POV Grace

Estava triste por Teresa, não acredito que Patrick seria capaz de fazer uma coisa dessas, isso é obra de piranha.

Bem quando eu olho pra trás Lorelei está rindo com suas outras amiguinhas.

Teresa saiu correndo e foi para o banheiro chorando, mas não teve dúvida alguma que eu fui arrumar um barraco com as periguetes.

– Por que você fez isso? Está satisfeita?

Levantei da cadeira e fui até ela.

– Eu não te devo satisfações "Rita Lee".

Não iria deixar ela me derrubar, logo mandei outra .

– Se você não devesse, não estaria perguntando. Eu vou perguntar novamente, porque você fez isso?

Eu gritei e ela ficou assustada. O mais legal é que as amiguinhas ficaram quietas.

– Por que os dois são horríveis juntos, não combinam!

Ela falou e virou a cara.

– Ou isso é inveja? Teresa é muito mais bonita que você, muito mais gostosa, muito mais legal e ela é muito melhor que você.

Você não merece nem 1/3 do que ela tem, você é uma piranha que só sabe olhar para si mesma. Todos dessa escola tem medo de você. Você quer saber de uma coisa? Eu não tenho e posso fazer com que você se torne uma das pessoas mais baixas dessa escola. Você e suas amiguinhas. Nunca mais faça algo com Teresa, você não sabe do que eu sou capaz de fazer!

Dei um tapa nela, que meus dedos iriam ficar marcados até 2030. Depois que disse esse longo, lindo e esculachado discurso, fui correndo em direção ao banheiro.

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POV Patrick

Quando a aula terminou, fui atrás da Teresa. Teria ido antes se a professora não tivesse me dado um sermão que durou muito tempo, e ainda teria que ir para a direção. Dessa vez a Lorelei passou dos limites.

Encontrei ela sentada, estava chorando silenciosamente e isso fez meu coração apertar mais ainda. Minha vontade era de abraçá-la, mas eu precisava respeitar seu espaço.

– Teresa... Eu sinto muito pelo o que aconteceu. Aquele pen drive não era meu...

– Não se faça de tonto Patrick! Não deveria ter acreditado em você. Eu sou só mais uma garota qualquer que você ficou e sentiu a necessidade de mostrar pra todos, não é?

– Não é nada disso Teresa, eu juro que não sabia. Eu nunca faria isso com você.

– Eu não acredito mais em você.

Ela saiu e me deixou de queixo caído. Ela virou e o que ela disse me fez arrepiar.

– Esquece que eu existo!

Não sabia o que fazer para tirar essa ideia da cabeça dela. Eu era inocente, nós dois estávamos sofrendo a toa. A segui até o banheiro.

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POV Grace

Entrei correndo no banheiro e vi Patrick chorando baixinho na porta da cabine que Teresa estava.

– Patrick, deixa que eu falo com ela.

– Ok.

Ele saiu de cabeça baixa.

– Teresa? Por favor, abre a porta .

– Grace, eu não vou abrir a porta.

– Então eu vou falar tudo o que eu tenho a dizer - dei uma pausa -

Não foi o Patrick que fez aquilo.

– Então quem foi Grace? O Gasparzinho?

Ela estava com uma voz de choro absurda.

– Foi a Lorelei e as amiguinhas dela, eu até fiz barraco na sala. Estou muito orgulhosa de mim.

– Eu sei que você está com raiva delas, mas não precisa culpá-las.

– Teresa, você não está acreditando na sua melhor amiga. Eu não teria coragem de mentir pra você sobre isso!

Eu que iria chorar, não creio que ela não estava acreditando em mim.

– Não é o fato de acreditar Grace. Eu fui exposta a toda turma, você tem noção do que é isso? Estou me sentindo humilhada, como se eu fosse uma vagabunda.

– Não é pra tanto também! Foi só um beijo! Eu acho que você está sendo dramática.

Foi só um beijo e não uma cena de sexo.

– Eu não me importo com o que você diz e eu quero ficar sozinha.

Não acredito que ela tinha chego a esse ponto, eu estou com muita raiva!

– Muito obrigada! Quase levei uma advertência por criar confusão, bater na Lorelei e eu levo isso de prêmio por tentar te defender.

Não estava aguentando ficar naquele local, as palavras de Teresa batiam na minha cabeça como se fosse um martelo. Eu chorei e me num banco do pátio e logo senti os braços de Wayne me rodeando e me dando um beijo na testa sussurrando "vai ficar tudo bem" , me permiti chorar em seu ombro.

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POV Teresa

Cheguei em casa furiosa e frustrada, passei tão rápido na sala que nem vi meu pai lá. Que logo já me chamou a atenção.

– Hey mocinha. Que modos são esses?

– Desculpa pai. Estou de cabeça cheia.

Fui dar um beijo nele e quando estava saindo ele começou a falar.

– E o Patrick? Vai no jogo comigo?

– NÃO! Não existe mais Patrick, nem dentro e nem fora dessa casa. Não quero nem ouvir esse nome mais.

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POV Jonathan

Minha filha disse aquilo com raiva e subiu as escadas bufando e batendo os pés.

Eu precisava saber o que tinha acontecido, não posso deixar o Patrick estressar minha filha desse jeito. Se for algo muito grave... Ele está morto!

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POV Patrick

Eu iria até a casa da Teresa para tentar me explicar novamente, mas acabei desistindo e fui para a casa do Wayne.

Cheguei lá e bati na porta, logo ele veio atender.

– Patrick, entra irmão.

Entrei e nos sentamos no sofá.

– Wayne, eu não sei o que falar cara.

– Você tem que ir falar com ela!

– Eu tentei falar com ela lá no banheiro mesmo, mas ela não acredita em mim.

Abaixei a cabeça, não queria que meu amigo me visse chorando.

– Você não pode desistir assim, tão fácil. Você é Patrick Jane.

– Eu não vou desistir, só não vou fazer nada agora.

– Olha, qualquer decisão sua

eu estou contigo.

– Obrigado cara.

Nos abraçamos e fomos para a cozinha comer. Era tão bom ter pelo menos um amigo que você pudesse confiar.

Quando cheguei a escola no outro dia, fui pegar um livro que estava faltando, no meu armário. Infelizmente o armário da Lorelei era do meu lado e o da Teresa do outro lado do corredor. E as duas se encontravam lá, também pegando seus livros.

– Oi Patty. Tudo bem?

Affs odeio essa vozinha irritante.

– Oi. Estou bem.

– Nossa fofinho. Você não me tratou mal assim ontem a noite.

Ela falou alto para fazer questão da Teresa escutar. E a mesma olhou diretamente pra mim com os olhos cheios de lágrimas.

– Eu nem vi você ontem a noite! Larga de ser falsa, menina trouxa.

Mas já era tarde demais, Teresa já tinha saído.

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POV Teresa

No dia seguinte nem queria ir para escola, mas não podia perder a aula por causa de meia dúzia de pessoas ignorantes. Para minha infelicidade já tinha presenciado uma ceninha daquela vadia e aquele idiota, o idiota que eu amava.

Tinha ido pra sala, não estava querendo olhar na cara de Patrick.

Agora era aula de Química. Peguei meu material e segui em direção ao laboratório, entrei na sala e a professora começou a falar.

– Bom dia alunos. Vamos nos sentar logo para começar a aula.

Já tinha sentido olhares em mim, eu achei que eram do Patrick, mas ele estava sentado lá na frente. Era da Lorelei e alguma amiguinha sua.

Decidi nem me estressar.

– Hoje a aula será sobre...

A professora foi interrompida pelas risadinhas de Lorelei.

– Por favor pessoal, silêncio!

A professora já estava quase perdendo a paciência.

Mas mesmo assim no decorrer da aula eu escutava elas fofocando sobre o meu namoro com Patrick, o término, como eu estava feia e o pior é que elas ficaram me olhando.

Essas garotas não tem o quê fazer.

– Vocês querem uma foto? Assim dura mais.

– Nunca colocaria uma foto sua no meu quarto.

Mas é uma porta de tão burra essa Lorelei.

– Tudo que você acha que tem de gostosa, você tem de burra!

A professora estava vindo em minha direção e eu pedi licença e sai da aula para tomar uma água e respirar ar fresco.

Senti que alguém tinha vindo atrás de mim.

– Você está bem ?

Era ele, Patrick Jane.

Quando ele tocou nos meus ombros quase desabei.

– Sim e me desculpe Patrick, não somos mais namorados.

Dóia o meu coração em dizer isso.

Ele assentiu e eu voltei para a sala.

Já não estava mais aguentando o assunto da sala ser meu ex relacionamento com o Patrick.

Nem percebi que a professora Hightower havia se entusiasmado.

– Hoje eu trago uma boa notícia. Vamos ter um acampamento de férias e a sala inteira vai ter que ir!

Era só o que me faltava.