Angels Flying escrita por Art In The Dark


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Capítulo Dois

Cam acordou com gritos desesperados e pedidos de socorro. Seu quarto ficava ao lado do de Annabell, correu para acalmá-la. Abrindo a porta do quarto da pequena menina, seu peito apertou. Não queria vê-la chorando, gritando, com dor. Queria vê-la feliz, sorrindo, gargalhando. Sacudiu seu corpo levemente, chamando seu nome e dizendo que estava tudo bem. Annabell abriu os olhos assustada, suas mãos no pescoço de Cam, pronta para estrangulá-lo, e então se deu conta do que estava fazendo. Suas mãos caíram ao lado de seu corpo.

–Desculpe.

–Tudo bem – abraçou-a - foi só um pesadelo. Volte a dormir, acho que... – passou a mão nos cabelos, desconcertado – vou para o meu quarto. – virou-se para ir embora, enquanto sentia a mão de Annabell segurando-o

–Você pode ficar esta noite? – Ele assentiu enquanto levantava o edredom para se deitar ao lado dela. Acomodou-a em seus braços de modo protetor enquanto ela encostava a cabeça em seu peito

–Sente-se segura? – perguntou Cam.

–Sim. – Podia sentir o sorriso do menino.

–Fico feliz. Boa noite. – Ela nada respondeu, mas soube que enfim teria uma noite de paz.

Annabell sentiu Cam levantar da cama. Cochilou por mais alguns minutos.

–Annabell – ouviu seu nome ser chamado longe e suavemente. Abriu os olhos, encontrando um verde profundo. – O café está pronto, venha.

–Que café? – olhou-o confusa. Cam soltou uma risada.

–Preparei café da manhã para você. Estou te esperando lá embaixo. – saiu. Annabell se levantou em pulo, arrumou sua cama e colocou uma calça legging e uma regata preta. Ao descer as escadas olhou para a mesa bem posta a sua frente.

–Fez tudo isso sozinho? – arregalou os olhos. Chegava a ser uma expressão engraçada.

–Roland me ajudou, queria fazer sozinho, mas não tenho muita experiência em comida. – confessou

–Onde estão todos?

– Ariane e Roland não costumam tomar café da manhã e Annabelle deve estar descendo. – No final da frase era possível ver o seu cabelo rosa. Deu um sorriso como se dissesse um “bom dia” silencioso e sentou-se para comer com eles. Silênciosos comeram e saíram.

Annabell foi para o jardim da casa, que ficava na parte de trás da casa. Sentou-se em um tronco de árvore caído no meio do quintal, imaginou ser de propósito. Sentiu alguém sentando ao seu lado. Olhou para o lado e viu Cam.

–Gosto do seu cheiro. – disse Cam. – Annabell deu uma gargalhada e olhou-o divertida – É sério! Você tem cheiro de morango. - Ela riu mais uma vez. Cam aproximou seu rosto do da jovem e segurou sua cintura, prestes a beijá-la.

–Cam... – Sussurrou Annabell em dúvida. – Não sei se deveríamos.

–Pois eu acho que sim – sussurrou Cam em reposta e sorriu – Me de uma chance, me deixe te mostrar. – aproximou mais seu rosto do dela e então seus lábios se tocaram. Não foi mágico, mas fora especial. Significou alguma coisa para Annabell, e para Cam. Separaram-se, Annabell desviou seu olhar para suas pernas.

–Como fica agora? – Ele sabia do que ela estava falando. Eles se conheceram há tão pouco tempo, ele não quase nada sobre ela e nem ela sobre ele e já estavam aos beijos. Mas ele não se importava, gostava dela. Iriam se conhecer melhor.

–Vamos nos conhecer melhor. Um vai ter o lugar na vida do outro. – seus olhos estavam cheios de esperança.

–Já estamos fazendo planos para o futuro? Nem sabemos se amanhã estaremos vivos! – exclamou. Não queria ser magoada, não queria magoar. – Tenho uma batalha pela frente, Cam. Nem meus companheiros nem eu estaremos seguros. – os dois murcharam.

–Não são exatamente planos, sim sonhos. Sonhar é bom Annabell!

–Vamos correr pela floresta amanhã? Todos nós, assim podemos nos conhecer melhor. – Deu um meio-sorriso para o garoto e saiu.

De noite, enquanto Annabell estava tomando banho e todos estavam reunidos na cozinha, Cam decidiu que queria lutar contra a Balança. Annabell iria querer tirar a “idéia absurda” de sua cabeça, então colocaria a idéia na cabeça de todos.

–Tomei uma decisão difícil. – todos se viraram para ele. – Vou lutar contra a Balança. Quero que vocês lutem comigo.

–Cam isso é perigoso. Uma vez que você entra em uma batalha de anjos, você tem que ir até o fim. – Roland disse.

–Nós sabemos que você gosta de Annabell, Cam. Mas ela tem suas batalhas e você deve ter as suas. – foi à vez de Annabelle se manifestar.

–Não vou lutar por ela, mas sim por mim. Essa é a oportunidade que nós temos de descontar a nossa raiva em alguém. Eles tiveram parte em tudo o que aconteceu nos atrapalharam.

–Podemos descontar nossa raiva, mas e a nossa dor, pra onde vai? – Ariane perguntou abaixando a cabeça de modo que seus cabelos negros cobrissem o seu rosto.

–Ela não vai passar. Sempre vai estar lá e toda vez que pensarmos nisso, ela vai voltar. Vão ter horas que vocês não vão ficar tão abalados com isso, mas sempre ai ter vestígios dela.

–Eu lutarei com você, mesmo que eles não venham. Cansei de ficar parada só esperando algo acontecer.

–Irei com ela Roland – Annabelle. – Venha.

–Eu vou. Mas vocês duas achavam que as coisas iriam se desacertar, talvez vocês sejam responsáveis pela desgraça que estão temendo.

–Eu não me importo. Quero ser livre. – sorriu Annabelle e foi para seu quarto. Annabell que ouvira parte da conversa estava aliviada, pela primeira vez não tinha nada com isso.

Logo que amanheceu Annabell levantou da cama, foi para o jardim, se surpreendendo em encontrar Ariane.

–Vamos todos lutar com você. – disse.

–Acho melhor não. – respondeu simplesmente.

–Vamos dar um jeito. Queremos a sua ajuda.

–Se querem batalhar tanto assim precisam lutar melhor, o que vocês sabem não é o suficiente. – Ariane franziu o cenho – Posso ajudar. Tirou duas adagas de seus coturnos. Entregou uma para Ariane. – Vamos Lutar. – Ariane arregalou os olhos.

–Vou ter que brigar com você? E por que carrega armas sempre consigo?

–Relaxa Ariane! Não é como se fosse me machucar. – sorriu – Eu tenho que carregar armas comigo porque o meu oponente pode estar armado, e fica mais fácil me defender, essas adagas não são ideais para atirar mais dão para o gasto. Mostre-me o que sabe. – chamou provocativa. Iria ser divertido.


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