Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 91
Missão cumprida?


Notas iniciais do capítulo

(Borá chorar? Só um pouquinho vai rsrsr To com saudades de fazer cenas assim. Juro que pego lev é só um detalhe bobo)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592970/chapter/91

Estávamos todos enfurnados naquela casa sem poder agir.

E eu parei para pensar no que poderíamos fazer ali para aproveitar este tempo.

Sem a Aninha na equação Titi e Jeremias estariam salvos além dela própria. Mas e os demais? O que faríamos.

Olhei para “ele” na janela a conversar com o Careca e a Magali e lembrei que infelizmente nele não poderíamos mexer se não seria morte de todos na certa.                          Mas e o anjo?

Olhei para fora e tentei o avistar nos céus; vi o ser alado próximo a todos espantado com tal ato e este apenas vira o olhar para mim e vejo seus olhos azuis como o oceano mais limpo brilhar enfurecido e logo me vejo sem chão sendo erguido por aquelas delicadas mãozinhas em pleno céu.

Olhei para baixo e apenas vejo nuvens abaixo de mim e sabia que se eu caísse não seria nada fofinho, e a minha frente o anjo furioso me segurava pelas roupas.

—--- Quem é você? Por que fez algo tão horrível? ---- vociferou e eu logo ri deixando ele confuso perante a situação de ameaça.

Mas então me pus a o explicar.

Quem eu era.

De onde vim.

E principalmente o que eu estava fazendo ali.

O olhar do anjo foi algo que vai ficar marcado em minha alma para sempre.

Foi como que a cada relato eu fincasse um prego na alma pura daquele ser que apenas zelava pelo bem de todos ali sem pedir nada em troca.                               Me doeu.

Ele então se sentou em uma pedra e ficou a olhar a grama, depois o céu azul e as casas. Como se tentasse imaginar o que eu narrei.                    Como?      Mesmo eu que vi... pra mim era algo inimaginável. Mas o ser mágico a minha frente sabia que não estava mentindo. Podia sentir que eu era eu mesmo.

—--- Eu... Não vou conseguir proteger todos? ---- ele me olha pedinte eu queria muito mentir para ele e dizer que sim. Que ele protegeria todos; forte e vibrante. Mas não... Ele perdeu e muita gente teve um destino pior do que morrer em uma explosão.

Ele fecha os olhos sentido, sabendo minha resposta muda. E posso ver uma fina lagrima escorrer de sua face angelical e cair sobre a pedra e escorrer ate a grama verdinha.

                                   E assim ele dispara e sai voando para os céus.

Acho que foi tentar fazer algo...

Mas duvido que ele pudesse pensar em algo que já não tenha pensado antes.


—--- Então todos vão morrer? ---- a voz dele sempre anômala de tom me assustou. Olhei para trás e ele estava ali parado junto da maior tagarela do mundo.
Meu deus! Estraguei tudo.

—--- Que brincadeira maldosa para se fazer com o anjo! ---- ela briga comigo e logo me da um papa ardido na cara e sai correndo para “desmentir minhas mentira ao anjo”, mas ele fica ali me olhando. Ela podia não ter acreditado em mim, mas por algum caralho ele tinha.

—--- O que foi? ---- briguei. Afinal este filho de uma puta nunca se aproximava da rodinha ou se juntava, só ficava de longe olhando ou nem colava nos roles. Mas agora que eu queria ele longe lógico que ele não sai e ate me segue...                   O que eu deveria esperar do Do Contra.

—--- Eu também vou morrer? Ou o meu irmão? ---- ele fala serio, mas eu conseguia sentir que segurava o choro. Afinal o pancadinha só tinha sete aninhos.

—--- Não. Você esta vivo. E seu irmão também. Vocês tem poderes. Todos temos poderes e estamos lutando pra salvar o mundo. ---- falei orgulhoso, mas isso não tirou aquele olhar triste dele.

Por um lado foi muito bom ver uma emoção naquele semblante.                   Mas por outro não queria que fosse justo esta.
Será que ele podia saber de tudo? E agora? O que eu faria...?

—--- Olha cara. As coisas estão ruins, mas vai melhorar. Nos vamos lutar por isso. E sei que você também.

—--- Não teriam voltado no tempo se tivessem esperanças de futuro. ---- cara... que criança fala assim?

Eu tinha que fazer ele esquecer esta ideia.

O lado bom é que eu não contei os detalhes com exatidão então podia muito bem contar outra historia, e uma vez que não o corresse ele não teria como se preparar.
Me senti mal, mas menti.

Deixei o coitado como deveria estar. Despreparado para o seu fatídico destino.

                                                                 Agora sim eu me senti um vilão...

Voltamos para a casa do Careca a conversar. Disse a ele que o grande mal seria um grupo criminoso e que eles sequestraram a Aninha e que foi neste ponto que tudo começou, que todos os pais ficaram com medo e não podíamos mais sair de casa. Não contei nada sobre a explosão da fabrica ou do contagio negro; disse que cada um foi embora em seu próprio tempo e não que todos tiveram de correr com o que podiam em um curto tempo de apenas uma hora desde a explosão.

Tinha dito sobre os poderes sem querer, então tive de inventar uma outra historia bem legal, mas quando me empolguei nos detalhes ele se desinteressou completamente e foi ver o que os três estavam conversando.
Me perguntei se ele havia se tocado de que eles também eram viajantes temporais.

Mas não.

Já estava superestimando as capacidades daquele garotinho de sete anos.                 Acho que no fim, ele não era tão estranho assim; vendo ele de novo entre as crianças. Mas ele era uma pista para que eu conhecesse outra pessoa, e logo me aproveitei do fato de ele já saber.

—--- Do Contra. ---- chamei e ele voltou a me olhar sem falar nada; esperando que eu dissesse o que eu queria. Na época lembro que achava este jeito dele muito esquisito. Mas depois de velho vi que são apenas outros costumes, provavelmente como é ensinado em casa... ---- Você conhece alguém chamado Nico Demo?

—--- Sim. É o meu melhor amigo. Conheceu ele no futuro? ---- ele fala tranquilo e os demais ignoram nossa conversa como se fosse alguma brincadeira.

E eu logo me toco de que podia meio que “contar a todos” desde que em forma de um jogo, uma brincadeira de viajantes no tempo; só para conseguir mais ajuda.

—--- Sim. Mas eu queria o conhecer aqui no passado também. Posso?

—--- Pode. ---- ele responde meio sem saber o que dizer. Estranhando completamente o meu modo “adulto” de falar. ---- Mas ele mora na Pitangueiras. ---- ele diz como se fosse um mega problema e eu demoro muito pra entender.

Naquela época a rivalidade era forte, tanto que um grupo não podia ir ao terreno do outro sem haver algum grande confronto. Isso era algo muito serio para nós.                       Então o Dc compactuava com o inimigo desde aquela época?

—--- Eu não me importo com isso. ---- respondi franco e fui ate os três que estavam a conversar em um cantinho e planejar o restante das coisas. ---- Oi. Devo ter perdido muita coisa. Mas o Dc falou que vai me levar pra conhecer o Nico Demo... Vocês querem ir?

—--- Ficou louco?

—--- Calma Magali. Ele esta celto, o cala é só uma cliancinha agola. ---- o careca diz serio indo ate o Dc e assim as demais também o seguem.

Tinha mesmo muita criança naquela casa. E todas eram muito educadas, deixando que os adultos pudessem largar tudo aberto e se concentrar em ajudar no que podiam os vizinhos que ainda se desesperavam. E nós simplesmente saímos andando ate o bairro vizinho sem problemas algum.
Ou quase.

—--- Onde vocês vão? ---- a peste encapetada da Denise fuxiqueira surge atrás de nós sem ninguém menos que a turminha: Cascuda, Xaveco, e alguns outros... Verdade que nesta época ela andava muito com a Cascuda, mas só de rever esta garota já me deu um treco.

E eu não consigo evitar olhar pra ela de um jeito que todos reparam.

—--- O que foi Cascão? Brigaram? ---- a Carmem questiona e eu apenas me viro irritado. Não queria nenhuma deles ali principalmente “ela” e não soube mesmo como responder sem ser o “novo eu”.

—--- Onde vamos não é da conta de vocês! ---- briguei mesmo, sem me importar, e ela me olhou assustadinha.

Afinal não era pra os envolver com tudo.

Eu não queria saber dela, mas ele era outro assunto.

                                                                                      Dc era um herói de sua própria forma e eu buscava entender o maximo que podia sobre ele e tentar sim um jeito de o salvar.

Já tinha pensado um jeito de salvar a Aninha e agora era a vez dele.

                                                                                                             Apenas isso.

Ass: Cássio Marques de Araújo >_O”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(Desculpa mas ta foda! Tipo eu tentei escrever durante as férias, feriados e quando tenho tempo. Mas ta osso!” Sempre! Mas sempre tem um infeliz pra me atrapalhar! Tipo ficam me chamando o tempo todo tirando minha concentração ou pior. Exigem sair. Minha mãe e meu pai quiseram viajar... como q escrevo? O namorado... Pior. Ainda Ahhhhhhhhhhh q raivaaaaaaaa!)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Limoeiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.