume era os ossos, as tripas e os órgãos normalmente retirados numa caçada.

– Aproveite sua comida - Fala se despedindo com uma gargalhada maldosa - Animal repugnante - Murmura com desgosto cuspindo no rosto do animal.

Os guardas permaneceram ali lançando feitiços poderosos e o chicoteando diversas vezes, o chicote tinha sido feito especialmente para ultrapassar peles resistentes e reforçado com magia, então apesar de pouco, causava certo dano ao dragão que enfrentava tudo sem se movimentar.

– JÁ CHEGA DE BRINCADEIRAS! - Grita Magnumque fazendo que os magos parassem e saíssem do local a gargalhadas.

Os dois ficaram quietos durante mais um tempo até terem certeza que não havia mais ninguém por perto. Bem, isso é até a Lucy começar a sair e o dragão voltar a prende-la debaixo de suas assas como sinal que ainda tinha alguém.

– Oi… - Lucy pode reconhecer ser a voz do Sucker o que a surpreendeu, não sabia que o garoto já tinha ido ali para cima.

– Eles não se machucaram né? - O garoto perguntou preocupado andando em passos nervosos até o dragão com a mão estendida, mas este apenas virou mais ainda o rosto dando a entender que ele não queria conversar.

O garoto suspirou.

– Consegui algumas costelas para você… Sei que não é muito, mas… - O garoto falava colocando com cuidado as costelas quase cheia de carne no chão perto do dragão se afastando com cuidado em seguida.

– Ahn… Bom… Eu vou indo então… - O garoto se despediu descendo desapontado as escadas.

Só depois de que o dragão começou a comer as costelas Lucy resolveu sair debaixo da assa do dragão olhando raivosa para ele. Este a ignorou sua refeição inteira.

Mesmo irritada, a loira esperou por precaução o dragão terminar sua refeição para poder em fim falar com ele.

– Por que você fez aquilo?! - Pergunta o olhando acusadora.

– Eu a protegi - Fala simplesmente indiferente.

– Eu sei! Mas o Sucker estava sendo legal com você! Por que não o olhou ao menos? - Pergunta passando a andar de um lado para o outro.

– Sucker? - O dragão repetiu com deboche.

A loira fica sem jeito perante o tom de zoação do dragão com o nome de seu companheiro. Não que não tivesse feito o mesmo ao descobrir, mas era uma tremenda falta de respeito a alguém que lhe deu uma comida que preste.

Apesar de sua raiva, Lucy resolveu ficar quieta em seu canto, seria inútil discutir, mas ainda sim permanecia irritada com as ações do dragão perante alguém que o ajudava já que pelo visto, não tinha sido a primeira vez que o garoto o visitava.

Bufou em desgosto.

– Porque continua aqui? - Indaga o dragão a olhando de esquia, não tinha nenhum motivo da loira permanecer ali.

– Pergunto o mesmo. Você é um dragão, poderia sair daqui facilmente - Retruca em frieza.

– Tenho os meus motivos - o dragão responde contra-gosto.

– E eu os meus - Fala em seguida cruzando os braços voltando a encostar na parede metálica.

O clima tenso pairou sobre o cômodo, mas logo, sabendo que nenhum iria dar tréqua acabaram por cada um a se perder em seus devaneios e pensamentos.

Lucy se indagava mentalmente o motivo do dragão não sair dali de uma só vez, mesmo estando acorrentado e preso a paredes de titânio, o dragão poderia muito bem sair dali facilmente, a Heartfilia sabia da força dos dragões dendo experiências em vida real.

Só que seus pensamentos acabaram se distanciando com a lembrança dela se aventurar tocando em suas escamas e quando o dragão a segurara com o seu rabo e a guardara debaixo de suas assas. Pensando assim chegava a soar reconfortante. Engraçado, mas reconfortante.

Um dragão protegendo uma humana debaixo de suas assas… Certo, realmente existiam dragões que variam de tudo para os seus filhos humanos, mas Lucy não era filha daquele dragão e muito menos tinha uma boa relação com o mesmo sendo que suas curtas conversas não passavam de discutições.

Sendo assim, por que ele a protegeu? Ele podia muito bem a deixar ali, a vista. Assim ela seria obrigada a sair dali e devidamente punida por isso e nunca mais o veria.

E pelo o que parecia, era o que o dragão queria.

As ações do dragão não se correspondiam as palavras.

E isso a deixou curiosa.

Não sei controlar o que eu sinto, mas aprendi a esconder muito bem...


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Notas finais do capítulo

Antes que me perguntem, não, Lucy não vai virar Dragon Slayer. "Mas tia Nob, tem um dragão!" Sim, tem um dragão, mas não, ela não vai virar Dragon Slayer, vocês vão entender mais para frente.



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