I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá galera!
Quero agradecer os comentários da Maytê, Aline e Dudinha, vou pedir para a Just for Stana responder vocês e obrigado pela pessoa que favoritou, bom eu não sei olhar que foi. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
E não, eu não sou a Just for Stana, sou uma fã e muito amiga dela, e estou fazendo um favor.
Chega de enrolação e vamos a mais um capítulo.



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Uma semana havia se passado e nada que apontasse uma direção a seguir nas investigações fora encontrado. O único alívio era que aparentemente o quadro clínico de Kate começava a melhorar. Já respirava sem aparelhos e as doses de medicamentos estavam sendo diminuídas à medida que seu organismo respondia ao tratamento. Sempre ao seu lado estava Castle na esperança de que a qualquer momento ela pudesse acordar. E esse momento finalmente havia chegado. Kate abriu os olhos, mas não foi a imagem que Rick desejava ver. Seu corpo estava ali, seus olhos verdes abertos na direção dele, mas ela não estava lá. Seu olhar parecia perdido, na verdade aprisionado, como se sua mente ainda continuasse presa naquele cativeiro. Rick a chamou pelo nome, mas não houve resposta ou reação alguma que confirmasse que ela ouvia sua voz. Finalmente a doutora chegou para avaliar o quadro. Tudo evoluía perfeitamente, mas a mente da detetive parecia não estar naquele quarto. Vendo a expressão de ansiedade no rosto do escritor ela disse num tom confortante tentando animá-lo:

– Tenha mais um pouco de paciência. Tudo está muito recente e ela também ainda está sobre efeito de forte medicação. Você devia ir pra casa, tentar descansar um pouco. Amanhã ela deve acordar melhor e você não vai querer estar tão cansado que não possa ficar com ela não é mesmo? – Ela sorriu.

– Eu não pretendo deixá-la sozinha. - Ele respondeu olhando pra Kate.

– Ela não vai ficar sozinha. - Rick ergueu os olhos e sorriu moderadamente para Lanie que acabava de chegar. - Eu vim passar a noite com ela. - a M.E sorriu de volta.

Castle foi pra casa, tomou um longo banho, comeu algo que chamou de jantar e subiu pro quarto para tentar dormir. Acordou cedo, deu uma passada numa floricultura e seguiu direto pro hospital cheio de uma ansiedade feliz. Quando as portas do elevador se abriram no andar onde Kate estava internada o coração do escritor disparou. Gritos terríveis eram ouvidos do corredor e quanto mais perto ele se aproximava do quarto dela, a confusão ficava maior. Rick paralisou ao ver a cena: Kate estava no chão, encolhida num canto do quarto, gritando aterrorizadamente por socorro enquanto um enfermeiro e Lanie tentavam controlá-la.

– O que aconteceu? - perguntou a médica, que entrou no quarto com mais duas assistentes.

– O enfermeiro veio aplicar a medicação e ela simplesmente surtou! - respondeu a M.E com a voz trêmula.

Os gritos eram perturbadores. Rick foi em direção a Kate e a abraçou tentando acalmá-la. Era horrível vê-la naquele estado: não apenas o físico havia sido atingido, mas também seu emocional estava terrivelmente abalado.

– Me ajude, por favor, ele está aqui, ele está aqui! - Ela chorava intensamente precisando desesperadamente ser ouvida.

– Kate... Sou eu Rick... Me ouça Kate, por favor. - dizia ele em seu ouvido - Confie em mim, ninguém vai te machucar, mas você precisa confiar em mim.

À medida que ele falava, ela parecia se acalmar, como se ainda reconhecesse sua voz. A doutora então se aproximou para aplicar um sedativo.

– Isso é mesmo necessário? - Castle perguntou com um tom protetor, embora soubesse que não era bom que Kate permanecesse agitada daquele jeito.

– Sr. Castle, ela está tendo um ataque de pânico e acordando toda esta ala do hospital. Para o bem dela, eu preciso sedá-la! - A médica respondeu. Kate estava nos braços dele, chorando ainda copiosamente.

– Confie em mim, confie em mim. - dizia ele no ouvido dela, enquanto ele mesmo oferecia o braço dela para a medicação.

Rick sentiu Beckett diminuir os soluços desfalecendo lentamente em seus braços e carregou-a até a sua cama, enxugando carinhosamente as lágrimas do rosto dela. Após checar os sinais vitais e cuidar dos ferimentos, a médica chamou Lanie e Castle para uma conversa num tom sério:

– Eu sinto muito, mas provavelmente teremos que transferi-la para a ala psiquiátrica ainda hoje. Ela precisa ficar sobre cuidados mais especializados. Aparentemente ela está tendo o que chamamos de reação aguda ao estresse, que é comum em pacientes que passaram por grandes traumas. Foi apenas uma crise inicial, mas o quadro pode ou não se agravar e devemos estar preparados.

Castle sentiu o seu chão sumir. Lanie tentou acalmá-lo sem muito sucesso. Kate foi transferida no final da tarde e Rick conseguiu liberação para ficar o tempo inteiro ao seu lado.

Os dias se passaram e Beckett permanecia sobre efeito de antidepressivos. Vez por outra ouviam-se lamentos pela ala psiquiátrica, ora de Kate em suas alucinações, ora de Rick em sua angústia saindo pelos corredores tentando recuperar a esperança. Ela estava presa a um mundo no qual ele não podia ter acesso. Talvez as coisas nunca mais voltassem ao normal, talvez ela nunca fosse sair dali e talvez ele nunca tivesse outro lar. Desde o sequestro já havia se passado quatro semanas e ele não se dedicava a outra coisa a não ser o caso de Beckett. Não se importava em não cumprir o prazo de seu novo livro, a vida dela valia muito mais que dinheiro, que fama, valia até mesmo que sua própria vida. Martha e Alexis estavam sendo maravilhosamente compreensivas dando todo o apoio necessário para que ele permanecesse fazendo o que mais lhe fazia bem: estar ao lado de Kate. Ele vigiava o sono dela, sua respiração, a entrada e saída dos enfermeiros, tudo que se referia a ela. Estava decidido a não deixar nada de ruim acontecer novamente.

Após sete longos dias de internação na ala psiquiátrica Beckett finalmente acordou, embora meio dopada. Novamente ela olhou diretamente nos olhos do escritor, mas dessa vez balbuciou com sua voz falhando um pouco:

– Rick?

Ele não podia esconder a alegria de ouvir aquela voz, com aquele olhar, com aquela palavra e apenas sorriu.

– O que aconteceu? - Ela perguntou ainda sonolenta.

– Apenas um tempo ruim, mas já acabou. Durma, eu vou ficar aqui com você. - Ele respondeu dando um beijo bem demorado em sua testa.

Kate adormeceu de novo apertando levemente as mãos de Rick. O coração do escritor perdeu o ritmo. Aquele gesto significava muitas coisas pra ele, mas uma delas era a principal: Beckie estava de volta. Ele se encostou na cadeira dando um suspiro aliviado e o sorriso da sua alma não pode ser contido pelos seus lábios. Foi a noite mais tranquila passada naquele quarto de hospital e ele conseguiu dormir profundamente. Quando acordou, Rick viu Kate olhando a janela, admirando a copa das árvores e a luz suave do sol do amanhecer. Ele a chamou pelo nome, ela virou-se e deu a ele um leve sorriso.

– Fazia muito tempo que eu não via um amanhecer tão bonito assim. - Kate falou em tom baixo, olhando novamente para a janela.

– É. Há um mês que eu também não via o sol brilhar. - Ele disse olhando pra ela e deu um pequeno sorriso quando os seus olhares se encontraram. - Como você está?

– Eu estou bem, Castle. - Ela respondeu baixando o olhar. Ele se aproximou e segurou a sua mão.

– Tem algo errado? - Ele perguntou começando a preocupar-se.

– Castle? - Ela fez uma pequena pausa. - O que aconteceu comigo? - Ela olhou para ele com um certo nervosismo procurando respostas. - Por que eu estou aqui? De onde vieram esses ferimentos?

– Você não se lembra de nada? - Ele suspirou.

– Não. Só me lembro de estar na porta do meu apartamento, pegando as chaves na minha bolsa... E então.... - As mãos de Kate começaram a tremer e sua respiração ficou ofegante - Eu senti uma grande dor.

Rick se levantou e acariciou levemente o rosto dela com alguns curativos remanescentes.

– Está tudo bem, Kate, você não precisa fazer isso agora. Você está segura aqui, eu não vou deixar nada de mal acontecer com você. - Ele disse sentando-se na cama de frente pra ela.

– Obrigada, Castle. - Kate apertou as mãos dele mais forte, enquanto desviava o olhar, tentando controlar a respiração e segurar as lágrimas. Ele a envolveu em um abraço cuidadoso.

– Saiba que você pode me chamar de Rick.

Kate apenas fechou os olhos deixando uma lágrima cair nos braços dele. Minutos depois a doutora chegou para os exames de rotina e se animou muito com o estado de sua paciente.

– Desse jeito acho que você vai poder passear no jardim ainda esta semana. - sorriu a médica, recebendo dois sorrisos de volta.

O passeio no jardim na parte de trás do hospital fazia parte do tratamento para que pacientes internados na ala psiquiátrica não entrassem diretamente em contato com o meio externo. O jardim, que ficava nos fundos do hospital, era enorme e tinha grande diversidade de árvores e flores. Era um lugar tranquilo, chegando a ser poético, de onde podia ser visto uma certa movimentação da cidade de Nova Iorque, mantendo porém a privacidade dos pacientes.

Durante o dia, Beckett recebeu visita dos amigos do precinto. Todos estavam ansiosos pelo seu depoimento que seria fundamental para as investigações, mas devido às orientações médicas ninguém ousou comentar sobre o assunto com ela. Ela mesma se desculpou sobre o fato de não poder ajudar em nada. Em sua mente não existiam lembranças do ocorrido, apenas um terrível e obscuro pavor. A hora da refeição ainda era outra coisa desagradável a detetive: seu corpo simplesmente sentia aversão a qualquer tipo de alimento, o que levou ela algumas vezes a vomitar.

Dois dias depois, mais fortalecida, ela saiu para seu passeio pelo jardim. A sensação de liberdade e de paz daquele lugar era maravilhosa e a companhia incansável de Rick deixava tudo mais aconchegante. Ela não se lembrava do acontecido, nem que tinha se declarado a ele, muito menos que ele havia se declarado a ela, mas não podia negar o sentimento que a possuía já há algum tempo e que só aumentava ao ver a dedicação fiel dele. Ambos se sentaram em um banco e Kate descansou suavemente sua cabeça nos ombros de Rick, recebendo um carinho nos cabelos como resposta. Ele estava visivelmente mais magro, mas seu semblante irradiava uma alegria quase que infantil: mais três dias e, se tudo permanecesse bem, poderiam finalmente voltar pra casa.


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