Hats Up escrita por Mabée


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Tão pequena



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— O rei ordenou que confiscassem tudo dela — disse um dos guardas bem vestidos. — Nunca imaginei que uma garota deste tamanho teria tantas facas.

Podia-se ouvir o barulho da chuva pela pequena janela da masmorra. De vez em quando, caía água sobre a cama da cela, pois o castelo era cercado por um perigoso lago onde habitavam jacarés de longos e fortes dentes. Às vezes uns desses tentava morder as grades de aço que eram a única segurança da janela. Meredith usava seu pequeno casaco de couro que ganhara de seu pai. Sua camisa de seda estava encharcada, e seus ombros que ficavam à mostra, doíam pelo frio. Sua calça de alta qualidade, uma vez roubada em uma pequena cidade ao litoral, tinha um rasgo pequeno que era tapado por suas grandes botas de couro. Suas bainhas para espadas e facas estavam vazias, pois tudo lhe fora confiscado. Inclusive seu chapéu de retalhos de renda e com o detalhe fino de penas de falcão albino, que conseguira uma vez que acertara um em treinos de arco e flecha.

— É muita coisa para uma garotinha como você — disse um dos guardas enquanto ajeitava seu casaco azul.

— Ela não disse uma palavra desde que chegou aqui, há dois dias — o outro guarda comentou.

Meredith estava encostada à parede, observando a água cair da pequena janela. Ela não olhava para os guardas. Pensava que era uma imensa masmorra, e eles fizeram questão de lhe arranjar uma das piores celas possíveis. Pelo menos não era a mesma em que costumavam guardar os cavalos. Já esteve “hospedada” em masmorras antes, mas nunca chegou a ficar por tanto tempo em uma. Seu máximo fora um dia, e já estava nesta há quase três.

— Vocês dois ficarão sobre a vigia dela — disse outro guarda que havia acabado de chegar. Este possuía uma medalha em um dos bolsos de seu casaco.

A garota o olhou de relance e voltou a encarar a janela, pensando em qualquer estratégia para poder sair daquele local. Não conseguiria quebrar as grades, ainda mais sob a visão dos guardas. Pensou que poderia arrancar rapidamente um dos dentes de qualquer jacaré que abocanhasse o aço, mas corria risco de perder sua mão de “isca”.

Sua fome falava mais alto. Os pensamentos estavam se embaralhando enquanto ela apenas pensava em comer um bom pedaço dos queijos finos que seu pai havia roubado especialmente para ela. Já não estava mais com a cabeça em suas estratégias de fuga, quando avistou um caco de vidro caindo da janela diretamente na cama. Quando o pedaço colidiu com a pedra, ela torceu para que não tivesse quebrado, e sentou-se à frente para que os dois homens não vissem o que ela escondia. Eles a olharam por cima do ombro, mas imaginaram que o som fosse de seu movimento.

Com as mãos para trás, apalpou toda a área da cama feita de pedra e achou o vidro, cortando um pouco de seu dedo. Ignorou o pequeno incômodo da ardência e colocou na cintura da calça, para ficar fácil de manusear. Caminhou até as barras da cela e abaixou a cabeça, dando impressão de fraqueza. Um dos guardas cutucou ao outro quando notou a garota perto. Meredith sussurrou algo qualquer, na esperança de que eles se aproximassem mais, para ouvir melhor.

— Você quis dizer algo? — perguntou um dos guardas.

— Não chegue tão perto! — advertiu o outro.

— É só uma garota.

Quando o guarda virou seu rosto para dizer isto, Meredith não perdeu tempo. Cortou-lhe a garganta rapidamente, esperando que o homem caísse, e o outro sacou sua arma. Antes de desviar do tiro, a garota jogou o vidro ensanguentado diretamente em seu rosto, e por sorte, conseguiu acertar o olho. Viu que o primeiro guarda havia caído de lado, com as chaves caindo de seu bolso. Esticou sua mão e tentou pegar, mas estava longe de seu alcance. Passos e vozes soaram em eco pelo corredor, eram guardas.

Meredith precisava sair daquele local imediatamente, ou teria de cumprir pena de morte. Virou seu corpo e forçou-se contra as barras de ferro, tentando pegar as chaves. Quando tocou o metal frio, deslizou seu dedo, trazendo a chave para perto. Sem pensar, começou a testar uma por uma no cadeado, pois não havia tempo para decifrar através das marcas. Uma das chaves encaixou, e desajeitadamente, ela abriu o cadeado, arrastando a cela rapidamente.

Não se esqueceu de retirar o caco de vidro do olho do morto, pois pensou que pudesse usar ele novamente. Quando os passos se tornaram próximos, ela correu para trás do muro que formava uma parte do aro. Ficou encostada aos tijolos, sujando seu casaco de poeira. Quando pequena, aprendeu com seu pai que, nunca, jamais, deveria espiar através de um muro. Apenas perceber a proximidade através dos sons emitidos pelo outro.

— Estão mortos! — um guarda gritou. — A cela está aberta!

Os passos começaram a soar mais rápidos, como se estivessem correndo. Meredith estimou uns quatro guardas. E eles provavelmente estariam armados. Então ela não poderia lutar com todos. Ela teria de correr o mais rápido que conseguiria, e sem fazer muito barulho também. Por ser pequena, era ágil, então não havia problema.

Assim que os guardas passaram, Meredith segurou sua respiração e saiu correndo. Quando chegou ao pé da escada, lembrou-se de seu chapéu e apertou os lábios com nervosismo. Ela não sairia dali sem seu bem mais precioso. Segurando o caco de vidro, pensando no que fazer, um dos guardas facilitou seu trabalho. Caminhou de volta para trás, passando à sua frente. E Meredith não perdeu seu tempo. Pulou nas costas dele e tapou sua boca com uma das mãos enquanto a outra agarrava a gola do casaco. Passou o caco pelo pescoço com força, derramando sangue em suas próprias mãos.

— Ora essa — outro guarda observou. — Mais um! Separem-se!

— Esta garota não está sozinha — outro guarda disse. Meredith não odiava nada mais que quando questionavam sua capacidade. Fora muito bem treinada em sua infância, sempre estando preparada para grandes combates. Questionar de sua capacidade era quase como se questionassem os ensinamentos de seu pai, e isto lhe era uma grande ofensa. — Vou-me só até a escada.

Meredith esgueirou-se ao muro novamente e esperou que o homem passasse para lhe atirar o caco de vidro. Acertou seu pescoço, que fez com que ele caísse. Os outros homens deviam estar atentos, então a garota passou correndo de um muro ao outro, atirando sem enxergar a mira. E assim começou uma troca de tiros. Metade de seu corpo estava exposto, e ela acertou o peito de outro guarda. Só um restara, e ela pensou em mata-lo de modo mais violento.

— Saia daí! — gritou o homem. — Não me obrigue a lhe enfrentar!

A morena riu com a arma em mãos. Colocou o revólver no chão e retirou a espada da bainha. Analisou a lâmina forte e cortante, pensando que seria melhor estar com a sua. Sem se importar, começou a cantar uma música que ouvira de uma sereia certa vez. Não tinha o encanto, mas causava mais medo no guarda.

— P-pare com isso! — o homem gaguejou.

Passou os dedos pela lâmina e saiu detrás do muro, ficando exposta à visão do guarda enquanto assoviava. Não o olhava diretamente, encarava seus pés, mas podia ver que apontava sua arma para ela. A garota abriu um sorriso e virou-se de costas. Quando ouviu o guarda destravando o revólver, atirou-lhe a espada, certeira, em seu pescoço. Assistiu ao corpo sem vida caindo à sua frente e riu. Correu aos dois primeiros mortos e pegou seu chapéu, posicionando-o em sua cabeça.

Saiu correndo e foi em direção à pequena sala onde guardavam as armas que vinham junto dos prisioneiros. Meredith era a única prisioneira do local, então pensou que todos seus pertences estariam separados em algum lugar. Mas estava errada. Ao adentrar a sala, assustou-se com a quantidade de espadas, revólveres, ganchos e outras armas. Ela precisava sair da masmorra o mais rápido possível.

Iniciou sua procura, e, mais uma vez, deu sorte. Encontrou sua espada curvada através das pérolas verdes, que preenchiam o cabo, refletindo sobre o pequeno facho de luz que entrava pela porta. Sua arma achou acima de uma escrivaninha. Um dos guardas devia ter gostado tanto do modelo que resolveu deixar separado para pegar depois.

Meredith saiu da sala e subiu as escadas de pedra rapidamente, em meio a pouca iluminação presente no local. Aos tropeços, chegou ao topo, onde se escondeu atrás de uma porta por precaução. Ouviu passos e vozes, e a porta de madeira reforçada se abriu, formando um eco pela imensa masmorra. Teve uma rápida visão ampla de todo o local. Ela não havia notado o quão assustador era. E parecia maior de todas as anteriores.

Assim que os guardas desceram as escadas, ela saiu detrás da porta e foi embora do subterrâneo, trancando por fora. Não deu dez segundos para que os homens começassem a bater contra a madeira reforçada. A garota, então, riu novamente, e seguiu andando pelo corredor. Subiu outra pequena escada para estar no castelo em si. E o lugar era maravilhoso. As grandes colunas de mármore refinado preenchiam o vazio branco que era o saguão. Era noite, então o local parecia mais frio do que quando ela fora presa. Observou as pinturas nas paredes, todas emolduradas com peças de ouro. Algumas mesas de quina se estendiam pelo corredor, sendo usadas de apoio para muitos vasos de flores raras e cristais.

A garota avistou guardas se aproximando, e retirou sua arma da bainha, agachando-se atrás de uma poltrona. Eram mais três guardas. Meredith observou suas vestes e pensou no quão ridículos eles estavam. Os uniformes se baseavam em pequenos casacos no tom de azul padrão, calças brancas e botas pretas. Sem contar os chapéus que mais pareciam, na verdade, imitações baratas dos piratas.

Assim que o primeiro homem passou, Meredith estendeu a perna para que ele tropeçasse e atirou no que passou em seguida. Retirou a faca da bainha e correu em direção ao outro que permanecia em pé, fincando-a em seu peito, logo, removendo. Saiu correndo pelo saguão, com seus passos ecoando pelo local. O mármore do chão estava manchado com o sangue em suas pegadas. Mas isso só a fazia sentir-se maior.

Ao fim do corredor, encontrou uma grande porta branca e cheia de detalhes. Abriu-a apenas porque se sentiu atraída, e encontrou o que lhe animou: a sala dos tronos. Também era um grande salão, cheio de pilares e cortinas. E ao canto, posicionados a frente de uma grande vidraça que continha o desenho colorido da família real. O rei, a rainha, e a filha. Os tronos eram apenas dois, pois a filha não tinha idade suficiente para sentar-se em um próprio.

Meredith ouvira falar de Hester, a herdeira, anteriormente. Nunca havia visto a garota pessoalmente, mas sabia exatamente de sua descrição: morena, grandes olhos castanhos e um sorriso que conquistava o país. Mas Meredith tinha nojo dos nobres, que tinham tudo em suas mãos sem esforço qualquer. Comida, armas, roupas... Coisas que ela nunca teria sem roubar. Sem mencionar o fato de Hester ter vários homens caindo aos seus pés, apenas usando longos vestidos dos mais caros tecidos do país. Meredith nunca usaria um daqueles. Jamais.

Tendo sua espada em mãos, pensou em fazer algo que aliviaria sua raiva. Posicionou a lâmina nas almofadas do trono e começou a rasgar, sem compaixão alguma. Tirava o estofamento e o jogava para cima, como se fosse neve. Essa era sua diversão: a destruição.

Quando estava prestes a sair, aproximou-se da pintura clara das paredes e resolveu fazer algo para deixar sua marca. Forçando a espada, começou a escrever seu apelido de pirata, Suddeath, que lhe fora concebido em seu primeiro ataque a um palacete nobre do interior. Suddeath é uma junção de “sudden death”, que significa “morte súbita”. Seu pai lhe deu este apelido por causa das rápidas mortes que ela causou na invasão, e ela se orgulhava dele.

A morena olhou para sua “obra de arte” e sorriu.

— É uma invasão! Chamem as patrulhas noturnas! — gritou alguém.

A garota sentiu seu estômago revirar-se de medo, e sem pensar duas vezes, saiu correndo do local, com a espada em mãos. Saiu pela porta lateral, que dava em outro corredor do castelo. Tentou lembrar-se do mapa mental que havia feito, mas não teve muito sucesso, então, resolveu ir pelo improviso. O outro corredor era exatamente igual ao anterior, porém, suas pinturas eram diferentes. Meredith continuou a correr reto, quando encontrou um aro ao fim, e esgueirou-se, esperando ouvir qualquer barulho. Como não ouviu nada, espiou para fora, e, por fim, concluiu que não havia ninguém na vigia.

Aquela só podia ser a porta principal, pois era imensa, de madeira clara, e ficava centralizada em um imenso saguão preenchido por grandes poltronas finas. A morena seguiu andando lentamente, para não fazer barulho, e tentou empurrar a porta, mas não conseguiu. E então, ela lembrou-se que aquela porta não abriria sem ter alguém do lado de fora. Ela precisava sair por alguma janela. Porém, as janelas dos corredores e do saguão eram feitas de uma espécie de vidro mais reforçado, do qual não quebraria com um pulo. Um pirata de seu grupo havia lhe dito isso.

Bufando de raiva, deu meia-volta e correu em direção ao fim do saguão, onde ficava a escadaria. Ouviu outros passos além dos seus e procurou se esconder atrás da escada. De ouvidos atentos e respiração fraca, a garota esperou os passos soarem numa distância razoável para que ela pudesse subir os degraus.

Quando os passos pareceram distantes, Meredith apressou-se e subiu a escada rapidamente, quase tropeçando e caindo muitas vezes. Ao chegar aos corredores (dos quais ela já estava cansada de ver pelo castelo), a garota foi pela esquerda, primeiramente, para achar algum banheiro ou quarto que pudesse ser isolado. Assim, ninguém acordaria com sua fuga.

Mais uma vez, correu pelo corredor e chegou a uma porta de madeira branca, da qual apenas abriu. Não reparou muito no quarto, só que ele não era tão imenso quanto ela achou que fosse. Notou que havia uma penteadeira ao lado de uma porta, e pegou algumas joias que encontrou em uma das gavetas. Estes ricos colocavam joias até para seus hóspedes?! Meredith resolveu não pular pela janela. Ela não queria morrer. Apenas afastou as cortinas e começou a abrir o fecho.

— O que você está fazendo? — soou uma voz delicada atrás da garota.

Meredith virou seu rosto e viu uma figura vestida com uma longa camisola e usando o cabelo em forma de trança, que caía pelo ombro esquerdo. Ela virou sua cabeça novamente, mas em direção à cama, e então notou que estava bagunçada. Alguém estava dormindo naquele local. Retirou sua faca da bainha, e olhou para a outra garota com desdém.

— Quem é você? — a garota das tranças perguntou.

— Ou você fica quieta, ou eu enfio essa lâmina no seu pescoço — ameaçou Meredith.

— Você não pode invadir um castelo, me matar e sair pela janela do meu quarto. Vão descobrir sua identidade!

— Claro que não — respondeu enquanto ajeitava seu chapéu.

— Você quer comida? Roupas? Posso lhe oferecer o que quiser — continuou a garota da camisola.

— Eu posso te matar neste exato momento — retrucou Meredith.

— Mate-me então.

A garota ficou sem ação. Ela não queria matar mais alguém naquela noite. Ainda mais uma pessoa que aparentava ter sua idade.

— Quem é você? — perguntou a morena.

— Hester — disse a garota da trança por fim.

Meredith sentiu-se irritada por um pequeno momento. Estava cara-a-cara com a garota que tinha tudo de mão beijada e parecia não se conter com o que possuía. Hester parecia tão simples, sem os vestidos de alta qualidade, sem as joias, sem os guardas lhe protegendo. Parecia com Meredith, tirando o fato de a jovem ser uma ladra assassina.

— Vamos fazer um acordo, Hester — Meredith guardou a espada e levantou uma mão em modo de rendição. — Eu não te mato e você não diz minha descrição para colocar em panfletos de “procurado”.

— Como posso confiar que você não me mataria?

— Não pode — respondeu a pirata. — Mas deveria.

Hester pareceu confusa naquele momento, mas sinalizou assentir com a cabeça, engolindo em seco. Meredith então sorriu para a outra, como se dissesse um “adeus” e terminou de abrir a janela, pulando em um arbusto. Caiu de joelhos, para não fraturar as pernas, e levantou-se, pondo-se a correr novamente. Atravessou a ponte que passava por cima do lago, que separava o castelo da cidade, e pisou no chão de pedras. Fincou a faca pelas costas do guarda que vigiava a ponte e atirou na cabeça do outro.

Enquanto corria, avistou um homem de capuz que segurava um pequeno saco de dinheiro, saindo do banco. Notou então que era um pobre da cidade, e não o matou. Retirou um colar de prata delicada de seu bolso e lhe entregou. O homem sorriu com uma tosse e seguiu andando, sinalizando um tchau à garota.

Chegando ao porto, não precisou matar os guardas. Dois tiros certeiros, um em cada, os fizeram cair mortos. Avistou, então, o grande barco de seu grupo, e seu pai com um pé posicionado à entrada, com o sorriso de orgulho. Ele vestia o mesmo de sempre: seu casaco longo com detalhes dourados, uma blusa de botões na gola, calças escuras, dois lenços amarrados em um buraco que fizera no bolso, e suas botas de amarril. Seu chapéu era curvado e tinha sua marca registrada. O lenço vermelho que caía pela lateral.

— Precisei lhe mandar ajuda, ou ficaria mais dias na masmorra — respondeu o homem.

Ele era um homem jovem, não mais que quarenta anos. Viúvo, vingativo e com muito amor à sua filha. E Meredith procurava sempre deixa-lo orgulhoso de seus atos.

— Eu me viraria sem o caco de vidro — respondeu um tanto que emburrada.

— Veremos na próxima vez — o homem sempre referia à “próxima vez”, pois sabia do risco de ser preso ou estar nos limites da vida que era ser pirata. Mas Meredith já havia se acostumado com este detalhe. — Algo de novo?

— Consegui matar três guardas com o pedaço de vidro — sorriu a jovem. — Deixei minha marca na sala dos tronos também, como o senhor faz, pai.

— Já conversamos sobre isso, Meredith. Pai é íntimo demais. Piratas não podem possuir afeto. Para você é Capitão Northre.

— Sim, desculpe — a garota assentiu de cabeça baixa.

Por mais que sentisse uma desconhecida quando chamava seu pai pelo apelido de auto mar, ela sabia que ele estava certo. A regra do não-apego fora criada por ele quando se apaixonou pela mãe de Meredith. Seu nome verdadeiro era Kallin, mas havia ganhado o apelido por causar muitos problemas ao norte, ou algo parecido.

— Temos que partir ao Leste — avisou. — Estamos cheios de problemas aqui no Oeste.

— Claro — Meredith concordou. — Tenho que limpar o sangue de minhas armas.

— Tenho alguns lenços velhos na cabine. Após limpar, vá dormir. Você precisa de descanso.

— Sim, capitão.

— Boa noite — o homem sorriu.

— Boa noite — Meredith sorriu de volta.


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Notas finais do capítulo

Roubaram-lhe a infância



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