Escolhas do coração escrita por Achyle Vieira


Capítulo 19
Capítulo 19 - Chantagem


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem pela demora, mas o capítulo só ficou pronto essa semana.
Boa leitura!



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Mas é muito atrevido mesmo!

Eu: Quanto você quer?

Ele deu uma gargalhada maliciosa jogando a cabeça para trás. Depois que parou e rir se aproximou de mim deixando a distancia de aproximadamente cinco centímetros do meu rosto.

Gabriel: É uma pergunta tentadora. Inicialmente apenas um, mas com o tempo nós podemos aumentar a quantidade.

Eu: Um? Como assim apenas um? Eu estou falando de ouro. Quanto vale sua aula.

Gabriel: Minha querida Esh, acho que você me entendeu mal...

Eu: Não me chame de Esh. — Corto-o.

Gabriel: Tudo bem, mas vou ter que colocar outro apelido em você. Continuando... Meu menor preço é um beijo.

O empurro de perto de mim e o olho indignada.

Eu: Só nos seus sonhos, Dom Juan.

Gabriel: Então vai ter que pedir ajuda para outra pessoa, amor. Duvido muito que um dos soldados ensine uma coisa tão brutal a uma princesa.

O pior é ter que aceitar que ele está certo. Nenhum soldado me ensinaria nada relacionado a luta.

Eu: Tudo bem, eu aceito. Mas, será um beijo na bochecha. Nada mais do que isso. E pare de me chamar de "amor".

Ele balançou o dedo indicador negativamente.

Gabriel: Nada disso, amor. Quero um beijo, de verdade.

Eu: Pois fique sabendo que a única coisa que vai conseguir de mim, e com muito esforço, será um beijo na bochecha, seu atrevido.

Depois de mais alguns minutos de discussão ele acabou aceitando o acordo do beijo na bochecha e ainda se atreveu a dizer que continuaria me chamando de amor por que gosta de me ver irritada.

Gabriel: Mas quero deixar bem claro que meu objetivo sempre será ganhar um beijo seu espontaneamente.

Eu: Quanto mais alto o sonho, pior a queda.

Gabriel: garanto a você que não vou cair. Você estará entre as nuvens me esperando com os lábios prontos, docinho.

Dei um tapa em seu rosto depois do que ele falou. Ele realmente sabe como me irritar. Como se já não bastasse o estresse que estou por causa do irmão dele.

Eu: Não sou comida seu idiota. Agora saia do meu quarto.

Ele passou a mão na bochecha e sorriu.

Gabriel: Isso vai ser divertido.

Dito isso foi embora. Ele é repugnante.

Passei a tarde trancada no quarto pensando em uma forma de fazer com que papai descobrisse a traição de mamãe. Nunca imaginei que ela fosse fazer esse tipo de coisa. Ela nunca demonstrou amor por papai, mas, no fundo, eu tinha esperanças de que ela sentia alguma coisa por ele, mesmo que não fosse amor.

Ela é a rainha. O que uma mulher como ela poderia querer mais do que isso?

Por um momento senti náuseas em pensar mamãe com aquele doutorzinho. Era sufocante imaginar mamãe traindo papai com Neilan. É o pior tipo de traição!

Ouvi batidas na porta e fui abri-la. Uma criada estava esperando pacientemente, mas estava com os olhos um pouco arregalados e as bochechas vermelhas. Reconheci-a, é uma das criadas de mamãe.

Ela disse que mamãe mandou que eu comparecesse aos aposentos da rainha e foi embora.

Fui para o quarto de mamãe um pouco ansiosa, não sabia sobre o que ela queria conversar, mas sabia que não poderia ser algo bom.

Bati na porta de seu quarto e me surpreendi quando Vaiolet abriu a porta. Ela estava um pouco pálida e com olheiras.

Vaiolet: Boa sorte com a mamãe, ela está furiosa com você. – sussurrou e sorriu.

Eu: O que ela quer conversar comigo?

Vaiolet: Não sei. Deixarei vocês a sós.

Entrei no quarto assim que Vaiolet saiu, mamãe estava no banheiro e saiu assim que eu fechei a porta do quarto.

Uma de suas criadas estava sentada ao canto com o olhar um pouco assustado.

Eliza: Deixe-me a sós com minha filha. – disse para a criada, que saiu assim que mamãe mandou.

Ótimo! Agora estamos sozinha.

Eu: Queria conversar comigo mamãe?

Eliza: Sim. Tenho que colocar você no seu devido lugar.

Eu: O que quer dizer?

Eliza: Sejamos francas. Cansei dessa brincadeira. Cansei de você. Já sei que você sabe sobre mim e Neilan e quero deixar claro uma coisa.

Eu: Ótimo! Pois assim conto o que fiz. Seu amante vai embora do reino...

Eliza: A rainha aqui sou eu, sua ingrata. – me interrompe. – Você não tem direito de nada.

Eu: Exatamente. Você é a rainha! Como pode trair o rei, seu marido, de forma tão nojenta...

Fui interrompida por um tapa no rosto.

Eliza:Cale-se!

Meu rosto queimava onde a mão dela tinha batido, tenho certeza que meu rosto estava com a marca de seus dedos. Meus olhos marejaram, mas não eram lágrimas e dor, mas sim de raiva.

Eliza: Agora escute o que vou dizer: ocê vai ficar quietinha, ou, eu vou contar para Robert e seu noivo que você o meu outro querido-futuro-genro, Felipe, estão tendo... Uma relação com bastante "afeto".

Eu: De onde você tirou isso? – tentei desconversar, mas sabia que minha expressão estava me entregando. – Eu...

Eliza: Eu tenho ouvidos por todo o palácio, sei de tudo que acontece aqui dentro.

Virei de costas para ela, não queria mais olhar em seu rosto. Acabaria me deixando levar pela raiva que estava sentindo e faria uma besteira.

Eu: Por que você me odeia tanto? O que eu fiz pra você? – Minha voz saiu rouca e trêmula.

Eliza: Porque você nasceu!

Me senti mais humilhada ainda. Como se já não bastasse descobrir que fui traída pelo meu próprio pai, minha mãe me odiava pelo simples fato de eu ter nascido.

Continue assim Eshley! Mais um pouquinho e você morre de desgosto.

Quando sai do quarto de mamãe esbarrei com alguém. Estava tão desnorteada que nem percebi que era Felipe, as lágrimas embaçaram minha vista de tal forma que, se não fosse ele, não teria conseguido voltar para meu quarto sozinha.

Ele me levou até meu quarto e pediu que Marta fosse buscar algo para que eu me acalmasse – foi aí que eu percebi que era ele – e começou a acariciar minha bocheca onde mamãe tinha batido, ela estava queimando e ardendo ao mesmo tempo.

Felipe: Você quer me contar o que aconteceu?

Balancei a cabeça negativamente, em resposta.

Felipe: Tudo bem, não tem problema.

Ele passou o braço ao redor da minha cintura e acomodou minha cabeça em seu ombro.

Eu estava me sentindo tão humilhada, a última coisa que queria era falar sobre o que tinha acontecido. Apenas me aconcheguei a ele e deixei que as lágrimas continuassem a rolar pelo meu rosto.

Marta voltou trazendo uma jarra de água e alguns comprimidos. Felipe os pegou e me ofereceu.

Felipe: Tome e descanse. Sei que você está chateada comigo, mas nunca vou sair do seu lado. Quando quiser conversar estarei aqui.

Tomei os comprimidos e me deitei na cama. Aos poucos meus olhos pesaram – Felipe esteve ao meu lado o tempo todo – e então, peguei no sono.

Não sei quanto tempo dormi, mas quando acordei já era noite. Ouvi Marta e Emma conversarem e me virei atempo de ver Marta com a mão na barriga de Emma.

Emma: A senhora acha que vai demorar muito para ele começar a mexer?

Marta: Não, principalmente se ele for como você. As vezes achava que você estava dando cambalhotas dentro da minha barriga.

Elas riram e se viraram na minha direção quando perceberam que eu havia acordado.

Eu: Quanto tempo eu dormi?

Marta: Apenas por algumas horas.

Emma: Por quase quatro horas, pra ser mais exata.

Eu: Todos já jantaram?

Emma: Sim. Quer que eu traga seu jantar agora?

Eu: Não, não é preciso. Estou sem fome.

Marta: Se me permite dizer alteza, não acho que seja uma boa ideia a srta. ficar sem comer.

Eu: Tudo bem, mas não estou com muita fome.

Emma foi buscar meu jantar e eu aproveitei para perguntar a Marta como estava indo a gravidez de Emma. Marta ficou muito feliz em falar que estava tudo bem com o bebê, mas percebi que ela ainda continuava um pouco preocupada com o fato de Emma ser mãe.

Eu: Ela e Pedro tem que casarem antes que a barriga comece a aparecer.

Marta: Não sei se quero que ela case com aquele garoto.

Eu: Eu entendo você Marta, mas isso é Emma que tem que decidir, e ele já provou que a ama e que quer assumir a criança e casar com ela. Você não pode interferir no amor dos dois.

Marta: Eu só quero o melhor para ela.

Eu: Nossas escolhas são quem escrevem nosso destino e Emma já fez as escolhas dela. Apenas a ajude para que ela possa ser uma boa mãe e esposa.

Quando Emma voltou nós paramos a conversa, eu não queria deixá-la constrangida ou algo parecido.

Estava terminando de comer meu jantar quando a porta do quarto foi aberta e Gabriel entrou, sem nem ao menos bater. Ele andou apressadamente até minha cama e sentou ao meu lado, tirou a bandeja do meu jantar do meu colo e a entregou a Emma, depois me abraçou.

Gabriel: O que aconteceu? Você está bem? Quem te fez chorar? – Ele passou o olhar pelo meu corpo me examinando, procurando algum indício de agressão, acho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Kiss