Blank Space escrita por Charlie A


Capítulo 3
Cap 3 - O jantar


Notas iniciais do capítulo

Fala galera. Algumas pessoas não pareceram gostar do relacionamento pezberry, mas calma que é só o começo. Quero agradecer a quem leu e comentou, vocês são 10. Boa leitura.



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Não sei ao certo quanto tempo ficamos nos encarando, mas eu não me importaria de ficar olhando pra esses olhos o resto da minha vida. Santana me analisava de um modo que me fez ter a sensação de estar nua, notei que ela reparou bem no meu rosto, seus olhos passaram pelo meu corpo todo até chegar aos meus pés pra depois voltar aos meus olhos. Poderia dizer que vi um brilho neles.

– É um prazer te conhecer Santana. – Pra quebrar esse silencio constrangedor lhe disse com um sorriso.

– Gostaria de dizer o mesmo. – Ela disse com uma voz rouca e uma cara de indiferença, o brilho não estava mais lá.

– San. - Rachel lhe repreendeu baixo.

– Você é bem delicada. – Respondi irônica.

– Britt, não de ouvidos a ela. - Rachel falava comigo dessa vez, mas eu nem desviei o olhar.

– Acha melhor eu mentir? Não vou fingir que gostei de você. - Ela, assim como eu, não deu atenção a Rachel.

– Quem pensa que é pra falar assim comigo? Não me conhece e nem sabe direito quem eu sou.

– Não preciso te conhecer pra saber que não gostei de você, simplesmente não fui com a sua cara. – Disse de uma forma óbvia.

– Eu falei sério, agora chega. Vocês estão indo longe demais. - Rachel dizia um pouco mais alto na tentativa de ser ouvida dessa vez.

– Se eu fosse você não brincaria comigo hoje. – Dei um passo pra perto dela.

– Ainda bem que não é, não me imagino com essa cara de tonta. – Ela soltou a mão da Rachel e deu um passo pra perto de mim.

– Disse que eu tenho cara do que mimosa? – Dei mais um passo.

– Além da cara de tonta também é surda? – Deu mais um passo Ficamos cara a cara, nossos rostos quase se tocando, e nossas respirações pesadas. O que eu mais queria era dar na cara dela.

– Já chega dessa tentativa de mostrar quem é o macho alfa, parecem até crianças. – Rachel disse se colocando entre nós com uma mão no ombro da Santana e a outra no meu nos fazendo recuar um passo.

– Ela que começou. – Santana recuou mais um passo, seus olhos continuavam nos meus, mas dessa vez eles tinham um brilho diferente.

– Não interessa. Nós três vamos até a sala de jantar e a partir do momento que vocês duas sentarem naquela mesa vão se tratar bem, não precisam conversar, muito menos se olhar, mas vão ser educadas uma com a outra, e que Deus ajude se não forem. Estamos entendidas? Santana? Brittany? – Rachel estava de braços cruzados e nos dava um olhar severo. Mesmo ela sendo mais baixa conseguia dar um pouco de medo.

– Sim. – Nós duas falamos ao mesmo tempo, nossos olhares nunca desviando.

– Ótimo. Então vamos logo, antes que a comida esfrie. – Rachel sorriu e foi andando em direção a cozinha.

Finalmente, olhamos para outra direção, andando atrás dela e olhando pra baixo.

________

O jantar correu bem. Fizemos como Rachel pediu, mal conversamos ou nos olhamos, mas quando o fazíamos era difícil não nos perdermos. Mesmo ela sendo metida e marrenta notei que poderia ser doce e amigável, pelo menos com os companheiros da minha mãe.

Esse jantar serviu pra conhecer Santana um pouco melhor. Descobri que ela era órfã, sua mãe morreu no parto e seu pai em um acidente de carro com um motorista bêbado quando ela tinha 10, foi adotada com 12 anos pela família Fabray, que já tinham Charlie e sua gêmea Lucy Quinn ou Quinn como ela preferia, manteve seu sobrenome, Lopez, para sempre se lembrar de seus pais. Ela, além de bonita era muito inteligente, fazia parte do clube de debates e de biologia, nem sabia que isso existia, também era capitã do time de futebol e do de lacrosse, e pra fechar cantava, dançava e tocava piano.

Dizer que eu fiquei boba era puro eufemismo, estava bestificada. Também conheci melhor os companheiros da minha mãe. Leroy era fonoaudiólogo, o que eu achei super interessante, Hiram administrava a oficina mecânica em que Santana e Charlie trabalhavam, e Shelby era professora de todas as artes, música, dança, coral, na nossa escola onde ela conheceu a minha mãe, professora de biologia.

Depois de todos alimentados, Santana e Rachel subiram para o quarto da menor com a desculpa de "arrumar umas coisas", como ninguém pareceu se opor eu que não ia me meter. Fiquei mais um pouco falando com Leroy, enquanto Shelby e minha mãe tiravam a mesa, colocavam o que estava sujo na pia para Hiram lavar.

– Eu realmente achei fascinante a sua profissão. - Lhe disse com um sorriso, algo nele me passava segurança, uma que eu só sentia com meu pai.

– Obrigado Britt, fico feliz por isso. - Ele parecia um pouco acuado.

– Tá tudo bem? Parece um pouco estranho.- Perguntei olhando em seus olhos.

– Eu queria te fazer um pergunta, se você não se importar.

– Claro, pode fazer. - Dei um sorriso encorajador.

– Brittany, agora que sua mãe não está perto, quero te perguntar algo que ficou na minha cabeça esses dias. - Ele parecia com medo de perguntar.

– O que seria? - Isso está ficando confuso.

– Você acha que consegue se adaptar aqui? Com esse novo estilo de vida da sua mãe?

– Eu sinceramente não sei, achava que vocês eram um bando de esquisitos, mas notei que são bem legais e normais. - Disse rindo e ele me acompanhou.

– Britt, se importa de subir e dizer pra Rachel que já está tarde e que é melhor a Santana ir pra casa? - Seu olhar era de um cachorro pidão, não tinha como negar.

Balancei a cabeça e fui em direção das escadas, depois de subir fui andando até o quarto da Rachel que tinha a porta estava entreaberta, vozes saiam aos sussurros, cheguei um pouco mais perto pra ouvir, sei que é feio mas sou curiosa.

– Acha que ela vai atrapalhar? Podemos usar ela no plano de alguma forma. - A voz da Rachel se fez presente.

– Não, é muito arriscado. - Santana parecia um pouco apreensiva.

– Mas San precisamos de ajuda. - Rachel parecia nervosa.

– Não precisamos não. O plano está indo bem, não vê como ela fica perto de você? É genial, só temos que ter paciência.

– Esse namoro está durando mais do que a gente pensou, vamos fazer cinco meses. Cinco meses San, isso não pode durar mais. - Pela voz Rachel já estava desesperada.

– Você acha que eu não sei? Eu sei e não está fácil pra mim também. - Santana parecia estar no mesmo nível de desespero.

– A Britt talvez possa ajudar, ela só precisa se aproximar o suficiente pra saber o que ela pensa e pronto conseguimos.

– Não quero ela perto da minha irmã, pode acabar com tudo.

– Eu cansei Santana. Estou te dando um mês, se não conseguirmos eu volto ao plano original e que se dane as consequências.

– É pouco tem Rach, isso é algo que precisa de mais tempo.

– É pegar ou largar. - Rachel disse duramente e o quarto ficou em silêncio, uma boa hora pra bater na porta. Bati e escutei um "entra" vindo de Rachel

– Leroy disse que está tarde e a Santana precisa ir. - Olhei rapidamente pra Santana que estava de cabeça baixa.

– Nós já íamos descer não é amor? - Rachel usou uma voz amável e pegou na mão de Santana.

– Claro, não quero preocupar meus pais. - Santana lhe deu um sorriso e ambas se levantaram.

Nós três descemos, eu fui em direção a sala com elas logo atrás, paramos na porta. Santana se despediu de todos, agradeceu o jantar e foi com Rachel em direção a porta, se abraçaram, e Rachel aproveitou pra dizer alguma coisa em seu ouvido fazendo ela balançar a cabeça de modo positivo, deram um selinho e Santana saiu.

O que será que essas duas estão aprontando? Pra que um relacionamento falso? Quem elas queriam enganar? Muitas perguntas e nenhuma resposta.


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Notas finais do capítulo

E é isso. O que acham que Rachel e Santana estão tramando? Gostaram? Odiaram? Críticas são bem vindas assim como sugestões. Espero vocês semana que vem.



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