Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 5
Quadro abstrato.


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, eu sei. Me desculpem. Mudei de emprego e agora minha carga horária é maior, e a escola suga toda a minha alma, então...

Enjoy.



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5

Kurt passou a manhã inteira ouvindo sobre a importância de um quadro abstrato, e o que ele aprendeu daquela aula? Que ele teria um encontro com Blaine naquela tarde. Ele se sentia livre para chamar de encontro, porque um encontro é quando duas ou mais pessoas se reunem para conversar, não significava que era alguma coisa romântica.

Por mais que o castanho tivesse se sentido atraído por Blaine e tivesse flertado com ele na primeira vez que se viram, ele não queria nada além de amizade. Entenda, desde que Kurt chegou em New York todos os homens que se aproximaram dele estavam interessados em seu corpo. Ele adorava o sexo sem compromisso, quem não gostaria? Porém ele sentia falta de um amigo homem, e gay, com quem ele pudesse conversar abertamente sobre seus problemas.

Blaine se tornou importante para Kurt, e ele não queria estragar tudo em uma noite de prazer. Ele queria fazer com que a estadia do moreno fosse longa em sua vida. Ele agradeceu a Cronos pelo tempo ter passado tão rápido e já serem 18hrs, para que assim pudesse caminhar até a cafeteria.

– Boa tarde! – Blaine disse ao pé do ouvido de Kurt, fazendo com que o castanho se arrepiasse.

– Não faça isso de novo. – Kurt se encolheu, cobrindo o pesçoco. – Boa tarde.

Blaine começou a rir e fez seu pedido. Os dois caminharam para a sua mesa usual e sentaram-se. A conversa começou com assuntos da faculdade, e depois sobre seus amigos, e depois sobre a faculdade novamente. Já haviam se passado quase duas horas, e eles nem perceberam que o Sol já havia se posto.

– Nós somos apenas amigos, não é? – Kurt perguntou.

– Ah, claro. – Blaine respondeu estranhando a pergunta.

– Rachel me questionou sobre isso ontem, e eu não sabia se era claro que eu só quero amizade. – Kurt disse cauteloso e Blaine abriu um sorriso.

– Somos apenas amigos, bons amigos. – Blaine ainda sorria. – Talvez podemos colocar um pouco de cor na nossa amizade, mas apenas amigos. – Kurt começou a corar muito, ficou um verdadeiro pimentão. – Eu estou brincando, Kurt. – Blaine começou a gargalhar.

Buster. – Kurt olhou para baixo, querendo se esconder devido a quentura de suas bochechas. – Amigos são mais importantes pra mim que qualquer coisa, e podemos nos conhecer há apenas cinco dias, mas você se tornou muito importante pra mim.

– Isso foi muito bonito, Kurt. – Blaine sorriu e pegou a mão do castanho. – Eu nunca me aproximei tanto de alguém como de você, não em um tempo absurdamente pequeno.

Eles haviam pedido mais café, e assim que terminaram o terceiro copo, decidiram que iriam sair dali. Mas nenhum deles queria ir para casa, ou andar sozinho pela cidade. Eles queriam se divertir na companhia um do outro. Eles saíram pelas ruas e então Blaine teve a ideia perfeita.

– Tem um bar descendo a rua, está afim de ir? – Kurt logo se animou, pois fazia um certo tempo que ele não ia a nenhum bar.

– Claro. – Ele respondeu, e Blaine sorriu.

Os dois caminharam por mais duas quadras e pararam em frente ao Scandals o maior bar gay de New York. Kurt já havia ido ali umas duas vezes, e saiu acompanhado nas duas. Blaine ia quase toda a semana, mas nem sempre arranjava companhia para a noite, apenas gostava de ir para beber e conversar com estranhos.

– Hoje é a noite do karaoquê, você tem que cantar. – Kurt segurou os ombros de Blaine e lhe implorou.

– Tudo bem. – Blaine riu. – Mas você tem que cantar comigo.

– Ah não. – Kurt fez uma careta. – Não mesmo.

Kurt virou as costas e foi até o bar, pedindo por uma dose de vodka. Quando ele voltou seus olhos para o aglomerado de pessoas, encontrou Blaine sobre o palco, segurando um microfone. Ele sussurrou algo para o homem que comandava as músicas e falou:

– Boa noite, meu nome é Blaine e eu vou cantar um dueto com meu amigo Kurt. – Ele apontou para Kurt, que tossiu.

– Não! – O castanho gritou. – Me dê outra dose, por favor.

– Vamos, Kurt, é só uma música. – Blaine pediu e então um coro soou no local.

“Kurt. Kurt. Kurt. Kurt.”

Ele fuzilou Blaine com o olhar e se dirigiu ao palco, pegou um microfone e virou-se para multidão que ainda gritava o seu nome. Pediu silêncio e a música começou. Todos começaram a dançar e Blaine começou cantando. Kurt apenas acompanhava a melodia e cantava junto com Blaine, assim ninguém notaria a sua voz fina. Mas sem perceber, Blaine parou de cantar e ele ficou sozinho.

Oh oh, I want some more.

Oh oh, what are you waiting for?

Take a bit of my heart tonight.

Eles desceram do palco ao som de aplausos e vivas. Blaine sorria e Kurt estava corado. Ele foi direto ao bar e pediu mais duas doses. As coisas começaram a girar a sua volta, e ele não dava a mínima que fosse segunda feira e ele tinha aula na manhã seguinte.

– Acho melhor você parar com as doses. – Blaine tirou um dos copos da mão de Kurt. – Não venda mais nenhum para ele, tudo bem? – Blaine piscou para o barman que sorriu.

– Você me paga por ter me feito cantar. – Kurt disse sério.

– Mas a sua voz é tão linda. – Blaine disse sincero. – Por que não gosta?

– Porque não. – Kurt olhou para o local, tentando focar nas coisas. – Eu estou tonto.

– Também, tomou algumas doses a mais. – Blaine sorriu e tirou um chocolate da bolsa, entregando a Kurt. – Come, o açúcar vai fazer a tontura diminuir.

– Sabe, eu vou me vingar. – Kurt colocou um dedo na cara de Blaine. – Vou descobrir algo que você se envergonha, e irei te obrigar a se expor.

– Estou ficando com medo. – Blaine riu.

– Eu estou falando sério. – Kurt sorriu. – Esse chocolate é muito bom. – Ele lambeu os dedos sujos e pediu por mais.

– Não tenho mais, mas isso foi suficiente para fazer você voltar ao normal. – Kurt riu.

– Obrigado. Mais uma vez você está me salvando. – Kurt abraçou Blaine e afundou o rosto em seu pescoço.

– Droga! – Blaine disse e Kurt logo se afastou.

– Desculpa, não devia ter te abraçado. – O castanho disse sem jeito.

– Não, me desculpe. Eu gostei do abraço. – Ele sorriu sem jeito. – O meu problema é com aquilo. – Blaine apontou para a entrada do bar.

– O homem de camiseta cinza? – Kurt perguntou.

– Sim. – Blaine suspirou. – Sebastian, ele é um dos médicos no hospital que eu toco nos sábados, ele dá em cima de mim sempre que pode. – Blaine virou-se para Kurt. – Ei, você podia fingir ser meu namorado pra ele largar do meu pé.

– Acho que posso fazer melhor. – Kurt pegou uma dose sem que Blaine percebesse e bebeu.

Kurt caminhou na direção do médico sob o olhar de Blaine, ele andava decidido e sexy. Ele parou do lado de Sebastian, e o médico logo arqueou uma sobrancelha com a visão do castanho e então abriu um sorriso.

– Lembra de mim? – Kurt perguntou, gritando por conta da música.

– Claro, o homem do corte verde. – Sebastian sorriu.

– Eu mesmo. – Kurt gargalhou. – Então, o que faz por aqui? Achei que médicos não tinham vida social.

– As vezes nós conseguimos dar nossas escapadas. – O doutor sorriu e piscou para Kurt.

Blaine observava tudo do bar, e resolveu pedir uma cerveja. Quando voltou seus olhos para os dois castanhos do outro lado, os viu próximos. Próximos o suficiente para se beijarem e Kurt não perderia a oportunidade de pegar um médico gostoso.


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Notas finais do capítulo

Então, eu sei que a história ta meio louca ainda, eu estou tentando entrar no foco dela. Esse capítulo foi postado apenas porque fazia um tempinho já que eu não atualizava.

Eu não queria ser aquela autora chata que só escreve por reviews, mas são os reviews que me animam e o último teve só dois



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