I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, eu não consegui me segurar e tive que postar só mais esse....



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Castle apoiou-se no balcão da cozinha tentando organizar seus pensamentos. O que foi aquilo? Ele sentiu que tinha sido atingido por um furacão, um furacão chamado Kate Beckett. Abriu a geladeira sentindo aquele vapor gélido, nunca tão refrescante, passeando pelo seu corpo. Mas não era somente o seu corpo, sua mente também estava em chamas. Ele subiu as escadas e foi em direção ao quarto de Kate. Esbarrou-se contra o corpo dela que saía do quarto. Inevitavelmente notou uma arma em suas mãos.

– Tudo bem, tudo bem, não atire! – Ele gritou levantando as mãos e encostando-se na parede. Ela revirou os olhos e disse:

– Castle, eu não vou atirar em você. Mas do que adianta ter uma arma em casa se ela não está ao seu alcance? – Ela riu e começou a descer as escadas. Ele permaneceu estático no corredor.

– Você não vem jantar? – Ela gritou lá de baixo.

– Já estou indo. Preciso me refrescar um pouco. – disse ele, sendo que a última parte só ele ouviu.

Rick passou alguns minutos debaixo do chuveiro na tentativa de que aquela água gelada apagasse o incêndio que havia dentro de si. Precisava se controlar, pois tinha medo das consequências de uma possível loucura. Ele se importava com Kate e não queria que pensasse que se aproveitaria dela nem que achasse que a considerava mais uma de suas aventuras. Ele se arrumou e desceu as escadas parando no último degrau. Kate sorria divertidamente assistindo um desenho animado na TV no sofá da sala. Como alguém que há alguns minutos atrás o havia revirado de tal maneira poderia agora parecer tão... Pura?

– Você me surpreende. – Ele comentou, chamando a atenção dela.

– Até que enfim você apareceu! Estou morrendo de fome. – Ela disse, desligando a TV e indo encontrá-lo na cozinha.

A comida estava maravilhosa, mas o clima tenso que havia se instalado entre ambos estava fazendo-a ficar sem gosto. O silêncio fazia seus pensamentos adquirirem um barulho ensurdecedor, o pulsar do coração era como um terremoto. Os olhares deles eram como bolas de fogo lançadas contra a pele um do outro.

– E então? O que você tem? – Kate interrompeu o silêncio depois de terminar o jantar.

– Nada, por quê? Eu deveria ter alguma coisa? – Ele respondeu, brincando com sua comida ainda pela metade.

– Não. Só que você nunca fica calado. E... – Ela decidiu não continuar.

– E... O que? – Ele abandonou o hashi, fixando-se nos olhos dela.

– Nada. – Ela percebeu o olhar dele e continuou. – É que está parecendo que você foi atingido por um furacão. – Ela devolveu o olhar com um sorriso sugestivo.

– É. – Ele abaixou a cabeça. – Furacões podem virar uma pessoa do avesso. Não podem ser controlados. – continuou, voltando a brincar com a comida.

– Ou apenas não se entregam facilmente ao controle... – Ela disse levando um copo de suco à boca.

Antes que pudesse bebê-lo, Rick levantou-se apressadamente em direção a ela, virando-a de frente para ele. Colocou um braço de cada lado impedindo-a de se levantar. Inclinou-se para ela e mais uma vez estavam sentindo a respiração um do outro agora com uma troca fulminante de olhares.

– Você me deixou louco, sabia? – Ele disse em voz baixa, alternando o olhar entre a boca e os olhos dela.

– Tudo isso só porque eu fiz aquela dancinha? - Ela perguntou, encarando-o.

– Não. Tudo isso só porque você existe. – Ele respondeu, inclinando-se ainda mais.

Aquela distância fez os olhos de ambos perderem a capacidade de resolução. Sentiram então a maciez tímida dos lábios um do outro. Não podiam mais voltar atrás, nem queriam. Ambos inocentes, ambos culpados. A comida japonesa começou a ganhar um novo sabor encontrado em suas respectivas bocas. Saboreavam o gosto oriental daquele beijo numa descoberta envolvente e enlouquecedora para ambos. Sentiam o desejo, há muito reprimido, tomar o lugar do oxigênio em seus pulmões. A cada minuto crescia a urgência de sentir o calor de seus corpos, o que tentavam fazer por meio de braços e pernas. Quanto mais tinham, mais queriam e as roupas começaram a se tornar um empecilho irritante. Tiradas as barreiras, envolveram-se em um ritmo avassalador e o chão começava a parecer o amigo mais íntimo que poderiam ter naquele momento. Um movimento ou dois e puderam sentir um ao outro sobre o tapete da sala. Seus corpos inflamavam a cada toque buscando unirem-se cada vez mais profundamente. Quando explodiram suas sensações ele a puxou para perto de si, prendendo-a contra seu corpo, sentindo mais uma vez o gosto quente daqueles lábios. O beijo abafava os gemidos enquanto ela estremecia sobre o corpo dele e ele derretia-se por dentro do corpo dela. Quando os sons que emitiam puderam se fazer inteligíveis, sussurraram juntos entre os lábios um do outro:

– Eu sempre amei você.

As máscaras caíram derrubadas pela respiração arfante de ambos. Trocaram entre si um novo olhar. Não precisavam mais se esconder. Descansaram ainda conectados, degustando aquela embriagante sensação. Trocavam carinhos, beijos, olhares que representavam frases inteiras, risos, novos beijos e, novamente, olhares.

– Venha, eu quero te mostrar uma coisa. – Ele disse, convidando-a para subir, recolhendo as roupas espalhadas pelo chão da casa.

Ela o acompanhou tímida, nervosa, curiosa, nem ela mesma sabia dizer depois de tudo aquilo. Ainda não havia processado o que havia acabado de acontecer e agora o seguia até o quarto dele. Ele pediu que fechasse os olhos, envolveu-a num cobertor macio e ela se deixou guiar apenas pelo toque das mãos de Rick. Sentiu a brisa fria da noite em seu rosto e sorriu nervosa. Quando abriu os olhos pôde contemplar a mais maravilhosa vista que ela já tinha visto da cidade de Nova Iorque, bem ali da sacada do quarto de Castle. Ficou embriagada com as luzes e cores e sentiu um leve arrepio quando os braços dele a envolveram por debaixo do cobertor procurando aquecer-se. Passaram alguns minutos admirando a paisagem juntos, acariciando as mãos um do outro simultaneamente. Ela podia sentir o pulsar forte do coração dele e ele observava a respiração desrritmada dela.

– É melhor entrarmos. Está muito frio aqui. – Rick disse.

– Quantas mulheres você já trouxe aqui, Castle? – Ela perguntou, ignorando o convite dele.

– Você é a quarta. – Ele disse sem pestanejar.

Ela quis matá-lo com o olhar, mas ele a interrompeu antes, enumerando as mulheres:

– A corretora do imóvel, Alexis e minha mãe. Você é a quarta.

Ela pensou em se jogar lá de cima diante de tanta vergonha, mas ele a interrompeu antes em um tom suave:

– Kate, eu sei que você tem medo. E sei também que meu histórico não ajuda nem um pouco. Mas o que eu sinto por você é diferente. Sei que você deve achar que eu digo isso pra todas e posso até ter dito mesmo, mas o que eu sinto por você eu realmente nunca senti por ninguém. Eu sei que muitos já traíram sua confiança, mas eu prometo fazer tudo pra que você nunca seja machucada novamente. – Ele disse, olhando firmemente nos olhos dela, e prosseguiu.

– E na verdade, você é a única mulher que eu quero que esteja aqui. Quero que esteja aqui para sempre. Esse quarto também faz parte dessa casa, e ele também pertence a você.

Kate se surpreendeu em ouvir aquela declaração. Ela sabia que era verdade, não tinha mais como ter dúvidas. Não era a primeira vez que ele demonstrava se importar com ela. Castle podia ser muitas coisas, mas não era mentiroso. Seus olhos nunca mentiam, a não ser no jogo de poker. Ela meditou em suas palavras e em seus pensamentos e o beijou novamente. Ele a envolveu em seus braços tornando o beijo longo e profundo.

Amaram-se durante toda aquela noite preenchendo o silêncio daquele apartamento com estalos de beijos e suspiros de prazer. Não precisavam mais negar, disfarçar ou mesmo se condenar por estarem sentindo algo tão intenso e profundo. Ela desfrutava de cada parte do corpo dele e ele, envolvido no corpo dela, descobriu novos significados para “extraordinário”. Permaneceram entrelaçados até que finalmente adormeceram satisfeitos em sua paixão.


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