I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hoje estou sem animo para falar. rsrsrsrsrs



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Castle olhou para aquela cena e seu corpo ficou imediatamente tenso. Jack havia diminuído a dose de seu medicamento deixando-o sóbrio para registrar o que aconteceria. Tudo fazia parte de um plano daquela mente demoníaca. Kate estava trêmula e horrorizada pelo que estava conseguindo ver: Castle terrivelmente machucado, magro e abatido. Rick fazia força contra as amarras sacolejando seu corpo em cima daquela maca, mas era impossível sair dali. E Jack sabia disso.

– Veja só quem veio para uma visita, Castle. Eu disse que ela viria – o enfermeiro sorriu divertindo-se.

Jack foi se aproximando de Rick com seu corpo colado ao de Kate. Os olhares da detetive e do escritor se encontraram e inevitavelmente a emoção, a saudade e o medo brotaram de seus olhos. Castle e Beckett estavam bem próximos, mas Jack segurava as duas mãos dela entrelaçadas ao seu corpo. Ele não permitiria que houvesse contato físico, nem mesmo uma última vez.

–Kate... – Castle murmurou tentando abafar o choro.

– Rick... Des-cul-pe... Eu... precisa-va... ver...você... – disse Beckett com maior dificuldade à medida que a droga tomava conta do seu corpo.

– Não se preocupe... Nós vamos dar um jeito de sair daqui... – Rick prometeu tentando trazer esperanças ao rosto cansado de Kate.

– Oh... Que coisa mais linda... . – Jack debochou. - Estou profundamente emocionado.

–E-eu... a-a-mo... v-... – disse Kate mais uma vez antes de perder as forças inclinando-se sobre o corpo de Jack.

O coração de Castle se derreteu ao perceber que Kate não estava passando bem. Sua musa estava agora ali praticamente desmaiada e completamente vulnerável àquele animal. Seu corpo queria socar aquele maldito homem e levá-la dali o mais rápido possível para um lugar onde ela estaria em segurança. Naquela hora Rick esqueceu toda a sua dor e o que o seu organismo estava necessitando e pensou somente em como poderia ajudá-la. Vendo que qualquer esforço seria humanamente impossível o escritor limitou-se a esbravejar.

– Seu monstro... O que você fez com ela? – bradou Castle.

– Eu? – Jack disse meio ofendido. - Eu não fiz nada... Ainda... – ele riu passeando a mão pelo rosto de Beckett, que sentindo o toque inclinou sua cabeça para a frente, deixando seus cabelos cobrirem o seu rosto.

– Desgraçado! Toque nela e eu juro que mato você! – o escritor se debatia machucando ainda mais seus pulsos e tornozelos.

– Ah, mas eu vou tocar e muito... – Jack se deliciou imaginando. - E você, Castle, vai apreciar tudo de camarote.

– Vo-cê dis-se que o dei-xaria ir... – Beckett murmurou em um delírio, num estado de semi-consciência.

– Não, meu bem, eu não disse isso – o bandido esclareceu. - Eu disse que deixaria você vê-lo e então você disse que seria minha, não lembra? E mesmo se eu tivesse dito isso, eu teria mudado de ideia. Castle aqui deixará tudo mais divertido.

Jack retirou os cabelos de Beckett de seu rosto e acariciava-o como se fosse propriedade exclusiva dele. Ele a beijou no pescoço virando os lábios dela para ele desfrutando-os com vontade. Castle amaldiçoava a si mesmo e a Jack, mas ele não podia fazer nada a não ser assistir aquela cena nojenta. Beckett também não podia fazer muita coisa, visto que se não fosse por Jack ainda estar segurando-a ela já teria ido ao chão. Ela gemeu em protesto, mas isso arrancou um sorriso cínico do enfermeiro.

– Está vendo, Castle, como ela geme quando está comigo? – Jack provocou. - Duvido que ela faça isso quando está com você. Você não é homem o suficiente para ela. Eu sou o homem que ela merece, e que ela deseja, não é mesmo, Nikki?

Jack colocou uma das mãos por dentro da blusa de Kate sentindo sua pele quente e nua. Para ter maior apoio ele a virou rapidamente colocando-a em cima da maca deixando-a com a parte superior de seu corpo em cima das pernas de Castle e a parte inferior dela, pendurada e sem apoio nenhum. O terror era explícito no rosto dos dois parceiros enquanto que os olhos do homem perturbado brilhavam de um jeito pervertido.

– O que você acha, Castle? Melhor desembrulhar meu presente, não é? – disse rindo malignamente, começando a desabotoar lentamente a roupa da detetive, deixando-a apenas com as peças íntimas.

Beckett ainda estava zonza pela brutalidade com que ele a jogou em cima de Rick, mas tentava se desvencilhar das mãos e do corpo de Jack. Infelizmente seus movimentos defensivos estavam tão frágeis que soavam como carícias na pele do enfermeiro. Ela podia sentir as mãos de Jack passando por cima de seu sutiã branco e o peso do corpo dele esmagando-a contra as pernas de Castle. Vencida, tentou focalizar o rosto de seu escritor uma última vez e com muito esforço ela conseguiu vê-lo. Ele estava aos prantos por ela.

– Eu... sempre... vou... amar... você... Castle... – ela sussurrou para ele deixando uma lágrima rolar pelo seu rosto.

Infelizmente os ouvidos de Jack estavam atentos o suficiente para interceptar essa declaração. Ao ouvir o nome de Castle ao final da frase o sangue do psicopata ferveu dentro de si. Ele apertou as bochechas de Beckett virando brutalmente seu rosto até que ela olhasse para ele.

– O que você disse? – Jack rangeu entre os dentes.

– Eu sempre vou amar o Castle – Kate afirmou com precisão.

– Repita... – ele sacudiu a cabeça dela agressivamente fazendo-a gemer.

– Eu... sempre... vou... amar... o... Castle... - ela gemeu, já que ele a estava pressionando seu corpo até o limite.

– Maldita! – ele gritou apertando o pescoço de Kate fazendo Castle explodir em um clamor por misericórdia.

Jack foi invadido por uma fúria incontrolável que o deixou ainda mais louco. Ele pegou Kate pelos cabelos e levantando-a como se fosse uma boneca atirou seu corpo por cima de outra mesa fazendo um grande barulho. Ele bradava maldições e palavrões enquanto Castle gritava para que ele parasse com a agressão. Mas Jack não ouvia; ser rejeitado mais uma vez era inadmissível para ele. Estava decidido a matá-la caso ela não negasse o que havia acabado de afirmar.

A violência continuava freneticamente e os gritos dos dois homens ecoavam pelo ambiente. De onde Castle estava não podia ver Kate, que estava no chão, mas podia ver Jack e pelos movimentos e estalos que eram ouvidos ele sabia que ela estava sendo espancada furiosamente. Beckett não tinha nenhuma reação, pois após o primeiro golpe desmaiou quase que de imediato. Entretanto Jack estava tão cego de ódio que faria com que ela acordasse de qualquer jeito.

– PARE!!!!!! POR FAVOR... PARE... ASSIM VOCÊ VAI MATÁ-LA!!!! – Castle gritava, rasgando sua garganta e sua carne em desespero.

– Sim, Castle, eu vou matá-la... E a você vai acompanhar tudo. E você vai se sentir inútil e culpado – Jack sibilou, antes de se ajoelhar por cima do corpo inanimado de Kate.

O enfermeiro sacou uma das armas da detetive, que estava em seu poder, e destravou-a emitindo o som característico que Castle infelizmente reconheceu.

– Jack!...Jack!...Por favor, olhe para mim Jack... E-Eu faço o que você quiser, apenas deixe ela em paz. Eu faço o que você quiser... Por favor... – Castle implorava repetidas vezes.

– Tarde demais escritor... – Jack virou para Castle com a expressão diabólica. – Você a matou! – ele disse levantando um dedo acusador para Rick.

O que seguiu foi o som da gargalhada de Jack, dos gritos de Castle e de três tiros seguidos. Após os tiros ouve um silêncio mórbido, e o som da dúvida e do terror ecoou no ar. Segundos de pânico que anunciavam uma possível tragédia.

– Ka..!!! – Rick engasgou. - Oh Deus, Kate... Não!

Castle sentiu-se sufocar com a ideia da morte de Kate. Seu coração parecia que ia parar a qualquer minuto e sua respiração ia e voltava em urros ofegantes. Tudo parecia acontecer em câmera lenta e ele podia ver através de seus olhos atônitos o corpo de Jack paralisado ainda na mesma posição: ajoelhado por cima da detetive.

Entretanto, a expressão do enfermeiro era duvidosa. Na verdade, seu rosto não tinha expressão nem cor a não ser pelo filete de sangue que escorria de sua testa até encontrar a grande mancha vermelha que tomava conta de seu peito. Lentamente Rick registrou o corpo do maníaco pender para trás e cair em um som surdo.

Ainda processando a imagem o escritor visualizou Ryan e Esposito adentrarem o ambiente juntamente com suas armas. Milagrosamente eles conseguiram escapar da explosão projetada por Jack e seguindo o GPS do celular de Beckett conseguiram encontra o esconderijo do bandido. Ao chegarem lá, depararam-se com a imagem de Jack subjugando Kate, preparando-se para executá-la. Tiveram que agir muito rápido.

Mais habilidosos do que aquele monstro acertaram dois tiros respectivamente no coração e na cabeça de Jack, evitando que ele atingisse o seu alvo: o coração de Beckett. Ryan e Esposito conseguiram retirar o corpo do enfermeiro de cima das pernas de sua colega de profissão e ficaram horrorizados com o estado dela.

Além das marcas do abuso de Jack espalhadas pelo seu corpo, infelizmente ele apenas errou o tiro que ainda conseguiu disparar acertando um pouco acima do órgão vital, no peito esquerdo da detetive que começava a sangrar volumosamente. Ryan ficou tentando parar a hemorragia enquanto Esposito seguiu para socorrer Castle, que gritava palavras desconexas se debatendo angustiadamente.

Com a ajuda do amigo que ainda tentava acalmá-lo, Rick chegou até onde estava Beckett e quando ele a viu suas pernas fraquejaram por completo. Nem mesmo Esposito conseguiu mantê-lo firme e então o escritor rastejou até sua musa, numa cena comovente e angustiante. As mãos trêmulas de Castle encontraram o rosto frio e pálido da detetive, acariciando-a aflito.

– Kate, Kate... Por favor, acorde, Kate... Ouça, você não pode me deixar, ouviu bem? – ele chorava sem negar sua dor.

Ouvindo a voz longe de Castle, ainda que ele estivesse falando bem ao seu ouvido, Beckett gemendo encontrou forças para conseguir abrir um pouco os olhos, vendo o rosto de Rick coberto por uma névoa espessa.

– Cas... – ela tentou emitir alguma palavra.

– Shh..shh não fale nada. Apenas fique comigo, ok? – Rick argumentou.

– Os paramédicos já estão chegando – Esposito falou como se tentasse confortar todos.

– Ouviu isso, Kate? Fique comigo... – Castle tremia tentando encontrar fôlego para prosseguir.

– A...ca...bou? – Kate pronunciou em um último fio de lucidez, enquanto fechava os olhos em um suspiro.

– Sim, meu amor, acabou. Estamos livres – ele disse, dando um beijo de conforto em sua testa.

Quase que imediatamente Ryan sentiu o coração da detetive parar de pulsar abaixo de sua mão que tentava conter a hemorragia sem controle. Subitamente a hemorragia parou e o policial lançou um olhar de pânico para seu parceiro. A inspiração de Castle não resistiu à gravidade das agressões. Katherine Beckett estava morta.


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