Apto 33 - Onde Encontrar A Morte? escrita por Y23


Capítulo 3
Please Don't Let Me Go


Notas iniciais do capítulo

Segue o link da música que deu nome ao capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=toZfGJl3pwU
Espero que gostem, no fim os nomes de Samantha e Dan tem hiperlinks, cliquem e verão as pessoas reais que escolhi para representarem os dois.
Boa leitura...



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– O que é isso? – Daniel falou em tom espantado, apontando na direção do espelho.

– É só um espelho, estava aqui antes de mim. – Sam respondeu sem se virar.

A imagem da mulher com a face queimada continuava olhando para Daniel, com um olhar assustador de uma pena tão profunda, que parecia suplicar por algo que ele não sabia ao certo o que era. Ela estendeu sua mão rugosa e ensanguentada e a pôs para fora do espelho, que apresentou ondulações em seguida, como se ele fosse líquido. O rosto chamuscado foi projetado para fora do objeto, sem fazer som algum, a velha levou o dedo até a boca e indicou silêncio, Dan olhava tudo incrédulo.

– O que foi Dan, não tem nada ali. – Samantha olhou para trás, não havia nada no espelho. – Por outro lado, você parece ter batido o lábio em algum lugar, está ferido, daí a origem do sangue.

Ele não a escutava, estava procurando algo, uma coisa que não estava mais lá. A mulher havia desaparecido num piscar de olhos.

– Dan o que foi?

– Eu não sei, Samy. Esquece.

– Espere um pouco.

Ela deixou o quarto por um momento, voltou logo depois com um copo com água. Enquanto estava afastada nada aconteceu, quando entrou no quarto novamente, Daniel estava de frente para o espelho, vistoriando-o.

– O que deu em você? Está louco. Tome, isso vai melhorar, é água com sal, molhe a boca, enxague e cuspa, ali é o banheiro. – Indicou a porta apenas 3 passos para o lado.

Ele se levantou de subido, apanhou o copo e fez o indicado, depois retornou ao quarto, uma gota de água salgada escorria pelo seu lábio. Ele não parecia estar procurando mais nada, Sam pediu para que sentasse e olhou novamente sua boca.

– Onde está?

– O que?

– Seu ferimento, sumiu! – Disse remexendo o lábio inferior do rapaz. – Eu sabia que o enxague seria bom para a cicatrização, só não pensei que seria tão rápido.

– Assim é melhor. – Respondeu pegando-a no colo, jogou-a na cama e pulou por cima dela, beijando-a no pescoço e subindo em direção a sua boca.

Ela não moveu um músculo, deixou-a levar por ele.

– Não posso Dan. Não é certo. – Disse, ainda sem se mover.

Ele não respondeu e os dois continuaram se beijando, ele tirou a camisa e a ajudou a tirar a blusa, depois tirou o sutiã dela e acariciou seus seios. Ela se arrepiou. Ele a ergueu e ficou por baixo, sentando-a em seu colo, enquanto ele deitava de frente para ela, ainda beijando seus lábios macios.

Ela rebolava sobre ele, enquanto seus olhos reviravam-se de prazer. Os dois tinham uma química perfeita, Dan estava com seus olhos fechados, sentindo os espasmos que seu pênis dava dentro do corpo de Samantha, ao abrir os olhos a face chamuscada o olhou de volta, com prazer.

– Ah! – Gritou tão alto quanto pode, tirando a velha de cima dele.

– O que houve, querido. – Sam o tocou, ele piscou os olhos diversas vezes, verificando se estava vendo ela mesma.

– Você, não era você!

– Como?

– Eu abri os olhos e não te vi, não era você Samantha!

– O que você está falando?

– O que eu vi no espelho... era horrível.

– Eu não estou te entendendo, Daniel. Por que você fica olhando para o espelho, parecendo que viu fantasmas?

– É porque eu vi.

– Você precisa se tratar. – Disse recolhendo as roupas, se virou e caminhou para o banheiro, mas ele segurou seu braço.

– Não estou louco Samy. Eu vi uma senhora com o rosto queimado saindo do espelho e de repente vi o rosto dela em você.

– Deve ter sido a pancada, você está delirando. Bem, vou me molhar um pouco, você pode ficar aqui por esta noite, mas não abuse. Sabe que eu tenho recaídas.

Ele sorriu.

– É, acho que você tem razão, talvez eu esteja delirando mesmo. Eu sei que ainda gosta de mim Sam, não finja que não.

– Eu não posso esconder que gosto de você, mas não quero me magoar novamente.

– Eu prometo que não vou mais te magoar, eu aprendi que é com você que eu tenho que ficar... só com você.

Samantha o abraçou, lançando um selinho sobre seus lábios. Em seguida o deixou, entrado para o banho. Antes de transpassar totalmente a porta, Sam olhou para o rádio em cima da mesa de cabeceira, ele pertenceu a sua mãe.

POV SAMANTHA

A água caia quente sobre meu corpo nu, começava a escurecer em Nova York e a temperatura estava caindo rapidamente, estávamos no meio do outono, o frio era agradável naquela época, muito mais que as terríveis noites geladas de inverno. A música Please Don’t Let Me Go começou a soar no meu ouvido de repente, me veio a impressão que o rádio tinha sido ligado. O título caia bem, era quase um apelo do Dan... Por favor, não me deixe ir... A porta do banheiro se abriu lentamente e um corpo foi surgindo por entre a névoa causada pelo chuveiro quente. Daniel estava pelado, adentrando na fumaça, se aproximando, colando seu corpo sobre o meu... incansável. Nós transamos, enquanto a água caia, molhando nós dois. Quando acabou, me virei para olha-lo, mas ele já não estava lá, saiu tão rápido.

Terminei de tomar meu banho, me sequei e me enrolei na toalha, prendendo meus cabelos em outra que havia posto no banheiro, ao sair do banho fitei o Daniel deitado... dormindo profundamente.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!



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