Ginny, Luna, Harry e o próprio Ronny estavam preocupados com a amiga, que mais parecia uma morta viva. As ações da castanha, eram automáticas, como se ela estivesse aqui, entretanto, sua mente não. Em certas ocasiões, a pegavam com lagrimas deslizando por suas bochechas, em um choro silencioso e angustiante.

Eles preferiam que ela grita-se, chora-se com vontade, ou xingasse o sonserino, no entanto, ela nada fazia. Ronny, que esperava que ela se volta-se para si, viu que seu plano saiu culatra, porque Hermione sequer o olhava enquanto tentava falar com ela. Se antes, só tinha a amizade dela, agora corria o risco de não ter nada.

Todos cochichavam sobre o estado da castanha, e também pelo sumiço repentino do príncipe do sonserina. E em questão de segundos, chegaram à conclusão que o sonserino, era o responsável pelo estado de uma quase depressão da grifinóriana.

O salão estava cheio, como sempre acontecia no jantar, no entanto, todos se voltavam para a castanha que mexia no prato quase sem tocar na comida a sua frente.

– Atenção – a diretora, chamou a atenção de todos, fazendo até a castanha se voltar para olha-la – Um aluno, gostaria de dizer algumas palavras as todos vocês – explica, e rapidamente, Draco Malfoy que surgiu do nada, se posicionou na frente de todos os alunos.

Automaticamente, os olhos cinzas procuraram os olhos castanhos e rapidamente, os encontrou, já que os olhos dela já estavam presos aos seus desde do momento que ele começou a caminhar em direção a eles. Sentiu um frio lhe subir a espinha, ao ver ao redor dos olhos dela, profundos e escuros, afirmando que ela não dormia direito, desde do momento que recebeu a carta.

– Obrigado, professora – agradecer a olhando por um momento, antes de se voltar para todos – Sonorus – disse o feitiço, próximo a garganta – Acho que todos estão surpresos, no entanto, eu preciso dizer algo que aconteceu comigo, há alguns dias atrás – explica, e em silencio, todos olhavam atentos para o loiro – Eu recebi essa carta anônima enquanto estive na suíça e bem, ela tem o emblema de Hogwarts – continua, enquanto todos o olhavam concentrados nas palavras do mesmo.

Ele fez uma pausa e olhou fixamente para a namorada, que o olhava profundamente – Dentro da maldita carta, tinha uma foto. Uma simples foto, que no entanto, me fez perder o chão, literalmente – explica, se voltando a olhar para todos, se demorando em um Ronny com um sorriso irônico na face, e uma Pansy também com um sorriso vitorioso também no rosto.

Respirou profundamente, antes de continuar. Precisava agir como um sonserino e foi assim que fez – Vou mostrar a vocês – diz, tirando a foto do bolso, antes de lança-lo no ar – Engorgio – diz, o feitiço e diante dos olhos de todos, uma imagem visível para todos, como um quadro, mostrou a eles e a própria Hermione, uma foto dela e Ronny se beijando apaixonadamente no corredor.

Alunos, professores, e um meio gigante, viam a imagem, totalmente petrificados e de bocas abertas. Era inacreditável. A imagem deixava claro a traição da garota, que ainda para todos era a namorada de Draco Malfoy.

– E chocante, não é? – pergunta, com um sorriso triste nos lábios – Eu mesmo, quase enlouqueci com isso – explica de cabeça baixa. Todos se voltaram para, Hermione, que olhava a imagem chocada. De fato, Ronny a beijou, no entanto, não correspondeu o beijo do ruivo, entretanto, na imagem, colocava as mãos sobre o pescoço do mesmo e no fim do beijo, sorriam um para o outro.

Seus olhos caíram sobre o sonserino, era um plano. Ela jamais trairia Draco dessa forma. Tentava falar, no entanto, sua voz não saia da sua boca para fora, enquanto sua mente gritava que não, sua voz não saia de maneira alguma.

– Bom, como eu disse; eu quase enlouqueci com isso – explica – Até, percebe isso – aponta para um ponto, e foi que todos, inclinaram a cabeça para frente na tentativa de ver – Alguém tirou essa foto, e refletido no pequeno vidro, de quadro de avisos, a imagem verdadeira – explica – Esse babaca tentando beijar, Hermione a força – acrescenta, olhando Ronny com um ódio mortal – E como cúmplice? Pansy – afirma – Finite Incantatem – diz, o feitiço com força total e foi então que a verdadeira imagem se revelou para todos.

Na imagem verdadeira, Ronny segurando, a castanha a força, e a mesma com olhos abertos, enquanto suas mãos tentavam afasta-lo de si. – Você é burro demais, Wesley – diz, o olhando agora com ar de vitória – Eu deveria quebrar a sua cara, agora. Mais em vez disso, vou lhe dá um pequeno aviso, que você dever levar muito a sério – diz – Se encostar um dedo nela, de novo, a força. Eu vou lhe dá um surra – promete ao ruivo, que engoliu em seco.

E em total silencio, todos presentes, observaram, Hermione e Draco se entreolhando intensamente – Eu sinto muito, amor – pede desculpas a mulher que continuou a olha-lo em silencio – Eu sei que deveria te vindo, como escrevi na carta, mas essa foto me fez perder o chão por alguns dias – explica, sem se importar com o olhar de todos sobre si.

Hermione permaneceu em silencio – Eu estava furioso com a sua suposta traição, e mesmo querendo rasgar a prova, eu meio que não acreditava que você tinha feito isso – explica – Eu ficava com a foto na mãos, a olhando. Me perguntando, porque? Porque você me traiu – acrescenta – Mais eu estava cego de ódio para sequer enxergar a verdade – admite – No entanto, meu avô, me deixou uma carta. Eu tinha até esquecido dela, quando a foto chegou, mas quando eu estava procurando uma tesoura para picotar, queimar e fazer tudo que possível para fazer a dor passar de alguma maneira, eu a encontrei de novo – explica, enquanto engolia em seco, ao notar ela ainda a olhando em silencio. Seu coração batia apressado sobre o peito. Vê-la tão imóvel, o deixava desesperado, todavia, precisava ir até o fim.

Respirou profundamente algumas vezes, antes de continua – Estava escrito assim;

"Draco, meu querido.

Essa carta é especialmente para você e só a você. Por isso, pedir no testamento que a lesse sozinho. Nunca fui um avô amoroso e me envergonho disso. Você sendo meu único neto, eu tinha que lhe dá todo amor do mundo e lhe peço perdão por falhar com você. Sei também que infelizmente, Lucius também não será um bom exemplo para você, da mesma forma que eu não fui para ele.

"E não podendo te dá um abraço, te deixo algo que talvez, eu espero que lhe ajude algum dia.

"Não seja tão orgulhoso; o orgulho pode ser um mau companheiro na maioria das vezes. Ele nos cega, nos faz deixar de enxergar a verdade e nos deixar em um estado de choque e revolta. Todo Malfoy é orgulhos, e de alguma forma isso deixou a todos, vendo o orgulho como uma qualidade, mas não se iluda tanto, meu neto" – diz, fazendo uma pausa para respirar e também olhar a garota – " Você, uma hora terá que pensar e ceder, ou acabará perdendo algo ou alguém muito importante por contar disso" – finaliza, a olhando profundamente.

Os garotos o olhavam admirados. Nunca imaginaram ver, Draco Malfoy se abrir dessa maneira. E já as garotas, o olhavam, apaixonadas, enquanto soltavam suspiros apaixonados.

– Por isso lhe peço do fundo do meu coração, peço uma simples coisa. Quando você encontrar alguém que realmente valha a pena. Alguém que faça, você ter a certeza que quer acordar, dormir, construir uma família e passar o resto do seus dias ao lado dela. Não a deixe ir, não a deixar escapar de maneira alguma. Agarre-a com toda sua força – completa, a olhando fixamente.

Então, ela finalmente cedeu a declaração dele. Lagrimas escorriam por seus olhos. Finalmente, lagrimas de felicidade. Na verdade, já estava rendida desde do momento que ele a olhou. O amou ainda mais, quando ele de alguma maneira acreditou nela. Se apaixonou mais uma vez, ao vê-lo revelar a verdade sobre a foto, e também quando a defendeu de Ronny. E simplesmente caiu de amores, quando o mesmo lhe falou da carta, enquanto a olhava fixamente.

– Eu amo você, Hermione – se declarar frente a todos – E eu, hoje, tenho certeza que vou te amar para sempre – completa, e em questão de segundos, todos estavam em pé, batendo palmas.

Sorrindo, entre lagrimas, ela se levantou e correu em direção a ele, que a recebeu rapidamente. Eles se abraçaram com força, esquecendo completamente das pessoas, que ainda batiam palmas para eles.

Todos estavam emocionados, nunca podiam imaginar que de um ódio sentido por tanto tempo, pudesse se transformar em um amor tão intenso, verdadeiro e profundo. Hermione e Draco, era a prova viva que quando o amor chegar, não existe forma de fuga, porque o amor simplesmente mudar tudo da noite para o dia.

Draco se virou para olhar para os colegas da sonserina, corvinal, lufa-lufa e grifinória – Posso dá um conselho a vocês? – pergunta, ainda em alto som, enquanto e vendo os olhos de todos sobre si, prosseguiu – Ame quem você quiser amar, ninguém tem nada a ver com suas escolhas. Porque no final, ninguém vai enxergar a pessoa que você amar, da mesma forma que você – completa, enquanto Hermione o abraçava forte, envolvendo seus braços ao redor da sua cintura – E eu enxergo agora, o que sempre esteve claro no meu coração teimoso e idiota – completa, dando um beijo no testa da castanha, que sorriu com o gesto.

(...)

Mas tarde, Hermione e Draco estavam abraçadinhos, agarrados e aconchegados na cama, desfrutando da mais doce intimidade enquanto se sentiam, finalmente completos. E então, a castanha que confessou-lhe algo que o fez se sentir o homem mais afortunando do mundo inteiro.

– Nunca me sentir tão feliz assim – ela disse, aconchegando se contra o corpo dele – Nunca, exceto na noite que recebi a carta de Hogwarts – completa, enquanto movia seus dedos sobre o peito do mesmo, fazendo desenhos imaginários de corações e as inicias dos seus nomes.

– Eu também – ele confessa, a apertando contra seu corpo – Eu nunca mais vou ficar tanto tempo longe de você. – promete, sorrindo antes de cobrir a si e ela com a colcha grossa.

Era uma promessa de simples palavras, contudo era uma promessa que ele cumpriria com todas suas forças. Era um sonserino, e de fato, promessas verdadeiras eram difíceis de serem cumpridas, no entanto, era uma promessa de um homem apaixonado e também do seu coração. Um juramento que cumpriria, custa-se o que custa-se.

E no final, Isso ó deixava em excelente companhia, Draco pensou enquanto olhava a neve caindo lá fora, através da janela. Em excelente companhia, pela primeira vez, sem dúvida alguma.