A outra clareira escrita por Misty


Capítulo 1
Encontrando algo novo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!



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Já estive neste labirinto tantas vezes que já perdi a conta. Estou praticamente andado em círculos apesar de saber de cor este lugar, só que uma coisa mudou isso achei um corredor que nunca tinha visto antes olhei no relógio que tinha no meu pulso e percebi que ainda tinha tempo para investigar, corri para direita, esquerda, direita e vi ao longe um portão peguei a faca que sempre estava comigo e me aproximei até o lugar. Quando passei do limite do portão vejo uma clareira igual a minha só que estava cheio de garotos.

–Que lugar é este ?!- Pensei

Entrei mais um pouco, me escondi nos arbustos que tinham ali por perto , alguns trabalhavam nas hortas, outros cortavam madeira e um grupo maior estava mais afastado parecendo resolver alguma coisa, fiquei olhando eles por um tempo estava tão atenta que nem percebi que tinha alguém me olhando

– Quem é você trolha?

Cai no chão com o susto, vi que era um garoto alto, loiro com a aparecia de ter uns 17 anos eu acho, tentei correr só que ele me pegou pela cintura e me arrastou para onde o grupo maior estava reunido, fiquei me debatendo só que sem sucesso estava com medo no que poderia acontecer comigo.

–Olha quem temos aqui, uma intrusa!- O garoto me jogou no chão, os outros ficaram me olhando sem reação.

–Me deixem ir embora!- Levantei só que me jogaram no chão de novo- Não quero problemas!

–Quem é você e o que esta fazendo aqui?- Perguntou um rapaz negro, ele se abaixou e ficou me olhando

–Eu estava no labirinto e achei uma passagem nova e fui ver onde dava, acabei vindo para cá- Expliquei calma- Por favor, me deixem ir!

–Não posso ti deixar ir não é seguro!

–Não é seguro?? Eu conheço este labirinto como a palma da minha mão, sei para onde ir- Falei levemente irritada

–Que bom para você!- Falou irônico- Mas sabe que hora é esta?

Olhei novamente para o meu relógio que marcava 18h é o horário que os portões se fechavam, falando nisto comecei a ouvir ruídos

–Não acredito!- Me levantei, mesmo que eu corresse não iria dar tempo de passar, vou ser obrigada a passar a noite com estes desconhecidos- O que eu vou fazer agora??

–Eu sei o que fazer, coloquem ela no amansador – Ordenou o Rapaz que conversava comigo

Dois meninos se adiantaram e me agarraram pelos braços me acompanhando para fora da ali, andamos até um lugar afastado, me jogaram em um tipo de buraco e fecharam a porta. Isso que da ser tão curiosa, se tivesse passado direto do corredor não estaria nesta situação.

A noite caiu e comecei a ficar nervosa as outras meninas poderiam estar preocupadas com meu sumiço, vou ter que dar um jeito de sair daqui quando os portões abrirem, mas até la vou ter que ficar aqui sentada sem nada para fazer. Passou um tempo é minha fome foi aumentando, a comida que eu tinha na bolsa já acabou posso desmaiar a qualquer momento aqui.

–Me tira daqui!!- Comecei a gritar- Prometo que não mato ninguém!!

–Nossa que bom argumento!- Respondeu algum deles rindo

Passou mais um tempo e resolvi ficar deitada caso desmaiasse era só fechar os olhos só que ouvi um barulho, me levantei assustada

–Calma fedelha, só pensei que poderia estar com fome... Alias eu sou Alby e você?- Era aquele rapaz negro trazendo comida

–Maya- Fiquei com receio de aceitar a comida que trouxe, mesmo assim não pensei muito e comecei a comer

–Como veio parar aqui?

–Já falei, estava passando e vi um corredor novo então viu ver

–Mas porque estava no labirinto?

–Estava procurando uma saída como faço todo dia para tirar eu e minhas amigas deste lugar

–Quer dizer que tem outras ? Quantas?

Pensei um pouco antes de responder- Umas 20 meninas! Por favor me deixa sair daqui, não vou machucar ninguém, ne verdade estou desarmada dendê que me pegaram nos arbustos- O que era verdade, quando me assustei deixei cair minha única faca

–Esta bem, mas quando o sol nascer você de o fora daqui não quero encrenca!- Alertou ele

Concordei com a cabeça, esperei ele abrir a porta , sai só que não consegui dar dois passos e sai

–O que aconteceu?- Perguntou Alby confuso

–Acho que minhas pernas adormeceram só que faltava!

–Uma corredora que não corre! Esta é boa!- Alby riu da minha situação , ele me ajudou a levantar e andar até eu conseguir andar sozinha- Vou ti apresentar o pessoal

–Não precisa só vou ficar aqui esta noite, não vou ter tempo para decorar o nome de ninguém!

Não respondeu só me arrastou onde o pessoal estava em envolta de uma grande fogueira. Sentei-me em um tronco e ele sentou ao meu lado

– O que esta trolha esta fazendo fora do amansador?- Falou o loiro que me ‘’sequestrou’’ mais cedo

–Ela não apresenta ameaça e fui eu mesmo que a tirei então fica frio, Gally- O menino bufou nervoso e saiu- Não ligue!

–Tudo bem, me responda uma coisa a quando tempo vocês estão aqui?

– Três anos, tipo eu estou a três, mas tem alguns que estão a pouco tempo

Assustei-me com a responda por que a minha turma também estava aqui a três anos

–É todo mês aparece alguém novo junto com os mantimentos e outras coisas?

–Sim, na verdade vai chegar outro amanhã- Alby respondeu, mas depois pensou- Como sabe disto?

–Porque na minha clareira acontece a mesma coisa e também vai chegar alguém amanhã

Será que isso pode ser alguma coincidência? Ficamos conversando mais um pouco, conhecendo o pessoal e depois decidimos todos ir dormir, eu dormir por ali mesmo na verdade só fiquei deitada porque dormir não iria consegui de jeito nenhum.

*****

Dormir muito pouco acordei com a claridade nos meus olhos e o barulho dos portões se abrindo era a minha chance. Arrumei-me o mais rápido que consegui quando estava saindo esbarrei em Minho.

–Onde pensa que vai?- Perguntou ele com os braços cruzados

–Me mandar daqui, tenho que voltar para minha turma- Passei por ele colocando a minha mochila nas costas- Se depender de mim, não volto para cá!

– Porque não?- Correu e ficou na minha frente de novo

–Vocês são doidos, não é a toa que nos separaram, tenho que ir!

Sai daquele lugar o mais rápido que consegui nem olhei para trás, tentei lembrar do caminho de volta direita, esquerda, direita, uns 100 metros a frente e dobra mais um pouco, parei porque afinal não sou de ferro. Recuperei o folego, voltei a correr até chegar ao eu destino.

–Finalmente!!

–Gente ela chegou!- Gritou umas nas meninas- Pensamos que tivesse morrido!

–Não foi por falta de esforço!- Ri cansada- Preciso de agua e comida, por favor!

Sentei-me à mesa improvisada que usávamos para as refeições e as meninas sentaram ao meu redor

–Vocês não vão acreditar no que encontrei, tem outra clareira por aqui, mas só tem meninos!- Falei bebendo um grande gole de água!


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